LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
Computadores na educação autonomia interação e o papel do professor
1. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE
MINAS GERAIS
DISCIPLINA: TECNOLOGIAS E PRÁTICAS EDUCATIVAS
PAPEL: TECNÓFOBO
COMPUTADORES NA EDUCAÇÃO:
AUTONOMIA, INTERAÇÃO E O PAPEL DO
PROFESSOR
ALUNA: BRENDA KELLY N. O. BORGES
2. COMPUTADORES NA EDUCAÇÃO ELEMENTAR
Em primeiro lugar, abordaremos aqui alguns apontamentos feitos por Setzer (1998) a
respeito de computadores na educação e que vão ao encontro com os pontos que
abordaremos no presente trabalho.
• Estudantes que não dominam os computadores não acompanharão seus
colegas;
• Computadores aceleram o desenvolvimento das crianças, principalmente o
intelectual;
• Computadores podem prover um ambiente livre para o aprendizado;
• Computadores podem levar a um ensino mais humano.
Cada um desses apontamentos feitos pelo autor receberá um desdobramento maior
durante o trabalho, porém o que podemos dizer de antemão é que cada um deles nos
faz refletir sobre um processo de ensino-aprendizagem que, adotando computadores
na educação, acabar por desviar-se de interações reais e por criar um sistema que
apoia a competitividade e desvaloriza cada vez mais o ser humano.
3. ADULTOS PRECOCE
• “Computadores podem ser usados para tornar as crianças mais conscientes
do seu próprio processo de pensamento.” (Setzer,1998)
Ao tratar do apontamento acima o autor discorre sobre como a introdução de
computadores no cotidiano de crianças e adolescentes pode acarretar em um
amadurecimento precoce, ou seja, crianças e adolescentes que se veem
expostos ao uso de computadores desde o início da infância dificilmente tem
maturidade suficiente para tal atividade, porém o contato diário com essa
tecnologia pode fazer com que essas crianças e adolescentes passem a se ver
e a agir como adultos diante desse novo contexto.
Segundo Setzer (1998) “computadores usados cedo demais contribuirão para
criar adultos insensíveis e amorais, comportando-se e reagindo como
máquinas, incapazes de sentir interesse e compaixão por outras pessoas e
sem responsabilidade de agir socialmente”.
4. O PAPEL DO PROFESSOR
• “Cada vez mais, os computadores de futuro próximo serão propriedade particular de
indivíduos, e isso fará com que gradualmente retorne ao indivíduo o poder de
determinar os padrões da educação. A educação tornar-se-á mais um ato privado.”
(Setzer,1998)
Alguns defensores dos computadores na educação tendem a afirmar que em um
futuro próximo os alunos se quer precisaram de professores que os oriente no
processo de aprendizagem, o que consideramos um posicionamento um tanto radical.
Sabemos que o professor não é o único detentor do conhecimento e que seu papel já
não é mais, como antigamente era visto, o de despejar o conhecimento sobre seus
alunos e sim o de orientá-los e guia-los por caminhos de aprendizagem. Sendo
assim, nos apoiamos mais uma vez em Setzer (1998) quando o autor diz que
“computadores representam o oposto a um ensino mais humano. Este último deveria
ser feito por gente, e não por máquinas. As primeiras regras para um ensino mais
humano e humanista é ter amor e o respeito pelos estudantes. Nenhuma máquina
pode exercer tais atividades anímicas.”.
5. AUTONOMIA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
• “Computadores provêm um modo e um ritmo individuais de aprendizado.”
(Setzer,1998)
Quando a autonomia proposta pelo ensino por meio de computadores, assim
como Setzer, pensamos que essa “educação libertária” que consiste em um
método em que a criança ou jovem escolha por conta própria o conteúdo a ser
estudado pode levar ao desinteresse ou até mesmo a dispersão do que
realmente é necessário no processo de ensino-aprendizagem.
Não podemos nem mesmo reconhecer esse método de aprendizagem como
autonomo uma vez que as escolhas feitas pelos alunos podem leva-los a
desprezar conteúdos realmente importantes para sua formação pessoal,
acadêmica e profissional.
6. CASO DE AMOR
• "Em todo o mundo há um apaixonado caso de amor ["love affair"] entre
crianças e computadores.“ (Papert, 1993)
Por fim nos apoiaremos na explicação de Setzer para o que Papert chama de
“caso de amor”, pois a explicação do autor traduz de forma clara, objetiva e
concisa o que pensamos ser o uso de computadores na educação.
“Se os seres humanos passarem a dedicar amor às máquinas poderemos
esperar atitudes sociais terríveis, talvez ainda mais terríveis do que as
presenciadas neste século. Além disso, falar de um "caso de amor" com uma
máquina não é somente obsceno; revela um ponto de vista fundamental que
transparece em seus três livros: os seres humanos são meras máquinas.”
7. PARA IR ALÉM...
Para apoiar nossos argumentos contra o uso dos
computadores na educação trazemos aqui a
indicação de um filme em que a substituição de um
ser humano por um computador quase custou o
fim de um projeto importante na luta espacial
entre os EUA e a Rússia.
• Estrelas Além do tempo (Hidden Figures) 2017
No auge da corrida espacial travada entre Estados
Unidos e Rússia durante a Guerra Fria, uma equipe
de cientistas da NASA, formada exclusivamente por
mulheres afro-americanas, provou ser o elemento
crucial que faltava na equação para a vitória dos
Estados Unidos, liderando uma das maiores
operações tecnológicas registradas na história
americana e se tornando verdadeiras heroínas da
nação.