O TECNÓFILO
Nome: Helvécio Alex Faria Botelho
Curso: Letras-7º período
Disciplina: Tecnologia e praticas educativas
O USO DO COMPUTADOR NA EDUCAÇÃO
Na educação não seria diferente. A manipulação dos
computadores, tratamento, armazenamento e processamento
dos dados estão relacionados com a idéia de informática. O
termo informática vem da aglutinação dos vocábulos informação
+ automática. Buscando um sentido léxico, pode-se dizer que
Informática é: “conjunto de conhecimentos e técnicas ligadas ao
tratamento racional e automático de informação
(armazenamento, análise, organização e transmissão), o qual se
encontra associado à utilização de computadores e respectivos
programas.” (LUFT, 2006:365).
A Informática Educativa se caracteriza pelo uso da informática
como suporte ao professor, como um instrumento a mais em sua
sala de aula, no qual o professor possa utilizar esses recursos
colocados a sua disposição. Nesse nível, o computador é
explorado pelo professor especialista em sua potencialidade e
capacidade, tornando possível simular, praticar ou vivenciar
situações, podendo até sugerir conjecturas
abstratas, fundamentais a compreensão
de um conhecimento ou modelo de conhecimento que se está
construindo. (BORGES, 1999: 136).
A Informática Educativa privilegia a utilização do computador
como a ferramenta pedagógica que auxilia no processo de
construção do conhecimento. Neste momento, o computador
é um meio e não um fim, devendo ser usado considerando o
desenvolvimento dos componentes curriculares. Nesse
sentido, o computador transforma-se em um poderoso
recurso de suporte à aprendizagem, com inúmeras
possibilidades pedagógicas, desde que haja uma
reformulação no currículo, que se crie novos modelos
metodológicos e didáticos, e principalmente que se repense
qual o verdadeiro significado da aprendizagem, para que o
computador não se torne mais um adereço travestido de
modernidade.
Quando o próprio aluno cria, faz, age sobre
o software, decidindo o que melhor solucionaria seu
problema, torna-se um sujeito ativo
de sua aprendizagem O computador ao ser manipulado pelo
indivíduo permite a construção e reconstrução do
conhecimento, tornando a aprendizagem uma descoberta..
Quando a informática é utilizada a serviço da educação
emancipadora, o aluno ganha em qualidade de ensino e
aprendizagem.
A chegada das tecnologias no ambiente escolar provoca uma
mudança de paradigmas. A Informática Educativa nos oferece
uma vastidão de recursos que, se bem aproveitados, nos dão
suporte para o desenvolvimento de diversas atividades com
os alunos. Todavia, a escola contemporânea continua muito
arraigada ao padrão jesuítico, no qual o professor fala, o
aluno escuta, o professor manda, o aluno obedece. A
chegada da era digital coloca a figura do professor como um
“mediador” de processos que são, estes sim, capitaneados
pelo próprio sujeito aprendiz. Porém, para que isso ocorra de
fato, é preciso que o professor não tenha “medo” da
possibilidade de autonomia do aluno pois muitos
acreditam que com o computador em sala de aula, o
professor pede o seu lugar.
A utilização da Informática Educativa pode juntar elementos
da educação formal com outros da não formal, beneficiando
tanto o aspecto prático dos meios não formais quanto a teoria
mais generalizada presente nos meios acadêmicos. Por
intermédio de sites na Internet, por exemplo, pode trazer para
dentro da sala de aula, filmes ilustrando a vida de grandes
vultos do passado, ou documentários detalhando as etapas
no desenvolvimento de seres vivos, dentre outros.
A Internet possibilita um intercâmbio entre localidades
distantes, gerando trocas de experiências e contato com
pessoas de outros países. Essas “pontes” que hoje existem
entre diferentes mundos representam o único meio de acesso
para quem não vive perto dos grandes centros urbanos.
Somente nas grandes cidades pode-se conviver diretamente
com a informação, ou seja, uma fatia
minoritária de pessoas tem acesso à educação de
qualidade, pois tem acesso à
universidade, bibliotecas, laboratórios, teatros, cinemas, mus
eus, centros culturais etc. É necessário, deste
modo, democratizar o acesso ao conhecimento, às
tecnologias da informação e da comunicação, seja para a
formação continuada dos professores, seja para o
enriquecimento da atividade presencial de mestres e alunos.
A democratização do acesso a esses produtos tecnológicos é
talvez o maior desafio para esta sociedade demandando
esforços e mudanças nas esferas econômica e educacional.
Para que todos possam ter informações e utilizar-se de modo
confortável as novas tecnologias, é preciso um grande
esforço político. Como as tecnologias estão
permanentemente em mudança, a aprendizagem contínua é
conseqüência natural do momento social e tecnológico que
vivemos, a ponto de podermos chamar nossa de sociedade
de “sociedade de aprendizagem”. Todavia, a utilização de
ferramentas
computacionais em sala de aula, ainda parece ser um desafio
para alguns professores que se sentem inseguros em conciliar
os conteúdos acadêmicos com instrumentos e ambientes
multimídia, os quais ainda não têm pleno domínio.
Compete ao professor e aluno explorarem ao máximo todos os
recursos que a tecnologia nos apresenta, de forma a colaborar
mais e mais com a aquisição de conhecimento. Ressalta-se
ainda que o educando é antes de tudo, o fim, para quem se
aplica o desenvolvimento das práticas educativas, levando-o a
se inteirar e construir seu conhecimento, por intermédio da
interatividade com o ambiente de aprendizado.
É papel da escola democratizar o acesso ao
computador, promovendo a inclusão sócio-digital de nossos
alunos. É preciso também que os dirigentes discutam e
compreendam as possibilidades pedagógicas deste valioso
recurso. Contudo, é preciso estar conscientes de que não é
somente a introdução
da tecnologia em sala de aula, que trará mudanças na
aprendizagem dos alunos, o computador não é uma
“panacéia” para todos os problemas educacionais.
As ferramentas computacionais, especialmente a
Internet, podem ser um recurso rico em possibilidades que
contribuam com a melhoria do nível de aprendizagem, desde
que haja uma reformulação no currículo, que se crie novos
modelos metodológicos, que se repense qual o significado da
aprendizagem. Uma aprendizagem onde haja espaço para
que se promova a construção do conhecimento.
Conhecimento, não como algo que se recebe, mas concebido
como relação, ou produto da relação entre o sujeito e seu
conhecimento. Onde esse sujeito descobre, constrói e
modifica, de forma criativa seu próprio conhecimento.
O grande desafio da atualidade consiste em trazer essa nova
realidade para dentro da sala de aula, o que implica em
mudar, de maneira significativa, o processo educacional como
um todo.
PRINCIPAIS CRÍTICAS
Nem toda forma de utilização do computador na educação se
presta igualmente bem a atingir certas objetivos
educacionais. Algumas formas de utilização são mais
adaptadas a certos objetivos educacionais, outras se prestam
melhor a outras finalidades pedagógicas. Mas, ao final, quase
todo emprego do computador na educação pode trazer
resultados pedagogicamente benéficos.
O objetivo principal, nesta parte do trabalho, será tentar
esclarecer uma série de questões que não têm sido muito
bem compreendidas pelos críticos, e, às vezes, nem pelos
defensores da utilização do computador na educação.
Para elucidar estas questões, podemos citar duas breves
passagens, retiradas de artigos sobre o
assunto, recentemente publicados na imprensa. Em um artigo
publicado em Creative Computing de abril de 1982 (p. 80), o
autor, John Herriott, afirma o seguinte:
"Há uma possibilidade bastante acentuada de que antes do
final
deste século os estudantes venham a receber toda a sua
instrução através de computadores, sem absolutamente
nenhum contato com professores vivos.
Herriott não está sozinho. Clive Sinclair afirma:
Chegará o dia em que os computadores ensinarão melhor do
que seres humanos, porque computadores podem ser bem
mais pacientes e bastante ajustados às diferenças
individuais. O computador substituirá não só a Encyclopaedia
Britannica, mas também a escola (citado in Computing
Today, janeiro de 1983, p. 29).
Com afirmações desse tipo, esses defensores da introdução
do computador na escola, ou mesmo da substituição da
escola pelo computador, atrapalham a causa daqueles
que, preocupados com a qualidade e a eficiência do ensino
que é ministrado em nossas escolas, investigam a melhor
maneira de fazer com que o
computador contribua para a melhoria do processo de ensino
e aprendizagem.
Alguém pode, porém, questionar que os aspectos levantados
atrás realmente tenham igual prioridade: usar o computador
na sala de aula é tão prioritário quanto a merenda escolar, ou
quanto o atendimento às condições de saúde das crianças
(para pegar apenas dois exemplos freqüentemente citados)?
Decidir o que _ prioritário e o que não é, ou o que é mais
prioritário, é algo complicado, em que todos nós corremos o
risco de procurar impor nossas preferências pessoais.
Ao refletir sobre essa questão, entretanto, não podemos
perder de vista fatos importantes, alguns dos quais já
mencionados.
1 - O processo do informatização da sociedade que já atinge
o Brasil caminha com espantosa rapidez e parece ser
irreversível. Temos a responsabilidade de nos preocupar em
oferecer a melhor
preparação possível para que os nossos alunos, inclusive da
rede pública, possam viver e atuar numa sociedade
informatizada.
2 - Diante desse quadro, muitas escolas particulares estão
ativa e decididamente introduzindo o computador no processo
de ensino e aprendizagem. O poder publico a respeito da
gravidade dos problemas que afetam a escola publica não
pode ignorar esse fato, permitindo, assim, que o tipo de
educação que é oferecido na escola publica se distancie
ainda mais do ensino ministrado na escola particular.
3 - Por outro lado, o poder público tem significativa parcela de
responsabilidade na tarefa de criar condições que venham a
contribuir para a autonomia cultural e tecnológica da
nação, diminuindo assim, eventualmente, a distância que
separa o Pais das nações mais desenvolvidas.
Assim sendo, não podemos perder de vista o fato de que a
escola
que preparar cidadãos suficientemente familiarizados com os
mais básicos desenvolvimentos tecnológicos, de modo a
poder participar no processo de geração e incorporação da
tecnologia de que o País precisa para sair do estágio de
subdesenvolvimento econômico e de dependência cultural e
tecnol6gica em que se encontra. E a informática está no
centro de toda essa tecnologia.
5 - Por fim, a questão mais importante. Devemo-nos
preocupar com a questão da Informática na Educação porque
a evidência disponível, embora não tão ampla e contundente
quanto se poderia desejar, demonstra que o contato regrado
e orientado da criança com o computador em situação de
ensino-aprendizagem contribui positivamente para o
aceleramento de seu desenvolvimento cognitivo e
intelectual, em especial no que esse desenvolvimento diz
respeito ao raciocínio lógico e formal, à capacidade de pensar
com rigor e sistematicidade, à habilidade de inventar ou
encontrar soluções para problemas. Mesmo os maiores
críticos do uso do
computador na educação não ousam negar esse fato.
Muitas pessoas são relativamente céticas acerca do potencial
educacional do computador, porque pensam que sua única
função pedagógica seria a de ajudar o professor e ensinar os
conteúdos tradicionais do currículo:
matemática, física, biologia etc. Essa não é a função
educacional mais nobre do computador. Ele pode e deve ser
utilizado primariamente como a excelente ferramenta de
aprendizagem que é (e não como uma mera máquina de
ensinar), ferramenta essa que pode ser de inestimável valia
para ajudar a criança no seu desenvolvimento intelectual.
Analisemos a posição daqueles que acreditam que o
computador poderá, realmente, ter um efeito muito poderoso
sobre a educação, mas que estão receosos de que este efeito
possa ser de natureza indesejável, e mesmo danosa. Nesta
análise valemo-nos de vários elementos apresentados por
Papert, no primeiro capítulo do livro já mencionado. Uma das
principais criticas nesse sentido é a de que
constante com o computador poderia levar a criança a
desenvolver formas de pensar "mecanizadas". Se Marshall
McLuhan está certo, quando afirma que "o meio é a
mensagem", dizem os críticos, as crianças poderiam estar
aprendendo, em seu contato com o computador, que pensar _
pensar como o computador "pensa", isto é, de forma
absolutamente precisa, lógica, automatizada.
Ao invés, porém, de ficarmos lamentando os possíveis efeitos
funestos que a presença do computador na educação
poderia, quem sabe, produzir nas crianças, devemos explorar
maneiras de orientar a influência que, nesse caso, o próprio
crítico admite que o computador pode ter sobre a
aprendizagem e a forma de pensar da criança, para direções
positivas e desejáveis.
E interessante notar, porém, que alguns estudos têm
demonstrado que o efeito positivo do computador sobre o
desenvolvimento intelectual e cognitivo da criança parece
independer da modalidade
MANEIRAS DE UTILIZAR O COMPUTADOR NA
EDUCAÇÃO
Além de discutir, em princípio, as vantagens e os benefícios
da introdução de microcomputadores na educação, é
necessário indicar algumas das maneiras em que o
microcomputador pode auxiliar o processo pedagógico:
A - Instrução Programada
Instrução programada é um método de instrução através do
qual o microcomputador é realmente colocado na posição de
quem ensina ao aluno. O termo "CAI", do inglês "Computer
Assisted Instruction", tem sido freqüentemente utilizado para
se referir a esta modalidade de utilização do
microcomputador na educação.
Em termos quantitativos, esta é a forma mais difundida de
utilização do microcomputador na educação. É usada em
escolas, em educação industrial e treinamento
empresarial, na formação militar, e em várias outras
instituições que possuem objetivos educacionais. Os que
adotam essa forma de utilização do
microcomputador na educação o veem, basicamente, com um
recurso ou auxilio instrucional que facilita o atingimento de certos
objetivos educacionais tradicionais, através de métodos também
fundamentalmente convencionais. Em escolas, essa abordagem
frequentemente resulta na utilização do microcomputador
virtualmente como uma máquina de ensinar, ou como um
sofisticado equipamento audiovisual que ensina fatos, conceitos
ou habilidades aos alunos, dentro do contexto curricular regular
da escola. Ocasionalmente, alguns métodos menos
convencionais, como simulações e jogos, são acoplados à
instrução programada, mas a maior parte das vezes a instrução
programada através do microcomputador se resume a exercícios
do tipo repetitivo, para fixação ou recuperação, a tutorias e a
demonstrações.
B - Simulações e Jogos
Uma simulação é um modelo; é algo que pretende imitar um
sistema, real ou imaginário com base em uma teoria da
operação
daquele sistema que o simulador tem em mente. Uma das
principais utilizações de computadores nas forças armadas e
no governo tem sido para simular alguns ambientes, a fim de
testar os efeitos, sobre aqueles ambientes, de várias formas
de intervenção. Esse tipo de simulação muito complexa
normalmente exige equipamentos de grande porte para poder
ser implementado. Mas esse não é o único tipo de simulação
possível. Hoje em dia, microcomputadores já têm a
capacidade de simular sistemas razoavelmente complexos.
Eles podem ser programados para responder a determinadas
intervenções de maneiras realísticas e predizíeis e, sem
dúvida, podem processar quantidades significativas de dados.
C - Aprendizagem por Descoberta
Há, hoje em dia, várias linguagens de programação voltadas
para a área da educação. Dessas, a mais antiga e mais
famosa é LOGO.
D - Pacotes Aplicativos
Por fim vejamos algo do uso, em contextos
educacionais, de pacotes aplicativos
genéricos, como processadores de
texto, gerenciadores de bancos de dados, planilhas
eletrônicas etc.
Normalmente, não se considera o uso desses
aplicativos como tendo importante significado
pedagógico. Contudo, muitos educadores e muitas
escotas têm concluído que seu uso não só é uma
maneira interessante e útil de introduzir os alunos
ao computador, como é um excelente recurso para
prepará-los para o uso regular do computador em
suas vidas.
DIFICULDADES PRINCIPAIS PARA A INTRODUÇÃO DO
COMPUTADOR NA ESCOLA
Quais as principais dificuldades que devem enfrentar as
propostas de introdução do computador na escola?
A - Custo do Equipamento
Apesar da redução do custo do hardware dos computadores
que tem acontecido até mesmo no Brasil, é possível que o
custo de software educacional de qualidade não seja
reduzido na mesma proporção. Logo, uma das principais
dificuldades a serem enfrentadas pelas propostas de
introdução do computador na escola será de natureza
econômico-financeira. Embora escolas particulares de lº e 2º
Graus possam ter maneiras de equacionar essa
dificuldade, isso dificilmente acontecerá na rede pública, a
menos que haja um esforço concentrado do governo, dos
fabricantes e da sociedade em geral, nesse sentido.
B - Inexistência de Software
A segunda grande dificuldade será a produção de software
educacional de qualidade. A produção de software
educacional de alta qualidade técnica e com sofisticação
pedagógica é um desafio ao qual nem mesmo as nações
mais desenvolvidas têm conseguido fazer frente. Para a
produção desse tipo de software teríamos que contar com
analistas e programadores trabalhando em cooperação com
especialistas em desenvolvimento de materiais
instrucionais, em metodologia de ensino, em psicologia da
aprendizagem, em avaliação educacional etc. Hoje em dia, na
maior parte dos casos, esses profissionais não estão sequer
conversando uns com os outros - quanto mais trabalhando
juntos! O que temos, hoje, em termos de software
educacional, com raríssimas exceções, não passa de material
ingênuo, do ponto de vista pedagógico, elaborado, via de
regra, por analistas e programadores que, na melhor das
hipóteses, são tecnicamente capazes, mas não conhecem o
"be-a-bá" da educação.
C - Recursos Humanos
A terceira grande dificuldade será recursos
humanos, envolvendo o treinamento de professores para a
utilização competente do computador em seu trabalho, de
especialistas nas várias áreas da educação, para trabalhar
conjuntamente com analistas e programadores, e de
especialistas em computação, para trabalhar conjuntamente
com especialistas em educação. Sem um trabalho sério
nesse sentido, os projetos dificilmente serão bem
sucedidos, mesmo que haja recursos e que apareça software
educacional de qualidade. Não é exagerado dizer que nem
mesmo os melhores projetos de utilização do computador na
educação terão a mínima condição de serem bem sucedidos
sem que o problema de formação de recursos humanos seja
favoravelmente equacionado.
D - Barreiras às Inovações Tecnológicas
A quarta dificuldade surgirá do fato de que escolas, enquanto
instituições sociais, são muito conservadoras, resistindo
sempre, às vezes com vigor, mesmo às mais tímidas
tentativas de mudança da ordem estabelecida. Especialmente
quando se trata da introdução de inovações
tecnológicas, então a escola encontra as mais variadas
maneiras de resistir. Será necessário todo um processo de
sensibilização da escola. Mas essa tarefa só surtirá efeitos
reais quando os proponentes da introdução do computador
na educação puderem mostrar resultados reais - e isso nos
traz à próxima dificuldade.
E - A Falta de Paciência
A quinta dificuldade será impaciência - de pais, de alunos, de
professores, de fabricantes de computadores, de produtores
de softwares, da sociedade em geral. Esta impaciência
surgirá porque todas essas dificuldades que estamos
apontando exigem tempo, e bastante tempo, para serem
equacionadas. A exploração do pleno
potencial do computador na educação fará com
que, eventualmente, aconteçam mudanças significativas na
maneira de ensinar e de aprender das pessoas. Até que isso
aconteça, teremos que freqüentemente conviver com
sistemas híbridos, em que um poderoso recurso como o
computador terá que conviver com meios de ensinar e
aprender bastante convencionais e tradicionais. Se porém
novas maneiras de ensinar e aprender, envolvendo o
computador, têm que ser
encontradas, descobertas, inventadas, todos nós, educadores
e demais pessoas, precisamos dar tempo para que as
experiências e as explorações aconteçam, com calma, sem
apressar indevidamente o processo cobrando resultados
imediatos. Precisamos, talvez, suspender nossos julgamentos
negativos, conter nosso ímpeto de exigir transformações
sensíveis de uma hora para outra e permitir que o vagaroso
processo de criação de novos materiais instrucionais e
curriculares, envolvendo o computador, emerjam.
REFERENCIAS
ALMEIDA, M E de. Informática e formação de
professores. Brasília: Ministério da Educação, 2000.
BORGES NETO, H. Uma classificação sobre a
utilização do computador pela escola. Revista
Educação em Debate, ano 21, v. 1, n. 27, p. 135138, Fortaleza, 1999.
FERREIRA, A. L. D. Informática educativa na
educação infantil: Riscos e Benefícios. Fortaleza:
Universidade Federal do Ceará-UFC, 2000. Monografia
(Especialização em Informática Educativa)..
LUFT, C.P Dicionário Luft. São Paulo: Atica, 2006.
VALENTE, J. A. Computadores e
conhecimento: repensando a educação. Campinas:
UNICAMP. 1993.