Este manual de procedimentos descreve os processos e normas a seguir pela biblioteca escolar para organizar e gerir seu acervo. Inclui informações sobre a seleção de materiais, tratamento técnico, catalogação, empréstimos e implementação inicial de uma biblioteca digital.
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Manual
de
procedimentos
Biblioteca
Escolar
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2021
Manual de procedimentos Biblioteca Escolar
Conteúdo
1. INTRODUÇÃO ....................................................................ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.
2 - SELEÇÃO / AQUISIÇÃO DO FUNDO DOCUMENTAL ..............ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.
3 - PROCEDIMENTO PARA O TRATAMENTO TÉCNICO DOCUMENTALERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.
3.1 - ENTRADA DO DOCUMENTO.........................................ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.
3.2 - REGISTO ....................................................................ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.
3.2.1. REGISTO DE MONOGRAFIAS, OBRAS DE REFERÊNCIA E MATERIAIS NÃO LIVRO ....... ERROR!
BOOKMARK NOT DEFINED.
3.2.2. REGISTO DE PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS / MANUAIS ESCOLARES. ERROR! BOOKMARK NOT
DEFINED.
3.3 – CARIMBAGEM...........................................................ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.
3.3.1. CARIMBAGEM DE MONOGRAFIAS .............................ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.
3.3.2. CARIMBAGEM DE PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS / MANUAIS ESCOLARESERROR! BOOKMARK NOT
DEFINED.
3.3.3. CARIMBAGEM DE MATERIAL NÃO LIVRO.....................ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.
3.4 – CATALOGAÇÃO ......................................................................................................5
3.4.1.FUNDO ADULTOS – MONOGRAFIAS ............................ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.
3.4.2. FUNDO INFANTO-JUVENIL..........................................ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.
3.4.3.FUNDO ÁUDIO.........................................................................................................6
3.4.4.FUNDO VÍDEO (CD/DVD).......................................................................................6
3.4.5. RECURSOS ELETRÓNICOS (CDR/DVD) E RECURSOS DE INTERNETERROR! BOOKMARK NOT
DEFINED.
3.4.6. ENCABEÇAMENTOS / CABEÇALHOS .........................................................................7
3.4.7. CONTROLE DE AUTORIDADE......................................ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.
3.5 CLASSIFICAÇÃO..........................................................................................................8
3.6 – INDEXAÇÃO .............................................................................................................8
3.7 – COTAÇÃO...............................................................................................................9
3.8 – ARRUMAÇÃO.........................................................................................................10
3.9 – ARQUIVO...............................................................................................................10
4. DIFUSÃO DA INFORMAÇÃO .............................................................................................10
5. EMPRÉSTIMO...................................................................................................................10
6. BIBLIOTECA DIGITAL ........................................................................................................11
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1. Introdução
A necessidade de rentabilizar recursos no sentido de promover a eficiência e eficácia
dos serviços da Biblioteca levou à necessidade de se produzir o presente Manual de
Procedimentos, visando permitir a uniformização, a normalização e a continuidade
das decisões, procedimentos e critérios adotados na Biblioteca Escolar.
Este documento, enquanto instrumento norteador de funcionamento da Biblioteca da
Escola Básica Dr. José Domingues dos Santos (EBDJDS) e facilitador de procedimentos
que permitam uma melhor qualidade de resposta aos utilizadores, contém os
princípios, normas, diretrizes e procedimentos operacionais a observar no tratamento
técnico dos documentos.
Constitui-se ainda como um documento em aberto e em reestruturação conforme as
necessidades de revisão ou atualização das medidas técnicas, entre as quais o
tratamento documental nas suas várias componentes, que estabelece o circuito do
documento nas bibliotecas da rede.
O circuito documental inerente às Bibliotecas – Seleção / Aquisição / Carimbagem /
Registo / Catalogação / Classificação / Indexação / Cotação / Arrumação nas
Estantes – será, no presente documento, agrupado em três itens:
• Seleção / Aquisição do Fundo Documental;
• Procedimento para o tratamento técnico documental;
• Difusão da informação.
Este documento contempla ainda procedimentos básicos, ainda que rudimentares,
relativos à criação/implementação de uma biblioteca digital que neste momento se
está a iniciar.
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2 - Seleção / Aquisição do fundo documental
A seleção e aquisição do fundo documental (nos diferentes suportes) regem-se por
critérios estabelecidos em documento próprio – Política de Desenvolvimento da
Coleção (PDC).
Não são necessárias coleções muito extensas para se ter uma boa biblioteca, mas é
essencial a diversidade de assuntos, a capacidade de atualização, o equilíbrio entre
suportes e uma boa organização.
Neste sentido, a equipa coordenadora da Biblioteca Escolar, responsável pela política
de aquisição, deverá tomar em consideração os dados da gestão (experiência), a
opinião/sugestão dos utilizadores, designadamente, o interesse e a curiosidade dos
alunos, bem como a especificidade das diferentes áreas disciplinares e não
disciplinares. Deverão ainda ter em conta:
• o Currículo Nacional;
• os objetivos definidos no Projeto Educativo da Escola;
• o equilíbrio entre os níveis de ensino existentes na escola;
• as necessidades educativas especiais e as origens multiculturais dos alunos.
O equilíbrio entre todos os suportes, que de uma maneira geral deve respeitar a
proporcionalidade de 3:1 relativamente ao material livro e não livro.
Entretanto, o processo de aquisição far-se-á de acordo com os procedimentos
definidos pelo Diretor e Serviços Administrativos da Escola.
3 – Procedimentos para o Tratamento Técnico Documental
3.1 - Entrada do documento
Qualquer documento que dê entrada na Biblioteca deve ser submetido a uma
verificação da sua integridade física:
• nas monografias e outro material livro: analisar-se-á se os mesmos não apresentam
falhas de impressão, páginas rasgadas, lombadas ou encadernação danificada;
• no material não livro: será testado o estado geral do documento, para verificar se
não apresenta erros de leitura, …
No caso de serem detetadas irregularidades deve ser dado conhecimento ao
professor bibliotecário.
3.2 - Registo
É a operação administrativa que tem como objetivo a atribuição de um número de
registo/inventário, sequencial, a cada documento (livro ou não livro), que constitui o
fundo documental. Mesmo tratando-se de documentos iguais, ou obras por volumes a
cada unidade física corresponde um número de registo distinto.
3.2.1. Registo de monografias, obras de referência e materiais não livro
Os procedimentos de registo, independentemente da forma como são efetuados
deverão contemplar os seguintes elementos:
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Número de registo; Data de entrada; Autor(es); Título; Local de edição; Editor; Edição;
Data de edição; Aquisição; CDU; Observações.
A coluna observações destina-se a registar aspetos relevantes da situação do
documento, nomeadamente:
a) abatido, no caso de documentos que se excluíram do fundo documental por falta
de atualidade ou inadequação ao fundo e a data do abate;
b) extraviado, no caso de documentos desaparecidos, igualmente com indicação
da data de constatação desse facto;
c) depósito, caso estejam retirados por falta de espaço ou pela sua raridade e valor;
d) requisitados permanentemente para salas de aula ou outros
espaços/departamentos;
e) menção de material acompanhante.
3.2.2. Registo de publicações periódicas/Manuais Escolares
Devido à sua estrutura e efemeridade, não haverá um número de registo, apenas se
colocará o carimbo de posse da BE.
3.3 – Carimbagem
O carimbo é a marca de posse. Há um carimbo redondo, grande, onde se apõe,
também, a cota; e há um carimbo mais pequeno, rectangular, para carimbar páginas
das monografias. Nunca deve ser colocado em cima de uma imagem ou de outra
ilustração, bem como numa página em que possa comprometer a mancha gráfica
do documento.
3.3.1. Carimbagem de Monografias
Carimbo de posse ou instituição (carimbo pequeno, retangular) - com o nome da
Escola e da Biblioteca Escolar; apõe-se nas de 50 em 50 páginas, ou a cada 100
páginas do livro, de acordo com a espessura deste.
Carimbo de registo (carimbo maior, retangular) - com a identificação da Biblioteca
Escolar e número de registo/inventário, colocado na página de rosto, no canto inferior
direito.
Carimbo de cota (carimbo circular) - com a identificação da Biblioteca Escolar onde
se apõe a cota do livro.
3.3.2. Carimbagem de Publicações periódicas/Manuais Escolares
Revistas – São carimbadas apenas com o carimbo de posse na página de sumário e
na última.
Jornais – São carimbados apenas com o carimbo de posse junto ao título.
Manuais Escolares - São carimbados apenas com o carimbo de posse, no canto
inferior direito da página de rosto.
3.3.3. Carimbagem de Material não livro
A carimbagem varia conforme o suporte, podendo utilizar-se a capa, folhetos
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acompanhantes e, eventualmente, o próprio suporte. Será colocada uma etiqueta
com o carimbo de registo, ou, quando mais conveniente, escrever-se-á com uma
caneta de acetato o nome da escola e o número de registo. No caso dos
audiovisuais, poderá ser colocada uma etiqueta autocolante com esse carimbo.
3.4 – Catalogação
Consiste em inscrever em catálogo elementos identificativos e descritivos, recolhidos
dos documentos que integram as coleções da BE, com vista à recuperação de
informação. A recolha é feita observando-se o que determinam as Regras Portuguesas
de Catalogação (RPC) e a International Standard Bibliographic Description (ISBD).
Os elementos da descrição – corpo da entrada – são distribuídos por zonas, possuindo
cada uma determinada fonte designada como “fontes principais de informação”.
Qualquer elemento retirado de outra fonte, que não a considerada principal, deve ser
referenciado entre parênteses retos [ ] ou dado em notas.
A catalogação BE do Agrupamento de Escolas Dr. José Domingues dos Santos
(AEDJDS) segue as Regras Portuguesas de Catalogação (RPC) e é feita pelos
elementos da equipa da BE (supervisionados pelo professor bibliotecário), utilizando
para efeito o Sistema de Gestão de Bibliotecas e Centros de Documentação Nyron; a
utilização deste Sistema permite a integração do catálogo da biblioteca do AEDJDS
no catálogo concelhio das bibliotecas escolares de Matosinhos, numa perspetiva de
partilha.
Os dados a introduzir serão os considerados obrigatórios nas RPC acrescidos dos dados
considerados obrigatórios no sistema UNIMARC.
Referem-se, de seguida, algumas especificações respeitantes aos vários fundos.
3.4.1. Fundo Adultos - Monografias
a) Só devem ser referidas as autorias principais. No caso de ilustradores, editores
literários, prefaciadores, etc., devem indicar-se sempre que essa informação vier
na página de rosto ou então caso se verifique pela análise do documento que
essa informação é essencial;
b) a menção de edição só deve ser usada para edições para além da primeira;
c) só em casos muito raros deve ser utilizado mais do que um local de edição e
editor. Aqui devemos salvaguardar o caso do livro antigo, do fundo local e
reservados em que esta informação pode ser muito importante;
d) a referência à ilustração só deve ser utilizada quando assumir uma importância
relevante no conjunto do documento;
e) a menção de coleção é obrigatória;
f) em caso de dúvida devem ser consultadas as Regras Portuguesas de
Catalogação ou as diferentes ISBD.
3.4.2 Fundo Infanto-Juvenil
a) Além das autorias principais devem ser sempre mencionados os ilustradores;
b) a menção de edição só deve ser usada para edições para além da primeira;
c) a referência à ilustração é obrigatória;
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d) a menção da coleção é obrigatória.
3.4.3. Fundo Áudio
a) Os títulos de cada um dos temas que compõem o documento devem ser dados,
sempre que possível, em notas;
b) a referência às autorias deve ser exaustiva quanto a intérpretes e autores de
trechos musicais e letras, assim como, no caso da música pop, a indicação dos
produtores. Outro tipo de responsabilidades pode excluir-se a não ser que essa
informação se revele essencial;
c) no caso da música clássica, o autor do trecho, os intérpretes (individuais ou
grupos), os maestros e os solistas devem constituir autorias principais;
d) a indicação geral da natureza do documento é obrigatória;
e) a menção de edição só deve ser usada para edições para além da primeira;
f) a informação respeitante à coleção é obrigatória.
3.4.4. Fundo Vídeo (CD/DVD)
a) O título original bem como a tradução são obrigatórios;
b) se um dado filme se basear numa obra literária ou outra, deve estabelecer-se a
ligação entre o registo do vídeo e o da monografia, utilizando um dos campos de
ligação do bloco 4 (entradas relacionadas) do UNIMARC;
c) a referência às autorias deve ser exaustiva quanto a realizadores, produtores,
guionistas, intérpretes. Devem ser consideradas como autorias principais o
realizador e o produtor. No caso dos documentários “científicos” os conselheiros
técnicos devem ser considerados autorias de segundo nível;
d) no caso dos documentários e outros documentos de carácter informativo, e só
nestes, a sinopse deve ser dada, sempre que possível, em notas;
e) a menção de edição só deve ser usada para edições para além da primeira;
f) a informação respeitante à coleção é obrigatória;
g) a indicação geral da natureza do documento é obrigatória;
h) a menção de legendas ou traduções, assim como a faixa etária a que se destina,
deve ser dada em notas.
3.4.5. Recursos Eletrónicos (CDR/DVD) e Recursos de Internet
De acordo com a ISBD(ER) Recursos eletrónicos são todos os materiais controlados por
computador, o que inclui, p. ex. CDR, DVD, … com software ou outra informação e
recursos de Internet, sendo que a principal distinção entre estes recursos diz respeito ao
método de acesso: local ou remoto.
Dada a especificidade deste tipo de recursos refere-se, de seguida, os aspetos da ISBD
(ER) que devem ser considerados:
a) a indicação geral da natureza do documento é obrigatória [documento
eletrónico];
b) a menção de responsabilidade está relacionada também com funções como as
de designer, desenvolvimento de software e/ou produtos;
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c) no caso de recursos que são atualizados frequentemente, a referência à edição
deve ser omitida e deve ser introduzida uma nota apropriada;
d) na designação e extensão de alguns tipos de materiais sugere-se: multimédia
interativo; dados e programas, dados (2 ficheiros: 2 Mb) ou programas (1 ficheiro: 1
Mb);
e) nos recursos com acesso local utilizam-se os seguintes elementos: a designação
específica de material (obrigatório) e extensão e, também, as dimensões;
f) os requisitos do sistema são obrigatórios nas notas;
g) o modo de acesso é obrigatório para recursos com acesso remoto. Deve ser
precedida pela designação “Modo de acesso” (Ex: Modo de acesso: World Wide
Web. URL: http://www.sapo.pt).
3.4.6. Encabeçamentos / Cabeçalhos
O encabeçamento deve seguir, como base, as Regras Portuguesas de Catalogação
(RPC). Para além do que estas estipulam, deve-se ter em conta o seguinte:
a) nas obras onde a ilustração assume uma importância superior ao texto, o
encabeçamento deve ser feito pelo ilustrador;
b) no caso da música clássica, o encabeçamento é sempre o autor do trecho/obra,
enquanto nos outros géneros musicais o encabeçamento deve ser o intérprete;
c) nos documentos vídeo (filmes, documentários), o encabeçamento deve ser o
realizador;
d) no caso dos documentos multimédia, o encabeçamento deverá ser o produtor,
caso seja identificado, se não, será feito pelo título;
e) no caso de sites WEB ou outros recursos de Internet, o encabeçamento deverá ser
o autor da informação se tal se encontrar explícito, até ao máximo de 5 autores.
3.4.7. Controle de Autoridade
As autoridades, na medida em que constituem pontos de acesso a qualquer
catálogo, constituem um dos aspetos mais relevantes para assegurar a qualidade do
produto catalográfico e devem ser mantidos de acordo com normas estabelecidas e
feito sistematicamente o seu controlo. Independentemente da metodologia
implementada pelo sistema de gestão biblioteconómica, deve verificar-se
sistematicamente e com cuidado se uma dada autoridade já existe no sistema e só
depois decidir sobre a criação de uma nova entrada.
Assim, estabelecem-se alguns procedimentos para a criação de autoridades/autor:
a) sempre que for o caso, deve copiar-se o registo de autoridade já existente (na
base de dados concelhia);
b) ao criar-se uma nova autoridade (e isto vai acontecer sempre nos documentos
áudio, vídeo e multimédia) deve determinar-se com exatidão o nome, excluindo o
mais possível abreviaturas e acrónimos. Deve recolher-se o máximo de informação
possível sobre o autor, tal como datas de nascimento e morte, funções
desempenhadas quando tal se torne relevante para identificação inequívoca.
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3.5. Classificação
A classificação é fundamental no processo de gestão documental e informacional e
pode definir-se como uma tarefa que consiste em agrupar a
documentação/informação em classes hierárquicas. Esta tarefa permite recuperar os
documentos pelo seu conteúdo, isto é, pelos principais assuntos neles versados ou pelo
género literário a que pertencem.
Para os documentos impressos (Monografias, Publicações, etc.) deve utilizar-se a
Classificação Decimal Universal (CDU) procedendo-se à arrumação das espécies
documentais por áreas temáticas e possibilitando a recuperação de informação por
assunto. A CDU divide-se em 9 classes que se subdividem segundo o princípio dos
números decimais.
Os registos sonoros e audiovisuais são classificados com base na Tabela de
Classificação da FIAF (Federação Internacional de Arquivo de Filmes) e Tabela de
Autoridades da CDU.
O fundo documental da BE/AEDJDS está organizado de acordo com a Classificação
Decimal Universal (CDU) o que permite identificar o espaço físico e atribuir uma cota
aos documentos tornando possível o livre acesso. Os documentos são classificados de
acordo com o assunto principal, que determina a cota que é colocada na lombada,
e são arrumados na estante com o número de classe atribuído. A obra pode, assim, ser
localizada pelo utilizador, diretamente na estante ou na sequência de uma pesquisa
bibliográfica efetuada sobre o catálogo da biblioteca.
É de assinalar que, apesar de na folha de recolha se utilizar a notação completa, foi
decidido que na cota a notação seria simplificada (ver 2.7), dado o público a que se
destina. Devendo também, pelos mesmos motivos, ser utilizada uma tabela CDU,
abreviada, adaptada aos primeiros Ciclos.
Em situações de dúvida deve ser consultado o manual, “CDU – Classificação Decimal
Universal: Tabela de Autoridade”, editado pela Biblioteca Nacional.
3.6 – Indexação
A indexação é a fase do tratamento documental que visa sobretudo a recuperação
da informação essencial por parte do utilizador. Implica uma análise já não dos
conteúdos formais do documento (descrição física) mas do seu conteúdo informativo
(assunto).
Segundo a designação dada pela Norma Portuguesa NP3715 (1989), “Indexação é a
ação que consiste em descrever ou caracterizar um documento relativamente ao seu
conteúdo, representando esse conteúdo numa linguagem documental.” Assim,
deverão selecionar-se os conceitos a reter e escolher-se os descritores considerados
apropriados para a recuperação da informação.
Descritor é o termo que se utiliza em indexação para representar um determinado
conceito, por vezes, também considerado termo preferencial, conforme consta da
NP4036 (1993).
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Para retirar os descritores necessários ao preenchimento do catálogo de assuntos
sugere-se a utilização (sempre que possível e para facilitar os procedimentos) da
tabela abreviada da CDU. Tal não implica que se não recorra a outras fontes de
indexação (ex. “Lista de Cabeçalhos de Assuntos para Bibliotecas”, Thesauri de
Educação da UNESCO, etc.).
Apesar de facilmente se poderem encontrar muitas palavras-chave para cada
documento, o mais aconselhado será extrair de cada obra o máximo de três
conceitos.
Nos documentos não escritos (audiovisuais, visuais ou sonoros e outros) nem sempre é
possível analisar o registo na sua totalidade pelo que a indexação é feita com base no
título ou resumo/sinopse.
3.7 – Cotação
Após a classificação e catalogação dos documentos estes são cotados. A cotação é
a fase do tratamento documental em que a cada documento é atribuído um código
que permite a sua arrumação nas estantes. Trata-se, pois, de um código que permite a
fácil localização de um documento no conjunto das obras existentes.
As cotas dos documentos são simplificadas por forma a serem rapidamente
identificadas/localizadas. Por isso, optou-se pela notação geral da CDU até quatro
dígitos, o que não significa que não possa haver casos em que haja necessidade de
se especificar mais.
A cota é formada pela notação CDU (simplificada) + três primeiras letras (maiúsculas)
do apelido do autor + as três primeiras letras do título (maiúsculas), deixando em
aberto a possibilidade de se especificar mais qualquer dos itens para permitir distinguir
e ordenar alfabeticamente os vários títulos de um mesmo autor.
Assim, a título de exemplo, o livro A espada do rei Afonso, de Alice Vieira terá a
087.5
VIE
ESP
Depois de ter sido atribuída uma cota a cada documento, aquela inscreve-se numa
pequena etiqueta, que se cola na lombada do documento, sempre à mesma
distância (2 cm) da extremidade inferior.
Para além da lombada, a cota é escrita também na página de rosto e no registo
bibliográfico.
No caso das obras em coleções que pela temática tratada interessa agrupar os títulos,
de modo a que fiquem juntos na estante, a componente alfabética da cota é
formada pelas 3 primeiras letras da coleção:
Assim, os títulos da coleção Descobrir da editora Civilização, terão a cota:
001
DES
No caso do Material Não Livro (DVD, CD-Áudio, CD-ROM, VHS, …), 1ª linha: notação
(FIAF/CDU); 2ª linha: 3 primeiras letras do título e o número de registo do documento.
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Os artigos definidos e indefinidos que aparecem no início dos títulos não são tidos em
conta para o efeito de cota, usando-se as iniciais da palavra imediatamente a seguir.
3.8 – Arrumação
O fundo documental, está arrumado com base na cota (CDU); está disposto por
assunto e dentro deste por ordem alfabética do apelido do autor, ou do título quando
aquele estiver ausente.
A sinalização das estantes e prateleiras assume, neste sistema, particular importância,
atendendo ao facto de os documentos serem disponibilizados em regime de livre
acesso. Assim, as estantes deverão estar encimadas por um porta título identificativo
das grandes classes da CDU, e no rosto das prateleiras das estantes, deverão estar
indicadas as subdivisões dessa classe:
Exemplo:
Porta título: 5 – Matemática e Ciências Naturais
Prateleira da estante: 51 - Matemática
As obras de referência e as publicações periódicas serão organizadas em estantes
próprias, e os documentos não livro no mobiliário específico.
Quando retirado da estante e após consulta, um documento deverá ser colocado no
carrinho porta-documentos ou no balcão de atendimento, para ser arrumado pela
equipa técnica da biblioteca.
3.9 – Arquivo
O arquivo dos documentos reger-se-á pelas regras descritas na Política de
Desenvolvimento da Coleção no ponto relativo ao “Critérios de desbaste”.
Não serão permitidas cópias dos documentos eletrónicos por respeito dos direitos de
autor assim como só será utilizado software com licença para grupos.
4. Difusão da informação
De todos os documentos que entram na biblioteca, depois de passado o circuito de
tratamento documental é dada informação à comunidade escolar.
A biblioteca difunde ainda o seu acervo dinamizando várias atividades de divulgação
do fundo documental e de incentivo à leitura.
5. Empréstimo
Todos os documentos existentes na biblioteca do AEDJDS, com exceção dos
identificados com “Excluído de empréstimo” – DVD e os documentos considerados
como obras de referência que só são passíveis de consulta local – podem ser objeto
de empréstimo.
O empréstimo pode revestir as seguintes modalidades:
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a) O empréstimo domiciliário de qualquer documento;
b) O empréstimo para apoio em sala de aula;
c) O empréstimo ou uso local de documentos áudio, vídeo ou material informático;
d) O empréstimo inter-bibliotecas (com regulamento próprio).
De todos os documentos emprestados é elaborado um registo, usando para o efeito o
respetivo software de gestão, ou utilizando processos manuais de registo, caso o
serviço de empréstimo ainda não esteja automatizado.
No empréstimo domiciliário o utilizador poderá usufruir das seguintes condições:
Requisitar:
a) livros (até um máximo de 2), por 15 dias uteis, renovável até 2 vezes;
b) exemplares em qualquer suporte (até um máximo de 2), digital ou analógico
(DVD, VHS, CD…), por 5 dias úteis, não sendo passível de renovação e com
assinatura do EE na requisição.
6. Biblioteca Digital
A biblioteca digital surge, entre outras situações, da necessidade inerente ao
desenvolvimento das tecnologias e à sua utilização por parte da comunidade escolar,
à escassez de espaço para documentos físicos, ao preço mais aliciante para a
respetiva aquisição documental e à maior facilidade de gestão de empréstimos.
A biblioteca digital tem como finalidade a gestão de e-books através da infraestrutura
técnica da plataforma de livre acesso CALIBRE. A respetiva utilização (como a
inserção de metadados) obedece ao funcionamento do programa. Quanto aos
critérios para a sua constituição (qual o fundo documental virtual a incorporar a
biblioteca), pautar-se-ão pelas regras anteriormente referidas para o fundo físico.
Assim,
• Nos metadados do Calibre, o campo da esquerda deve inserir-se o nome do
autor tal como será utilizado nas pastas criadas para guardar o livro e no nome
do ficheiro quando for feito o download; no campo da direita (autor alfabetado)
deve ser apenas alfabetada para que na biblioteca online o ebook fique
ordenado pelo último nome do autor. Podem indicar-se até 3 autores
alfabetados (ordem inversa), separando os autores por & (E comercial) e não por
vírgulas. Nunca adicionar ao nome do responsável a indicação da função
(coord., por ex.), para que o mesmo autor, com livros diferentes, fique na mesma
pasta.
• O campo "Comentários" serve para se inserir mais algum dado sobre os autores
(indicar tradutores, por ex).