SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
Baixar para ler offline
A CERÂMICA DAS CALDAS DA
RAINHA
A primeira fase da cerâmica Caldense iniciou-se na década de 1820, com a
produção de D. Maria dos Cacos, caracterizada por uma só cor, verde-
cobre ou castanho-manganês de peças de tipo
utilitário (funcionalista) de
gosto popular.
Um segundo momento é marcado, em meados do
século, pela renovação introduzida por Manuel Cipriano
Gomes Mafra, mais tarde conduzida ao seu ponto mais
alto por Rafael Bordalo Pinheiro e seus discípulos, como por
exemplo Francisco Elias. As peças produzidas a partir de
então caracterizam-se pela profusão de modelos
formais, assim como por uma diversificada abordagem
de temas decorativos.
No último quartel do século XIX, a louça das Caldas, um tipo de faiança
fundamentalmente decorativa inspirada em motivos naturalistas,
constituía-se como a principal indústria local. Fabricaram-se jarras, pratos,
bilhas, potes e animais de louça.
Ramalho Ortigão comenta, assim, a olaria das Caldas: «uma notável
facilidade de imitação em grosso, e um vidro incomparável cobrindo todos
os produtos de um brilho luminoso, irisado, com um reflexo de água
tepidamente ao sol, banhando e envolvendo o barro como um inducto
Diamantino, translúcido, deslumbrante, maravilhoso».
Quem foi Rafael Bordallo-Pinheiro ?
Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro nasceu em Lisboa, 21 de
Março de 1846 e morreu a 23 de Janeiro de 1905.
Foi um artista português, de obra vasta dispersa por largas dezenas de
livros e publicações, criador do cartaz artístico em
Portugal, desenhador, aguarelista,ilustrador, decorador, caricaturista políti
co e social, jornalista, ceramista e professor. O seu nome está
intimamente ligado à caricatura portuguesa, à qual deu um grande
impulso, imprimindo-lhe um estilo próprio que a levou a uma visibilidade
nunca antes atingida. É o autor da representação popular do Zé Povinho,
que se veio a tornar num símbolo, representando a preguiça e esperteza
do povo português e que criticava a corrupção dos políticos da altura,
fazendo um “manguito” a tudo que havia de errado no país. Experimentou
trabalhar o barro em 1885 e começou a produção de louça artística
na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha.
Novembro

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

A arte brasileira no final do império e inicio da república
A arte brasileira no final do império e inicio da repúblicaA arte brasileira no final do império e inicio da república
A arte brasileira no final do império e inicio da repúblicaCéu Barros
 
Debret clarice
Debret  clariceDebret  clarice
Debret clariceHermano
 
Arte no Brasil século XIX
Arte no Brasil século XIXArte no Brasil século XIX
Arte no Brasil século XIXWagner Louza
 
História da Arte: Arte brasileira 3
História da Arte: Arte brasileira 3História da Arte: Arte brasileira 3
História da Arte: Arte brasileira 3Raphael Lanzillotte
 
Revisão - História da Arte Brasileira
Revisão - História da Arte BrasileiraRevisão - História da Arte Brasileira
Revisão - História da Arte Brasileiraescola
 
História da arte brasileira
História da arte brasileiraHistória da arte brasileira
História da arte brasileiraEmilha Souza
 
Arte - Missão artística francesa
Arte - Missão artística francesa Arte - Missão artística francesa
Arte - Missão artística francesa Mary Alvarenga
 
A influencia da missão artistica francesa na arte brasileira
A influencia da missão artistica francesa na arte brasileiraA influencia da missão artistica francesa na arte brasileira
A influencia da missão artistica francesa na arte brasileiraAngeli Arte Educadora
 
Arte Brasileira; do Império à República
Arte Brasileira; do Império à RepúblicaArte Brasileira; do Império à República
Arte Brasileira; do Império à RepúblicaRobson Ferraz
 
Obras dos pintores artes
Obras dos pintores  artesObras dos pintores  artes
Obras dos pintores artesLeide Centurion
 
Século xix no brasil a modernização da arte
Século xix no brasil  a modernização da arteSéculo xix no brasil  a modernização da arte
Século xix no brasil a modernização da arteArtesElisa
 

Mais procurados (20)

Missao artística francesa
Missao artística  francesaMissao artística  francesa
Missao artística francesa
 
A arte brasileira no final do império e inicio da república
A arte brasileira no final do império e inicio da repúblicaA arte brasileira no final do império e inicio da república
A arte brasileira no final do império e inicio da república
 
Estilo neoclássico e missão francesa
Estilo neoclássico e missão francesaEstilo neoclássico e missão francesa
Estilo neoclássico e missão francesa
 
Era Vitoriana
Era VitorianaEra Vitoriana
Era Vitoriana
 
Debret clarice
Debret  clariceDebret  clarice
Debret clarice
 
Arte sec xix viajantes e academia 2016
Arte sec xix viajantes e academia 2016Arte sec xix viajantes e academia 2016
Arte sec xix viajantes e academia 2016
 
Arte no Brasil século XIX
Arte no Brasil século XIXArte no Brasil século XIX
Arte no Brasil século XIX
 
História da Arte: Arte brasileira 3
História da Arte: Arte brasileira 3História da Arte: Arte brasileira 3
História da Arte: Arte brasileira 3
 
A arte no brasil império
A arte no brasil impérioA arte no brasil império
A arte no brasil império
 
Revisão - História da Arte Brasileira
Revisão - História da Arte BrasileiraRevisão - História da Arte Brasileira
Revisão - História da Arte Brasileira
 
História da arte brasileira
História da arte brasileiraHistória da arte brasileira
História da arte brasileira
 
Candido Portinari
Candido PortinariCandido Portinari
Candido Portinari
 
Arte - Missão artística francesa
Arte - Missão artística francesa Arte - Missão artística francesa
Arte - Missão artística francesa
 
Aula 5 art em
Aula 5   art emAula 5   art em
Aula 5 art em
 
Arte popular brasileira 6o ano 2017
Arte popular brasileira 6o ano 2017Arte popular brasileira 6o ano 2017
Arte popular brasileira 6o ano 2017
 
A influencia da missão artistica francesa na arte brasileira
A influencia da missão artistica francesa na arte brasileiraA influencia da missão artistica francesa na arte brasileira
A influencia da missão artistica francesa na arte brasileira
 
Arte Brasileira; do Império à República
Arte Brasileira; do Império à RepúblicaArte Brasileira; do Império à República
Arte Brasileira; do Império à República
 
Obras dos pintores artes
Obras dos pintores  artesObras dos pintores  artes
Obras dos pintores artes
 
Cândido portinari
Cândido portinariCândido portinari
Cândido portinari
 
Século xix no brasil a modernização da arte
Século xix no brasil  a modernização da arteSéculo xix no brasil  a modernização da arte
Século xix no brasil a modernização da arte
 

Destaque

Miracle Crystal Herman Lighting Collection
Miracle Crystal Herman Lighting CollectionMiracle Crystal Herman Lighting Collection
Miracle Crystal Herman Lighting Collectionmiraclecrystal
 
Article: Arthur D. Little Energy Executive Newsletter
Article: Arthur D. Little Energy Executive NewsletterArticle: Arthur D. Little Energy Executive Newsletter
Article: Arthur D. Little Energy Executive NewsletterMaury Bronstein
 
Share 'hydrometeorologic hazards.pptx'
Share 'hydrometeorologic hazards.pptx'Share 'hydrometeorologic hazards.pptx'
Share 'hydrometeorologic hazards.pptx'Mafe Tajada
 
Literary terms
Literary termsLiterary terms
Literary termsMerve Kurt
 
English (literary elements and devices)
English (literary elements and devices)English (literary elements and devices)
English (literary elements and devices)Eemlliuq Agalalan
 
2016 1214 CBSS Joint Steering Committee Mtg
2016 1214 CBSS Joint Steering Committee Mtg2016 1214 CBSS Joint Steering Committee Mtg
2016 1214 CBSS Joint Steering Committee MtgConnectionsUMD
 
ZERO TOLERANCE- JULY - SEPTEMBER, 2016
ZERO TOLERANCE- JULY - SEPTEMBER, 2016ZERO TOLERANCE- JULY - SEPTEMBER, 2016
ZERO TOLERANCE- JULY - SEPTEMBER, 2016officialefcc
 
Royalty line catalog_2016_web
Royalty line catalog_2016_webRoyalty line catalog_2016_web
Royalty line catalog_2016_webMihail Cusnir
 

Destaque (11)

Miracle Crystal Herman Lighting Collection
Miracle Crystal Herman Lighting CollectionMiracle Crystal Herman Lighting Collection
Miracle Crystal Herman Lighting Collection
 
Article: Arthur D. Little Energy Executive Newsletter
Article: Arthur D. Little Energy Executive NewsletterArticle: Arthur D. Little Energy Executive Newsletter
Article: Arthur D. Little Energy Executive Newsletter
 
Share 'hydrometeorologic hazards.pptx'
Share 'hydrometeorologic hazards.pptx'Share 'hydrometeorologic hazards.pptx'
Share 'hydrometeorologic hazards.pptx'
 
Literary terms
Literary termsLiterary terms
Literary terms
 
canvas
canvas canvas
canvas
 
English (literary elements and devices)
English (literary elements and devices)English (literary elements and devices)
English (literary elements and devices)
 
2016 1214 CBSS Joint Steering Committee Mtg
2016 1214 CBSS Joint Steering Committee Mtg2016 1214 CBSS Joint Steering Committee Mtg
2016 1214 CBSS Joint Steering Committee Mtg
 
ZERO TOLERANCE- JULY - SEPTEMBER, 2016
ZERO TOLERANCE- JULY - SEPTEMBER, 2016ZERO TOLERANCE- JULY - SEPTEMBER, 2016
ZERO TOLERANCE- JULY - SEPTEMBER, 2016
 
Máscara
MáscaraMáscara
Máscara
 
Presentación power point julia
Presentación power point juliaPresentación power point julia
Presentación power point julia
 
Royalty line catalog_2016_web
Royalty line catalog_2016_webRoyalty line catalog_2016_web
Royalty line catalog_2016_web
 

Semelhante a Novembro

Indústria da cerâmica e porcelana
Indústria da cerâmica e porcelanaIndústria da cerâmica e porcelana
Indústria da cerâmica e porcelanaHugo Galvão
 
8o Ano- Aleijadinho
8o Ano- Aleijadinho8o Ano- Aleijadinho
8o Ano- AleijadinhoArtesElisa
 
Arte colonial e rococó
Arte colonial  e rococóArte colonial  e rococó
Arte colonial e rococóClaudio Bastos
 
Apresentação artes visuais – arte brasileira
Apresentação   artes visuais – arte brasileiraApresentação   artes visuais – arte brasileira
Apresentação artes visuais – arte brasileiraEduardo Becker Jr.
 
Indústria da-cerâmica-e-porcelana
Indústria da-cerâmica-e-porcelanaIndústria da-cerâmica-e-porcelana
Indústria da-cerâmica-e-porcelanaHugo Galvão
 
Missão artística francesa 3
Missão artística francesa 3Missão artística francesa 3
Missão artística francesa 3Cristiane Costa
 
A escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reis
A escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reisA escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reis
A escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reisAntónio Silva
 
Aula 3 ef - artes
Aula 3   ef - artesAula 3   ef - artes
Aula 3 ef - artesWalney M.F
 
arte_2serie_Slide aula 10.pptx
arte_2serie_Slide aula 10.pptxarte_2serie_Slide aula 10.pptx
arte_2serie_Slide aula 10.pptxPauloRocha922779
 
Artistas e Músicos República 8ºC
Artistas e Músicos República 8ºCArtistas e Músicos República 8ºC
Artistas e Músicos República 8ºCMichele Pó
 
Indústria da-cerâmica-e-porcelana
Indústria da-cerâmica-e-porcelanaIndústria da-cerâmica-e-porcelana
Indústria da-cerâmica-e-porcelanaPavel Mocan
 
Modernismo brasileiro2
Modernismo brasileiro2Modernismo brasileiro2
Modernismo brasileiro2CEF16
 

Semelhante a Novembro (20)

Indústria da cerâmica e porcelana
Indústria da cerâmica e porcelanaIndústria da cerâmica e porcelana
Indústria da cerâmica e porcelana
 
8o Ano- Aleijadinho
8o Ano- Aleijadinho8o Ano- Aleijadinho
8o Ano- Aleijadinho
 
Arte colonial e rococó
Arte colonial  e rococóArte colonial  e rococó
Arte colonial e rococó
 
Apresentação artes visuais – arte brasileira
Apresentação   artes visuais – arte brasileiraApresentação   artes visuais – arte brasileira
Apresentação artes visuais – arte brasileira
 
Indústria da-cerâmica-e-porcelana
Indústria da-cerâmica-e-porcelanaIndústria da-cerâmica-e-porcelana
Indústria da-cerâmica-e-porcelana
 
Missão artística francesa 3
Missão artística francesa 3Missão artística francesa 3
Missão artística francesa 3
 
História da arte no Brasil
História da arte no BrasilHistória da arte no Brasil
História da arte no Brasil
 
A escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reis
A escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reisA escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reis
A escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reis
 
Aula 3 ef - artes
Aula 3   ef - artesAula 3   ef - artes
Aula 3 ef - artes
 
BARROCO NO BRASIL
BARROCO NO BRASILBARROCO NO BRASIL
BARROCO NO BRASIL
 
arte_2serie_Slide aula 10.pptx
arte_2serie_Slide aula 10.pptxarte_2serie_Slide aula 10.pptx
arte_2serie_Slide aula 10.pptx
 
Artistas e Músicos República 8ºC
Artistas e Músicos República 8ºCArtistas e Músicos República 8ºC
Artistas e Músicos República 8ºC
 
Indústria da-cerâmica-e-porcelana
Indústria da-cerâmica-e-porcelanaIndústria da-cerâmica-e-porcelana
Indústria da-cerâmica-e-porcelana
 
O ouro e o barroco
O ouro e o barrocoO ouro e o barroco
O ouro e o barroco
 
Artistas plásticos brasileiros
Artistas plásticos brasileirosArtistas plásticos brasileiros
Artistas plásticos brasileiros
 
Centro de ensino edison lobão1
Centro de ensino edison lobão1Centro de ensino edison lobão1
Centro de ensino edison lobão1
 
Modernismo Modernismo
Modernismo   ModernismoModernismo   Modernismo
Modernismo Modernismo
 
7ºano.pdfslideshare
7ºano.pdfslideshare7ºano.pdfslideshare
7ºano.pdfslideshare
 
Texto
TextoTexto
Texto
 
Modernismo brasileiro2
Modernismo brasileiro2Modernismo brasileiro2
Modernismo brasileiro2
 

Mais de BibliotecaLavra

Concurso da Sardinha .pptx
Concurso da Sardinha .pptxConcurso da Sardinha .pptx
Concurso da Sardinha .pptxBibliotecaLavra
 
BalançoAtividadesBE.pptx
BalançoAtividadesBE.pptxBalançoAtividadesBE.pptx
BalançoAtividadesBE.pptxBibliotecaLavra
 
FormaçãoUtilizadores.pptx
FormaçãoUtilizadores.pptxFormaçãoUtilizadores.pptx
FormaçãoUtilizadores.pptxBibliotecaLavra
 
Manual de procedimentos EBDJDS.pdf
Manual de procedimentos EBDJDS.pdfManual de procedimentos EBDJDS.pdf
Manual de procedimentos EBDJDS.pdfBibliotecaLavra
 
Política de Desenvolvimento da Coleção AEDJDS.pdf
Política de Desenvolvimento da Coleção AEDJDS.pdfPolítica de Desenvolvimento da Coleção AEDJDS.pdf
Política de Desenvolvimento da Coleção AEDJDS.pdfBibliotecaLavra
 
regimento BE_2021-24.pdf
regimento BE_2021-24.pdfregimento BE_2021-24.pdf
regimento BE_2021-24.pdfBibliotecaLavra
 
PAA.BE_22-23 Teresa (2).pdf
PAA.BE_22-23 Teresa (2).pdfPAA.BE_22-23 Teresa (2).pdf
PAA.BE_22-23 Teresa (2).pdfBibliotecaLavra
 
Latitudes da Língua Portuguesa.pdf
Latitudes da Língua Portuguesa.pdfLatitudes da Língua Portuguesa.pdf
Latitudes da Língua Portuguesa.pdfBibliotecaLavra
 
RI 2021-25_julho2022.pdf
RI 2021-25_julho2022.pdfRI 2021-25_julho2022.pdf
RI 2021-25_julho2022.pdfBibliotecaLavra
 
Projeto Educativo21-25.pdf
Projeto Educativo21-25.pdfProjeto Educativo21-25.pdf
Projeto Educativo21-25.pdfBibliotecaLavra
 
RISE UP_crianças e jovens.pdf
RISE UP_crianças e jovens.pdfRISE UP_crianças e jovens.pdf
RISE UP_crianças e jovens.pdfBibliotecaLavra
 
Latitudes da Língua Portuguesa.pptx
Latitudes da Língua Portuguesa.pptxLatitudes da Língua Portuguesa.pptx
Latitudes da Língua Portuguesa.pptxBibliotecaLavra
 
Projeto educativo 2021 2025
Projeto educativo 2021 2025Projeto educativo 2021 2025
Projeto educativo 2021 2025BibliotecaLavra
 

Mais de BibliotecaLavra (20)

Concurso da Sardinha .pptx
Concurso da Sardinha .pptxConcurso da Sardinha .pptx
Concurso da Sardinha .pptx
 
A Viagem dos Livros.pdf
A Viagem dos Livros.pdfA Viagem dos Livros.pdf
A Viagem dos Livros.pdf
 
BalançoAtividadesBE.pptx
BalançoAtividadesBE.pptxBalançoAtividadesBE.pptx
BalançoAtividadesBE.pptx
 
FormaçãoUtilizadores.pptx
FormaçãoUtilizadores.pptxFormaçãoUtilizadores.pptx
FormaçãoUtilizadores.pptx
 
Manual de procedimentos EBDJDS.pdf
Manual de procedimentos EBDJDS.pdfManual de procedimentos EBDJDS.pdf
Manual de procedimentos EBDJDS.pdf
 
Política de Desenvolvimento da Coleção AEDJDS.pdf
Política de Desenvolvimento da Coleção AEDJDS.pdfPolítica de Desenvolvimento da Coleção AEDJDS.pdf
Política de Desenvolvimento da Coleção AEDJDS.pdf
 
regimento BE_2021-24.pdf
regimento BE_2021-24.pdfregimento BE_2021-24.pdf
regimento BE_2021-24.pdf
 
PAA.BE_22-23 Teresa (2).pdf
PAA.BE_22-23 Teresa (2).pdfPAA.BE_22-23 Teresa (2).pdf
PAA.BE_22-23 Teresa (2).pdf
 
Latitudes da Língua Portuguesa.pdf
Latitudes da Língua Portuguesa.pdfLatitudes da Língua Portuguesa.pdf
Latitudes da Língua Portuguesa.pdf
 
RI 2021-25_julho2022.pdf
RI 2021-25_julho2022.pdfRI 2021-25_julho2022.pdf
RI 2021-25_julho2022.pdf
 
Projeto Educativo21-25.pdf
Projeto Educativo21-25.pdfProjeto Educativo21-25.pdf
Projeto Educativo21-25.pdf
 
RISE UP_crianças e jovens.pdf
RISE UP_crianças e jovens.pdfRISE UP_crianças e jovens.pdf
RISE UP_crianças e jovens.pdf
 
Latitudes da Língua Portuguesa.pptx
Latitudes da Língua Portuguesa.pptxLatitudes da Língua Portuguesa.pptx
Latitudes da Língua Portuguesa.pptx
 
Projeto educativo 2021 2025
Projeto educativo 2021 2025Projeto educativo 2021 2025
Projeto educativo 2021 2025
 
A Terra e a Vida
A Terra e a VidaA Terra e a Vida
A Terra e a Vida
 
Janeiro 2015
Janeiro 2015Janeiro 2015
Janeiro 2015
 
Abril 2015
Abril 2015Abril 2015
Abril 2015
 
Novembro
NovembroNovembro
Novembro
 
Peça do mês de junho
Peça do mês de junhoPeça do mês de junho
Peça do mês de junho
 
Diploma da 4ª classe
Diploma da 4ª classeDiploma da 4ª classe
Diploma da 4ª classe
 

Último

DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficasprofcamilamanz
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfjanainadfsilva
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfAlissonMiranda22
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Transformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx GeometriaTransformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx Geometriajucelio7
 
caderno de matematica com as atividade e refrnciais de matematica ara o fu...
caderno de matematica  com  as atividade  e refrnciais de matematica ara o fu...caderno de matematica  com  as atividade  e refrnciais de matematica ara o fu...
caderno de matematica com as atividade e refrnciais de matematica ara o fu...EvandroAlvesAlves1
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfIvoneSantos45
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 

Último (20)

DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Transformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx GeometriaTransformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx Geometria
 
caderno de matematica com as atividade e refrnciais de matematica ara o fu...
caderno de matematica  com  as atividade  e refrnciais de matematica ara o fu...caderno de matematica  com  as atividade  e refrnciais de matematica ara o fu...
caderno de matematica com as atividade e refrnciais de matematica ara o fu...
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 

Novembro

  • 1. A CERÂMICA DAS CALDAS DA RAINHA A primeira fase da cerâmica Caldense iniciou-se na década de 1820, com a produção de D. Maria dos Cacos, caracterizada por uma só cor, verde- cobre ou castanho-manganês de peças de tipo utilitário (funcionalista) de gosto popular. Um segundo momento é marcado, em meados do século, pela renovação introduzida por Manuel Cipriano Gomes Mafra, mais tarde conduzida ao seu ponto mais alto por Rafael Bordalo Pinheiro e seus discípulos, como por exemplo Francisco Elias. As peças produzidas a partir de então caracterizam-se pela profusão de modelos formais, assim como por uma diversificada abordagem de temas decorativos. No último quartel do século XIX, a louça das Caldas, um tipo de faiança fundamentalmente decorativa inspirada em motivos naturalistas, constituía-se como a principal indústria local. Fabricaram-se jarras, pratos, bilhas, potes e animais de louça. Ramalho Ortigão comenta, assim, a olaria das Caldas: «uma notável facilidade de imitação em grosso, e um vidro incomparável cobrindo todos os produtos de um brilho luminoso, irisado, com um reflexo de água
  • 2. tepidamente ao sol, banhando e envolvendo o barro como um inducto Diamantino, translúcido, deslumbrante, maravilhoso». Quem foi Rafael Bordallo-Pinheiro ? Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro nasceu em Lisboa, 21 de Março de 1846 e morreu a 23 de Janeiro de 1905. Foi um artista português, de obra vasta dispersa por largas dezenas de livros e publicações, criador do cartaz artístico em Portugal, desenhador, aguarelista,ilustrador, decorador, caricaturista políti co e social, jornalista, ceramista e professor. O seu nome está intimamente ligado à caricatura portuguesa, à qual deu um grande impulso, imprimindo-lhe um estilo próprio que a levou a uma visibilidade nunca antes atingida. É o autor da representação popular do Zé Povinho, que se veio a tornar num símbolo, representando a preguiça e esperteza do povo português e que criticava a corrupção dos políticos da altura, fazendo um “manguito” a tudo que havia de errado no país. Experimentou trabalhar o barro em 1885 e começou a produção de louça artística na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha.