O documento discute espondilodiscite e síndrome da cauda equina. Apresenta conceitos, epidemiologia, fisiopatologia, clínica, diagnóstico e tratamento da espondilodiscite. Também discute a síndrome da cauda equina e cone medular, comparando suas características.
1. ESPONDILODISCITE e
SDs. CONE MEDULAR X CAUDA EQUINA
André Bione
MR1 Psiquiatria HUP-PE
Ruth Figueiredo
MR1 Clínica Médica HUOC-PE
Recife, 23 de Outubro de 2020
SEMINÁRIO – CLÍNICA MÉDICA
3. TEMAS PARA DISCUSSÃO
• CONCEITOS
• EPIDEMIOLOGIA
• CLÍNICA
• DIAGNÓSTICO
• TRATAMENTO
• PROGNÓSTICO
4. ESPONDILODISCITE
CONCEITOS
• EPIDEMIOLOGIA
• CLÍNICA
• DIAGNÓSTICO
• TRATAMENTO
• PROGNÓSTICO
Hipócrates e Galeno
Era PRÉ-ANTIBIÓTICOS, a chamada osteomielite vertebral
apresentava mortalidade de 25%
Atualmente, mortalidade é infrequente, mas morbidade é
bastante comum
5. ESPONDILODISCITE
CONCEITOS
• EPIDEMIOLOGIA
• CLÍNICA
• DIAGNÓSTICO
• TRATAMENTO
• PROGNÓSTICO
Hipócrates e Galeno
Era PRÉ-ANTIBIÓTICOS, a chamada osteomielite vertebral
apresentava mortalidade de 25%
Atualmente, mortalidade é infrequente, mas morbidade é
bastante comum
OSTEOMIELITE VERTEBRAL
= DISCITE
= ESPONDILODISCITE
6. ESPONDILODISCITE
• CONCEITOS
EPIDEMIOLOGIA
• CLÍNICA
• DIAGNÓSTICO
• TRATAMENTO
• PROGNÓSTICO
Raro: 1/100000 em países desenvolvidos Sinais e sintomas vagos : diagnóstico tardio
Aumento de incidência :
↑ uso de dispositivos intravasculares
↑ abuso de drogas EV
Homens : mulheres = 2:1
• Idade: pico na 5ª década
7. ESPONDILODISCITE
• CONCEITOS
EPIDEMIOLOGIA
• CLÍNICA
• DIAGNÓSTICO
• TRATAMENTO
• PROGNÓSTICO FATORES ETIOLÓGICOS
Patógenos:
o S. aureus (70%)
o Streptococcus sp.
o E.coli, Pseudomonas
Localização:
Lombar
Torácica
Cervical
VASCULARIZAÇÃO
13. ESPONDILODISCITE
• CONCEITOS
• EPIDEMIOLOGIA
• CLÍNICA
• DIAGNÓSTICO
• TRATAMENTO
• PROGNÓSTICO
FISIOPATOLOGIA
DISSEMINAÇÃO POR CONTIGUIDADE POR INFECÇÃO ADJACENTE
Infecção estabelecida adjacente à placa terminal vertebral.
Pode romper através dele no disco adjacente e infectar o próximo corpo vertebral.
O material do disco é relativamente avascular e é rapidamente destruído pelas
enzimas bacterianas.
14. ESPONDILODISCITE
• CONCEITOS
• EPIDEMIOLOGIA
• CLÍNICA
• DIAGNÓSTICO
• TRATAMENTO
• PROGNÓSTICO
FISIOPATOLOGIA
Coluna cervical: se a infecção penetra na fáscia pré-vertebral, pode se estender
para o mediastino
Coluna lombar: a formação de abscessos pode acompanhar o músculo psoas até a
fossa piriforme, região perianal e virilha.
15. ESPONDILODISCITE
• CONCEITOS
• EPIDEMIOLOGIA
• CLÍNICA
• DIAGNÓSTICO
• TRATAMENTO
• PROGNÓSTICO
FISIOPATOLOGIA
Ossos infectados ou tecido de granulação podem fazer compressão extrínseca no canal
espinhal, causando compressão neural ou oclusão vascular.
Extensão para o canal espinhal, pode resultar em abscesso epidural e meningite
bacteriana.
A destruição do corpo vertebral e do disco intervertebral pode potencialmente levar a
instabilidade e colapso.
16. ESPONDILODISCITE
• CONCEITOS
• EPIDEMIOLOGIA
• CLÍNICA
• DIAGNÓSTICO
• TRATAMENTO
• PROGNÓSTICO
FISIOPATOLOGIA
DISSEMINAÇÃO HEMATOGÊ̂NICA
Teoria Venosa
Batson: demonstrou fluxo retrógrado do plexo venoso pélvico para o plexo venoso
perivertebral via veias meningorraquidianas avalvares.
Teoria Arteriolar
Wiley and Trueta: bacteria pode se alojar na rede endoarteriolar próxima à placa
vertebral.
18. ESPONDILODISCITE
• CONCEITOS
• EPIDEMIOLOGIA
• CLÍNICA
• DIAGNÓSTICO
• TRATAMENTO
• PROGNÓSTICO
FISIOPATOLOGIA
DISSEMINAÇÃO HEMATOGÊ̂NICA
Em adultos, o ÊMBOLO SÉPTICO produz
grande infarto
A infecção se propaga e provoca lesão
característica:
FRATURAS EM CUNHA, com cavitações e
compressão com deformidade e risco de
compressão medular
19. ESPONDILODISCITE
• CONCEITOS
• EPIDEMIOLOGIA
• CLÍNICA
• DIAGNÓSTICO
• TRATAMENTO
• PROGNÓSTICO
FISIOPATOLOGIA
DISSEMINAÇÃO HEMATOGÊ̂NICA
A infecção se propaga aos tecidos moles
adjacentes, causando abscessos
paravertebrais
Assim, se extende posteriormente ao canal
espinhal formando um abscesso epidural
com risco de paraplegia, abscesso
subdural e meningite
20. ESPONDILODISCITE
• CONCEITOS
• EPIDEMIOLOGIA
CLÍNICA
• DIAGNÓSTICO
• TRATAMENTO
• PROGNÓSTICO
TENDE A SUBAGUDO
DOR VERTEBRAL PROFUNDA
CONTRATURA/ESPASMO MUSCULAR
FEBRE (APENAS 25%)
!!! SINAIS FLOGÍSTICOS PODEM ESTAR AUSENTES !!!
21. ESPONDILODISCITE
• CONCEITOS
• EPIDEMIOLOGIA
CLÍNICA
• DIAGNÓSTICO
• TRATAMENTO
• PROGNÓSTICO
TENDE A SUBAGUDO
DOR VERTEBRAL PROFUNDA
CONTRATURA/ESPASMO MUSCULAR
FEBRE (APENAS 25%)
!!! SINAIS FLOGÍSTICOS PODEM ESTAR AUSENTES !!!
SINAIS DE ALARME NA DOR VERTEBRAL:
IDADE <15 ou >55a
REGIÃO TORÁCICA
DOR NOTURNA
SINTOMAS CONSTANTES E PROGRESSIVOS
DÉFICIT NEUROLÓGICO FOCAL
HISTÓRIA DE MALIGNIDADE
USUÁRIO DE DROGAS IV
IMUNOCOMPROMETIDO
27. ESPONDILODISCITE
• CONCEITOS
• EPIDEMIOLOGIA
• CLÍNICA
DIAGNÓSTICO
• TRATAMENTO
• PROGNÓSTICO
O material de biópsia pode ser obtido através de um procedimento aberto ou
biópsia por agulha guiado por TC
No contexto da anormalidade radiográfica do tecido mole paravertebral, a biópsia
diagnóstica desta área pode ser razoável mesmo na ausência de um abscesso
paravertebral.
BIÓPSIA?
28. ESPONDILODISCITE
• CONCEITOS
• EPIDEMIOLOGIA
• CLÍNICA
• DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
• PROGNÓSTICO CLÍNICO X CIRÚRGICO ?
Só será cirúrgico quando houver:
• FALHA NO TRATAMENTO CLÍNICO
• Presença ou evolução com SINAIS NEUROLÓGICOS
• Drenagem de ABSCESSO PARAVERTEBRAL
31. ESPONDILODISCITE
• CONCEITOS
• EPIDEMIOLOGIA
• CLÍNICA
• DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
• PROGNÓSTICO CLÍNICO
INTERNAÇÃO HOSPITALAR
ANALGESIA
ANTIBIOTICOTERAPIA guiada por biópsia / hemoc. quando possível
ATB EMPÍRICA:
VANCOMICINA +
Ceftriaxona
OU Ciprofloxacino
OU Levofloxacino
OU Cefepime
Alternativas...
Linezolida/Daptomicina (MRSA)
Tazobactam-Piperacilina (Gram -)
NO MÍNIMO POR 8 SEMANAS!
32. ESPONDILODISCITE
• CONCEITOS
• EPIDEMIOLOGIA
• CLÍNICA
• DIAGNÓSTICO
• TRATAMENTO
PROGNÓSTICO
Após o advento dos ATB, mortalidade caiu de 25 para 5%
Morbidade neurológica costuma ser menor que 7%, porém aumenta
consideravelmente de acordo com a idade, assim como a mortalidade
Fatores de pior prognóstico: diagnóstico tardio, múltiplas comorbidades,
síndrome de fragilidade do idoso, endocardite infecciosa concomitante
33. SDs. CONE MEDULAR
X CAUDA EQUINA
Ruth Figueiredo
MR1 Clínica Médica HUOC-PE
André Bione
MR1 Psiquiatria HUP-PE
Recife, 23 de Outubro de 2020
36. DIAGNÓSTICO
• História Clinica
• Exame Neurológico: 1- Deficit Motor Ou Sensorial Em MMII
2- Arreflexia, Hipotonia e Atrofia
3- Anestesia Em Sela
4- Tônus Retal Ausente ou Diminuido
5- Reflexo Bulbocavernoso Ausente ou Diminuído
6- Retenção Urinária
37. DIAGNÓSTICO:
• Neuroimagem:
TC de Coluna Vertebral
RNM de Coluna Vertebral – Mandatória para determinação da
topografia da compressão, bem como da etiologia
• USG De Vias Urinárias
38. TRATAMENTO
• Intervenção Neurocirurgica Ou Ortopédica Imediata:
Descompressão Medular Com Laminectomia
• Bom Prognostico Se Realizado Em Até 48 Horas Do Quadro Inicial
39. SINAIS DE MAU PROGNOSTICO:
• Retenção urinária indolor --- alto VPP como sintoma isolado e
associado a desfechos piores, independente do momento da
descompressão.
CM: extremidade terminal da ME ----- L1
CE: grupo de Raizes Nervosas que se originam da extremidade distal da ME E FORNECEM INERVAÇÃO MOTORA E SENSORIAL AS PERNAS, PERINEO, BEXIGA E ANUS------- L1-L5.
As duas síndromes de sobrepõem na anatomia e na apresentação clínica.
SCE---PODE INCLUIR O CONE MEDULAR.
PODEM SE MANIFESTAR COMO DOR NAS COSTAS COM IRRADIAÇÃO PARA MMII, DISFUNÇÃO MOTORA E SENSORIAL DAS EXTREMIDADES INFERIORES, DISFUNÇÃO DE BEXIGA, INTESTINO, DISFUNÇÃO SEXUAL.
HOMEM JOVEM DEVIDO A MAIOR POSSIBILIDADE DE TRAUMA TORACOLOMBAR.
O DEFICIT MOTOR PODE SER ASSIMETRICO, CASO A LESÃO SEJA INCOMPLETA.