SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 36
Ciências Humanas e suas
tecnologias - Filosofia
Ensino Médio – 2ª Série
Interfaces do Conhecimento: Senso
Comum, Mito, Religião, Filosofia e Ciência
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
Um homem dirigia seu carro por uma estrada bem estreita de
montanha, daquelas que ficam à beira dos precipícios. Passando por uma
curva perigosa, defrontou-se com um outro carro na contramão. Fez
então um grande esforço para desviar, quase caindo no despenhadeiro. A
mulher que dirigia o carro na contramão pôs a cabeça fora e gritou:
“Porco!” O homem, sentindo-se ofendido e já furioso, pôs também a
cabeça fora e gritou: “Vaca!” Segundos depois, no final da curva, o
homem atropelou um porco que estava no meio da estrada.
Nossos sentimentos, preconceitos, esquemas mentais
condicionam nossa forma de ver o mundo?
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
Podemos confiar nos nossos sentidos?
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
Eles são
realmente
capazes de
perceber a
inteira
realidade?
Imagem:
"My
Wife
and
My
Mother-in-Law",
a
famous
optical
illusion.
Appears
in
Puck,
v.
78,
no.
2018
(1915
Nov.
6),
p.
11.
/
Public
Domain.
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
Será que o que vemos é somente sombra, cópia,
aparência das coisas verdadeiras, como sugerem Platão
ou o filme “Matrix”?
Imagem:
IES
MANUEL
GARCÍA
BARROS
A
ESTRADA-
PONTEVEDRA
/
Creative
Commons
Attribution-Share
Alike
2.0
Generic
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
Pode a nossa
consciência
chegar ao
conhecimento
das coisas
exteriores?
Imagem: Robert Fludd (1574-1637) / public domain.
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
É possível ao ser humano
chegar ao conhecimento das coisas?
POSTURA CÉTICA
POSTURA DOGMÁTICA
POSTURA RELATIVISTA
?
Se é possível, então de que de forma?
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
Senso comum
Mito
Religião
Filosofia
Ciência
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
Trata-se de uma “noção” ou de um saber
adquirido pelas pessoas em “geral” de modo
espontâneo, a partir das variadas experiências
do cotidiano. Um saber geralmente obtido pelos
sentidos, que não foi sistematizado ou
submetido à verificação rigorosa, como se faz no
âmbito científico, porém muito útil para guiar o
ser humano no seu dia a dia.
O conhecimento a partir do senso comum
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
Quando decidimos atravessar a rua e sabemos se
podemos passar devagar ou apressar os passos.
Quando comemos mamão ou ameixa para ajudar o intestino a funcionar melhor.
Quando corremos para tirar as roupas
do varal ao perceber que está ventando
e que o céu está nublado.
O conhecimento a partir do senso comum
Imagem:
Paulo
César
Santos
/
Creative
Commons
CC0
1.0
Universal
Public
Domain
Dedication.
Imagem:
Luis
Egidio
Meléndez
(1716-1780)
/
public
domain
.
Imagem:
Giulia
Ciappa
/
Creative
Commons
Attribution
2.0
Generic
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
Um saber que pode levar ao equívoco.
Marilena Chauí esclarece:
“O sol é menor do que a Terra. Quem duvidará disso
se, diariamente, vemos um pequeno círculo
avermelhado percorrer o céu indo de leste a oeste?
O sol se move em torno da Terra, que permanece
imóvel. Quem duvidará disso se diariamente vemos o
sol nascer, percorrer o céu e se por?
[...] A Astronomia demonstra que o sol é muitas vezes
maior do que a Terra e, desde Copérnico, que é a Terra
que se move em torno do sol.”
O conhecimento a partir do senso comum
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
Daquilo que eu sei
Nem tudo me deu clareza
Nem tudo foi permitido
Nem tudo me deu certeza...
Daquilo que eu sei
Nem tudo foi proibido
Nem tudo me foi possível
Nem tudo foi concebido...
Não fechei os olhos
Não tapei os ouvidos
Cheirei, toquei, provei
Ah Eu!
Usei todos os sentidos
Só não lavei as mãos
E é por isso que eu me sinto
Cada vez mais limpo!
Ivan Lins e Vitor Martins
'A'_(PSF).png: Pearson Scott Foresman / public domain
FILOSOFIA, 2º Ano
Tópico 2
O ser humano desde a antiguidade iniciou suas indagações sobre
o porquê das coisas. O Mito é uma das formas mais antigas de
fornecer respostas a tais indagações.
O Mito é um saber oral revelado e, por isso, inquestionável,
transmitido pelo poeta-profeta, que narra a origem de todas as
coisas.
Os principais mitos gregos que conhecemos são encontrados nas
obras de Homero, Ilíada e Odisseia, escritas por volta do século
VII a.C.
Zeus, considerado o deus dos deuses, Poseídon (dos oceanos e
dos mares), Hades (do mundo inferior), Apolo (do sol, das artes e
das profecias), Dionísio (do teatro, do vinho e das festas),
Afrodite (do amor e da beleza) são alguns dos deuses gregos
mais conhecidos.
O conhecimento a partir do Mito
FILOSOFIA, 2º Ano
Tópico 2
Eis algumas características do Mito:
Das relações sexuais entre os deuses tudo tem origem:
outros deuses, os titãs (semidivinos), os heróis (filho de um
deus com um humano), os humanos, as coisas, as
qualidades (bom, mal, escuro, justo...);
As coisas surgem no mundo a partir das relações e da
rivalidade entre os deuses (genealogias);
Os deuses recompensam ou castigam os humanos e
tomam partido em relação a eles;
O tempo que está na narração é um passado longínquo,
fabuloso;
As contradições não configuram problemas para os
ouvintes, dada a autoridade do narrador.
O conhecimento a partir do Mito
FILOSOFIA - 2 Ano
Tópico 2
Prometeu, criador e protetor da humanidade,
entrou no Olimpo e roubou uma centelha de
fogo para os humanos. Zeus, por esse e outros
fatos que se seguiram, ficou furioso e castigou
Prometeu acorrentando-o a um monte,
determinando que uma ave de rapina lhe
devoraria o fígado, que se regeneraria durante
a noite para que o castigo fosse eterno. Além
disso, mandou uma caixa de presente ao
casamento do irmão de Prometeu com
Pandora. Na caixa estavam contidas todas as
desgraças que recairiam sobre os humanos,
uma vez que a caixa fosse aberta. Curiosa e
imprudente, Pandora abriu a caixa.
Imagem: Jordiferrer
/ Creative
Commons Attributio
n-Share Alike 3.0
Unported
Imagem: Sailko
/ Creative
Commons Attributio
n-Share Alike 3.0
Unported
Imagem: Jules
Joseph Lefebvre /
Pandora, 1882 /
Private Collection
/ United States
public domain
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
“...banqueteavam-se os deuses, e entre os demais se encontrava também o
filho de Prudência, Poros, o esperto. Enquanto se banqueteavam,
aproximou-se Penia, a Penúria, para mendigar as sobras da festa, e sentou-
se à porta. Embriagado pelo néctar, pois o vinho ainda não existia, Poros se
encaminhou para os jardins de Zeus e lá adormeceu, dominado pela
embriaguez. Foi então que Penia, em sua miséria, desejou ter um filho de
Poros. Deitou-se a seu lado e concebeu a Eros, o amor.
[...] E por ser filho de Poros e Penia, Eros tem o seguinte fado: é pobre, e muito longe
está de ser delicado e belo, como todos vulgarmente pensam. Eros, na realidade, é
rude, é sujo, anda descalço, não tem lar, dorme no chão duro, junto aos umbrais das
portas, ou nas ruas, sem leito nem conforto. Segue nisso a natureza da mãe que vive
na miséria.
Por influência da natureza que recebeu do pai, Eros dirige a atenção para tudo que é
belo e gracioso: é bravo, audaz, constante e grande caçador: está sempre a deliberar
e urdir maquinações, a desejar e a adquirir conhecimentos, filosofa durante toda sua
vida; é grande feiticeiro, mago e sofista.
[...] Oscila, igualmente, entre a sabedoria e a tolice.”
Platão,
Banquete,
203b
Imagens de cima para baixo: (a) Helix84 / GNU Free Documentation License, (b) shakko / Creative
Commons Atribuição-Partilha nos Termos da Mesma Licença 3.0 Unported, (c) Jacopo
Tintoretto and/or Domenico Tintoretto / Alegoria da Prudência / United States public domain.
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
Trata-se de um tipo de conhecimento considerado infalível, indiscutível, exato, sagrado,
por ter sido revelado pelo sobrenatural. O conteúdo das revelações, em alguns casos,
está contido nos livros sagrados. Em geral apresenta de modo sistemático a origem, o
significado, a finalidade e o destino do ser humano, das coisas e do mundo, estabelecidos
pelo divino. Por isso mesmo é um saber que não pode ser verificado e que implica numa
atitude de fé para ser aceito.
O conhecimento religioso também nasceu da procura pela causa e pelo sentido do
mundo e das coisas. O ser humano, percebendo que há coisas da realidade em volta
dele que não dependem de sua ação, passou a considerar poderes superiores, forças
sobrenaturais, divindades. E buscou, através das várias religiões, meios para se
comunicar com eles.
As explicações da realidade provenientes da religião foram duramente criticadas no
âmbito filosófico sobretudo a partir da modernidade. Tais críticas, no entanto,
terminaram por ser, no sentido prático utilitarista, um certo reconhecimento da
importância da religião. Por exemplo, como forma de acalmar os medos, de contentar o
humano diante de sua impotência, de estabelecer regras e fixar valores. Um elemento
muito interessante da religião é o fato de ela, em alguns casos, render-se ao mistério.
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
Eis alguns dos livros considerados sagrados ou de grande importância doutrinal:
E algumas figuras que lembram as religiões mais antigas com tradição oral:
Imagens da esquerda para a direita: (a) O Livro dos Espíritos, 1864 / public domain, (b) A Bíblia de Gutenberg - Primeira Edição impressa da
Bíblia, 1455 / United States Public Domain, (c) Alcorão, por Roel Wiinants / Creative Commons Attribution-Share Alike 2.0 Generic, (d) A Torá /
public domain in the United States. (e) O Livro de Mórmon, Edição Soft Cover / public domain in the United States.
Imagens da esquerda para a direita: (a) Jorge Andrade / Creative Commons Attribution 2.0 Generic, (b) Mysticvoodoo Created by artist Denise
Alvarado / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported, (c) Autor Desconhecido / Disponibilizado por Rsabbatini / GNU Free
Documentation License, (d) Rowanwindwhistler / GNU Free Documentation License.
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
A preocupação filosófica com o conhecimento
A possibilidade de conhecer não foi a indagação dos primeiros filósofos, os chamados
pré-socráticos. Sua preocupação era cosmológica (sobre a origem e a ordem do
mundo) e ontológica (sobre a essência das coisas).
Sócrates e os sofistas foram os pioneiros em se ater à questão do conhecimento. Para
os sofistas, a essência das coisas não pode ser conhecida, restando somente a opção
das opiniões subjetivas, às quais mais se imporão tanto maior for seu nível de
persuasão (uma questão de linguagem). Para Sócrates, contrariamente, é possível
conhecer, a partir do momento em que se afastam as ilusões dos sentidos e a
multiplicidade das opiniões. Em outras palavras, ao passar da aparência à essência.
Platão e Aristóteles, explorando o debate sobre as opiniões, progrediram na discussão.
Na opinião do primeiro, existe o conhecimento sensível (crença e opinião, que nos dão
a aparência), a ser abandonado, e o conhecimento inteligível (raciocínio e intuição
intelectual, que nos levam à essência). Aristóteles, diferentemente, afirma a
continuidade entre os conhecimentos sensível e intelectual, um acúmulo de
informações obtidas de várias formas ou em vários graus: sensação, percepção,
imaginação, memória, linguagem, raciocínio e intuição (essa última enquanto
conhecimento puro, na medida em que não é proveniente de nada que se ofereça a
nós nos seis primeiros graus).
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
Princípios gerais do conhecimento verdadeiro:
A determinação e as fontes do conhecimento: sensação, percepção, imaginação,
memória, linguagem, raciocínio e intuição intelectual;
A distinção entre conhecimento sensível e conhecimento intelectual;
O papel da linguagem;
A diferenciação entre opinião e saber verdadeiro;
A diferença entre aparência e essência;
Definição dos princípios: identidade, não-contradição, terceiro excluído;
da forma: ideias, conceitos, juízos;
dos procedimentos: indução, dedução, intuição;
O estabelecimento de procedimentos corretos: dialético (em Platão);
Distinção dos campos do conhecimento: teorético (das coisas que apenas se contempla);
Prático (das ações humanas);
Técnico (das coisas relacionadas ao trabalho).
A preocupação filosófica com o conhecimento
lógico (em Aristóteles);
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
A concepção cristã introduziu novos problemas: Podemos conhecer a verdade,
sendo nós seres decaídos e pervertidos? O humano, finito, pode conhecer a
verdade, infinita ou divina?
Para os pensadores medievais cristãos, a fé ilumina o intelecto e as verdades
de fé têm a primazia sobre as da razão. A liberdade humana, com a vontade
pervertida, sujeita a razão ao erro e ao falso. Conhecer passa ser uma questão
de consciência. É possível conhecer a verdade desde que a razão não
contradiga a fé.
Muitos filósofos modernos, para romper com tal concepção tiveram que
recusar a autoridade eclesiástica sobre as verdades da razão: fé e razão são
voltados para conhecimentos diferentes (sem subordinação).
A preocupação filosófica com o conhecimento
Francis Bacon e Descartes examinaram exaustivamente as causas e as formas
do erro como pressupostos para tentar compreender e explicar a
correspondência entre nossas ideias e a realidade verdadeira.
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
Ídolos da caverna:
Ídolos do fórum:
A Crítica dos ídolos de Francis Bacon.
A preocupação filosófica com o conhecimento
são os erros provenientes dos sentidos (mais fáceis de corrigir).
são as opiniões formadas em nós a partir linguagem e das relações
com os outros (difíceis de corrigir).
Ídolos do teatro: são as opiniões formadas em nós a partir do poder das autoridades
(corrigidas somente com mudanças sociais e políticas).
Ídolos da tribo: são as opiniões próprias da natureza humana (a ser trabalhada).
É preciso organizar e controlar as informações provenientes da experiência sensível,
fazer o mesmo com os resultados obtidos, para se chegar a teorias verdadeiras, e
desenvolver procedimentos para a aplicação prática dos resultados teóricos.
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
Regra da evidência:
Regra da divisão:
Regra da ordem:
Regra da enumeração:
O método cartesiano
certas fáceis amplas
que deem segurança que descompliquem que tenham amplo alcance
aceitação somente de conhecimentos que não comportem dúvidas.
realidade complexa dividida em partes simples nas quais se aplica a
regra da evidência.
conhecimentos ordenados do simples ao complexo de modo a passar do
conhecido ao desconhecido.
revisão dos passos dados para cada novo conhecimento,
verificando o encadeamento.
Para Descartes, a origem do erro, que atrapalha o intelecto, está no que ele chama de
atitudes ou preconceitos da infância.
A preocupação filosófica com o conhecimento
Os erros são provenientes do conhecimento sensível. Para corrigi-los é preciso adotar
regras para orientar a direção do intelecto:
Prevenção: erro de levar-se por ideias ou opiniões alheias sem verificá-las.
Precipitação: erro cometido pela emissão de juízos sobre as coisas antes de verificação
(vontade mais forte que o intelecto).
FILOSOFIA - 2 Ano
Tópico 2
John Locke, no seu Ensaio sobre o entendimento humano, afirma que o conhecimento é
como o olho humano, que não consegue ver a si próprio. É preciso esforço e trabalho
para conseguir analisar a si mesmo.
A consideração da consciência torna possível a propriamente dita Teoria do
conhecimento, enquanto ciência cujo objeto de estudo é o próprio conhecimento que
busca conhecer a si mesmo tomando distância para ser analisado nas suas formas,
origem e finalidade, mas sempre considerando a capacidade do sujeito cognoscente.
Para o filósofo o processo de conhecimento se dá na medida em que a sensação capta os
dados da realidade (de onde se extraem impressões, ideias simples) e a percepção faz a
associação por semelhanças e diferenças, formando ideias compostas. Num processo de
generalização, se eliminam as diferenças até se chegar a uma ideia universal
(convenções, nomes, porque só captamos pelos sentidos coisas singulares). Eis a base da
ciência experimental.
A preocupação filosófica com o conhecimento
Com Bacon e Descartes chegamos à clara distinção entre racionalismo (para conhecer
basta a razão) e empirismo (a base de todo conhecimento é a sensação). A coincidência é
que, para ambos, a questão do sujeito do conhecimento e da consciência é relevante.
Sem entrar nas dimensões psicológica, ética e politica que o termo comporta, a
consciência é a atividade sensível e intelectual capaz de análise e síntese, representação
por meio de ideias e avaliação, compreensão e interpretação por meio de juízos.
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
O conhecimento científico e seus procedimentos
A ciência formulará suas afirmações a partir da:
Indução Toma-se um número satisfatório de casos particulares, nas
mesmas condições, e o submete à verificação. Se os
resultados se repetirem, será formulada uma afirmação
universal.
Dedução Toma-se uma afirmação geral já conhecida e submente a ela
um caso particular.
Abdução Trata-se da interpretação racional (não demonstrativa) de
sinais ou indícios, uma espécie de intuição que se dá passo a
passo até se chegar a uma conclusão.
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
Exemplo de indução:
Se repetirmos experiência de colocar
uma quantidade de água para ser
aquecida no fogo, verificaremos que
ela sempre atingirá o ponto de
ebulição em 100o C.
E se colocarmos várias vezes uma
quantidade de água no congelador
poderemos verificar que ela se tornará
gelo quando atingir 0o C.
Poderemos então afirmar que a água evapora ao alcançar 100o C e congela ao atingir 0o C.
Imagem:
GRAN
/
GNU
Free
Documentation
License
Imagem:
Darren
Hester
/
Creative
Commons
Attribution-Share
Alike
2.5
Generic
60
60 60
60
30
A
B C A
B
C
45º
45º
a
Exemplo de dedução:
Se tomarmos a afirmação universal de que a soma dos ângulos internos de um
triângulo é sempre 180o e formos verificar num triângulo equilátero, isósceles,
retângulo ou qualquer outro, obteremos esse mesmo resultado. Submetemos uma
regra geral a casos particulares e a regra funcionou.
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
Estudando pegadas, ossos pequenos e grandes e o ambiente onde foram encontrados, o
arqueólogo torna-se capaz de construir a imagem e a caracterização completa de um
determinado dinossauro.
Exemplo de abdução:
Imagens da esquerda para a direita: (a) Fbat / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0
Unported, (b) Mario Valencia / Creative Commons Attribution-Share Alike 2.0 Generic.
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
A ciência, como já pudemos notar, não se contenta com explicações que não sejam
provadas concretamente. Para tal, se apoia num método todo próprio de construção e
síntese, no qual encontramos.
Objetividade:
Factualidade:
Contingência:
Comunicação:
Verificação:
Análise:
Explicação:
Abertura:
considera somente ocorrências, formas de existência que se manifestam
de algum modo.
confirma somente hipóteses comprováveis.
as proposições ou hipóteses têm a sua veracidade ou falsidade conhecida
através da experimentação e não pela razão.
trata-se de uma investigação metódica que segue regras disciplinadoras
e ordenação lógica, evitando a dispersão e garantindo o
concatenamento dos conhecimentos.
exatidão, clareza, correspondência factual e aplicabilidade.
o conhecimento produzido não é definitivo ou absoluto, isto é, pode ser
reformulado.
leva à compreensão de algum fato, o que garante sua utilidade.
o conhecimento proposto é comunicável e tem caráter universal.
O conhecimento científico e seus procedimentos
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
Voltando brevemente à preocupação filosófica sobre a origem do conhecimento,
apontamos mais um problema antigo e ainda longe de respostas satisfatórias:
A preocupação filosófica com o conhecimento
O conhecimento é inato ou adquirido?
O inatismo platônico:
Platão propõe, na República, a chamada teoria da reminiscência, segundo a qual já
nascemos com a razão e as ideias verdadeiras. Uma vez que a alma pertence
originalmente ao mundo das coisas inteligíveis (decaída no mundo das coisas
sensíveis), onde já contemplou toda verdade, durante a vida, apenas relembramos do
que já estava em nós. Conhecer é recordar.
O inatismo cartesiano.
Ideias inatas:
Ideias adventícias:
Ideias fictícias:
vindas de fora, das sensações, percepções, lembranças, ou
derivantes delas. São qualidades sensoriais: odor, sabor, textura etc.;
criadas pela nossa fantasia ou imaginação, com uma base nas ideias
adventícias: cavalos alados, fadas, sereias etc. Estão nas fábulas,
mitos, superstições e nunca são verdadeiras;
Inteiramente racionais, pois não têm nenhuma correspondência
sensorial (ideia de infinito, sentimentos etc.), dom de Deus.
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2
Exemplificando a compreensão do inatismo cartesiano:
A preocupação filosófica com o conhecimento
Corajoso;
Justo;
Solidário;
Livre;
Imortal.
Imagens da esquerda para a direita: (a) Mikael Häggström / public domain, (b)
Mark and Allegra / Creative Commons Attribution-Share Alike 2.0 Generic.
COMPONENTE CURRICULAR - Série
Tópico
GALLIANO, G. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra, 1979, p.24-
30.
Referências
CHAUÍ, M. Filosofia: Ensino Médio. São Paulo: Ática, 2005.
RODRIGO, L.M. Filosofia em sala de aula: teoria e prática para o ensino médio.
Campinas: Autores Associados, 2009, p.145-159.
DIMENSTEIN, G.; STRECKER, H.; GIANSANTI A.C. Dez lições de Filosofia para um
Brasil cidadão. São Paulo: FTD, 2008, p.65-121.
Livros:
Sites:
www.filoinfo.bem-vido.net
www.mundoeducacao.com.br/filosofia
www.ocanto.esenviseu.net
Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do
Acesso
5 "My Wife and My Mother-in-Law", a famous
optical illusion. Appears in Puck, v. 78, no. 2018
(1915 Nov. 6), p. 11. / Public Domain.
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:My_Wif
e_and_My_Mother-in-Law.jpg
19/04/2012
6 IES MANUEL GARCÍA BARROS A ESTRADA-
PONTEVEDRA / Creative Commons Attribution-
Share Alike 2.0 Generic
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:O_hom
e_sen_sombra_(A_Estrada).jpg
16/04/2012
7 Robert Fludd (1574-1637) / public domain. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:El_cere
bro_seg%C3%BAn_Fludd.jpg
16/04/2012
11a Paulo César Santos / Creative Commons CC0 1.0
Universal Public Domain Dedication.
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Rua_Ui
ge.JPG
16/04/2012
11b Luis Egidio Meléndez (1716-1780) / public
domain .
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Bodeg%
C3%B3n_de_Frutas_Escorial.jpg
16/04/2012
11c Giulia Ciappa / Creative Commons Attribution
2.0 Generic
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Roupa_
a_secar_numa_rua_italiana.jpg
16/04/2012
13 'A'_(PSF).png: Pearson Scott Foresman / public
domain
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Audio_a
.svg
16/04/2012
16a Jordiferrer / Creative Commons Attribution-Share
Alike 3.0 Unported
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Promet
eu_encadenat_-
_Pla%C3%A7a_Sant_Miquel,_Igualada.JPG
17/04/2012
16b Sailko / Creative Commons Attribution-Share
Alike 3.0 Unported
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Zeus,_al
temps.JPG
17/04/2012
16c Jules Joseph Lefebvre / Pandora, 1882 / Private
Collection / United States public domain
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pandora
.jpg
17/04/2012
Tabela de Imagens
Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do
Acesso
17a Helix84 / GNU Free Documentation License http://commons.wikimedia.org/wiki/File:AmorI.s
vg
17/04/2012
17b user:shakko / Creative Commons Atribuição-
Partilha nos Termos da Mesma Licença 3.0
Unported
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Eros_pu
shkin.jpg?uselang=pt-br
17/04/2012
17c Jacopo Tintoretto and/or Domenico Tintoretto /
Alegoria da Prudência / United States public
domain
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jacopo_
Tintoretto_-_Alegoria_da_Prud%C3%AAncia.jpg
17/04/2012
19a O Livro dos Espíritos, 1864 / public domain http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Le_Livre
_des_Esprits.jpg
17/04/2012
19b A Bíblia de Gutenberg - Primeira Edição impressa
da Bíblia, 1455 / United States Public Domain
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gutenb
erg_Bible_(page).JPG
17/04/2012
19c O Alcorão, por Roel Wiinants / Creative
Commons Attribution-Share Alike 2.0 Generic
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:WLM_-
_roel1943_-_Koran.jpg
17/04/2012
19d A Torá / public domain in the United States. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Torah.jp
g
17/04/2012
19e O Livro de Mórmon, Edição Soft Cover / public
domain in the United States
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Book_o
f_Mormon_English_Missionary_Edition_Soft_Co
ver.jpg
17/04/2012
19f Jorge Andrade / Creative Commons Attribution
2.0 Generic
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Praia_d
o_Meio_em_Natal.jpg
18/04/2012
Tabela de Imagens
Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do
Acesso
19g Mysticvoodoo Created by artist Denise Alvarado /
Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0
Unported
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Voodoo
-dolls.JPG
18/04/2012
19h Autor desconhecido / Disponibilizado por
Rsabbatini / GNU Free Documentation License
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Brazilia
n-Indians.jpg
18/04/2012
19i Rowanwindwhistler / GNU Free Documentation
License
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Egipcio.
jpg
18/04/2012
27a GRAN / GNU Free Documentation License http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Boiling_
water.jpg
18/04/2012
27b Darren Hester / Creative Commons Attribution-
Share Alike 2.5 Generic
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ice_cub
es_openphoto.jpg
18/04/2012
29a Fbat / Creative Commons Attribution-Share Alike
3.0 Unported
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Fossil_d
inosaur_footstep_trail_in_a_Portuguese_quarry2
a.jpg
18/04/2012
29b Mario Valencia / Creative Commons Attribution-
Share Alike 2.0 Generic
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Walking
_with_Dinosaurs.jpg
18/04/2012
32a Mikael Häggström / public domain http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Muscles
_anterior.png
18/04/2012
32b Mark and Allegra / Creative
Commons Attribution-Share Alike 2.0 Generic
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Estatua
_de_Superman.jpg
18/04/2012
Tabela de Imagens

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Filosofia 02 - Sócrates, Platão e Aristóteles
Filosofia 02 - Sócrates, Platão e  AristótelesFilosofia 02 - Sócrates, Platão e  Aristóteles
Filosofia 02 - Sócrates, Platão e Aristóteles
 
O que é Filosofia?
O que é Filosofia?O que é Filosofia?
O que é Filosofia?
 
Ética e ciência
Ética e ciênciaÉtica e ciência
Ética e ciência
 
Fatos sociais
Fatos sociaisFatos sociais
Fatos sociais
 
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Ética e Moral
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Ética e MoralSlides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Ética e Moral
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Ética e Moral
 
Introdução à filosofia
Introdução à filosofiaIntrodução à filosofia
Introdução à filosofia
 
Introdução à filosofia
Introdução à filosofiaIntrodução à filosofia
Introdução à filosofia
 
Nietzsche
NietzscheNietzsche
Nietzsche
 
Sociologia - Aula Introdutória
Sociologia - Aula IntrodutóriaSociologia - Aula Introdutória
Sociologia - Aula Introdutória
 
Filosofia
Filosofia Filosofia
Filosofia
 
2 filosofia antiga e medieval filosofia
2 filosofia antiga e medieval   filosofia2 filosofia antiga e medieval   filosofia
2 filosofia antiga e medieval filosofia
 
Renascimento - Filosofia
Renascimento - FilosofiaRenascimento - Filosofia
Renascimento - Filosofia
 
Etica e ciencia
Etica e cienciaEtica e ciencia
Etica e ciencia
 
Aula de filosofia antiga, tema: Sócrates
Aula de filosofia antiga, tema: SócratesAula de filosofia antiga, tema: Sócrates
Aula de filosofia antiga, tema: Sócrates
 
Ética Aristóteles
Ética AristótelesÉtica Aristóteles
Ética Aristóteles
 
Filosofia moderna
Filosofia moderna Filosofia moderna
Filosofia moderna
 
Introdução às Ciências Humanas
Introdução às Ciências HumanasIntrodução às Ciências Humanas
Introdução às Ciências Humanas
 
ÉTICA E AÇÃO MORAL - 3 ANO
ÉTICA  E AÇÃO MORAL - 3 ANOÉTICA  E AÇÃO MORAL - 3 ANO
ÉTICA E AÇÃO MORAL - 3 ANO
 
2º anos (Filosofia) Consciência
2º anos (Filosofia) Consciência2º anos (Filosofia) Consciência
2º anos (Filosofia) Consciência
 
Ciencias humanas
Ciencias humanasCiencias humanas
Ciencias humanas
 

Semelhante a Interfaces do Conhecimento Senso Comum, Mito, Religião, Filosofia e Ciência.pptx

Os Celtas e o Espiritismo
Os Celtas e o EspiritismoOs Celtas e o Espiritismo
Os Celtas e o EspiritismoRODRIGO ORION
 
Avaliação filosofia 1o_bimestre_1oano_2012
Avaliação filosofia 1o_bimestre_1oano_2012Avaliação filosofia 1o_bimestre_1oano_2012
Avaliação filosofia 1o_bimestre_1oano_2012Rafael Oliveira
 
H. P. Blavatsky - Ísis sem Véu - 2. Fenômenos e Forças
H. P. Blavatsky - Ísis sem Véu - 2. Fenômenos e ForçasH. P. Blavatsky - Ísis sem Véu - 2. Fenômenos e Forças
H. P. Blavatsky - Ísis sem Véu - 2. Fenômenos e Forçasuniversalismo-7
 
Planos e conteúdos 2º bimestre
Planos e conteúdos 2º bimestrePlanos e conteúdos 2º bimestre
Planos e conteúdos 2º bimestremtolentino1507
 
Mundo de Sofia Resumo
Mundo de Sofia ResumoMundo de Sofia Resumo
Mundo de Sofia ResumoLuci Bonini
 
H. P. Blavatsky - Ísis sem Véu - Ante o Véu
H. P. Blavatsky - Ísis sem Véu - Ante o VéuH. P. Blavatsky - Ísis sem Véu - Ante o Véu
H. P. Blavatsky - Ísis sem Véu - Ante o Véuuniversalismo-7
 
J. herculano pires o mistério do ser ante a dor e a morte
J. herculano pires   o mistério do ser ante a dor e a morteJ. herculano pires   o mistério do ser ante a dor e a morte
J. herculano pires o mistério do ser ante a dor e a morteHelio Cruz
 
Leon denis-os-espiritos-e-os-mediuns
Leon denis-os-espiritos-e-os-mediunsLeon denis-os-espiritos-e-os-mediuns
Leon denis-os-espiritos-e-os-mediunsEWALDO DE SOUZA
 
Estudo sobre o verdadeiro significado bíblico do Inferno
Estudo sobre o verdadeiro significado bíblico do InfernoEstudo sobre o verdadeiro significado bíblico do Inferno
Estudo sobre o verdadeiro significado bíblico do InfernoRicardo Nakashima
 
joseph-campbell-o-heroi-de-mil-faces.pdf
joseph-campbell-o-heroi-de-mil-faces.pdfjoseph-campbell-o-heroi-de-mil-faces.pdf
joseph-campbell-o-heroi-de-mil-faces.pdfjiannecoelho
 
Trabalho de filosofia
Trabalho de filosofiaTrabalho de filosofia
Trabalho de filosofiaMelissaLavor
 
Criancasindigo(pedagogia espír.)
Criancasindigo(pedagogia espír.)Criancasindigo(pedagogia espír.)
Criancasindigo(pedagogia espír.)Claudinha44
 
Re encarnação.gabriel.delane
Re encarnação.gabriel.delaneRe encarnação.gabriel.delane
Re encarnação.gabriel.delanehavatar
 
Atividade 2 capítulos 1 e 2 filosofia e ética na ci atualizada
Atividade 2  capítulos 1 e 2  filosofia e ética  na ci   atualizadaAtividade 2  capítulos 1 e 2  filosofia e ética  na ci   atualizada
Atividade 2 capítulos 1 e 2 filosofia e ética na ci atualizadaRita Gonçalves
 
Evolução da reflexão sobre a condição humana
Evolução da reflexão sobre a condição humanaEvolução da reflexão sobre a condição humana
Evolução da reflexão sobre a condição humanaLAISE RUAMA
 
Resumo bom filosofia
Resumo bom filosofiaResumo bom filosofia
Resumo bom filosofiapmarisa10
 

Semelhante a Interfaces do Conhecimento Senso Comum, Mito, Religião, Filosofia e Ciência.pptx (20)

Os Celtas e o Espiritismo
Os Celtas e o EspiritismoOs Celtas e o Espiritismo
Os Celtas e o Espiritismo
 
Avaliação filosofia 1o_bimestre_1oano_2012
Avaliação filosofia 1o_bimestre_1oano_2012Avaliação filosofia 1o_bimestre_1oano_2012
Avaliação filosofia 1o_bimestre_1oano_2012
 
H. P. Blavatsky - Ísis sem Véu - 2. Fenômenos e Forças
H. P. Blavatsky - Ísis sem Véu - 2. Fenômenos e ForçasH. P. Blavatsky - Ísis sem Véu - 2. Fenômenos e Forças
H. P. Blavatsky - Ísis sem Véu - 2. Fenômenos e Forças
 
Planos e conteúdos 2º bimestre
Planos e conteúdos 2º bimestrePlanos e conteúdos 2º bimestre
Planos e conteúdos 2º bimestre
 
Mundo de Sofia Resumo
Mundo de Sofia ResumoMundo de Sofia Resumo
Mundo de Sofia Resumo
 
H. P. Blavatsky - Ísis sem Véu - Ante o Véu
H. P. Blavatsky - Ísis sem Véu - Ante o VéuH. P. Blavatsky - Ísis sem Véu - Ante o Véu
H. P. Blavatsky - Ísis sem Véu - Ante o Véu
 
J. herculano pires o mistério do ser ante a dor e a morte
J. herculano pires   o mistério do ser ante a dor e a morteJ. herculano pires   o mistério do ser ante a dor e a morte
J. herculano pires o mistério do ser ante a dor e a morte
 
O homem integral divaldo franco
O homem integral   divaldo francoO homem integral   divaldo franco
O homem integral divaldo franco
 
Leon denis-os-espiritos-e-os-mediuns
Leon denis-os-espiritos-e-os-mediunsLeon denis-os-espiritos-e-os-mediuns
Leon denis-os-espiritos-e-os-mediuns
 
Mito a Filosofia.pptx
Mito a Filosofia.pptxMito a Filosofia.pptx
Mito a Filosofia.pptx
 
Estudo sobre o verdadeiro significado bíblico do Inferno
Estudo sobre o verdadeiro significado bíblico do InfernoEstudo sobre o verdadeiro significado bíblico do Inferno
Estudo sobre o verdadeiro significado bíblico do Inferno
 
joseph-campbell-o-heroi-de-mil-faces.pdf
joseph-campbell-o-heroi-de-mil-faces.pdfjoseph-campbell-o-heroi-de-mil-faces.pdf
joseph-campbell-o-heroi-de-mil-faces.pdf
 
Trabalho de filosofia
Trabalho de filosofiaTrabalho de filosofia
Trabalho de filosofia
 
Criancasindigo(pedagogia espír.)
Criancasindigo(pedagogia espír.)Criancasindigo(pedagogia espír.)
Criancasindigo(pedagogia espír.)
 
Sensocomum chaui
Sensocomum chauiSensocomum chaui
Sensocomum chaui
 
Re encarnação.gabriel.delane
Re encarnação.gabriel.delaneRe encarnação.gabriel.delane
Re encarnação.gabriel.delane
 
Atividade 2 capítulos 1 e 2 filosofia e ética na ci atualizada
Atividade 2  capítulos 1 e 2  filosofia e ética  na ci   atualizadaAtividade 2  capítulos 1 e 2  filosofia e ética  na ci   atualizada
Atividade 2 capítulos 1 e 2 filosofia e ética na ci atualizada
 
Evolução da reflexão sobre a condição humana
Evolução da reflexão sobre a condição humanaEvolução da reflexão sobre a condição humana
Evolução da reflexão sobre a condição humana
 
clifford.ppt
clifford.pptclifford.ppt
clifford.ppt
 
Resumo bom filosofia
Resumo bom filosofiaResumo bom filosofia
Resumo bom filosofia
 

Mais de Antonio Gilberto De Aquino e Silva

Mais de Antonio Gilberto De Aquino e Silva (10)

cultura e alteridadade (itinerário).pptx
cultura e alteridadade (itinerário).pptxcultura e alteridadade (itinerário).pptx
cultura e alteridadade (itinerário).pptx
 
1ª SÉRIE_TEORIA_DO_CONHECIMENTO_SÓCRATES_I (1).pptx
1ª SÉRIE_TEORIA_DO_CONHECIMENTO_SÓCRATES_I (1).pptx1ª SÉRIE_TEORIA_DO_CONHECIMENTO_SÓCRATES_I (1).pptx
1ª SÉRIE_TEORIA_DO_CONHECIMENTO_SÓCRATES_I (1).pptx
 
1ª SÉRIE_TEORIA_DO_CONHECIMENTO_SÓCRATES_I (1).pptx
1ª SÉRIE_TEORIA_DO_CONHECIMENTO_SÓCRATES_I (1).pptx1ª SÉRIE_TEORIA_DO_CONHECIMENTO_SÓCRATES_I (1).pptx
1ª SÉRIE_TEORIA_DO_CONHECIMENTO_SÓCRATES_I (1).pptx
 
Lógica formal e Dialética e a Organização dos Argumentos (1).ppt
Lógica formal e Dialética e a Organização dos Argumentos (1).pptLógica formal e Dialética e a Organização dos Argumentos (1).ppt
Lógica formal e Dialética e a Organização dos Argumentos (1).ppt
 
Cultura e Arte.pptx
Cultura e Arte.pptxCultura e Arte.pptx
Cultura e Arte.pptx
 
O Conhecimento Apreensão e Expressão da Realidade.ppt
O Conhecimento Apreensão e Expressão da Realidade.pptO Conhecimento Apreensão e Expressão da Realidade.ppt
O Conhecimento Apreensão e Expressão da Realidade.ppt
 
AULA DISTIMIA.pptx
AULA DISTIMIA.pptxAULA DISTIMIA.pptx
AULA DISTIMIA.pptx
 
A Segunda Revolução Industrial - Expansão do Capitalismo e Concentração de Ca...
A Segunda Revolução Industrial - Expansão do Capitalismo e Concentração de Ca...A Segunda Revolução Industrial - Expansão do Capitalismo e Concentração de Ca...
A Segunda Revolução Industrial - Expansão do Capitalismo e Concentração de Ca...
 
- 2 SÉRIE - INTRODUÇÃO À ÉTICA I .pdf
- 2 SÉRIE - INTRODUÇÃO À ÉTICA I .pdf- 2 SÉRIE - INTRODUÇÃO À ÉTICA I .pdf
- 2 SÉRIE - INTRODUÇÃO À ÉTICA I .pdf
 
2 série ética ubuntu - perspectiva africana da moralidade - aula 16
2 série   ética ubuntu - perspectiva africana da moralidade - aula 162 série   ética ubuntu - perspectiva africana da moralidade - aula 16
2 série ética ubuntu - perspectiva africana da moralidade - aula 16
 

Último

Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfMárcio Azevedo
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxDianaSheila2
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfElianeElika
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 

Último (20)

Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 

Interfaces do Conhecimento Senso Comum, Mito, Religião, Filosofia e Ciência.pptx

  • 1. Ciências Humanas e suas tecnologias - Filosofia Ensino Médio – 2ª Série Interfaces do Conhecimento: Senso Comum, Mito, Religião, Filosofia e Ciência
  • 2. FILOSOFIA - 2º Ano Tópico 2
  • 3. FILOSOFIA - 2º Ano Tópico 2 Um homem dirigia seu carro por uma estrada bem estreita de montanha, daquelas que ficam à beira dos precipícios. Passando por uma curva perigosa, defrontou-se com um outro carro na contramão. Fez então um grande esforço para desviar, quase caindo no despenhadeiro. A mulher que dirigia o carro na contramão pôs a cabeça fora e gritou: “Porco!” O homem, sentindo-se ofendido e já furioso, pôs também a cabeça fora e gritou: “Vaca!” Segundos depois, no final da curva, o homem atropelou um porco que estava no meio da estrada. Nossos sentimentos, preconceitos, esquemas mentais condicionam nossa forma de ver o mundo?
  • 4. FILOSOFIA - 2º Ano Tópico 2 Podemos confiar nos nossos sentidos?
  • 5. FILOSOFIA - 2º Ano Tópico 2 Eles são realmente capazes de perceber a inteira realidade? Imagem: "My Wife and My Mother-in-Law", a famous optical illusion. Appears in Puck, v. 78, no. 2018 (1915 Nov. 6), p. 11. / Public Domain.
  • 6. FILOSOFIA - 2º Ano Tópico 2 Será que o que vemos é somente sombra, cópia, aparência das coisas verdadeiras, como sugerem Platão ou o filme “Matrix”? Imagem: IES MANUEL GARCÍA BARROS A ESTRADA- PONTEVEDRA / Creative Commons Attribution-Share Alike 2.0 Generic
  • 7. FILOSOFIA - 2º Ano Tópico 2 Pode a nossa consciência chegar ao conhecimento das coisas exteriores? Imagem: Robert Fludd (1574-1637) / public domain.
  • 8. FILOSOFIA - 2º Ano Tópico 2 É possível ao ser humano chegar ao conhecimento das coisas? POSTURA CÉTICA POSTURA DOGMÁTICA POSTURA RELATIVISTA ? Se é possível, então de que de forma?
  • 9. FILOSOFIA - 2º Ano Tópico 2 Senso comum Mito Religião Filosofia Ciência
  • 10. FILOSOFIA - 2º Ano Tópico 2 Trata-se de uma “noção” ou de um saber adquirido pelas pessoas em “geral” de modo espontâneo, a partir das variadas experiências do cotidiano. Um saber geralmente obtido pelos sentidos, que não foi sistematizado ou submetido à verificação rigorosa, como se faz no âmbito científico, porém muito útil para guiar o ser humano no seu dia a dia. O conhecimento a partir do senso comum
  • 11. FILOSOFIA - 2º Ano Tópico 2 Quando decidimos atravessar a rua e sabemos se podemos passar devagar ou apressar os passos. Quando comemos mamão ou ameixa para ajudar o intestino a funcionar melhor. Quando corremos para tirar as roupas do varal ao perceber que está ventando e que o céu está nublado. O conhecimento a partir do senso comum Imagem: Paulo César Santos / Creative Commons CC0 1.0 Universal Public Domain Dedication. Imagem: Luis Egidio Meléndez (1716-1780) / public domain . Imagem: Giulia Ciappa / Creative Commons Attribution 2.0 Generic
  • 12. FILOSOFIA - 2º Ano Tópico 2 Um saber que pode levar ao equívoco. Marilena Chauí esclarece: “O sol é menor do que a Terra. Quem duvidará disso se, diariamente, vemos um pequeno círculo avermelhado percorrer o céu indo de leste a oeste? O sol se move em torno da Terra, que permanece imóvel. Quem duvidará disso se diariamente vemos o sol nascer, percorrer o céu e se por? [...] A Astronomia demonstra que o sol é muitas vezes maior do que a Terra e, desde Copérnico, que é a Terra que se move em torno do sol.” O conhecimento a partir do senso comum
  • 13. FILOSOFIA - 2º Ano Tópico 2 Daquilo que eu sei Nem tudo me deu clareza Nem tudo foi permitido Nem tudo me deu certeza... Daquilo que eu sei Nem tudo foi proibido Nem tudo me foi possível Nem tudo foi concebido... Não fechei os olhos Não tapei os ouvidos Cheirei, toquei, provei Ah Eu! Usei todos os sentidos Só não lavei as mãos E é por isso que eu me sinto Cada vez mais limpo! Ivan Lins e Vitor Martins 'A'_(PSF).png: Pearson Scott Foresman / public domain
  • 14. FILOSOFIA, 2º Ano Tópico 2 O ser humano desde a antiguidade iniciou suas indagações sobre o porquê das coisas. O Mito é uma das formas mais antigas de fornecer respostas a tais indagações. O Mito é um saber oral revelado e, por isso, inquestionável, transmitido pelo poeta-profeta, que narra a origem de todas as coisas. Os principais mitos gregos que conhecemos são encontrados nas obras de Homero, Ilíada e Odisseia, escritas por volta do século VII a.C. Zeus, considerado o deus dos deuses, Poseídon (dos oceanos e dos mares), Hades (do mundo inferior), Apolo (do sol, das artes e das profecias), Dionísio (do teatro, do vinho e das festas), Afrodite (do amor e da beleza) são alguns dos deuses gregos mais conhecidos. O conhecimento a partir do Mito
  • 15. FILOSOFIA, 2º Ano Tópico 2 Eis algumas características do Mito: Das relações sexuais entre os deuses tudo tem origem: outros deuses, os titãs (semidivinos), os heróis (filho de um deus com um humano), os humanos, as coisas, as qualidades (bom, mal, escuro, justo...); As coisas surgem no mundo a partir das relações e da rivalidade entre os deuses (genealogias); Os deuses recompensam ou castigam os humanos e tomam partido em relação a eles; O tempo que está na narração é um passado longínquo, fabuloso; As contradições não configuram problemas para os ouvintes, dada a autoridade do narrador. O conhecimento a partir do Mito
  • 16. FILOSOFIA - 2 Ano Tópico 2 Prometeu, criador e protetor da humanidade, entrou no Olimpo e roubou uma centelha de fogo para os humanos. Zeus, por esse e outros fatos que se seguiram, ficou furioso e castigou Prometeu acorrentando-o a um monte, determinando que uma ave de rapina lhe devoraria o fígado, que se regeneraria durante a noite para que o castigo fosse eterno. Além disso, mandou uma caixa de presente ao casamento do irmão de Prometeu com Pandora. Na caixa estavam contidas todas as desgraças que recairiam sobre os humanos, uma vez que a caixa fosse aberta. Curiosa e imprudente, Pandora abriu a caixa. Imagem: Jordiferrer / Creative Commons Attributio n-Share Alike 3.0 Unported Imagem: Sailko / Creative Commons Attributio n-Share Alike 3.0 Unported Imagem: Jules Joseph Lefebvre / Pandora, 1882 / Private Collection / United States public domain
  • 17. FILOSOFIA - 2º Ano Tópico 2 “...banqueteavam-se os deuses, e entre os demais se encontrava também o filho de Prudência, Poros, o esperto. Enquanto se banqueteavam, aproximou-se Penia, a Penúria, para mendigar as sobras da festa, e sentou- se à porta. Embriagado pelo néctar, pois o vinho ainda não existia, Poros se encaminhou para os jardins de Zeus e lá adormeceu, dominado pela embriaguez. Foi então que Penia, em sua miséria, desejou ter um filho de Poros. Deitou-se a seu lado e concebeu a Eros, o amor. [...] E por ser filho de Poros e Penia, Eros tem o seguinte fado: é pobre, e muito longe está de ser delicado e belo, como todos vulgarmente pensam. Eros, na realidade, é rude, é sujo, anda descalço, não tem lar, dorme no chão duro, junto aos umbrais das portas, ou nas ruas, sem leito nem conforto. Segue nisso a natureza da mãe que vive na miséria. Por influência da natureza que recebeu do pai, Eros dirige a atenção para tudo que é belo e gracioso: é bravo, audaz, constante e grande caçador: está sempre a deliberar e urdir maquinações, a desejar e a adquirir conhecimentos, filosofa durante toda sua vida; é grande feiticeiro, mago e sofista. [...] Oscila, igualmente, entre a sabedoria e a tolice.” Platão, Banquete, 203b Imagens de cima para baixo: (a) Helix84 / GNU Free Documentation License, (b) shakko / Creative Commons Atribuição-Partilha nos Termos da Mesma Licença 3.0 Unported, (c) Jacopo Tintoretto and/or Domenico Tintoretto / Alegoria da Prudência / United States public domain.
  • 18. FILOSOFIA - 2º Ano Tópico 2 Trata-se de um tipo de conhecimento considerado infalível, indiscutível, exato, sagrado, por ter sido revelado pelo sobrenatural. O conteúdo das revelações, em alguns casos, está contido nos livros sagrados. Em geral apresenta de modo sistemático a origem, o significado, a finalidade e o destino do ser humano, das coisas e do mundo, estabelecidos pelo divino. Por isso mesmo é um saber que não pode ser verificado e que implica numa atitude de fé para ser aceito. O conhecimento religioso também nasceu da procura pela causa e pelo sentido do mundo e das coisas. O ser humano, percebendo que há coisas da realidade em volta dele que não dependem de sua ação, passou a considerar poderes superiores, forças sobrenaturais, divindades. E buscou, através das várias religiões, meios para se comunicar com eles. As explicações da realidade provenientes da religião foram duramente criticadas no âmbito filosófico sobretudo a partir da modernidade. Tais críticas, no entanto, terminaram por ser, no sentido prático utilitarista, um certo reconhecimento da importância da religião. Por exemplo, como forma de acalmar os medos, de contentar o humano diante de sua impotência, de estabelecer regras e fixar valores. Um elemento muito interessante da religião é o fato de ela, em alguns casos, render-se ao mistério.
  • 19. FILOSOFIA - 2º Ano Tópico 2 Eis alguns dos livros considerados sagrados ou de grande importância doutrinal: E algumas figuras que lembram as religiões mais antigas com tradição oral: Imagens da esquerda para a direita: (a) O Livro dos Espíritos, 1864 / public domain, (b) A Bíblia de Gutenberg - Primeira Edição impressa da Bíblia, 1455 / United States Public Domain, (c) Alcorão, por Roel Wiinants / Creative Commons Attribution-Share Alike 2.0 Generic, (d) A Torá / public domain in the United States. (e) O Livro de Mórmon, Edição Soft Cover / public domain in the United States. Imagens da esquerda para a direita: (a) Jorge Andrade / Creative Commons Attribution 2.0 Generic, (b) Mysticvoodoo Created by artist Denise Alvarado / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported, (c) Autor Desconhecido / Disponibilizado por Rsabbatini / GNU Free Documentation License, (d) Rowanwindwhistler / GNU Free Documentation License.
  • 20. FILOSOFIA - 2º Ano Tópico 2 A preocupação filosófica com o conhecimento A possibilidade de conhecer não foi a indagação dos primeiros filósofos, os chamados pré-socráticos. Sua preocupação era cosmológica (sobre a origem e a ordem do mundo) e ontológica (sobre a essência das coisas). Sócrates e os sofistas foram os pioneiros em se ater à questão do conhecimento. Para os sofistas, a essência das coisas não pode ser conhecida, restando somente a opção das opiniões subjetivas, às quais mais se imporão tanto maior for seu nível de persuasão (uma questão de linguagem). Para Sócrates, contrariamente, é possível conhecer, a partir do momento em que se afastam as ilusões dos sentidos e a multiplicidade das opiniões. Em outras palavras, ao passar da aparência à essência. Platão e Aristóteles, explorando o debate sobre as opiniões, progrediram na discussão. Na opinião do primeiro, existe o conhecimento sensível (crença e opinião, que nos dão a aparência), a ser abandonado, e o conhecimento inteligível (raciocínio e intuição intelectual, que nos levam à essência). Aristóteles, diferentemente, afirma a continuidade entre os conhecimentos sensível e intelectual, um acúmulo de informações obtidas de várias formas ou em vários graus: sensação, percepção, imaginação, memória, linguagem, raciocínio e intuição (essa última enquanto conhecimento puro, na medida em que não é proveniente de nada que se ofereça a nós nos seis primeiros graus).
  • 21. FILOSOFIA - 2º Ano Tópico 2 Princípios gerais do conhecimento verdadeiro: A determinação e as fontes do conhecimento: sensação, percepção, imaginação, memória, linguagem, raciocínio e intuição intelectual; A distinção entre conhecimento sensível e conhecimento intelectual; O papel da linguagem; A diferenciação entre opinião e saber verdadeiro; A diferença entre aparência e essência; Definição dos princípios: identidade, não-contradição, terceiro excluído; da forma: ideias, conceitos, juízos; dos procedimentos: indução, dedução, intuição; O estabelecimento de procedimentos corretos: dialético (em Platão); Distinção dos campos do conhecimento: teorético (das coisas que apenas se contempla); Prático (das ações humanas); Técnico (das coisas relacionadas ao trabalho). A preocupação filosófica com o conhecimento lógico (em Aristóteles);
  • 22. FILOSOFIA - 2º Ano Tópico 2 A concepção cristã introduziu novos problemas: Podemos conhecer a verdade, sendo nós seres decaídos e pervertidos? O humano, finito, pode conhecer a verdade, infinita ou divina? Para os pensadores medievais cristãos, a fé ilumina o intelecto e as verdades de fé têm a primazia sobre as da razão. A liberdade humana, com a vontade pervertida, sujeita a razão ao erro e ao falso. Conhecer passa ser uma questão de consciência. É possível conhecer a verdade desde que a razão não contradiga a fé. Muitos filósofos modernos, para romper com tal concepção tiveram que recusar a autoridade eclesiástica sobre as verdades da razão: fé e razão são voltados para conhecimentos diferentes (sem subordinação). A preocupação filosófica com o conhecimento Francis Bacon e Descartes examinaram exaustivamente as causas e as formas do erro como pressupostos para tentar compreender e explicar a correspondência entre nossas ideias e a realidade verdadeira.
  • 23. FILOSOFIA - 2º Ano Tópico 2 Ídolos da caverna: Ídolos do fórum: A Crítica dos ídolos de Francis Bacon. A preocupação filosófica com o conhecimento são os erros provenientes dos sentidos (mais fáceis de corrigir). são as opiniões formadas em nós a partir linguagem e das relações com os outros (difíceis de corrigir). Ídolos do teatro: são as opiniões formadas em nós a partir do poder das autoridades (corrigidas somente com mudanças sociais e políticas). Ídolos da tribo: são as opiniões próprias da natureza humana (a ser trabalhada). É preciso organizar e controlar as informações provenientes da experiência sensível, fazer o mesmo com os resultados obtidos, para se chegar a teorias verdadeiras, e desenvolver procedimentos para a aplicação prática dos resultados teóricos.
  • 24. FILOSOFIA - 2º Ano Tópico 2 Regra da evidência: Regra da divisão: Regra da ordem: Regra da enumeração: O método cartesiano certas fáceis amplas que deem segurança que descompliquem que tenham amplo alcance aceitação somente de conhecimentos que não comportem dúvidas. realidade complexa dividida em partes simples nas quais se aplica a regra da evidência. conhecimentos ordenados do simples ao complexo de modo a passar do conhecido ao desconhecido. revisão dos passos dados para cada novo conhecimento, verificando o encadeamento. Para Descartes, a origem do erro, que atrapalha o intelecto, está no que ele chama de atitudes ou preconceitos da infância. A preocupação filosófica com o conhecimento Os erros são provenientes do conhecimento sensível. Para corrigi-los é preciso adotar regras para orientar a direção do intelecto: Prevenção: erro de levar-se por ideias ou opiniões alheias sem verificá-las. Precipitação: erro cometido pela emissão de juízos sobre as coisas antes de verificação (vontade mais forte que o intelecto).
  • 25. FILOSOFIA - 2 Ano Tópico 2 John Locke, no seu Ensaio sobre o entendimento humano, afirma que o conhecimento é como o olho humano, que não consegue ver a si próprio. É preciso esforço e trabalho para conseguir analisar a si mesmo. A consideração da consciência torna possível a propriamente dita Teoria do conhecimento, enquanto ciência cujo objeto de estudo é o próprio conhecimento que busca conhecer a si mesmo tomando distância para ser analisado nas suas formas, origem e finalidade, mas sempre considerando a capacidade do sujeito cognoscente. Para o filósofo o processo de conhecimento se dá na medida em que a sensação capta os dados da realidade (de onde se extraem impressões, ideias simples) e a percepção faz a associação por semelhanças e diferenças, formando ideias compostas. Num processo de generalização, se eliminam as diferenças até se chegar a uma ideia universal (convenções, nomes, porque só captamos pelos sentidos coisas singulares). Eis a base da ciência experimental. A preocupação filosófica com o conhecimento Com Bacon e Descartes chegamos à clara distinção entre racionalismo (para conhecer basta a razão) e empirismo (a base de todo conhecimento é a sensação). A coincidência é que, para ambos, a questão do sujeito do conhecimento e da consciência é relevante. Sem entrar nas dimensões psicológica, ética e politica que o termo comporta, a consciência é a atividade sensível e intelectual capaz de análise e síntese, representação por meio de ideias e avaliação, compreensão e interpretação por meio de juízos.
  • 26. FILOSOFIA - 2º Ano Tópico 2 O conhecimento científico e seus procedimentos A ciência formulará suas afirmações a partir da: Indução Toma-se um número satisfatório de casos particulares, nas mesmas condições, e o submete à verificação. Se os resultados se repetirem, será formulada uma afirmação universal. Dedução Toma-se uma afirmação geral já conhecida e submente a ela um caso particular. Abdução Trata-se da interpretação racional (não demonstrativa) de sinais ou indícios, uma espécie de intuição que se dá passo a passo até se chegar a uma conclusão.
  • 27. FILOSOFIA - 2º Ano Tópico 2 Exemplo de indução: Se repetirmos experiência de colocar uma quantidade de água para ser aquecida no fogo, verificaremos que ela sempre atingirá o ponto de ebulição em 100o C. E se colocarmos várias vezes uma quantidade de água no congelador poderemos verificar que ela se tornará gelo quando atingir 0o C. Poderemos então afirmar que a água evapora ao alcançar 100o C e congela ao atingir 0o C. Imagem: GRAN / GNU Free Documentation License Imagem: Darren Hester / Creative Commons Attribution-Share Alike 2.5 Generic
  • 28. 60 60 60 60 30 A B C A B C 45º 45º a Exemplo de dedução: Se tomarmos a afirmação universal de que a soma dos ângulos internos de um triângulo é sempre 180o e formos verificar num triângulo equilátero, isósceles, retângulo ou qualquer outro, obteremos esse mesmo resultado. Submetemos uma regra geral a casos particulares e a regra funcionou.
  • 29. FILOSOFIA - 2º Ano Tópico 2 Estudando pegadas, ossos pequenos e grandes e o ambiente onde foram encontrados, o arqueólogo torna-se capaz de construir a imagem e a caracterização completa de um determinado dinossauro. Exemplo de abdução: Imagens da esquerda para a direita: (a) Fbat / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported, (b) Mario Valencia / Creative Commons Attribution-Share Alike 2.0 Generic.
  • 30. FILOSOFIA - 2º Ano Tópico 2 A ciência, como já pudemos notar, não se contenta com explicações que não sejam provadas concretamente. Para tal, se apoia num método todo próprio de construção e síntese, no qual encontramos. Objetividade: Factualidade: Contingência: Comunicação: Verificação: Análise: Explicação: Abertura: considera somente ocorrências, formas de existência que se manifestam de algum modo. confirma somente hipóteses comprováveis. as proposições ou hipóteses têm a sua veracidade ou falsidade conhecida através da experimentação e não pela razão. trata-se de uma investigação metódica que segue regras disciplinadoras e ordenação lógica, evitando a dispersão e garantindo o concatenamento dos conhecimentos. exatidão, clareza, correspondência factual e aplicabilidade. o conhecimento produzido não é definitivo ou absoluto, isto é, pode ser reformulado. leva à compreensão de algum fato, o que garante sua utilidade. o conhecimento proposto é comunicável e tem caráter universal. O conhecimento científico e seus procedimentos
  • 31. FILOSOFIA - 2º Ano Tópico 2 Voltando brevemente à preocupação filosófica sobre a origem do conhecimento, apontamos mais um problema antigo e ainda longe de respostas satisfatórias: A preocupação filosófica com o conhecimento O conhecimento é inato ou adquirido? O inatismo platônico: Platão propõe, na República, a chamada teoria da reminiscência, segundo a qual já nascemos com a razão e as ideias verdadeiras. Uma vez que a alma pertence originalmente ao mundo das coisas inteligíveis (decaída no mundo das coisas sensíveis), onde já contemplou toda verdade, durante a vida, apenas relembramos do que já estava em nós. Conhecer é recordar. O inatismo cartesiano. Ideias inatas: Ideias adventícias: Ideias fictícias: vindas de fora, das sensações, percepções, lembranças, ou derivantes delas. São qualidades sensoriais: odor, sabor, textura etc.; criadas pela nossa fantasia ou imaginação, com uma base nas ideias adventícias: cavalos alados, fadas, sereias etc. Estão nas fábulas, mitos, superstições e nunca são verdadeiras; Inteiramente racionais, pois não têm nenhuma correspondência sensorial (ideia de infinito, sentimentos etc.), dom de Deus.
  • 32. FILOSOFIA - 2º Ano Tópico 2 Exemplificando a compreensão do inatismo cartesiano: A preocupação filosófica com o conhecimento Corajoso; Justo; Solidário; Livre; Imortal. Imagens da esquerda para a direita: (a) Mikael Häggström / public domain, (b) Mark and Allegra / Creative Commons Attribution-Share Alike 2.0 Generic.
  • 33. COMPONENTE CURRICULAR - Série Tópico GALLIANO, G. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra, 1979, p.24- 30. Referências CHAUÍ, M. Filosofia: Ensino Médio. São Paulo: Ática, 2005. RODRIGO, L.M. Filosofia em sala de aula: teoria e prática para o ensino médio. Campinas: Autores Associados, 2009, p.145-159. DIMENSTEIN, G.; STRECKER, H.; GIANSANTI A.C. Dez lições de Filosofia para um Brasil cidadão. São Paulo: FTD, 2008, p.65-121. Livros: Sites: www.filoinfo.bem-vido.net www.mundoeducacao.com.br/filosofia www.ocanto.esenviseu.net
  • 34. Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do Acesso 5 "My Wife and My Mother-in-Law", a famous optical illusion. Appears in Puck, v. 78, no. 2018 (1915 Nov. 6), p. 11. / Public Domain. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:My_Wif e_and_My_Mother-in-Law.jpg 19/04/2012 6 IES MANUEL GARCÍA BARROS A ESTRADA- PONTEVEDRA / Creative Commons Attribution- Share Alike 2.0 Generic http://commons.wikimedia.org/wiki/File:O_hom e_sen_sombra_(A_Estrada).jpg 16/04/2012 7 Robert Fludd (1574-1637) / public domain. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:El_cere bro_seg%C3%BAn_Fludd.jpg 16/04/2012 11a Paulo César Santos / Creative Commons CC0 1.0 Universal Public Domain Dedication. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Rua_Ui ge.JPG 16/04/2012 11b Luis Egidio Meléndez (1716-1780) / public domain . http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Bodeg% C3%B3n_de_Frutas_Escorial.jpg 16/04/2012 11c Giulia Ciappa / Creative Commons Attribution 2.0 Generic http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Roupa_ a_secar_numa_rua_italiana.jpg 16/04/2012 13 'A'_(PSF).png: Pearson Scott Foresman / public domain http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Audio_a .svg 16/04/2012 16a Jordiferrer / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Promet eu_encadenat_- _Pla%C3%A7a_Sant_Miquel,_Igualada.JPG 17/04/2012 16b Sailko / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Zeus,_al temps.JPG 17/04/2012 16c Jules Joseph Lefebvre / Pandora, 1882 / Private Collection / United States public domain http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pandora .jpg 17/04/2012 Tabela de Imagens
  • 35. Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do Acesso 17a Helix84 / GNU Free Documentation License http://commons.wikimedia.org/wiki/File:AmorI.s vg 17/04/2012 17b user:shakko / Creative Commons Atribuição- Partilha nos Termos da Mesma Licença 3.0 Unported http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Eros_pu shkin.jpg?uselang=pt-br 17/04/2012 17c Jacopo Tintoretto and/or Domenico Tintoretto / Alegoria da Prudência / United States public domain http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jacopo_ Tintoretto_-_Alegoria_da_Prud%C3%AAncia.jpg 17/04/2012 19a O Livro dos Espíritos, 1864 / public domain http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Le_Livre _des_Esprits.jpg 17/04/2012 19b A Bíblia de Gutenberg - Primeira Edição impressa da Bíblia, 1455 / United States Public Domain http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gutenb erg_Bible_(page).JPG 17/04/2012 19c O Alcorão, por Roel Wiinants / Creative Commons Attribution-Share Alike 2.0 Generic http://commons.wikimedia.org/wiki/File:WLM_- _roel1943_-_Koran.jpg 17/04/2012 19d A Torá / public domain in the United States. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Torah.jp g 17/04/2012 19e O Livro de Mórmon, Edição Soft Cover / public domain in the United States http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Book_o f_Mormon_English_Missionary_Edition_Soft_Co ver.jpg 17/04/2012 19f Jorge Andrade / Creative Commons Attribution 2.0 Generic http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Praia_d o_Meio_em_Natal.jpg 18/04/2012 Tabela de Imagens
  • 36. Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do Acesso 19g Mysticvoodoo Created by artist Denise Alvarado / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Voodoo -dolls.JPG 18/04/2012 19h Autor desconhecido / Disponibilizado por Rsabbatini / GNU Free Documentation License http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Brazilia n-Indians.jpg 18/04/2012 19i Rowanwindwhistler / GNU Free Documentation License http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Egipcio. jpg 18/04/2012 27a GRAN / GNU Free Documentation License http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Boiling_ water.jpg 18/04/2012 27b Darren Hester / Creative Commons Attribution- Share Alike 2.5 Generic http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ice_cub es_openphoto.jpg 18/04/2012 29a Fbat / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Fossil_d inosaur_footstep_trail_in_a_Portuguese_quarry2 a.jpg 18/04/2012 29b Mario Valencia / Creative Commons Attribution- Share Alike 2.0 Generic http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Walking _with_Dinosaurs.jpg 18/04/2012 32a Mikael Häggström / public domain http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Muscles _anterior.png 18/04/2012 32b Mark and Allegra / Creative Commons Attribution-Share Alike 2.0 Generic http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Estatua _de_Superman.jpg 18/04/2012 Tabela de Imagens