O documento descreve um diálogo entre Jesus e Pedro sobre o significado do milagre das bodas de Caná. Jesus explica que o vinho representava a alegria do Reino de Deus e que o amor pelos amigos deve ser santificado. Ele também fala sobre a importância de renunciar aos laços terrenos para seguir a Deus, mas não condena os laços familiares.
3. BODAS DE CANA
3
(…)”Todo o homem põe primeiro o
vinho bom e, quando já têm bebido
bem, então o inferior; mas tu
guardaste até agora o bom vinho.”
Jo 2:10
5. EXPLICAÇÃO DA GÊNESE
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“Se bem que, a rigor, o fato se possa explicar,
até certo ponto, por uma ação fluídica que
houvesse, como o magnetismo oferece muitos
exemplos, mudado as propriedades da água,
dando-lhe o sabor do vinho, pouco provável é
se tenha verificado semelhante hipótese, dado
que, em tal caso, a água, tendo do vinho
unicamente o sabor, houvera conservado a sua
coloração, o que não deixaria de ser notado.
Mais racional é se reconheça aí uma
daquelas parábolas tão frequentes nos
ensinos de Jesus, (…) que, todavia, se
apresentam com caráter de fatos ocorridos.”
CAP XIII, Item 47
6. 4
“Não é propriamente milagre o que
caracterizou as ações práticas do
Senhor. Todos os seus atos foram
resultantes do seu imenso poder
espiritual. Todas as obras a que se
referem os Evangelistas são
profundamente verdadeiras.”
Cap XX
6
9. – Senhor, em face dos vossos ensinamentos,
como deveremos interpretar a vossa primeira
manifestação, transformando a água em vinho,
nas bodas de Caná? Não se tratava de uma festa
mundana? O vinho não iria cooperar para o
desenvolvimento da embriaguez e da gula?
Jesus compreendeu o alcance da interpelação e sorriu.
– Simão, conheces a alegria de servir a um
amigo?
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10. – As bodas de Caná foram um símbolo da
nossa união na Terra. O vinho, ali, foi bem
o da alegria com que desejo selar a existência do
Reino de Deus nos corações. Estou com os meus
amigos e amo-os a todos. Os afetos da alma,
Simão, são laços misteriosos que nos
conduzem a Deus. Saibamos santificar a nossa
afeição, proporcionando aos nossos amigos o
máximo da alegria; seja o nosso coração uma
sala iluminada onde eles se sintam tranquilos e
ditosos. Tenhamos sempre júbilos novos que
os reconfortem, nunca contaminemos a
fonte de sua simpatia com a sombra dos
pesares! As mais belas horas da vida são as que
empregamos em amá-los, enriquecendo-lhes as
satisfações íntimas. 10
11. – As bodas de Caná foram um símbolo da
nossa união na Terra. O vinho, ali, foi bem
o da alegria com que desejo selar a existência do
Reino de Deus nos corações. Estou com os meus
amigos e amo-os a todos. Os afetos da alma,
Simão, são laços misteriosos que nos
conduzem a Deus. Saibamos santificar a nossa
afeição, proporcionando aos nossos amigos o
máximo da alegria; seja o nosso coração uma
sala iluminada onde eles se sintam tranquilos e
ditosos. Tenhamos sempre júbilos novos que
os reconfortem, nunca contaminemos a
fonte de sua simpatia com a sombra dos
pesares! As mais belas horas da vida são as que
empregamos em amá-los, enriquecendo-lhes as
satisfações íntimas. 10
12. – As bodas de Caná foram um símbolo da
nossa união na Terra. O vinho, ali, foi bem
o da alegria com que desejo selar a existência do
Reino de Deus nos corações. Estou com os meus
amigos e amo-os a todos. Os afetos da alma,
Simão, são laços misteriosos que nos
conduzem a Deus. Saibamos santificar a nossa
afeição, proporcionando aos nossos amigos o
máximo da alegria; seja o nosso coração uma
sala iluminada onde eles se sintam tranquilos e
ditosos. Tenhamos sempre júbilos novos que
os reconfortem, nunca contaminemos a
fonte de sua simpatia com a sombra dos
pesares! As mais belas horas da vida são as que
empregamos em amá-los, enriquecendo-lhes as
satisfações íntimas. 10
13. – As bodas de Caná foram um símbolo da
nossa união na Terra. O vinho, ali, foi bem
o da alegria com que desejo selar a existência do
Reino de Deus nos corações. Estou com os meus
amigos e amo-os a todos. Os afetos da alma,
Simão, são laços misteriosos que nos
conduzem a Deus. Saibamos santificar a nossa
afeição, proporcionando aos nossos amigos o
máximo da alegria; seja o nosso coração uma
sala iluminada onde eles se sintam tranquilos e
ditosos. Tenhamos sempre júbilos novos que
os reconfortem, nunca contaminemos a
fonte de sua simpatia com a sombra dos
pesares! As mais belas horas da vida são as que
empregamos em amá-los, enriquecendo-lhes as
satisfações íntimas. 10
14. – E como deveremos proceder quando os amigos
não nos entendam, ou quando nos retribuam
com ingratidão?
Jesus pôs nele o olhar lúcido e respondeu:
– Pedro, o amor verdadeiro e sincero nunca
espera recompensas. A renúncia é o seu ponto
de apoio, como o ato de dar é a essência de sua
vida. A capacidade de sentir grandes afeições
já é em si mesma um tesouro. A compreensão
de um amigo deve ser para nós a maior
recompensa.
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15. SEUS AMIGOS
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“Quando estiveres na
“porta estreita”, dilatando
as conquistas da vida
eterna, irás também só. Não
aguardes teus amigos. Não
te compreenderiam; no
entanto, não deixes de amá-
los. São crianças. E toda
criança teme e exige muito.”CAP 86
16. Todavia, quando a luz do entendimento
tardar no espírito daqueles a quem
amamos, deveremos lembrar-nos de que temos
a sagrada compreensão de Deus, que nos
conhece os propósitos mais puros. Ainda que
todos os nossos amigos do mundo se
convertessem, um dia, em nossos adversários, ou
mesmo em nossos algozes, jamais nos poderiam
privar da alegria infinita de lhes haver dado
alguma coisa...
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17. Todavia, quando a luz do entendimento
tardar no espírito daqueles a quem
amamos, deveremos lembrar-nos de que temos
a sagrada compreensão de Deus, que nos
conhece os propósitos mais puros. Ainda que
todos os nossos amigos do mundo se
convertessem, um dia, em nossos adversários, ou
mesmo em nossos algozes, jamais nos poderiam
privar da alegria infinita de lhes haver dado
alguma coisa...
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18. Todavia, quando a luz do entendimento
tardar no espírito daqueles a quem
amamos, deveremos lembrar-nos de que temos
a sagrada compreensão de Deus, que nos
conhece os propósitos mais puros. Ainda que
todos os nossos amigos do mundo se
convertessem, um dia, em nossos adversários, ou
mesmo em nossos algozes, jamais nos poderiam
privar da alegria infinita de lhes haver dado
alguma coisa...
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19. Todavia, quando a luz do entendimento
tardar no espírito daqueles a quem
amamos, deveremos lembrar-nos de que temos
a sagrada compreensão de Deus, que nos
conhece os propósitos mais puros. Ainda que
todos os nossos amigos do mundo se
convertessem, um dia, em nossos adversários, ou
mesmo em nossos algozes, jamais nos poderiam
privar da alegria infinita de lhes haver dado
alguma coisa...
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– O vinho de Caná poderá transformar-se um
dia, no vinagre da amargura; contudo, sentirei,
mesmo assim, júbilo em sorvê-lo, por minha
dedicação aos que vim buscar para o amor do
Todo-Poderoso.
21. ABANDONAR PAI, MÃE
E FILHOS
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“Se alguém vem a mim e não
aborrece (odeia) a seu pai, a sua
mãe e mulher e filhos e irmão e
irmã e, ainda sua vida, não pode ser
meu discípulo”.
(Lucas, 14: 25 e 26)
22. – Simão, a minha palavra não determina que o homem
quebre os elos santos de sua vida; antes exalta os que
tiverem a verdadeira fé para colocar o poder de Deus
acima de todas as coisas e de todos os seres da
Criação infinita. O amor dos pais não constitui uma
lembrança da bondade permanente de Deus? O afeto dos
filhos não representa um suave perfume do coração?!
Tenho dado aos meus discípulos o título de amigos, por
ser o maior de todos.
– Mestre, como conciliar estas palavras tão duras com as
vossas anteriores observações, relativamente aos laços
sagrados entre os que se estimam?!
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23. – Simão, a minha palavra não determina que o homem
quebre os elos santos de sua vida; antes exalta os que
tiverem a verdadeira fé para colocar o poder de Deus
acima de todas as coisas e de todos os seres da
Criação infinita. O amor dos pais não constitui uma
lembrança da bondade permanente de Deus? O afeto dos
filhos não representa um suave perfume do coração?!
Tenho dado aos meus discípulos o título de amigos, por
ser o maior de todos.
– Mestre, como conciliar estas palavras tão duras com as
vossas anteriores observações, relativamente aos laços
sagrados entre os que se estimam?!
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24. – Mestre, como conciliar estas palavras tão duras com as
vossas anteriores observações, relativamente aos laços
sagrados entre os que se estimam?!
– Simão, a minha palavra não determina que o homem
quebre os elos santos de sua vida; antes exalta os que
tiverem a verdadeira fé para colocar o poder de Deus
acima de todas as coisas e de todos os seres da
Criação infinita. O amor dos pais não constitui uma
lembrança da bondade permanente de Deus? O afeto dos
filhos não representa um suave perfume do coração?!
Tenho dado aos meus discípulos o título de amigos, por
ser o maior de todos.
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25. “O Evangelho” não pode condenar os laços de família,
mas coloca acima deles o laço indestrutível da paternidade
de Deus. O Reino do céu no coração deve ser o tema
central de nossa vida. Tudo mais é acessório. A família,
no mundo, está igualmente subordinada aos imperativos
dessa edificação.
Já pensaste, Pedro, no supremo sacrifício de renunciar?
Todos os homens sabem conservar, são raros os que sabem
privar-se. Na construção do Reino de Deus, chega um
instante de separação, que é necessário se saiba
suportar com sincero desprendimento. E essa
separação não é apenas a que se verifica pela morte do
corpo (…)
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26. “O Evangelho” não pode condenar os laços de família,
mas coloca acima deles o laço indestrutível da paternidade
de Deus. O Reino do céu no coração deve ser o tema
central de nossa vida. Tudo mais é acessório. A família,
no mundo, está igualmente subordinada aos imperativos
dessa edificação.
Já pensaste, Pedro, no supremo sacrifício de renunciar?
Todos os homens sabem conservar, são raros os que sabem
privar-se. Na construção do Reino de Deus, chega um
instante de separação, que é necessário se saiba
suportar com sincero desprendimento. E essa
separação não é apenas a que se verifica pela morte do
corpo (…)
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27. “Ah! Simão, (…) Como são raros os que sabem ceder e
partir em silêncio, por amor ao Reino, esperando o
instante em que Deus se pronuncia!
18
Entretanto, Pedro, ninguém se edificará, sem conhecer
essa virtude de saber renunciar com alegria, em
obediência à vontade de Deus, no momento oportuno,
compreendendo a sublimidade de seus desígnios.
Por essa razão, os discípulos necessitam aprender a partir e a esperar
aonde as determinações de Deus os conduzam, porque a edificação do Reino
do céu no coração dos homens deve constituir a preocupação primeira, a
aspiração mais nobre da alma, as esperanças centrais do Espírito!...”
28. “Ah! Simão, (…) Como são raros os que sabem ceder e
partir em silêncio, por amor ao Reino, esperando o
instante em que Deus se pronuncia!
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Entretanto, Pedro, ninguém se edificará, sem conhecer
essa virtude de saber renunciar com alegria, em
obediência à vontade de Deus, no momento oportuno,
compreendendo a sublimidade de seus desígnios.
Por essa razão, os discípulos necessitam aprender a partir e a esperar
aonde as determinações de Deus os conduzam, porque a edificação do Reino
do céu no coração dos homens deve constituir a preocupação primeira, a
aspiração mais nobre da alma, as esperanças centrais do Espírito!...”
29. “Ah! Simão, (…) Como são raros os que sabem ceder e
partir em silêncio, por amor ao Reino, esperando o
instante em que Deus se pronuncia!
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Entretanto, Pedro, ninguém se edificará, sem conhecer
essa virtude de saber renunciar com alegria, em
obediência à vontade de Deus, no momento oportuno,
compreendendo a sublimidade de seus desígnios.
Por essa razão, os discípulos necessitam aprender a partir e a esperar
aonde as determinações de Deus os conduzam, porque a edificação do Reino
do céu no coração dos homens deve constituir a preocupação primeira, a
aspiração mais nobre da alma, as esperanças centrais do Espírito!...”
31. “Amar é sentir-se viver em todos e por todos, é consagrar-se
ao sacrifício, até à morte, em benefício de uma causa ou de
um ser. Se quiserdes saber o que é amar, considerai os
grandes vultos da Humanidade e, acima de todos, o Cristo,
o amor encarnado, o Cristo, para quem o amor era toda a
moral e toda a religião. Não disse ele: “Amai os vossos
inimigos”?
Depois da Morte -
Leon Denis
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33. 22
(…)
Que recebe o grão maduro após a colheita?
O triturador que o ajuda a purificar-se.
Que prêmio se reserva à farinha alva e nobre?
O fermento que a transforma para a utilidade geral.
Que privilégio caracteriza o pão depois do forno?
A graça de servir.
Não se formam cristãos para adornos vivos do mundo, e sim
para a ação regeneradora e santificante da existência. Outrora,
os servidores da realeza humana recebiam o espólio dos vencidos
e, com eles, se rodeavam de gratificações de natureza física, com
as quais abreviavam a própria morte.
Em Cristo, contudo, o quadro é diverso. Vencemos, em
companhia dele, para nos fazermos irmãos de quantos nos
partilham a experiência,
(…)
CAP. 22
A RETRIBUIÇÃO
34. 23
CAP. 22
Simão Pedro, que desejou saber qual lhe
seria a recompensa pela adesão à Boa
Nova, viu, de perto, a necessidade da
renúncia. Quanto mais se lhe acendrou a
fé, maiores testemunhos de amor à
Humanidade lhe foram requeridos.
Quanto mais conhecimento adquiriu, à
mais ampla caridade foi constrangido,
até o sacrifício extremo.
Se deixaste, pois, por devoção a Jesus, os
laços que te prendiam às zonas inferiores
da vida, recorda que, por felicidade tua,
recebeste do Céu a honra de ajudar, a
prerrogativa de entender e a glória de
servir.
A RETRIBUIÇÃO