1) O capítulo 8 da 1a Epístola de Paulo aos Coríntios discute a liberdade dos cristãos em comer carne sacrificada aos ídolos e como isso pode afetar os membros fracos da comunidade.
2) Paulo adverte que embora a ciência possa inflar o ego, só o amor edifica. Ele também diz que amar a Deus é mais importante do que saber sobre Ele.
3) O capítulo incentiva os cristãos a evitarem escandalizar os membros fracos da comunidade com sua liberdade e em vez disso, a colocarem
2. 1ª Epístola de S. Paulo aos Coríntios
CAPÍTULO 8
8 Daquilo, porém, que é oferecido em sacrifício aos ídolos, sabemos que todos estamos cientes. A ciência incha, mas
a caridade edifica.
2 Se alguém julga saber alguma coisa, ainda não sabe como convém saber.
3 Mas se alguém ama a Deus, esse é conhecido dele.
4 Acerca porém das viandas, que são imoladas aos ídolos, sabemos que os ídolos nada são no mundo, e que não há
outro Deus, senão um só.
5 Porque ainda que haja, tanto no céu quanto na terra, os chamados deuses, (pois que há muitos deuses e muitos
senhores);
6 Para nós, contudo, há um só Deus, que é o Pai de todos, e nós somos nele; e só um Senhor, Jesus Cristo, por
quem todas as coisas existem, e nós por ele.
7 Mas nem todos estão cientes disso. Porque alguns, com consciência do ídolo, ainda comem o que foi sacrificado
aos ídolos; e como sua consciência está frágil, fica corrompida.
8 A comida não nos faz mais agradáveis a Deus. Porque comendo-a não seremos mais ricos, nem seremos mais
pobres não a comendo.
9 Mas vede que esta liberdade que tendes não seja ofensiva aos fracos.
10 Porque se alguém vê àquele que é ciente acomodado para comer junto aos ídolos, porventura, com a sua
consciência frágil, não se animará comer o que foi sacrificado aos ídolos?
11 Não é assim que pela tua ciência perecerá o teu irmão fraco, pelo qual morreu o Cristo?
12 Deste modo, pecando para com os irmãos e golpeando sua frágil consciência, pecais contra o Cristo.
13 Por isso, se a comida escandalizar a meu irmão, jamais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize.
3. Caminho, Verdade e Vida — Emmanuel
152 - Ciência e amor
“A ciência incha, mas o amor edifica.” — PAULO (1 Coríntios, 8.1)
1 A ciência pode estar cheia de poder, mas só o amor beneficia. 2 A ciência, em todas as épocas, conseguiu
inúmeras expressões evolutivas. Vemo-la no mundo, exibindo realizações que pareciam quase inatingíveis.
Máquinas enormes cruzam os ares e o fundo dos oceanos. A palavra é transmitida, sem fios, a longas
distâncias. A imprensa difunde raciocínios mundiais. 3 Mas, para essa mesma ciência pouco importa que o
homem lhe use os frutos para o bem ou para o mal. Não compreende o desinteresse, nem as finalidades
santas.
4 O amor, porém, aproxima-se de seus labores e retifica-os, conferindo-lhe a consciência do bem. 5 Ensina
que cada máquina deve servir como utilidade divina, no caminho dos homens para Deus, que somente se
deveria transmitir a palavra edificante como dádiva do Altíssimo, que apenas seria justa a publicação dos
raciocínios elevados para o esforço redentor das criaturas.
6 Se a ciência descobre explosivos, esclarece o amor quanto à utilização deles na abertura de estradas que
liguem os povos; se a primeira confecciona um livro, ensina o segundo como gravar a verdade
consoladora. 7 A ciência pode concretizar muitas obras úteis, mas só o amor institui as obras mais
altas. 8 Não duvidamos de que a primeira, bem interpretada, possa dotar o homem de um coração corajoso;
entretanto, somente o segundo pode dar um coração iluminado.
9 O mundo permanece em obscuridade e sofrimento, porque a ciência foi assalariada pelo ódio, que aniquila e
perverte, e só alcançará o porto de segurança quando se render plenamente ao amor de Jesus-Cristo.
Emmanuel
4. Vinha de luz — Emmanuel
44 - Saber como convém
“E se alguém cuida saber alguma coisa, ainda não sabe como convém saber.” — PAULO (1 Coríntios, 8.2)
1 A civilização sempre cuida saber excessivamente, mas, em tempo algum, soube como convém saber.
2 É por isto que, ainda agora, o avião bombardeia, o rádio transmite a mentira e a morte, e o combustível alimenta
maquinaria de agressão.
3 Assim também, na esfera individual, o homem apenas cogita saber, esquecendo que é indispensável saber como
convém.
4 Em nossas atividades evangélicas, toda a atenção é necessária ao êxito na tarefa que nos foi cometida.
5 Aprendizes do Evangelho existem que pretendem guardar toda a revelação do Céu, para impô-la aos
vizinhos; 6 que se presumem de posse da humildade, para tiranizarem os outros; 7 que se declaram pacientes,
irritando a quem os ouve; 8 que se afirmam crentes, confundindo a fé alheia; 9 que exibem títulos de benemerência,
olvidando comezinhas obrigações domésticas.
10 Esses amigos, principalmente, são daqueles que cuidam saber sem saberem de fato.
11 Os que conhecem espiritualmente as situações ajudam sem ofender, melhoram sem ferir, esclarecem sem
perturbar. Sabem como convém saber e aprenderam a ser úteis. 12 Usam o silêncio e a palavra, localizam o bem e o
mal, identificam a sombra e a luz e distribuem com todos os dons do Cristo. 13 Informam-se quanto à Fonte da Eterna
Sabedoria e ligam-se a ela como lâmpadas perfeitas ao centro da força. 14 Fracassos e triunfos, no Plano das formas
temporárias, não lhes modificam as energias. 15 Esses sabem porque sabem e utilizam os próprios conhecimentos
como convém saber. Emmanuel
5. LIVRO DOS ESPÍRITOS
LIVRO TERCEIRO — LEIS MORAIS
XII — Perfeição moral - Caracteres do homem de bem
918 Por que indícios se pode reconhecer em um homem o progresso real que lhe elevará o Espírito na hierarquia espírita?
1 “O Espírito prova a sua elevação, quando todos os atos de sua vida corporal representam a prática da lei de Deus e
quando antecipadamente compreende a vida espiritual.”
22 Verdadeiramente, homem de bem é o que pratica a lei de justiça, amor e caridade, na sua maior pureza. 3 Se interrogar a
própria consciência sobre os atos que praticou, perguntará se não transgrediu essa lei, se não fez o mal, se fez todo
bem que podia, se ninguém tem motivos para dele se queixar, enfim se fez aos outros o que desejara que lhe fizessem.
4 Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem contar com qualquer retribuição, e
sacrifica seus interesses à justiça.
5 É bondoso, humanitário e benevolente para com todos, porque vê irmãos em todos os homens, sem distinção de raças,
nem de crenças.
6 Se Deus lhe outorgou o poder e a riqueza, considera essas coisas como UM DEPÓSITO, de que lhe cumpre usar para o
bem. Delas não se envaidece, por saber que Deus, que lhas deu, também lhas pode retirar.
7 Se sob a sua dependência a ordem social colocou outros homens, trata-os com bondade e complacência, porque são
seus iguais perante Deus. Usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho.
8 É indulgente para com as fraquezas alheias, porque sabe que também precisa da indulgência dos outros e se lembra
destas palavras do Cristo: Atire a primeira pedra aquele, que estiver sem pecado.
9 Não é vingativo. A exemplo de Jesus, perdoa as ofensas, para só se lembrar dos benefícios, pois não ignora que, como
houver perdoado, assim perdoado lhe será.
10 Respeita, enfim, em seus semelhantes, todos os direitos que as leis da Natureza lhes concedem, como quer que os
mesmos direitos lhe sejam respeitados.