1. A nutrição adequada de filhotes é essencial para garantir seu crescimento e desenvolvimento. 2. Os filhotes devem receber colostro nas primeiras 12-16 horas e serem desmamados entre 3-4 semanas. 3. A alimentação de filhotes muda em duas fases principais: até 4 meses e dos 4 aos 12 meses.
2. A nutrição
adequada em cada
etapa da vida do
filhote é essencial
para garantir boas
condições durante
seu crescimento.
Tanto a cadela
quanto os filhotes
devem ter
manejos
adequados
durante a gestação
e pós parto;
3. PRIMEIRAS 12-16
HORAS
• Filhotes irão ingerir o colostro
• Substância produzida somente
pela mãe e possui altíssimos
índices de imunoglobulinas do tipo
IgA
4. DESMAME
• Cães e gatos - alimento comercial para
filhotes por volta da 3ª ou 4ª semana de
vida.
• Momento em que se inicia a erupção dos
dentes.
• Com o desmame, os cuidados
maternos tendem a diminuir, assim
como a produção do leite materno.
5. Pode ser amolecido com água morna
e fornecido na consistência pastosa
para estimular o aprendizado.
Algumas preparações conhecidas
como “papinhas para desmame”
6. Primeira fase –
do nascimento
até os 4 meses
• O sistema imunológico ainda
não se desenvolveu
completamente.
• Anticorpos maternos começam
a diminuir
• Filhote pode ficar mais
vulnerável a contrair certos tipos
de vírus e bactérias
7. Primeira fase –
do nascimento
até os 4 meses
• Importante para determinar o futuro como
adulto.
• Condições físicas quanto e questões de
comportamento e educação alimentar.
• Petiscos durante as refeições dos tutores são
contraindicados.
8. • Caso a utilização de petiscos seja necessária com o propósito de diversão ou
educação, é possível direcionar 10% da necessidade calórica diária para este
fim.
• Os 90% restantes, devem ser fornecidos como alimento completo e
balanceado.
9. Segunda fase – dos
4 até os 12 meses
• Vacinação
• Após o ciclo completo de
vacinação, o organismo do
animal irá produzir os
anticorpos do tipo igG.
• Necessidades nutricionais
mudam.
11. OBESIDADE
Uso prolongado de
versões de alimentos para
filhotes sem a real
necessidade pode causar
sobrepeso, já que filhotes
possuem uma maior
demanda energética,
portanto esses alimentos
são mais calóricos.
12. NEONATOS ÓRFÃOS
Quando a amamentação materna pode ser interrompida?
ALGUNS EXEMPLOS SÃO:
• A ninhada pode ser muito numerosa, não tendo produção suficiente
para todos os indivíduos;
• Baixa produção de leite;
• A cadela pode ter alguma afecção que a impeça de amamentar;
• A cadela pode ir à óbito;
• Rejeição da ninhada pela mãe;
20. • Posição de aleitamento
• Animal deve permanecer em
decúbito ventral e pescoço e
cabeça elevados
• Evita que ocorra refluxo
gastroesofágico e,
consequentemente, engasgos e
pneumonias
• Evitar a aerofagia e desconforto
abdominal por excesso de gases
21.
22.
23.
24. CUIDADOS NO
ALEITAMENTO
DE FILHOTES
NEONATOS
1. Amamentar o filhote sempre com a barriga para
baixo (decúbito ventral) e com a cabeça levemente
inclinada para frente.
2. A mamadeira deve possuir um furo suficiente
apenas para o gotejamento do produto, evitando
assim que o filhote engasgue.
3. Mantenha o ambiente do filhote aquecido na
temperatura de 30º a 32ºC.
1. Antes de cada mamada estimule a micção e
defecação do filhote massageando levemente a
genitália com um pano ou lenço umedecido em água
morna.
25. • Filhotes de gatos pesam em
torno de 90 e 110 gramas ao
nascimento e devem ganhar de
50 a 100 gramas por semana até
os 5 ou 6 meses de idade.
• Ganho mínimo de 18 e max. 20
gramas por dia
26. Filhotes de cão é variável e dependente do porte dos pais.
Estima-se que cães recém-nascidos devem pesar de 1 a 6,5%
do peso de seus pais adultos.
Alguns autores estimam que filhotes durante o aleitamento
devem ganhar entre 2 a 4g/dia/kg de peso adulto durante os
primeiros 5 meses de vida.
27. Em cães, a taxa de
crescimento e
ganho de peso
apresentam
controvérsias e
diferenças são
observadas em
diversas raças
acompanhamento
do escore de
condição corporal
do filhote deve ser
realizado com
frequência
28.
29. RAÇA DO FILHOTE
• PARTICULARIDADES NUTRICIONAIS
• Alopecia, dermatites, alergias e inflamações nas glândulas
sebáceas:
acomete com maior frequência cães das raças yorkshire, poodle,
golden retriever, pitbull, labrador e outras;
• Dificuldade de absorver zinco e hipotireoidismo: husky siberiano e
outras;
• Proliferação de fungos: Sharpei, poodle e outras.
30. RAÇA DO FILHOTE
• Algumas raças também podem ter a genética mais propícia
para um risco maior de desenvolvimento da obesidade.
Dentre elas, podemos citar:
Porte pequeno: pug, dachshund, cavalier king charles, scottish
terrier e outras;
Porte médio: beagle, cocker spaniel, basset hound e outras;
Porte grande: labrador retriever, collie, golden retriever, rottweiler e
outras;
Porte gigante: Bernese, Terra Nova, São Bernardo e outras.
34. MANUTENÇÃO
compreende a vida adulta do
animal, quando este não está
na fase de reprodução ou
lactação.
Cães mantidos em escore de
condição corporal ideal
durante sua vida chegaram a
viver, em média, 1,8 anos a
mais do que aqueles
alimentados de forma livre e
com excesso de peso
41. GATOS IDOSOS
• Perda de peso em felinos ocorre
de forma acentuada
principalmente a partir dos 12
anos de idade
• Alimentos destinados para felinos
geriátricos apresentam inclusão
de fontes de proteína e gordura
de alta qualidade e digestibilidade
42. Ingestão hídrica - IDOSO
Formação de
fecalomas
Comprometimento
da função renal.
43. • Inclusão de ômega-3
Melhora da cognição e redução dos efeitos dos mediadores inflamatórios
• Inclusão de maior quantidade de agentes antioxidantes
combate a radicais livres e melhora da cognição
• Triglicérides de cadeia média
melhora da cognição
GERIATRIA
O colostro é a primeira fonte de anticorpos dos filhotes devido a sua elevada proporção de IgA, sendo uma “versão” do leite materno rica em imunoglobulinas essenciais para o desenvolvimento da imunidade do neonato. Portanto, existem diferenças significativas no perfil nutricional (níveis de proteínas, lipídeos, carboidratos e minerais) do colostro e do leite materno (KROLOW et al, 2021).
Tanto cães quanto gatos filhotes devem ser encorajados a se alimentarem com o alimento comercial para filhotes por volta da 3ª ou 4ª semana de vida (momento em que se inicia a erupção dos dentes) independente destes estarem ainda mamando ou não. Este alimento pode ser amolecido com água morna e fornecido na consistência pastosa para estimular o aprendizado. Algumas preparações conhecidas como “papinhas para desmame” também estão disponíveis no mercado para realizar esta transição e a sua consistência pode ser controlada de acordo com o teor de água introduzido de forma que o alimento fique cada vez mais consistente ao longo do processo de desmame.
os anticorpos maternos começam a diminuir e o filhote pode ficar mais vulnerável a contrair certos tipos de vírus e bactérias, já que neste período ocorre essa janela imunológica.
CRESCIMENTO PÓS-DESMAME O período de crescimento pós-desmame é de extrema importância para determinar o futuro do cão ou gato como adulto, tanto com relação as suas condições físicas quanto com relação a questões de comportamento e educação alimentar. Esta é a fase que o filhote aprende o que é certo e o que é errado. Por isso, petiscos durante as refeições dos tutores ou fora do horário das refeições são contraindicados a fim de inibir comportamento de mendicância nestes momentos. O fornecimento destes pode ser direcionado (em quantidade controlada), por exemplo, durante os momentos de adestramento a fim de reforçar comportamentos positivos e evitar ansiedade inadequada.
As vacinas V8 ou V10 são recomendadas para os cães filhotes, devendo receber a primeira dose quando tiverem cerca de 6 semanas de vida, totalizando três doses com intervalos médios de 21 dias. Após o ciclo completo de vacinação, o organismo do animal irá produzir os anticorpos do tipo IgG, prevenindo possíveis afecções como cinomose, parvovirose, hepatite infecciosa canina e algumas cepas causadoras de leptospirose. A WSAVA (Global Veterinary Community) disponibiliza em seu site guidelines de protocolos de vacinação para cães e gatos.
A vacina antirrábica é de dose única e deve ser aplicada ao final do ciclo vacinal, ou seja, após a 3ª dose da V8 ou V10.
Ou seja, na segunda fase da vida do filhote, o sistema imunológico já está mais desenvolvido e as necessidades nutricionais mudam, pois o animal já está quase na fase adulta.
Os alimentos secos e úmidos ROYAL CANIN® Puppy e Kitten fornecem uma nutrição específica e adaptada para as necessidades de cada filhote. A versão do alimento Puppy visa fornecer ao filhote canino o fortalecimento do sistema imunológico, desenvolvimento cerebral e suporte do microbioma. Além disso, a versão úmida possui textura macia para os dentes de leite. Esses alimentos são indicados para cães de 2 a 15 meses, dependendo do porte do cão.
20 – 25/100g
Filhotes de gatos geralmente pesam em torno de 90 e 110 gramas ao nascimento e devem ganhar de 50 a 100 gramas por semana até os 5 ou 6 meses de idade. Durante a amamentação, estes devem ser pesados diariamente a fim de averiguar ganho mínimo e máximo de 18 e 20 gramas por dia, respectivamente. Já o peso corporal ao nascimento dos filhotes de cão é variável e dependente do porte dos pais. Estima-se que cães recém-nascidos devem pesar de 1 a 6,5% do peso de seus pais adultos. Alguns autores estimam que filhotes durante o aleitamento devem ganhar entre 2 a 4g/dia/kg de peso adulto durante os primeiros 5 meses de vida.
Filhotes de gatos geralmente pesam em torno de 90 e 110 gramas ao nascimento e devem ganhar de 50 a 100 gramas por semana até os 5 ou 6 meses de idade. Durante a amamentação, estes devem ser pesados diariamente a fim de averiguar ganho mínimo e máximo de 18 e 20 gramas por dia, respectivamente. Já o peso corporal ao nascimento dos filhotes de cão é variável e dependente do porte dos pais. Estima-se que cães recém-nascidos devem pesar de 1 a 6,5% do peso de seus pais adultos. Alguns autores estimam que filhotes durante o aleitamento devem ganhar entre 2 a 4g/dia/kg de peso adulto durante os primeiros 5 meses de vida.
Algumas raças de cães possuem certas particularidades nutricionais, pela maior predisposição a certas doenças ou problemas, como:
alopecia, dermatites, alergias e inflamações nas glândulas sebáceas: acomete com maior frequência cães das raças Yorkshire, Poodle, Golden Retriever, Pitbull, Labrador e outras;
dificuldade de absorver zinco e hipotireoidismo: Husky Siberiano e outras;
proliferação de fungos: SharPei, Poodle e outras.
Algumas raças como Cocker Spaniel Americano, Shit Tzu, Setter Inglês, West Highland White Terrier, Dachshund e outras, necessitam de cuidados muito específicos, pois podem ser mais vulneráveis a doenças dermatológicas como a malassezia.
Algumas raças também podem ter a genética mais propícia para um risco maior de desenvolvimento da obesidade. Dentre elas, podemos citar:
porte pequeno: Pug, Dachshund, Cavalier King Charles, Scottish Terrier e outras;
porte médio: Beagle, Cocker Spaniel, Basset Hound e outras;
porte grande: Labrador Retriever, Collie, Golden Retriever, Rottweiler e outras;
porte gigante: Bernese, Terra Nova, São Bernardo e outras.
O uso do alimento ideal para cada indivíduo auxilia na prevenção de doenças e problemas, conforme exemplos citados acima.
O papel da nutrição para os filhotes
O acompanhamento clínico da cadela e dos filhotes é primordial para evitar, identificar, diagnosticar e tratar afecções e outros problemas de saúde que possam surgir durante a maternidade, desafiando o Médico-Veterinário. Cabe ao profissional orientar o tutor sobre as formas corretas de manejo nutricional dos filhotes e da mãe conforme cada etapa da vida deles. Vale ressaltar que, seguir as recomendações alimentares diárias proporciona uma vida mais saudável ao pet.
De forma simplificada, o período de manutenção é aquele que compreende a vida adulta do animal, quando este não está na fase de reprodução ou lactação. É o reflexo das conquistas do período de crescimento e será, consequentemente, reflexo para o período geriátrico. Um estudo realizado por Kealy e colaboradores (2002) concluiu que cães mantidos em escore de condição corporal ideal durante sua vida chegaram a viver, em média, 1,8 anos a mais do que aqueles alimentados de forma livre e com excesso de peso. Por isso, nesta fase, a manutenção do ECC e EMM são de extrema importância. A estimativa de energia para este período dependerá do porte do animal, nível de atividade e, alguns casos, da sua raça, conforme pode ser observado na Tabela 2 e Tabela 3
Cães adultos devem ser alimentados em 2 a 3 refeições por dia e deve-se evitar o exercício físico após as refeições principalmente para cães de grande porte, a fim de evitar dilatação vôlvulo-gástrica. Já com relação aos gatos, em virtude da baixa atividade das transaminases, estes devem se alimentar de 10 a 15 vezes por dia e com alimentos mais energéticos (comparativamente aos cães). Para estes, o manejo mais apropriado seria controlar a quantidade de alimento diário e dispor ao longo do dia pequenas porções para que se alimentem. Dentro do segmento comercial de alimentos para animais adultos incluem-se alimentos completos e balanceados para manutenção e alimentos light/castrados. Esta é uma divisão de mercado criada para atender animais que apresentam ganho de peso facilitado em decorrência do sedentarismo e castração. A principal diferença entre estes seria a densidade energética, modulada por inclusões maiores ou menores de gordura e fibras, ilustrado na Figura 3. Alimentos menos calóricos e com maior teor de fibras permitem ingestão de quantidades maiores e favorecem a saciedade. No entanto, apresentam inclusão de proteínas e fibras muito menores quando comparados com alimentos coadjuvantes hipocalóricos indicados para o tratamento da obesidade. O mesmo é válido para gordura, ou seja, apresentam mais deste nutriente do que os alimentos hipocalóricos.
Considera-se geriátrico aquele animal com idade cronológica avançada. No caso de cães 100 kcal x (PC em kg)0,67 55 - 260 kcal x (PC em kg)0,75 130 kcal x (PC em kg)0,4 52 - 75 kcal x (PC em kg)0,67 72 de raças grandes e gigantes, a partir dos 5 anos; em cães de raças médias e pequenas, a partir dos 7 anos e, no caso dos gatos, a partir dos 9 anos de idade (NRC, 2006). No entanto, devido ao aumento da expectativa de vida de cães e gatos, outros autores consideram geriátricos cães de raças grandes (22-40kg de PC) a partir dos 9 anos; gigantes (mais de 40kg de PC) a partir dos 7 anos; cães de porte médio (10-22kg) - 10 anos; porte pequeno (2-10kg) - 11,5 anos e gatos, aos 12 anos.
á com relação aos gatos, estes podem apresentar redução da sua capacidade de digestão de gordura e proteína com o avançar da idade (cerca de 30% dos gatos com mais de 12 anos de idade), por consequência, demandam maior necessidade do processo de neoglicogênese que culmina no balanço nitrogenado negativo em função do possível catabolismo muscular. A perda de peso em felinos ocorre de forma acentuada principalmente a partir dos 12 anos de idade, por esta razão, alimentos destinados para felinos geriátricos apresentam inclusão de fontes de proteína e gordura de alta qualidade e digestibilidade, de forma a melhorar o seu aproveitamento. Com relação ao cálculo da necessidade energética diária para gatos geriátricos ou idosos, até o momento não existem equações específicas de recomendação.
perda de massa muscular não patológica relacionada à idade é denominada sarcopenia, ela acomete tanto cães quanto gatos e é um processo que inicia na fase adulta e se acentua na fase idosa. A sarcopenia possui etiologia complexa e multifatorial. Em seres-humanos, o desequilíbrio hormonal e citoquímico pode ser citado como causa desta perda de musculatura progressiva em virtude da diminuição de hormônios relacionados ao crescimento e efeito anabólico como, por exemplo, testosterona e IGF-1 e, aumento de mediadores pró-inflamatórios envolvidos no processo de catabolismo como, por exemplo, TNF-alfa e IL-6. Em cães e gatos deve-se considerar também, além do processo fisiológico citado para a perda de musculatura, diferenças com relação a exigências de paladar, ou seja, tendem a apresentar apetite seletivo decorrente da diminuição da capacidade olfatória, do número de células gustativas e, em muitas situações, doença periodontal avançada. Por este motivo, estratégias que resultem na melhora da palatabilidade dos alimentos são essenciais para estes animais. Além disso, animais que não apresentam alterações ortopédicas ou cardio-respiratórias, o exercício diário leve é de grande importância para manter a amplitude dos movimentos, capacidade de contração muscular, manutenção de massa muscular e para estimular as funções sensoriais e cognitivas que tendem a reduzir com o tempo.
Por fim, do ponto de vista nutricional, um último aspecto de importância deve ser abordado para cães e gatos idosos: a ingestão hídrica. Assim como humanos, animais idosos tendem a ingerir menos água e, consequentemente, desidratar com facilidade. As consequências da desidratação vão desde a formação de fecalomas até o comprometimento da função renal, principalmente em gatos. Manter água fresca e disponível em diversos pontos da casa e próximo ao local de descanso é, portanto, uma estratégia útil para evitar tais intercorrências. A inclusão de ômega-3 (melhora da cognição e redução dos efeitos dos mediadores inflamatórios), inclusão de maior quantidade de agentes antioxidantes (combate a radicais livres e melhora da cognição) e triglicérides de cadeia média (melhora da cognição) também são recomendados.