2. SERPENTES
HISTÓRICO
• Não há vestígios de fósseis (evolução)
• Ancestrais relacionados
• Aspectos ecológicos
▫ São altamente especializadas
▫ Distribuição limitada (termorregulação)
▫ Maior diversidade é encontrada nos trópicos e
decresce à medida que se afasta do equador
3. SERPENTES
HISTÓRICO
• Hábito alimentar
▫ Carnívoras (animais inteiros)
▫ Animais de corpo mole, pequenos roedores
(sufocamento ou digestão)
▫ Engolem, ancorando os dentes de um lado da
mandíbula na presa e avançando o outro lado
sobre ela;
▫ Morte da presa antes da ingestão (vantagem
adaptativa)
▫ São sensíveis às vibrações do solo
4. SERPENTES
EPIDEMIOLOGIA
• Notificados ao Centro Nacional de Controle de
Zoonoses e Animais Peçonhentos no período de
janeiro de 1990 a dezembro de 1993:
▫ 81.611 acidentes
• Média de 20.000 casos/ano para o país
• Maioria das Regiões Sudeste e Sul
6. SERPENTES
EPIDEMIOLOGIA
• Distribuição mensal dos acidentes
▫ Fatores climáticos e aumento da atividade
humana nos trabalhos do campo
▫ Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste
setembro a março.
▫ Região Nordeste
janeiro a maio
▫ Região Norte
não se observa sazonalidade
10. SERPENTES
EPIDEMIOLOGIA
• Local da Picada
• 70,8% pé e a perna;
• 13,4% mão e o antebraço;
• Faixa etária e sexo
• 52,3% de 15 a 49 anos;
• 70% sexo masculino;
• Letalidade para o Brasil foi de 0,45%
12. SERPENTES
• Serpentes de importância médica
• Identificação:
• Dispensa da maioria dos pacientes picados por
serpentes não peçonhentas;
• Reconhecimento das espécies de importância
médica em nível regional
• Auxiliar na indicação mais precisa do anti-
veneno a ser administrado;
13. SERPENTES
• No Brasil, a fauna ofídica de interesse
médico está representada pelos gêneros:
• Bothrops
• Crotalus
• Lachesis
• Micrurus
• Colubridae
14. SERPENTES
• DENTIÇÃO:
• ÁGLIFA
• Pequenos iguais;
• Não apresentam dentes
especializados para
inoculação de veneno;
• Ex.: jararacuçu-do-brejo
ou falsa jararacuçu
caninana, etc.
15. SERPENTES
• DENTIÇÃO:
• OPISTÓGLIFAS:
• Dois ou mais dentes
posteriores;
• Sulco na parte anterior ou
lateral (onde escorre o veneno);
• Ex.: Mussuranas (Clelia clelia),
úteis ao homem pois se
alimentam de serpentes
peçonhentas.
17. SERPENTES
• DENTIÇÃO:
• SOLENÓGLIFAS:
• Dente anterior é oco
• Tubo por onde escorre o
veneno
• Osso maxilar é muito móvel
• Tipo mais perfeito de aparelho
venenífero
• Extremidade da presa afilada,
facilitando a penetração
• Ex.: Bothrops (jararacas);
Crotalus (cascavéis)
18. SERPENTES
• Fosseta loreal presente
• Orifício entre o olho e a narina, “serpente de
quatro ventas”.
• Indica que é peçonhenta
• Encontrada nos gêneros:
▫ Bothrops,
▫ Crotalus;
▫ Lachesis;
22. SERPENTES
• Diferenciação básica entre serpentes
peçonhentas e não peçonhentas
• Pergunta 1: A serpente tem anéis coloridos
[vermelho, preto (cinza) e branco (amarelo)] em
qualquer combinação de cores?
▫ a) SIM = Conclusão: pode ser uma coral
verdadeira e deve ser considerada como venenosa.
▫ b) NÃO = Conclusão: pode ser outra serpente
venenosa.
23. SERPENTES
• Pergunta 2: Tem fosseta loreal?
▫ a) NÃO = Conclusão: Não é venenosa.
▫ b) SIM = Conclusão: É venenosa. Falta averiguar
a que gênero ela pertence.
• Pergunta 3: Tem chocalho na ponta do
rabo, além de ter fosseta?
▫ a) SIM = Conclusão: É cascavel.
▫ b) NÃO = Conclusão: É outro gênero de serpente
venenosa.
24. SERPENTES
• Pergunta 4: Tem rabo com escamas
arrepiadas e ponta de osso, além de
fosseta?
▫ a) SIM = Conclusão: É surucucu-pico-de-jaca.
▫ b) NÃO = Conclusão: Só pode ser jararaca, pois
ela é a única serpente que tem fosseta loreal e rabo
sem detalhes importantes
28. SERPENTES
CLASSIFICAÇÃO
• b) Gênero Crotalus
• Conhecidas por: cascavel, cascavel-quatro-
ventas, boicininga, maracambóia;
• Denunciam sua presença pelo ruído do chocalho
29. SERPENTES
CLASSIFICAÇÃO
• Família Elapidae
• a) Gênero Micrurus
• Conhecidos popularmente por coral, coral
verdadeira ou boicorá
• Anéis vermelhos, pretos e brancos em qualquer
tipo de combinação
• Falsas-corais = configuração dos anéis que
não envolvem toda a circunferência do corpo
34. SERPENTES
ACIDENTE BOTRÓPICO
• Acidente ofídico de maior importância
epidemiológica no país
• Responsável por cerca de 90% dos
envenenamentos.
• Ações do veneno:
• Ação proteolítica: edema, bolhas e necrose
• Ação coagulante: fator X e a protrombina
ação semelhante à trombina
• Ação hemorrágica: plaquetopenia e
alterações da coagulação
35. SERPENTES
QUADRO CLÍNICO
Grave
Dor local
Edema local e ascendente
Hemorragia local e sistêmica
intensa
Bolhas
Necrose local
Choque hipovolêmico
Tempo de coagulação normal
ou alterado
Moderada
Dor local
Edema locas e ascendente
Hemorragia local e sistêmica
Tempo de coagulação normal
ou alterado
38. SERPENTES
QUADRO CLÍNICO
• Exames complementares
▫ Tempo de Coagulação (TC);
▫ Hemograma: leucocitose com neutrofilia;
▫ Sumário de urina: proteinúria, leucocitúria;
▫ Outros exames laboratoriais: uréia e
creatinina
▫ Métodos de imunodiagnóstico: detectação de
antígenos
40. SERPENTES
TRATAMENTO
• Tratamento geral
• Manter elevado e estendido o segmento picado;
• Emprego de analgésicos;
• Hidratação;
• Antibioticoterapia (evidência de infecção)
41. SERPENTES
CONDUTAS IMEDIATAS
NO ACIDENTE OFÍDICO
Lavar o local da picada com água e
sabão.
Mantenha a vítima deitada para não
favorecer a absorção do veneno
Se a picada for na perna ou no
braço, mantenha-os em posição
mais elevada
44. ESCORPIÃO
HISTÓRICO
• A origem dos escorpiões a mais de 400 milhões
de anos.
• Pararam pelo processo de adaptaram
• A maioria das espécies tem preferência por:
• Climas tropicais
• Subtropicais.
45. ESCORPIÃO
MORFOLOGIA E ANATOMIA
• O corpo do escorpião é dividido em:
Carapaça onde estão inseridos um par de
quelíceras (utilizadas para triturar alimento),
um par de pedipalpos (pinças ou mãos)
Abdômen(opistossoma), formado por:
• Tronco (mesossoma)
• Cauda(metassoma)
46. ESCORPIÃO
HISTÓRICO
• Todos os escorpiões atuais são terrestres
• Podem ser encontrados nos mais variados
ambientes em esconderijos:
• Junto às habitações humanas,
• Construções
• Dormentes das linhas dos trens.
• Procuram locais escuros para se esconder.
• O hábito noturno para a maioria das espécies
48. ESCORPIÃO
EPIDEMIOLOGIA
• Importantes pela alta freqüência e potencial
gravidade
• 8000 casos-ano
• MG e SP: 50% dos casos. Aumento importante
nos estados: BA; RN; AL; CE
• Membros superiores
• Letalidade 0,58%
49. ESCORPIÃO
EPIDEMIOLOGIA
• Os principais agentes de importância médica
são:
T. serrulatus, responsável por acidentes de
maior gravidade
T. bahiensis
T. stigmurus.
• As picadas atingem os membros superiores,
• 65% das quais acometendo mão e antebraço.
50. ESCORPIÃO
CLASSIFICAÇÃO
• Os escorpiões são artrópodes Pertencentes :
• Classe Arachnida
• Ordem Scorpiones.
• No Brasil, encontramos mais de 80 espécies,
distribuídas em 4 famílias:
• Bothriuridae, Buthidae, Chactidae e
Ischnuridae.
55. ESCORPIÃO
QUADRO CLÍNICO
• Ações do Veneno:
• O veneno é uma mistura complexa de proteínas
• Sendo desprovido de atividade hemolítica,
proteolítica, colinesterásica, fosfolipásica
• Dor local
• Alterações nos canais de Ca: despolarizações pós-
ganglionares, com liberação de catecolaminas e
acetilcolina
56. ESCORPIÃO
QUADRO CLÍNICO
• Gravidadade:
Espécie, tamanho, quantidade de veneno, massa
corporal do acidentado e sensibilidade do
paciente
• Locais:
Acidentes por Tityus serrulatus são mais graves
Dor local, parestesia
57. ESCORPIÃO
QUADRO CLÍNICO
• Sitêmicas:
Gerais: hipo ou hipertermia e sudorese profusa.
Digestivas: náuseas, vômitos, sialorréia e, dor
abdominal e diarréia.
Cardiovasculares: arritmias cardíacas, hipertensão
ou hipotensão arterial, insuficiência cardíaca
congestiva
Respiratórias: taquipnéia, dispnéia e edema
pulmonar agudo.
Neurológicas: agitação, sonolência, confusão
mental, hipertonia e tremores.
58. ESCORPIÃO
QUADRO CLÍNICO
• Exames complementares:
ECG: desaparecem em 3 dias, podendo persistir
por 7 – 10 dias
Raio-x de tórax:
• Aumento da área cardíaca, edema pulmonar
• Ecocardiograma
• Hemograma (leucocitose com neutrofilia)
• Bioquímica
59. ESCORPIÃO
TRATAMENTO
• Tratamento Inespecífico:
Lidocaína a 2% sem vasoconstrictor infintração,
1-2 ml para crianças e 3-4 ml para adultos
Analgésicos (dipirona 10mg-kg de 6 em 6h)
Correção de distúrbios hidroeletrolítcos
Atropina 0,01-0,02 mg-kg(bradicardia sinusal
com baixo déb ito e BAV total)
Nifedipina 0,5 mg-kg ( hipertensão e edema
pulmonar)