1) Rousseau acreditava que o estado de natureza era de felicidade e igualdade, mas a propriedade privada trouxe desigualdade.
2) Os homens formaram o estado através de um pacto social para recuperar a liberdade perdida com a propriedade privada e desigualdade.
3) Rousseau preferia formas de governo como a democracia direta em estados menores, vendo o governo como funcionário do soberano povo.
1. Rousseau<br />Um dos principais pensadores da concepção contratualista, ou seja, para Rousseau a origem do estado está no estado.<br />O estado de natureza em Rousseau era de felicidade, os homens nasciam bons, livre, iguais e a civilização que perturba as relações humanas, que violenta a humanidade. Nesse estado de natureza não havia propriedade, havia liberdade e felicidade e até certo momento igualdade, que deixou de existir com a instituição da propriedade privada. Rousseau faz duras críticas à propriedade privada, pois afirma que com ela é implantada a desigualdade, ou seja, a desigualdade apareceu devido à propriedade privada e para Rousseau, a desigualdade humana é o principal problema da organização política.<br />Para obter a liberdade, o homem teria que sair do estado de natureza para formar um estado através do pacto. O pacto assegurava o interesse da volta à liberdade, pois o homem só seria livre se fosse igual e não há liberdade onde não há igualdade. Foi proposta a democracia direta para a volta da liberdade e quem seria o responsável pela civilização corrompida pela propriedade privada seria a razão. O corpo soberano que surge após o contrato é o único a determinar o modo de funcionamento da máquina política, chegando até mesmo a ponto de poder determina a forma de distribuição da propriedade, já que a alienação da propriedade de cada parte contratante foi total e sem reservas. Um povo, portanto só será livre quando tiver todas as condições de elaborar tais leis num clima de igualdade, de tal modo que a obediência e essas mesmas leis signifique, na verdade, uma submissão à deliberação de si mesmo e de cada cidadão, como partes do poder soberano.<br />Rousseau interligava o tamanho do estado ao governo. As formas clássicas de governo, a monarquia, a aristocracia e a democracia, teriam um papel secundário dentro do Estado e poderiam variar ou combinar-se de acordo com as características do país, tais como a extensão do território, os costumes do povo, suas tradições etc. Para ele a democracia é boa em Estados pequenos, aristocracia em estados médios e monarquias em estados grandes. Ele tinha preferência pelo Estado pequeno, pois é mais forte e melhor. Portanto, ele prefere a democracia.<br />Para Rousseau, impõe-se definir o governo, o corpo administrativo do Estado, como funcionários do soberano (o povo), como um órgão limitado pelo poder do povo e não como um corpo autônomo ou então como o próprio poder máximo, confundindo-se neste caso com o soberano.<br />