Este documento discute o movimento feminista em uma aula dividida em quatro etapas. A primeira etapa fornece um histórico do movimento feminista, desde suas origens até figuras importantes como Simone de Beauvoir. A segunda etapa aborda a luta contra o patriarcado e a violência de gênero. A terceira etapa apresenta algumas críticas comuns ao feminismo moderno. A quarta etapa traz considerações finais sobre a despatriarcalização no Brasil.
Feminismo - Problematizando o espaço da mulher na sociedade
1.
2. Vocês já ouviram falar sobre o movimento
feminista?
O que sabem deste movimento?
O intuito da presente aula é abordar esta
temática, a fim de que os alunos ampliem o
conhecimento que apresentam sobre o
movimento feminista.
Professor Henry
3. Figura 1- Pressão da mulher para realizar as atividades domésticas
http://www.cella.com.br/blog/wp-content/uploads/2009/09/feminista2.jpg .Acesso em 04 Set. 2016.
4. Figura 2- Função doméstica considerada da mulher
http://cadernosociologia.blogspot.com/2009_03_01_archive.html. Acesso em 04 Set. 2016.
5. Figura 3- Dias da opressão da mulher
http://1.bp.blogspot.com/_zNIgiXbggys/SbJ85I7Ik1I/AAAAAAAAAOk/k0CkLmdVpRU/s400/autodukexj0.jpg .Acesso em 04 Set. 2016
6. Quais são suas impressões de cada
uma das figuras? O que elas
expressam?
Professor Henry
8. Os grupos (até 5 pessoas) terão como atividade ler, discutir e
analisar um texto que o professor entregará. O grupo deverá
extrair do mesmo os aspectos mais relevantes.
Baseado neste texto, os grupos deverão desenvolver um
pequeno texto abordando a questão do movimento feminista,
mencionando, sobretudo, o que é este movimento, quando surgiu
e quais os motivos que desencadearam seu surgimento.
Nesta aula: Discutir o texto entregue pelo professor e iniciar a
elaboração do texto autoral do grupo.
No início da próxima aula: Entrega dos textos elaborados pelos
grupos (os textos não serão mais aceitos após iniciarmos as
explicações e o debate da próxima aula).
Professor Henry
12. Que o feminismo sempre existiu pode se afirmar em diferentes
sentidos.
No sentido mais amplo do termo, o feminismo se faz presente
sempre que as mulheres, individual e/ou coletivamente,
questionaram seu destino sobre o patriarcado e reivindicaram
uma vida melhor.
Professor Henry
13. A trajetória histórica do feminismo se dá
quando as mulheres começaram a articular,
tanto na teoria como na prática, um
conjunto de reivindicações e se organizaram
para consegui-las.
Professor Henry
14. BREVE HISTÓRICO DO CONCEITO E
IGUALDADE E DESIGUALDADE DE GÊNERO
NO BRASIL:
Professor Henry
15. “Venho até vocês hoje arriscando uma ‘condenação penosa’ ,
como uma pessoa que somente tem paradoxos a oferecer e
não problemas fáceis de serem resolvidos”.
Olympe de Gouges (1791)
apud Joan Scott (2005)
Olympe de Gouges, pseudônimo de Marie Gouze (7/05/1748 -3/11/1793) escreveu a
Declaração dos direitos das mulheres e da cidadã (1791)
Condenada à morte na guilhotina (1793): “Olympe de Gouges, nasceu com uma
imaginação exaltada, confundindo seu delírio como uma inspiração da natureza. Ela
queria ser um homem de Estado. Ela aderiu aos projetos do povo pérfido que queria
dividir a França. Parece que a lei puniu esta conspiradora por ter esquecido as
virtudes próprias do seu sexo”.
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16. Em 1790, no início da Revolução Francesa, o matemático, filósofo e iluminista
Marquês de Condorcet (1743-1794), defendeu o voto universal, incluindo o voto
feminino: “Ou nenhum indivíduo da espécie humana tem verdadeiros direitos, ou todos
têm os mesmos; e aquele que vota contra o direito do outro, seja qual for sua religião,
cor ou sexo, desde logo abjurou os seus”
William Godwin - (1756-1836) - Enquiry concerning Political Justice, and its
Influence on General Virtue and Happiness – o perigo da “explosão populacional”
poderia ser evitado com o projeto de mudança na estrutura da ação humana mediante e
o desenvolvimento material e intelectual (perfectibilidade dos seres humanos),
especialmente das mulheres.
No início do século XIX o socialista e revolucionário francês Charles Fourier (1772–
1827) escreveu: “O grau de emancipação da mulher numa sociedade é o barômetro
natural pelo qual se mede a emancipação geral de um povo”.
CITAÇÕES Masculinas
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17. Mary Wollstonecraft ( 27/04/1759 – 10/09/1797)
Frontispício de A Vindication of the Rights of Woman
A Reivindicação dos Direitos da Mulher (1792)
Mary Wollstonecraft via a educação como um caminho para as
mulheres conquistarem um melhor "status" econômico, político e social.
Defendia não apenas que elas tinham direito à educação como afirmava que,
da igualdade na formação de ambos os sexos, dependia o progresso da
sociedade como um todo. Via no casamento uma espécie de "prostituição
legal". Mas casou com William Godwin (ateu e protoanarquista) e tiveram uma
filha Mary Wollstonecraft, mas, no parto, morreu de “morte materna”.
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18. Mary Shelley (nascida Mary Wollstonecraft Godwin 30/08/1797 – 01/02/1851)
Projeto de Frankenstein
("Foi numa noite triste
de novembro que eu
contemplei meu homem
completo ...")
Por um desafio de Byron, Mary Shelley começou a escrever o que achou que seria
uma história curta. Com o encorajamento de Percy Shelley, ela expandiu este conto em
seu primeiro romance, Frankenstein: The Modern Prometheus, publicado
em 1818. Mais tarde ela descreveu o verão na Suíça como o momento "Quando eu saí da
infância para a vida".
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19. Emma Goldman (27/06/1869 – 14/05/1940) nascida em
Kovno/Lituânia, emigrou para os EUA em 1885 Goldman tornou-se
uma renomada ensaísta de filosofia anarquista e escritora,
artigos anticapitalistas bem como sobre a emancipação da mulher,
problemas sociais e a luta sindical. Goldman foi presa várias vezes
"incentivar motins", contra o serviço militar obrigatório e distribuir
informações sobre contracepção. Em 1906, Goldman fundou o jornal
anarquista Mother Earth. Apoiou e participou da Revolução
Bolchevique, mas expressou sua oposição ao uso de violência dos
sovietes e à repressão das vozes independentes e escreveu o livro
Minha Desilusão na Rússia
Margaret Sanger (14/09/1879 – 06/09/1966) foi uma ativista
estadunidense do controle de natalidade e do direito ao aborto legal para
evitar a gravidez indesejada e nascimentos de crianças com doenças
hereditárias graves. Em 1923 formou a Comissão Nacional de Legislação
Federal de Controle de Natalidade. Em 1927, Sanger ajudou a organizar a
primeira Conferência Mundial sobre População, em Genebra (Base da
atual IUSSP).
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20. A British suffragette (c. 1910)
Suffragette é um termo cunhado para
designar as militantes do movimento pela conquista
do sufrágio das mulheres. Movimento político para
conquista do voto feminino começou durante a
guerra.
Em 1918, o Parlamento do Reino Unido passou a Representação do Povo
Lei 1918, que concede o voto às mulheres com idade acima de 30 anos
que foram chefes de família, as esposas dos chefes de família, os
ocupantes da propriedade com uma renda anual de £ 5, ou graduados
em universidades britânicas. direito das mulheres americanas de voto foi
codificada na alteração XIX a Constituição dos Estados Unidos em 1920.
As mulheres no Reino Unido alcançou finalmente o sufrágio nas mesmas
condições que os homens em 1928.
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21. Bertha Maria Julia Lutz (02/08/1894 – 1976) foi a principal responsável
pela organização do movimento sufragista no Brasil. Criou, em 1919, a Liga para
Emancipação Intelectual da Mulher, que foi o embrião da Federação Brasileira
pelo Progresso Feminino, criada em 1922 (centenário da Independência).
Conquista do voto feminino no Brasil (24/02/1932).
Carlota Pereira de Queiroz (13/02/1892 – 14/04/1982) formou-se
pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (1926), foi
comissionada pelo governo de São Paulo em 1929 para estudar Dietética
Infantil em centros médicos da Europa. Foi a primeira deputada federal da
História do Brasil, eleita pelo estado de São Paulo em 1934.
Nísia Floresta Brasileira Augusta (Papari, atual Nísia Floresta /RN, 12/10/1810
– França 24/04/1885) foi uma educadora, escritora e poetisa brasileira. É
considerada pioneira do feminismo no Brasil. Em 1853, publicou Opúsculo
Humanitário, com apreciação favorável de Auguste Comte. Esteve de volta no
Brasil entre 1872 e 1875, participando da campanha abolicionista.
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22. .
Simone Beauvoir (1949):
“Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”
Simone de Beauvoir com Sartre e Che Guevara
Eleanor Roosevelt (11/10/1884 – 7/11/1962) - esposa Franklin Delano
Roosevelt - diplomata e ativista dos direitos humanos. Enquanto
embaixadora dos EUA na Organização das Nações Unidas, entre 1945 e
1952 (por nomeação do presidente Harry Truman) articulou a aprovação da
Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Artigo 1° - Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência,
devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.
Artigo 2° - Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem
distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem
nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação.
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24. Professor Henry
PATRIARCADO
• Patriarcado é uma palavra derivada do grego e se refere a um território
ou jurisdição governado por um homem/patriarca => Pátria.
• “A língua é minha pátria (Língua/ Caetano Veloso)
e eu não tenho pátria, tenho mátria
e quero frátria” (de Fraterno, amigável, cordial)
• Pai, Pátria, Padre, Padrinho, Patrono e Patrão
• Patrimônio = bens; Matrimônio = casamento
• Patriarcado = domínio do pai/marido (sobre as mulheres e
os filhos) => Divisão sexual e social do trabalho
=> Desigualdades e Segregação
25. VIOLÊNCIA DE GÊNERO
A violência contra as mulheres é uma questão social grave e com
consequências diretas na vida em geral e na saúde sexual e reprodutiva. No
Brasil, como em vários outros países Latino-Americanos, a violência não é
somente praticada, como muitas vezes reconhecida e legitimada por parte da
sociedade, principalmente quando envolve infidelidade conjugal. A forma mais
comum de violência contra as mulheres é o abuso por parte do companheiro,
que envolve desde agressão psicológica, física até relação sexual forçada.
O cenário mais real da violência doméstica ainda não é conhecido, pois na
maioria das vezes a agressão não é denunciada às autoridades e a mulher
busca ajuda com amigas ou dentro da família, quando não se silencia
totalmente. Adicionalmente, a violência contra as mulheres não se encerra nos
espaços domésticos, a violência sexual e a institucional também se mostram
presentes em todas as esferas, mas ainda conhecemos pouco sobre elas.
Professor Henry
27. Apresentaremos a seguir algumas criticas
das quais os movimentos feministas são
alvos.
Professor Henry
28. Feminismo radical seria aquele cuja prática vem de
mulheres que odeiam homens (mulheres misândricas) e
provém de autoritarismo.
Algumas mulheres confundem feminismo com
revanchismo. O feminismo NÃO é vingança pelos crimes
cometidos pelo patriarcado: feminismo é a busca pela
igualdade entre os gêneros (comumente chamam de
“feminazis” aquelas que confundem essas duas linhas de
pensamento).
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29. Se a proposta das feministas é a igualdade, então temos que aprender a abrir mão de
certos privilégios. Do contrário, homens continuarão sobrecarregados de tarefas
"masculinas" e mulheres sobrecarregadas de tarefas "femininas". Se é para abolir o
sexismo e as desigualdades de gênero, então vamos ser coerentes:
Você já viu alguma feminista brigar pelo direito de trabalhar em minas de carvão ou em
trabalhos perigosos comuns aos dos homens?
Você já viu alguma feminista brigar pelo direito de pagar o mesmo valor de seguro de
automóveis que os homens?
Já viu alguma feminista lutar pelo fim do machismo nas Forças Armadas?
Já viu alguma feminista brigar para que homens e mulheres tenham o mesmo tempo de
licença após o nascimento dos filhos?
Já viu alguma feminista exigir tempo igual de aposentadoria para homens e mulheres?
Já viu alguma feminista lutar para que homens e mulheres sejam condenados ao mesmo
tempo de pena para o mesmo crime?
31. CONSIDERAÇÕES FINAIS 1
Assim como em outras partes do mundo, o Brasil passou por uma onda
de despatriarcalização, representada por uma longa mudança
institucional que propiciou uma disrupção dos privilégios masculinos na
família e na sociedade e a concessão de crescentes direitos às esposas e
aos filhos. As regras de casamento e de parceria sexual se diversificaram e
se tornaram mais equitativas no tocante às relações de gênero, entendidas
de maneira não binária.
Os casais com filhos deixaram de ser maioria absoluta dos arranjos
domiciliares e cresceu o percentual de casais sem filhos, famílias
monoparentais, coabitação marital (inclusive do mesmo sexo) e pessoas
vivendo sozinhas. A transformação mais marcante do século XX no
Brasil – e que sintetiza as mudanças sociais, econômicas e demográficas –
foi a alteração da presença da mulher de coadjuvante das decisões
familiares para protagonista da sociedade em termos globais e
institucionais.
Professor Henry
32. CONSIDERAÇÕES FINAIS 2
Como visto pelos dados apresentados, em uma perspectiva de longo
prazo, o Brasil vem apresentando avanços sociais e nas relações de
gênero nas áreas de saúde, educação, esportes, mídia, etc. Nestas áreas as
desigualdades de gênero se reduziram bastante ou houve reversão do
hiato de gênero (gender gap), como na educação. Na política os ganhos
foram menores, pois embora as mulheres tenham se tornado maioria do
eleitorado, ainda possuem uma das mais baixas presenças no parlamento
entre os países da América Latina.
No mercado de trabalho houve conquista parciais, com uma inserção
massiva das mulheres na PEA e uma ampliação do leque ocupacional,
com redução dos diferenciais de salário e renda entre homens e
mulheres. Já o sistema de previdência social tem atuado no sentido de
contrabalançar desigualdades do mercado de trabalho e tem favorecido
as mulheres das gerações mais velhas que podem contar com
aposentadoria, pensões ou benefícios como o BPC/LOAS.
Professor Henry
33. CONSIDERAÇÕES FINAIS 3
Parece existir um “desencontro/desajuste” (mismatch) entre as agendas
de demandas sociais e mesmo de resposta de política pública. Crescem
as “desigualdades reversas de gênero”.
Um exemplo pode ser identificado no caso da educação, pois embora
continue sendo muito relevante superar os vieses sexistas, racistas e
homofóbicos nas políticas de educação pública, o hiato revertido que
vem desfavorecendo meninos e jovens homens -- que tem seguramente
efeitos negativos nas relações entre gêneros – não tem sido tratado como
um problema de gênero relevante que deveria receber atenção sistemática
da sociedade e do estado.
Da mesma forma a questão crucial do equacionamento das
responsabilidades quanto às tarefas da reprodução -- considerando-se
inclusive as mudanças ocorridas nas famílias - não tem recebido atenção
adequada, seja no debate público ou seja na formulação de políticas.
Professor Henry
34. Ainda que estejamos finalizando a discussão, buscaremos
promover ainda mais um aprofundamento do assunto e,
visando que os alunos percebam a importância da luta das
mulheres na conquista de espaços e de direitos, os grupos
(até 5 pessoas) deverão elaborar um mural (cartaz) onde o
mesmo estará dividido em duas partes:
- De um lado os alunos irão listar as maiores conquistas que o
sexo feminino alcançou no século XX.
- Do outro lado listarão os direitos que as mulheres lutam para
conquistar.
Professor Henry
35. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, Branca Moreira & PITANGUY, Jacqueline. O que é feminismo. São Paulo:
Editora Brasiliense, 1991.
PINTO, Céli Regina Jardim. Uma história do feminismo no Brasil. São Paulo: Editora
Editora Fundação Perseu Abramo, 2003.
SCIELO, Feminismo, história e poder. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rsocp/v18n36/03.pdf>. Acesso em 02 de nov. 2012.
INFOESCOLA, Feminismo. Disponível em:
<http://www.infoescola.com/sociologia/feminismo.html>. Acesso em 02 de nov.
2012.
Professor Henry
39. INTRODUÇÃO AO PANORAMA ESTATÍSTICO
O desafio foi incorporar plenamente as relações de gênero, em sua
concepção não dualista, na multiplicidade de situações da dinâmica
social em constante movimento.
Obviamente existem limitações na metodologia e na temporalidade dos
dados disponíveis.
Buscamos analisar as desigualdade inter e intra gênero, de maneira
conjunta com outras desigualdades transversais em termos regionais,
geracionais, etc.
Não se deu destaque aos temas da pobreza, migração e cor/raça por
definição do escopo e espaço do texto;
Também não fizemos uma avaliação mais ampla das políticas públicas
nas áreas por falta de tempo e recursos para tal tarefa.
40. Diagnóstico estatístico das tendências em 10 temas:
• Redução da mortalidade e aumento da esperança de vida;
• Reversão do hiato de gênero na educação;
• Tendências históricas e recentes da população economicamente
ativa, segundo características da ocupação e rendimento;
• Aposentadorias e pensões;
• A questão do uso do tempo e dos afazeres domésticos;
• As dificuldades de conciliação entre trabalho produtivo e família;
• Família e domicílios;
• Autonomia feminina e desigualdades nos espaços de poder;
• A presença feminina nos esportes e na mídia;
• As questões de violência de gênero e homofobia.
41. Revolução (incompleta) Feminina
Despatriarcalização
Mudanças jurídicas – igualdades de direitos na Constituição
de 1988.
Avanços na legislação nacional e internacional;
Mulheres superam os homens na saúde, educação, etc.
Maior autonomia feminina;
Maior diversidade familiar e de identidades sexuais.
43. Esperança de vida ao nascer, por sexo, Brasil: 1950-2050
Fonte: UN/ESA
.00
10.00
20.00
30.00
40.00
50.00
60.00
70.00
80.00
90.00
1950-1955
1955-1960
1960-1965
1965-1970
1970-1975
1975-1980
1980-1985
1985-1990
1990-1995
1995-2000
2000-2005
2005-2010
2010-2015
2015-2020
2020-2025
2025-2030
2030-2035
2035-2040
2040-2045
2045-2050
Anos
Mulheres Homens
44. Masculino
55
60
65
70
75
80
1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Esperançadevida(anos)
Brasil NO NE SE SU CO
Feminino
55
60
65
70
75
80
1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Esperançadevida(anos)
Brasil NO NE SE SU CO
Fonte: DATASUS, IDB 2009, visitado em 01 de julho de 2009
Esperança de vida ao nascer, ambos os sexos, Brasil e regiões, 1991-2006
47. N % Taxa N % Taxa
ACIDENTES 47.354 42,6 50,8 12.978 57,8 13,5
Transporte terrestres 29.907 26,9 32,1 6.736 30,0 7,0
Pedestres 6.671 6,0 7,2 2.200 9,8 2,3
Motociclistas 7.659 6,9 8,2 907 4,0 0,9
Ocupante de veículo 6.970 6,3 7,5 1.994 8,9 2,1
Quedas 5.417 4,9 5,8 2.947 13,1 3,1
Demais acidentes 12.030 10,8 12,9 3.295 14,7 3,4
VIOLÊNCIAS 52.258 47,1 56,1 5.781 25,8 6,0
Autoprovocadas 7.194 6,5 7,7 1.896 8,4 2,0
Agressões 45.064 40,6 48,4 3.885 17,3 4,0
Arma de fogo 32.652 29,4 35,0 1.983 8,8 2,1
Perfurocortante 6.766 6,1 7,3 955 4,3 1,0
Intenção indeterminada 10.731 9,7 11,5 2.979 13,3 3,1
Demais causas externas 722 0,7 0,8 709 3,2 0,7
TOTAL DE CAUSAS EXTERNAS 111.065 100,0 119,2 22.447 100,0 23,3
Categoria de análise
Masculino Feminino
Frequência absoluta (N) e relativa (%) de óbitos e taxa (ou coeficiente)
de mortalidade (por 100 mil habitantes) por causas externas, segundo
tipos de causas, Brasil, 2008
Fonte: Datasus
48. 15 10 5 0 5 10 15
0-4
5-9
10-14
15-19
20-24
25-29
30-34
35-39
40-44
45-49
50-54
55-59
60-64
65-69
70-74
75-79
Brasil China EUA
Fonte: IBGE e UN/ESA
Excedente de pessoas (%), por sexo e grupos
etários, Brasil, EUA e China, 2010
49. 0
1
2
3
4
5
6
1960 1970 1980 1991 2000
Anosmédiosdeestudo
Homem Mulher
Reversão do hiato educacional de gênero (gender gap)
Brasil, 1960-2000
Fonte: Censos Demográficos de 1960, 1970, 1980, 1991 e 2000 do IBGE
EDUCAÇÃO
51. Grupos etários
Sexo
20-29 30-39 40-49 50-59 60 e +
Mulheres 59,6 56,5 52,5 44,5 40,1
Homens 40,4 43,5 47,5 55,5 59,9
Fonte: censo demográfico de 2000, IBGE
Distribuição percentual da população com nível superior de educação,
por sexo e grupos etários, Brasil 2000
52. Total Branca Preta Amarela Parda
Ano
H M H M H M H M H M
1940 41,1 32,8 49,7 41,0 21,1 14,5 64,4 48,2 28,3 21,0
1950 44,1 37,5 53,9 46,8 24,5 18,8 75,8 66,9 30,2 24,6
1960 55,8 50,7 64,2 59,2 34,8 29,8 83,5 77,7 37,1 64,2
1970 62,3 58,7 73,1 69,6 45,7 41,5 87,2 82,7 46,8 73,1
1980 69,7 68,6 80,4 78,4 57,1 54,3 90,2 86,7 56,6 56,2
1991 75,2 76,4 84,4 84,2 65,4 65,1 93,2 91,4 65,5 67,7
2000 82,6 83,9 90,6 90,5 73,7 74,0 96,1 94,7 73,5 76,2
Fonte: Beltrão, K., Novellino, M.S., TD ENCE, n. 1, 2002
Taxa de alfabetização da população com 5 anos e mais de idade,
por cor e sexo, Brasil 1940-2000
53. 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Total 4,6 4,8 5,0 5,1 5,3 5,4 5,8 5,9 6,1 6,2 6,3 6,5 6,5
Masculino 4,5 4,7 4,8 4,9 5,1 5,3 5,6 5,8 6,0 6,0 6,2 6,3 6,3
Feminino 4,7 4,9 5,1 5,2 5,4 5,6 5,9 6,1 6,2 6,3 6,5 6,7 6,7
Total 5,5 5,7 5,8 6,0 6,2 6,3 6,6 6,7 7,0 7,0 7,1 7,3 7,4
Masculino 5,4 5,6 5,8 5,9 6,1 6,2 6,5 6,7 6,9 6,9 7,1 7,2 7,3
Feminino 5,5 5,7 5,8 6,0 6,2 6,4 6,7 6,8 7,0 7,1 7,2 7,5 7,5
Total 3,5 3,7 3,9 4,0 4,1 4,3 4,7 5,0 5,1 5,3 5,4 5,6 5,7
Masculino 3,4 3,5 3,7 3,8 4,0 4,1 4,6 4,8 5,0 5,1 5,2 5,4 5,5
Feminino 3,6 3,9 4,1 4,1 4,3 4,5 4,9 5,1 5,3 5,5 5,6 5,8 5,9
Total
Branca
Negra
Total, cor e sexo
Fonte: Retrato das desigualdades de gênero e raça, 3ª ed. IPEA, com base nas PNADs do IBGE
Nota: Anos de estudo como a média de séries concluídas com aprovação.
Média de anos de estudo da população por sexo,
segundo cor/raça e faixa etária, Brasil - 1993-2007
A diferença entre brancos e negros caiu de 56% em 1993 para 31% em 2007
Os homens negros são o segmento com piores indicadores educacionais
54. 0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Total 10-14 15-17 18-19 20-24 25-29 30-39 40-49 50-59 60 - +
Grupos de idade
Anosmédiosdeestudo
Mulher urbana Homem urbano Mulher rural Homem rural
Fonte: PNAD 2006, Sidra, IBGE
Número médio de anos de estudo das pessoas de 10 anos ou mais de idade
(em anos), por sexo e situação de domicílio, Brasil: 2006
55. Homens
0
5
10
15
20
25
30
35
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
%
0 a - 1 1 a 4 5 a 8 9 a 11 12 a 14 15 e +
Mulheres
0
5
10
15
20
25
30
35
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
%
0 a - 1 1 a 4 5 a 8 9 a 11 12 a 14 15 e +
Fonte: IBGE, PNADs 2001 a 2007
Pessoas de 10 anos ou mais de idade por grupos de anos
de estudo e sexo, Brasil: 2001 a 2007
56. Graduação Especialização Mestrado Doutorado
Ano
Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher
2000 51,4 48,6 43,8 56,2 48,5 51,5 62,6 37,4
2002 49,4 50,6 40,0 60,0 45,7 54,3 60,0 40,0
2004 51,4 48,6 40,6 59,4 46,1 53,9 57,7 42,3
2006 49,2 50,8 41,4 58,6 44,7 55,3 56,0 44,0
Fonte: CNPq, 2009
Percentual de pesquisadores por sexo segundo nível
de aperfeiçoamento, Brasil: 2000-2006
57. CGEE. “Doutores 2010: estudo da demografia da base técnico-científica brasileira”
http://www.cgee.org.br/atividades/redirect.php?idProduto=6401
Reversão do hiato de gênero nos titulados
em cursos de doutorado, Brasil: 1996-2008
10.705
2.830
51,5
48,5
55,8
44,2
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Númerodedoutores
40
42
44
46
48
50
52
54
56
58
%porsexo
Número de doutores titulados % de homens % de mulheres
58. Anos Total Homens Mulheres
1950 17,1 14,6 2,5
1960 22,8 18,7 4,1
1970 29,6 23,4 6,2
1980 43,2 31,3 11,8
1991 58,5 39,5 19
2000 77,5 46,5 30,9
2007 98,8 55,8 43,1
POPULAÇÃO ECONÔMICAMENTE ATIVA – PEA
População Economicamente Ativa (PEA em milhão)
Brasil, 1950 a 2000 e 2007
Fonte: IBGE - Censos demográficos de 1950 a 2000 e PNAD 2007
Entre 1950–2007 entraram na PEA: Homens = 41,2 milhões Mulheres = 41,6 milhões
Entre 2000-2007 Homens = 9,3 milhões Mulheres = 12,2 milhões
59. 80,8
77,2
71,8 72,4 71,5 69,6 72,4
13,6
16,5 18,5
26,6
32,9
44,1
52,4
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
1950 1960 1970 1980 1991 2000 2007
%
Homem Mulher Difernça H - M
Fonte: Censos Demográficos de 1970, 1980, 1991 e 2000 e PNAD-2007, do IBGE
Redução do hiato de gênero no mercado de trabalho
Taxa de participação na PEA por sexo e grupos etários,
Brasil: 1970-2000
60. Masculino
0
20
40
60
80
100 10a14
15a19
20a24
25a29
30a39
40a49
50a59
60a69
70e+
%
1950 1970 1980 1991 2000
Feminino
0
10
20
30
40
50
60
70
10a14
15a19
20a24
25a29
30a39
40a49
50a59
60a69
70e+
%
1950 1970 1980 1991 2000
Fonte: IBGE – Censos demográficos 1950 a 2000. Nota: por problemas de falta de desagregação
dos grupos etários não apresentamos as TAE de 1960.
Taxa de participação na PEA por sexo e grupos etários
Brasil: 1950-2000
61. Total
52
56
60
64
68
72
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
%
Total Urbana Rural
Masculino
64
68
72
76
80
84
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
%
Total Urbana Rural
Feminino
44
48
52
56
60
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
%
Total Urbana Rural
Taxa de atividade total e por situação de domicílio
Brasil: 2001-2007
Fonte: PNADs 2001 a 2007, Sidra, IBGE
63. 0
20
40
60
80
100
0-1 1-3 4-7 8-10 11-14 15-+
Níveis educacionais
%
Homem 2001 Homem 2007 Mulher 2001 Mulher 2007
Fonte: PNADs 2001 e 2007, Sidra, IBGE
Taxas de atividades das pessoas de 10 anos ou mais de idade
economicamente ativas na semana de referência, por sexo
e anos de estudo, Brasil: 2001 e 2007
64. 0
5
10
15
20
25
30
35
0-1 1-3 4-7 8-10 11-14 15-+
Níveis de educação
%
Mulher 2001 Mulher 2007 Homem 2001 Homem 2007
Fonte: PNADs 2001 e 2007, Sidra, IBGE
Distribuição das pessoas de 10 anos ou mais de idade
economicamente ativas na semana de referência,
por sexo e anos de estudo, Brasil: 2001 e 2007
Entre as pessoas com 11 anos e mais, as mulheres são maioria da PEA brasileira.
Cerca de 50% da PEA feminina, 20 milhões de mulheres com 11 ou mais anos de estudo
constituem uma “massa crítica” vanguarda da “Revolução feminina” no Brasil.
65. 0
5
10
15
20
25
30
35
0 a 1/2 SM 1/2 a 1 SM 1 a 2 SM 2 a 5 SM 5 e + SM
%
Homem 2001 Mulher 2001 Homem 2007 Mulher 2007
Fonte: PNADs 2001 e 2007, Sidra, IBGE
Distribuição das pessoas de 10 anos ou mais de idade,
ocupadas na semana por sexo e classes de rendimento mensal
em todos os trabalhos Brasil: 2001 e 2007
66. 250
450
650
850
1050
1250
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
RendimentomensalR$
Mul NE Hom NE Mul NO Hom NO Mul SU
Hom SU Mul SE Hom SE Mul CO Hom CO
Fonte: PNADs 2001 a 2007, Sidra, IBGE
Valor do rendimento médio mensal do trabalho principal
das pessoas 10 anos ou mais de idade, ocupadas na
semana de referência, por sexo e regiões: 2001 a 2007
67. 0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
%
NE NO SU SE CO Brasil
Fonte: PNADs 2001 a 2007, Sidra, IBGE
Hiato de rendimento entre homens e mulheres
por regiões e Brasil: 2001 a 2007
Nordeste = Menor rendimento e menor desigualdade de gênero
Sudeste e Sul = Maior rendimento com maior desigualdade
68. Homens
0
10
20
30
40
50
60
70
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
%
Empregados Domésticos Conta própria Empregadores
Mulheres
0
10
20
30
40
50
60
70
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
%
Empregados Domésticos Conta própria Empregadores
Fonte: PNADs 2001 a 2007, Sidra, IBGE
Percentagem de Pessoas de 10 anos ou mais de idade,
ocupadas na semana de referência por sexo e posição na
ocupação principal, Brasil: 2001 a 2000
69. 0
30
60
90
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
%
Empregados Domésticos Conta própria Empregadores
Fonte: PNADs 2001 a 2007, Sidra, IBGE
Hiato de rendimento entre homens e mulheres de 10 anos
ou mais de idade, ocupadas na semana de referência
segundo posição na ocupação principal, Brasil: 2001 a 2007
70. 0
6.000
12.000
18.000
24.000
Até 14 hs 15-39 hs 40-44 hs 45-48 hs 49 ou + hs
Numeropessoasocupadas
Homem Mulher
Fonte: PNAD 2007, Sidra, IBGE
Pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadas na semana
de referência (mil pessoas), por horas trabalhadas
Brasil: 2007
71. 0
1
2
3
4
5
6
7
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
%
Homem Mulher Total
Fonte: IBGE, PNADs 2001 a 2007
Taxas de desemprego, população de 10 anos e mais, por sexo
Brasil, 2001 a 2007
72. Homens
0
6
12
18
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
%
10 a 14 anos 15 a 17 anos 18 a 19 anos
20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 39 anos
Mulheres
0
6
12
18
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
%
10 a 14 anos 15 a 17 anos 18 a 19 anos
20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 39 anos
Fonte: IBGE, PNADs 2001 a 2007
Taxas de desemprego, por sexo e grupos etários
Selecionados, Brasil, 2001 a 2007
74. 0
30
60
90
0 a 1/2 SM 1/2 a 1 SM 1 a 2 SM 2 a 5 SM 5 e + SM
%
Homem 2001 Mulher 2001 Homem 2007 Mulher 2007
Fonte: PNADs 2001 a 2007, Sidra, IBGE
Percentual de pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas
por contribuição para previdência em qualquer trabalho, por
sexo e classes de rendimento mensal, Brasil: 2001 e 2007
75. AnoPopulação de 60 anos e mais
Aposentados e/ou pensionistas
Sexo
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Total 15.333 16.176 16.920 17.663 18.214 19.077 19.955
Homem 6.780 7.120 7.453 7.771 7.988 8.406 8.838População de 60 anos e mais
Mulher 8.553 9.055 9.466 9.892 10.225 10.672 11.115
Total 18.296 19.125 19.980 20.046 20.870 21.201 22.126
Homem 8.065 8.363 8.763 8.735 9.047 9.201 9.623
Total aposentados e
pensionistas
Mulher 10.232 10.762 11.216 11.311 11.823 12.000 12.503
Total 13.252 13.829 14.328 14.206 14.531 14.853 15.273
Homem 7.627 7.907 8.235 8.201 8.403 8.557 8.771Somente aposentadas
Mulher 5.625 5.922 6.093 6.005 6.128 6.296 6.502
Total 4.059 4.202 4.416 4.567 4.856 4.757 5.292
Homem 341 347 395 406 477 437 642Somente pensionistas
Mulher 3.718 3.855 4.021 4.160 4.379 4.321 4.651
Total 986 1.094 1.235 1.273 1.482 1.590 1.561
Homem 97 108 133 128 166 207 210Aposentadas e pensionistas
Mulher 889 985 1.102 1.146 1.316 1.383 1.351
Fonte: PNADs 2001 a 2007, Sidra, IBGE
População de 60 anos e +, pessoas de 10 anos ou mais de idade
aposentadas e/ou pensionistas na semana de referência por sexo
Brasil: 2001-2007
76. 9,9
8,2 9,0 9,8
13,0
25,3
14,3
22,1
27,7
31,0
28,7
10,8
0
12
24
36
Total 10-17 18-24 25-49 50-59 60- +
%
Homem Mulher
Fonte: PNAD 2005, In: Soares e Saboia, 2007
Número médio de horas semanais gastas em afazeres
domésticos das pessoas de 10 anos ou mais de idade
por sexo e grupos de idade
Brasil - 2005
77. Proporção daqueles
que se dedicam aos
AD segundo sexo
N° médio de horas
dedicadas aos AD
por sexo (somente
quem dedica)
N° médio de horas
dedicadas ao
Trabalho Produtivo
por sexo (somente
ocupados)
Soma do n° médio
de horas dedicadas
aos AD e ao
Trabalho Produtivo
Arranjo Familiar
Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher
DINC 72,45 97,16 9,36 20,12 44,39 38,16 53,75 58,28
DR com 1 filho 63,74 97,18 10,01 25,24 45,01 36,44 55,02 61,68
DR com 2 filhos 57,71 96,95 9,92 27,44 45,00 34,90 54,92 62,33
DR com 3 ou + 50,46 96,78 10,34 29,71 42,91 30,84 53,25 60,55
ChefeHomem
Demais casais 51,31 98,20 9,98 35,74 45,48 28,68 55,46 64,42
DINC 63,94 95,04 8,61 17,72 44,73 39,87 53,34 57,59
DR com 1 filho 58,19 94,56 10,34 23,57 45,15 37,55 55,48 61,12
DR com 2 filhos 50,17 94,73 10,33 25,64 44,16 37,57 54,50 63,21
DR com 3 ou + 44,69 94,24 11,29 28,57 44,16 35,20 55,45 63,76
ChefeMulher
Demais casais 45,96 96,55 11,84 32,96 44,88 37,37 56,72 70,33
Fonte: microdados da PNAD 2006, In: Barros, 2009
Nota: DR: Dupla Renda; AD: Afazeres Domésticos; DINC: Duplo Ingresso, Nenhuma Criança
Número de horas dedicadas por semana aos afazeres
domésticos (AD) e ao trabalho produtivo segundo sexo e tipo
de arranjo familiar (com base na família principal), Brasil, 2006.
78. CONCILIAÇÃO TRABALHO PRODUTIVO E FAMÍLIA
As formas como as pessoas lidam com os desafios do trabalho e da vida familiar
são marcadas pelas desigualdades de gênero. Algumas alternativas:
• Suporte público para as mulheres, especialmente as mães com filhos menores;
• Barateamento e massificação de aparelhos domésticos substituidores do trabalho
manual;
• Disponibilidade de métodos contraceptivos para evitar a gravidez indesejada;
• Garantia de cuidados públicos para as crianças pequenas (especialmente de 0-3
anos), como creches e universalização do ensino da pré-escola;
• Prolongamento da licença maternidade/paternidade;
• Medidas de compatibilização entre trabalho produtivo e reprodutivo, com co-
responsabilidade entre os cônjuges no cuidado dos filhos;
• Diversificação dos contratos de trabalho por tempo determinado e a tempo
parcial, que ajudem as mulheres a superar o trade off entre opção pela carreira
profissional e opção pela maternidade
80. 56,6
12,9
16,5
9,3
4,7
16,0 17,4
11,1
6,6
48,9
0
10
20
30
40
50
60
70
Casal com filhos Casal sem filhos Monoparental
feminino
Unipessoais Outros
%
1997 2007
Fonte: Síntese de indicadores sociais do IBGE, 2008
Distribuição percentual dos arranjos familiares residentes
em domicílios particulares, segundo o tipo de
arranjo familiar- Brasil - 1996/2006
81. Absoluto % Absoluto %
DINC 1.065 2,7 2.009 3,7 88,6
DR com 1 filho 1.999 5,0 4.292 7,9 114,7
DR com 2 filhos 3.147 7,9 6.531 12,0 107,5
DR com 3 ou mais filhos 5.584 14,1 9.584 17,6 71,6
Demais casais 17.130 43,1 14.362 26,3 -16,2
Demais arranjos 10.822 27,2 17.830 32,7 64,8
Total de domicílios 39.745 100 54.610 100 37,4
1996 2006 Variação %
2006/1996
Arranjos domiciliares
Fonte: PNAD, 1996 e 2006 e Barros, Alves, Cavenaghi, 2008
Tipos de arranjos domiciliares (em mil)
Brasil: 1996-2006
82. Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres
DINC 72,45 97,16 9,36 20,12 44,39 38,16 53,75 58,28
DR com 1 filho 63,74 97,18 10,01 25,24 45,01 36,44 55,02 61,68
DR com 2 filhos 57,71 96,95 9,92 27,44 45 34,9 54,92 62,33
DR com 3 filhos
ou mais 50,46 96,78 10,34 29,71 42,91 30,84 53,25 60,55
Demais casais 51,31 98,2 9,98 35,74 45,48 28,68 55,46 64,42
DINC 63,94 95,04 8,61 17,72 44,73 39,87 53,34 57,59
DR com 1 filho 58,19 94,56 10,34 23,57 45,15 37,55 55,48 61,12
DR com 2 filhos 50,17 94,73 10,33 25,64 44,16 37,57 54,5 63,21
DR com 3 filhos
ou mais 44,69 94,24 11,29 28,57 44,16 35,2 55,45 63,76
Demais casais 45,96 96,55 11,84 32,96 44,88 37,37 56,72 70,33
Chefemulher
Soma das médias de
horas dedicadas aos
AD e ao trabalho
produtivo
Chefehomem
Arranjo familiar
Proporção daqueles
que realizam AD (%)
Média de horas
dedicadas aos AD
Média de horas
dedicadas ao trabalho
produtivo
Fonte: microdados da PNAD 2006, In: Barros, 2009
Nota: DR: Dupla Renda; AD: Afazeres Domésticos; DINC: Duplo Ingresso, Nenhuma Criança
Número de horas dedicadas por semana aos afazeres domésticos (AD) e
ao trabalho produtivo segundo sexo, sexo do chefe do domicílio e tipo
de arranjo familiar (com base na família principal), Brasil, 2006.
83. Em porcentagem
Tipo de união 1960 1970 1980 1991 2000
Civil e religioso 60,5 64,6 63,8 57,8 50,1
Só civil 12,8 14,1 16,3 18,3 17,3
Só religioso 20,2 14,4 8,1 5,2 4,3
União consensual 6,5 6,9 11,8 18,3 28,3
Estado civil 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Casamentos (n. abs.) 705.651 673.452 755.809 694.872 696.716 711.155 748.981 806.968 835.846 889.828 916.006
Estado civil do homem (%)
Solteiro 95,02 95,76 96,23 96,36 92,62 90,44 90,31 89,97 89,54 89,1 88,23
Viúvo 1,64 1,72 1,74 1,86 1,87 1,93 1,77 1,8 1,8 1,78 1,78
Divorciado 5,86 6,12 6,34 7,18 7,22 7,67 7,84 8,17 8,61 9,06 9,91
Estado civil da mulher (%)
Solteira 98,09 98,86 99,3 99,71 95,99 94,44 93,77 93,5 93,16 92,77 92
Viúva 1,01 1,06 1,14 1,19 1,19 1,2 1,15 1,14 1,18 1,18 1,27
Divorciada 3,39 3,68 3,87 4,47 4,52 4,86 5,01 5,29 5,6 6 6,65
Fonte, IBGE, Registro Civil, Sidra, 2009
Número absoluto de casamentos, por Estado Civil por sexo, Brasil
1997-2007
Fonte: censos demográficos do IBGE, 1960 a 2000
Distribuição das pessoas de 10 anos e mais, segundo tipo de união
84. Fonte: Tribunal Superior Eleitoral - TSE, (www.tse.gov.br), 2010
Reversão do hiato de gênero no eleitorado
Brasil: 1980-2010
Eleitorado feminino: de 22 milhões para 70 milhões de eleitoras
MULHERES NOS ESPAÇOS DE PODER
5,1
-4,9
22,1
41,1
52,8
55,4 58,6
64,8 70,4
-20
0
20
40
60
80
1980 1990 1998 2000 2002 2006 2010
Milhõesdeeleitores
Diferença Mulher - Homem Homens Mulheres
85. Fonte: Tribunal Superior Eleitoral - TSE, (www.tse.gov.br)
Feminização e envelhecimento do eleitorado
Brasil: 1992 e 2010
45,00
50,00
55,00
Total 16-17 18-24 25-34 35-44 45-59 60-+
Grupos etários
%demulheresnoeleitorado
fevereiro 2010 outubro 1992
86. 0
2
4
6
8
10
12
14
1992 1996 2000 2004 2008
Anos das eleições municipais
%deeleitas
Prefeitas Vereadoras
Fonte: IBAM, 1997 e Tribunal Superior Eleitoral - TSE, (www.tse.gov.br), 2008
Percentagem de mulheres vereadoras e prefeitas
1992-2008
Cota: Lei 9.100/95
87. 0
2
4
6
8
10
12
14
1974 1978 1982 1986 1990 1994 1998 2002 2006 2010
%
Federais Estaduais
Fonte: IBAM, 1997 e Tribunal Superior Eleitoral - TSE, (www.tse.gov.br), 2008
Percentagem de mulheres deputadas federais e estaduais
1974-2010
Cota: Lei 9.100/95
88. A política de cotas no Brasil (1)
• Lei 9.100 de 29 de setembro de 1995:
“Vinte por cento, no mínimo, das vagas de cada
partido ou coligação deverão ser preenchidas por
candidaturas de mulheres”.
Política focalizada, pois dá tratamento diferenciado para as mulheres;
O partido era obrigado a reservar os 20% das vagas, mas não era
obrigado a preenchê-las;
As vagas subiram de 100% para 150% do número a preencher;
Houve possibilidade de aumento das candidaturas masculinas;
Houve crescimento das candidaturas “laranjas” de mulheres.
89. A política de cotas no Brasil (2)
• Lei 9.504 de 30 de setembro de 1997:
“Do número de vagas resultantes das regras
previstas neste artigo, cada partido ou coligação deverá
reservar o mínimo de trinta por cento e o máximo de
setenta por cento para candidaturas de cada sexo”.
Política universalista, pois dá o mesmo tratamento para os dois sexos;
Garante a constitucionalidade da ação afirmativa, pois “todos são iguais
perante a lei” e apenas se estabelece regras de representação;
Mas mantêm as mesmas regras da Lei anterior e não garante o
preenchimento das candidaturas femininas;
Conseqüência: depois da Conferência de Beijing (1995) o Brasil ficou
atrás da maioria dos países, quanto à representação parlamentar.
90. A política de cotas no Brasil (3)
• Lei nº 12.034, de 29 de setembro de 2009:
"Do número de vagas resultante das regras
previstas neste artigo, cada partido ou coligação
preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o
máximo de 70% (setenta por cento) para
candidaturas de cada sexo".
Modelos estatísticos mostram que quando aumenta o
número de mulheres candidatas aumenta também o
número de mulheres eleitas. Vamos acompanhar o
resultado das listas eleitorais em 2010.
91. Mulheres nos parlamentos do mundo
Liderança da América Latina
Regiões 1/1/1997 31/12/2010
Americas 12,9 22,9
Europe 13,8 21,9
Asia 13,4 18,7
Sub-Saharan Africa 10,1 18,3
Pacífic 9,8 12,6
Arab States 3,3 12,5
Mundo 12,0 19,3
Fonte: IPU - Inter-Parliamentary Union. Situation at December 31, 2010
92. Fonte: IPU - Inter-Parliamentary Union. Situation at December 31, 2010
Mulheres nos parlamentos na América Latina
31/12/2010
94. Fonte: IBAM, 1997 e Tribunal Superior Eleitoral - TSE, (www.tse.gov.br), 2008
Percentagem de mulheres senadoras e governadoras
Brasil: 1990-2008
0
2
4
6
8
10
12
1990 1994 1998 2002 2006
Anos de eleições para governadores
%degovernadoras
0
2
4
6
8
10
12
14
1991-1999 1995-2003 1999-2007 2003-2011 2007-2015
Legislaturasdo senado
%desenadoras
95. MULHERES NO EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
Mulheres são maioria no funcionalismo público, chegam a
cerca de 50% dos DAS 1, mas somente 15% dos DAS 5 e 6.
Nas 26 prefeituras das capitais dos Estados as mulheres
compõem 20% das secretarias municipais no total
brasileiro, sendo 7,4% na região Sul e 32% na região Norte.
No poder judiciário as mulheres superam o número de
homens na 1ª Instância, mas no:
STF apenas 1 mulher (em 9 membros);
STJ 4 mulheres (em 28 membros);
TST 1 mulher (em 16 membros).
96. Olimpíada Homens Mulheres Total % feminino
Pequim 2008 144 133 277 48,0
Atenas 2004 125 122 247 49,4
Sidnei 2000 111 94 205 45,9
Atlanta 1996 159 66 225 29,3
Barcelona 1992 146 51 197 25,9
H M T % H M T % H M T % H M T %
Pequim 2008 1 2 3 66,7 3 1 4 25,0 5 3 8 37,5 9 6 15 40,0
Atenas 2004 5 0 5 0,0 0 2 2 100,0 3 0 3 0,0 8 2 10 20,0
Sidney 2000 0 0 0 0,0 5 1 6 16,7 3 3 6 50,0 8 4 12 33,3
Atlanta 1996 2 1 3 33,3 1 2 3 66,7 8 1 9 11,1 11 4 15 26,7
Barcelona 1992 2 0 2 0,0 1 0 1 0,0 0 0 0 0 3 0 3 0,0
Olimpíadas
Medalha de Ouro Medalha de Prata Medalha de Bronze Total
Fonte: Comitê Olímpico Internacional, diponível em: http://www.olympic.org/uk/index_uk.asp
Medalhas brasileiras nas últimas 5 Olimpíadas, por sexo
Fonte: Comitê Olímpico Brasileiro. Disponível em: http://www.cob.org.br
Número de atletas das delegações olímpicas brasileiras, por sexo