O documento descreve o feminismo, dividindo-o em três ondas principais de ativismo e luta pelos direitos das mulheres. A primeira onda ocorreu no século XIX e início do XX, lutando principalmente pelo direito ao voto. A segunda onda aconteceu nas décadas de 1960 e 1980 e enfocou a igualdade de direitos e autonomia das mulheres. A terceira onda desde os anos 1980 debate conceitos do feminismo e inclui pautas como direitos reprodutivos e interseccionalidade. O texto também discute o surgimento de
2. FEMINISMO O QUE É?
• Movimento social e político que tem como objetivo conquistar o acesso a
direitos iguais entre homens e mulheres e que existe desde o século XIX.
• O Feminismo pode ser definido como um “movimento social cuja finalidade é
a equiparação dos sexos relativamente ao exercício dos direitos cívicos e
políticos” (Oliveira, 1969, p.424), uma estrutura básica de consciência (Lamas,
1995) ou ainda como refere Maria de Lourdes Pintassilgo,”(...)a denúncia e a
luta contra as práticas sexistas(...) isto é, as atitudes, práticas, hábitos e em
muitos casos, a própria legislação, que fazem das pessoas pertencentes a um
sexo e só por esta razão- seres humanos inferiores nos seus direitos, na sua
liberdade, no seu estatuto, na sua oportunidade real de intervenção na vida
social” (1981, p.12).
3. ORIGEM
A luta das mulheres tem muito mais de 200 anos.
Mas, esse movimento que conhecemos como
“feminismo” é mais recente e marcado por intensos
debates ao longo do seu processo histórico. Seria
até melhor falar em “feminismos”, devido sua
pluralidade de abordagens, campos teóricos,
debates e estratégias.
4. AS TRÊS ONDAS
• A história do feminismo em fases é
dividida e chamada de “ondas”.
Essa divisão não significa que as
lutas foram isoladas, mas uma onda
complementa a outra e algumas
pautas continuam vigentes até hoje.
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5. ENTENDENDO AS ONDAS
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Para algumas autoras as ondas são marcadas nas décadas de
maior relevância assim vão falar sobre: Primeira Onda
(Década de 30); Segunda Onda (Década de 60 a 80);
Terceira Onda (Década de 90) .
Outras autoras entende como Ondas continuas, com seus
altos e baixos (Tsunamis e marolas): Primeira Onda (A partir
do final do século XIX até os meados da década de 60);
Segunda Onda ( Meados da década de 60 até meados da
década de 80); Terceira Onda (Meados da década de 80 até a
atualidade).
Atualmente discutisse a existência da Quarta Onda que
estamos vivendo agora, com todas as mudanças e influências
intersecional, digital e coletivo, esperamos que essa onda pegue.
6. PRIMEIRA ONDA
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A primeira onda acontece a partir do final do século XIX, avançando no século XX (alguns autores falam
no início do século XX, outros já anunciam até os meados da década de 60). Nessa fase, as mulheres,
sobretudo na Inglaterra, se organizam para lutar por seus direitos básicos civis e uma dessas lutas mais
populares é o direito ao voto, conhecido também como o movimento sufragista (as sufragistas brasileiras
iniciam a luta por volta de 1910).
Nos Estados Unidos as lutas
também foram pela igualdade de
direitos/ casamento/educação.
Nessa fase também destacou-se os
movimentos operários com a
participação das mulheres.
7. NO BRASIL PRIMEIRA ONDA
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No Brasil, o movimento feminista teve
início, de forma muito restrita, por volta da
década de 1930, com a chamada “primeira
onda”. Assim como em outros países, as
reivindicações tinham como objetivo
principal o direito ao voto, no movimento
sufragista feminino, e à vida pública, como
o direito ao trabalho sem a permissão do
seu marido.
8. SEGUNDA ONDA
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A segunda onda do feminismo inicia-se por
volta de 1960 e é marcada por um movimento
de caráter libertário. Ressaltam-se as alianças
entre estudantes e operários, os debates diretos
sobre relações de poder entre homens e
mulheres, lutando por um novo formato de
relacionamento (heterossexual), no qual a
mulher tenha mais liberdade e autonomia para
decidir sobre seu corpo e sua vida.
Simone de Beuvoir é um nome potente dessa
onda.
9. NO BRASIL SEGUNDA ONDA
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No Brasil, a conjuntura histórica da ditadura
militar impôs que os movimentos feministas
também se posicionassem contra o regime e a
censura, e lutassem pela redemocratização, pela
anistia e por melhores condições de vida.
No Brasil, os estudos de gênero e feministas
ganharam força nos anos 1970, estando
diretamente ligados com “movimentos sociais
da época, incluindo a anistia de presos políticos,
a luta dos movimentos por direito à terra dos
grupos indígenas e camponeses, contra o
racismo e diferentes minorias, ampliando a
pauta feminista e tornando-a mais
interseccional”. (COSTA, 2005, p. 41).
10. TERCEIRA ONDA
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A partir de meados da década de 1980,
algumas feministas consideram ainda década
1990, o feminismo inicia sua terceira onda,
debatendo os paradigmas impostos pelas
ondas anteriores e os aspectos essencialistas
do feminismo, tal como o conceito de
feminilidade. A luta por direito à terra, à
saúde materna, contra o racismo e a favor
das orientações sexuais das mulheres se
tornam efervescentes nessa fase.
A fase da Interseccionalidade; Pluralidade e
Fragmentação.
11. NO BRASIL TERCEIRA ONDA
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No Brasil, algumas conquistas do movimento feminista estão
presentes na Constituição Federal de 1988, no artigo 5º, em seu
inciso I “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações,
nos termos desta Constituição”. No artigo 7º, inciso XVII é
assegurada “licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do
salário, com a duração de cento e vinte dias”. Também são
conquistas recentes a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006,
mais conhecida como "Lei Maria da Penha", que pune a
violência contra a mulher e a Lei nº 13.104, de 9 de março de
2015, que altera o artigo 121 do Código Penal, prevendo o
feminicídio.
12. QUARTA ONDA DO FEMINISMO: ENTENDA AS
CARACTERÍSTICAS DO MOVIMENTO FEMINISTA NO
SÉCULO 21
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O desenvolvimento da internet e das redes sociais afetaram a forma como os
indivíduos percebem a si mesmos e o mundo ao seu redor. Com as novas tecnologias
de comunicação em massa, os relacionamentos, o consumo, o trabalho e muitas
outras dimensões da vida humana foram repensadas e modificadas. E os movimentos
sociais não ficaram de fora. Pode-se dizer que as novas ferramentas de propagação
de ideias e conexões entre pessoas remodelaram o que se entende por movimento
social hoje em dia e, principalmente, as formas pelas quais eles atuam e se
organizam.
13. 13/12/2021
Ainda, como aponta a professora e
pesquisadora Fabiana Martinez (2019, p.
10), houve um aumento de 10% no
contingente de brasileiras que se
reconheciam como feministas entre os anos
de 2001 e 2010, sendo a maioria jovem.
Desse modo, pode-se dizer que a internet,
por proporcionar novas formas de pensar e
atuar no social, tornou o feminismo mais
atrativo para as novas gerações, dando à
causa um maior poder de penetração na
sociedade como um todo e quebrando a
lógica da institucionalização da terceira
onda. Isso quer dizer que já não era mais
necessário estar vinculado a uma entidade,
ONG ou movimento para entrar em contato
com as pautas feministas, se identificar
com elas e se manifestar.
14. 13/12/2021
Sendo assim, o ciberativismo feminista é fruto da tomada das redes por jovens militantes que já cresceram
em meio às inovações digitais e as dominam (PEREZ; RICOLDI, 2019, p. 9) . Nesse sentido, as redes sociais
na internet, que se popularizaram no Brasil a partir dos anos 2010, potencializaram a importância da internet
para o ciberfeminismo, tornando-se mais do que meio de articulação de feministas que já se identificavam com
a causa antes das redes, mas criando uma forma completamente nova de atuação e consolidação do
movimento.
Desse modo, como apontam as pesquisadoras Olívia Cristina Perez e Arlene Ricoldi (PEREZ;
RICOLDI, 2019, p. 8), pode-se destacar como principais características da quarta onda do
feminismo brasileiro:
uma desinstitucionalização em relação à terceira onda: ou seja, uma menor presença do
feminismo em instituições estatais, ONGs ou entidades de movimento social e maior difusão na
sociedade civil, fortemente influenciada pela internet;
a horizontalidade: uma vez fora das instituições e organizações, existem menos hierarquias
dentro do movimento e, assim, uma maior autonomia e pulverização das ativistas;
a organização em grupos e coletivos: de caráter mais informal que as entidades tradicionais de
movimento social, os grupos em redes sociais e coletivos de faculdade, por exemplo, são formas
encontradas pelas feministas do século XXI de se organizar sem perder a horizontalidade e
ganhando a interação e o apoio da coletividade;
15. 13/12/2021
o retorno às ruas: na segunda e terceira ondas respectivamente, os debates feministas passaram a
ocupar a Academia e as instituições governamentais. Assim, o movimento se afastou das
manifestações de rua e passou a se concentrar nesses espaços, se distanciando das massas. Na quarta
onda, por meio da internet e dos grupos e coletivos, há um retorno às manifestações de rua no
movimento;
o caráter interseccional: como demonstra a pesquisa das autoras, ainda que muitos coletivos
feministas na internet não se reconheçam como interseccionais nem façam menção ao termo em seu
título, a discussão sobre a interseção entre a opressão de gênero e outras como a LGBTfobia, o
racismo, o capacitismo e a gordofobia está muito presente em diversos grupos e páginas que se
identificam com o feminismo hoje, sendo uma característica fundamental do movimento;
a divisão e disputa entre vertentes: apesar de discutirem constantemente sobre o tema da
interseccionalidade, as feministas não concordam sempre em seus valores e estratégias de luta
política. Dessa forma, muitas são as vertentes, ou seja, caminhos políticos que escolhem para entender
o fenômeno da opressão de gênero na sociedade. As principais são: liberal, socialista e radical. Sendo
assim, mais do que travar lutas específicas como ocorria nas outras ondas, no século XXI, as
feministas estão retomando temas já discutidos no passado e disputando seu projeto de sociedade;
o caráter transnacional: influenciado diretamente pelo uso dos sites de rede social, a quarta onda
feminista pode ser entendida como um fenômeno global, já que, com essas ferramentas digitais, as
discussões se tornam virais em tempo recorde.
16. 13/12/2021
Marcos temporais da Quarta Onda
Pesquisadoras defendem três marcos temporais principais que
anunciam o início da quarta onda feminista no país: a Marcha
das Vadias em 2011 (FELGUEIRAS, 2017), as Jornadas de
Junho de 2013 (PEREZ; RICOLDI, 2019) e o ano de 2015,
conhecido como Primavera Feminista (MARTINEZ,
2019) e (DUTRA, 2018).
17. 13/12/2021
Marcha das Vadias: Convocada no Canadá no ano de 2011 como uma resposta à culpabilização da vítima pelo
estupro, a Slut Walk, como ficou conhecida, se espalhou por diversos lugares no mundo, chegando ao Brasil
como Marcha das Vadias. A Marcha é considerada uma das primeiras manifestações brasileiras mobilizada
via blogs e redes sociais online. Embora a pauta da luta contra a cultura do estupro não seja, como a Ana
Cláudia Felgueiras (FELGUEIRAS, 2017, p. 119) ressalta, inédita no ativismo feminista, a pesquisadora elege o
evento como marco zero da quarta onda devido ao papel das redes sociais na convocação do ato e na
globalização da discussão.
Jornadas de Junho de 2013: De acordo com Perez e Ricoldi (PEREZ; RICOLDI, 2019, p. 17), as Jornadas de
Junho de 2013 podem ser usadas como marco inicial da quarta onda, já que representam uma resposta concreta,
em formato de manifestação nas ruas, de todo um processo que marca essa nova fase do movimento. Com a
democratização das universidades e a aversão crescente às instituições, somados à popularização da internet,
novas vozes e novos discursos passam a se amplificar pela web, convocando a nova massa de mulheres
identificadas com as pautas feministas a irem às ruas contra os retrocessos recentes nas questões de gênero e
socioeconômicas como um todo.
Primavera Feminista: Já o ano de 2015, quando aconteceu o que ficou conhecido como Primavera Feminista,
é escolhido como marco por Fabiana Martinez (MARTINEZ, 2019) e Zelia Aparecida Dutra (DUTRA, 2018).
Em referência à onda de protestos, organizados por meio da internet, ocorridos nos países árabes contra regimes
autoritários no ano de 2011 – que ficou conhecida como Primavera Árabe -, o ano de 2015 ficou marcado, para
o movimento feminista, pela onda de acontecimentos nas ruas e sua mobilização e amplificação por meio das
redes. Entre 2014 e 2015, por exemplo, como mostram os dados da organização Think Olga apresentados por
Martinez (2019, p. 15), as buscas por “feminismo” e “empoderamento feminino” na internet cresceram
exponencialmente.
19. PRINCIPAIS VERTENTES E
EPISTEMOLOGIAS
13/12/2021
Para fazermos uma colocação da Sabrina Fernandes, uma das atuais intelectuais e
influência digital do canal Teseonze, pensando e discutindo as Vertentes e Epistemologias
dos movimentos feministas, em uma análise dos seus principais aspectos. Pode ser
acessado no link: https://www.youtube.com/watch?v=08A7PD-frxo.
Dando as vertentes o tom de luta, perspectivas teóricas, concepção política e da
realidade. Desta forma, podemos citar algumas vertentes feministas como: Feminismo
Radical; Anarcofeminismo ou Feminismo Libertário; Feminismo Marxista (essa é a
vertente que seguimos); Feminismo Liberal; e Pós-moderno .
20. 13/12/2021
Os Feminismos Epistêmicos ou as Epistemologias definem como termo de lugar, de luta, de
experiências, consciência prática, informa aonde agir, como agir.
São perspectivas baseadas em localizações (realidade local), distintas de sujeitos políticos. Nasce de um
local de uma realidade, experiências específicas e como elas, ajudam a interpretar a realidade, melhora as
estruturas e o que fazer para além do local dessas mulheres.
Sobre as distinções das Epistemologias dos movimentos feministas podemos citar: Feminismo Negro;
Feminismo Interseccional; Transfeminismo; Ecofeminismo. Pensamos que, o Feminismo do Campo se
situa nessa classificação epistemológica do local, dos saberes, das vivências das mulheres do campo para a
construção de um feminismo pensado e voltada para suas realidades e reinvindicações e necessidades.
Sendo assim uma epistemologia do movimento e não uma vertente. Buscamos a construção do Feminismo
do Campo, baseado na mesma lógica da discussão teórica da Educação do Campo.
Destaca ainda que, as vertentes e a epistemologias não se excluem, muito mesmo possui uma
importância maior do que a outra são, apenas, distinções de classificação e origens.
21. VERTENTES FEMINISTAS: FEMINISMO
RADICAL
13/12/2021
Surgiu na década de 1960, considerava o patriarcado anterior ou ainda mais profundo do
que outras fontes de opressão, afirmando ser ele o modelo de todas as outras
dominações. Propõe um reordenamento radical da sociedade em que a supremacia
masculina é eliminada em todos os contextos sociais e econômicos. Procura abolir o
patriarcado, desafiar normas e instituições sociais existentes. Desafiar a noção de papeis
tradicionais de gênero, opondo-se a objetivação sexual das mulheres e procurar
sensibilizar a opinião pública sobre o estupro e a violência contra as mulheres. O termo
“radical” não remete ao extremismo, mas sim ao fato de acreditaram ter encontrado a
“raiz” da dominação masculina, que seria o patriarcado. Feminismo Radical Ao
contrário do feminismo liberal, popular nos Estados Unidos, que vê o machismo como
fruto de leis desiguais, ou o feminismo socialista, que vê no capitalismo a fonte da
desigualdade entre gêneros, o feminismo radical acredita que a raiz da opressão
feminina são aos papéis sociais inerentes aos gêneros.
23. FEMINISMO LIBERAL
13/12/2021
É uma forma individualista da teoria feminista, que incide sobre a capacidade das
mulheres em manter a sua igualdade através de suas próprias ações e escolhas, mas
sem mudanças nas estruturas sociais. Argumentam que a sociedade detém a falsa
crença de que as mulheres são, por natureza, menos capazes intelectualmente e
fisicamente do que os homens. Esforçam-se para enfatizar a igualdade entre homens e
mulheres através de uma reforma política e jurídica, defendem que uma reforma no
sistema capitalista já seria suficiente para atingir seus objetivos. O feminismo liberal
prega que as mulheres podem vencer a desigualdade das leis e dos costumes
gradativamente, combatendo situações injustas pela via institucional e conquistando
cada vez mais representatividade política e econômica por meio das ações individuais.
25. ANARCOFEMINISMO OU FEMINISMO
LIBERTÁRIO
13/12/2021
Luta contra qualquer forma de poder autoritário principalmente poder do
patriarcado que gera desigualdade de gênero, nítido nas diferenças salariais e no
sexismo utilizado na mídia, por exemplo, nas propagandas. Entende que a
emancipação feminina só se dará com a destruição do Estado e do sistema de
classes, que consideram responsáveis pela opressão do gênero feminino. Busca a
transformação da sociedade através do rompimento da dominação do patriarcado
sem pretender estabelecer outras formas de domínio em seu lugar.
27. FEMINISMO MARXISTA
13/12/2021
É uma vertente do feminismo que incorpora, analisa e estende ao marxismo e suas
aplicações. O feminismo marxista busca analisar as formas pelas quais as mulheres
são exploradas por meio do sistema capitalista e suas imposições assim como a
propriedade privada e os meios de dominação. Busca a libertação das mulheres que só
pode ser alcançada através de uma reestruturação radical da economia capitalista.
Considerando a mulher como pertencente da classe trabalhadora, que está envolvida
na estrutura de dominação capitalista. Acredita que a verdadeira emancipação
feminina só acontecerá quando a classe trabalhadora como um todo se emancipar. Em
sua teoria, o socialismo vai permitir o livre desenvolvimento da personalidade humana
e o estabelecimento de relações autenticamente humanas entre homens e mulheres,
livres de pressões externas brutais, sejam sociais, econômicas ou religiosas. Acreditam
que as mulheres vão desempenhar um papel essencial na derrubada do capitalismo e
na construção do socialismo.
29. PÓS-MODERNO
13/12/2021
É uma vertente da teoria feminista que incorpora a teoria pós-
moderna e pós-estruturalista, somando e indo além das
polaridades modernistas do feminismo liberal e
do feminismo radical. Um feminismo visto como tendo
afinidade com a filosofia pós-moderna por meio de um
interesse compartilhado por atos de fala. Abordando discussões
atuais e ampliando para contextos e reflexões críticas baseadas
nas discussões pós-estruturais.
31. EPISTEMOLOGIAS DOS MOVIMENTOS FEMINISTAS
PODEMOS CITAR: FEMINISMO NEGRO
13/12/2021
Nasceu na luta das mulheres negras e a necessidade de serem incluídas no feminismo
com visões das suas realidades. Demostra que a mulher negra sofre dupla opressão (por
ser mulher e ser negra). Essa vertente do feminismo surge da ideia de que a mulher
negra não é representada pelos outros feminismos, produzindo um debate mais
profundo sobre raça e gênero, um feminismo interseccional. Inclui pautas como o
genocídio da juventude negra, intolerância religiosa e a não valorização das religiões de
matriz africana.
Feminismo Negro Ele surge da ideia de que a mulher negra, por sofrer de uma dupla
opressão, não é representada por outros "feminismos".
Angela Davis.
33. FEMINISMO INTERSECCIONAL
13/12/2021
Procuram conciliar as demandas de gênero com as de outras minorias, como classe social,
orientação sexual, raça, diferenças econômicas, deficiência física, entre vários outros aspectos.
Entendendo que a injustiça e a desigualdade social sistêmica ocorrem em uma base
multidimensional. Reconhece que as mulheres não sofrem todas juntas às mesmas opressões, que
nem sempre a mulher está em situação de desvantagem nas relações de poder, pois estas não se
configuram somente no sistema patriarcal, pois existem outros sistemas de opressão que envolve
raça/etnia, classe, sexualidade etc. O Feminismo Interseccional procura conciliar as demandas de
gênero com as de outras minorias, considerando classe social, raça, orientação sexual, deficiência
física... São exemplos de feminismo interseccional o transfeminismo, o feminismo lésbico e o
feminismo negro.
35. TRANSFEMINISMO
13/12/2021
Uma luta que nasceu pela necessidade das mulheres trans, em ser
representadas no feminismo com visões das suas realidades. Voltado
especialmente às questões de transgeneridade, o transfeminismo surge
do feminismo negro, visto que as mulheres trans não se sentem
contempladas pelos outros feminismos, trazendo como um de seus
conceitos centrais a interseccionalidade.
37. ECOFEMINISMO
13/12/2021
É uma abordagem do movimento feminista que conecta a luta pela igualdade de
direitos e oportunidades entre homens e mulheres com a defesa do meio ambiente e
sua preservação. Trabalha com a exploração da natureza e a exploração das
mulheres. Uma concepção ampla e aberta para todas as pessoas que se preocupa
com a natureza, sua preservação e os direitos das mulheres na sociedade.
39. POR UM FEMINISMO DO CAMPO
13/12/2021
Pensamos que, o Feminismo do Campo se situa nessa classificação
epistemológica do local, dos saberes, das vivências das mulheres do
campo para a construção de um feminismo pensado e voltada para suas
realidades e reinvindicações e necessidades. Sendo assim uma
epistemologia do movimento e não uma vertente. Essa pesquisa busca
essa construção do Feminismo do Campo, baseado na mesma lógica da
discussão teórica da Educação do Campo.