2. INTRODUÇÃO
• Territórios unificados e subordinados à autoridade dos reis: reis
formulavam leis.
• Nobreza manteve sua condição de grupo privilegiado: privilégios fiscais,
um conjunto de leis que valiam apenas para esse grupo, o acesso exclusivo
aos altos cargos administrativos do governo e aos postos elevados do
exército.
• Burguesia e camadas populares: pagavam altos tributos
• A exigência dessas camadas por uma participação política mais efetiva se
tornaria o grande foco de tensão dentro do Estado Absolutista.
3. CONCEITO DE ESTADO ABSOLUTISTA
• Era caracterizado pela concentração
total do poder político nas mãos dos
reis e pela legitimação divina desse
poder. Prevaleceu nos países da
Europa, na época do Antigo Regime
(séculos XVI ao XVIII ).
5. Jean Bodim ( 1530- 1596)
• (Seis Livros da República) justifica o
absolutismo ao afirmar que os
soberanos foram estabelecidos por
Deus, para governar os outros
homens. "Quem despreza seu
soberano despreza a Deus, de quem
ele é a imagem na terra". Dizia
também que o rei não pode estar
sujeito as ordens de outros, portanto
pode dar ordens aos seus súditos
assim como eliminá-los.
• Sua obra foi A República, este
defendia a ideia da soberania não-
partilhada, ou seja, o rei pode
governar sem a interferência, ou
restrição de alguém, pois ele teria o
poder de legislar sem a permissão de
outros. (teoria do direito divino dos
reis)
6. Cardeal Bossuet (1627-1704)
• A Política Inspirada da Sagrada
Escritura
• "Deus estabeleceu os reis como seus
ministros e através deles reina sobre os
povos
• trono real é o trono de Deus
• atentar contra ele é sacrilégio, pois o rei
vê mais longe e melhor.
• Deus dava poder ao rei
• Cuidou da educação do filho do rei
francês Luiz XIV. Suas obras foram
Memórias para educação do Delfim e
Política.
• Autoridade real é sagrada. O rei age
como ministro de Deus na terra, logo
uma rebelião contra o rei seria o
mesmo que rebelasse contra Deus. Sua
influência foi forte na dinastia francesa
dos Bourbon. (teoria do direito divino
dos reis)
•
7. Maquiavel: (1469-1527)
o Príncipe
• Membro do governo dos Médices: A solução
seria a união nacional por um interesse
comum.
• recomendações eram que para governar é
preciso a astúcia, sutileza e um bom exército.
Por citar Moisés: insinuou a ligação de Deus
com a posição dos reis. Com se os reis fossem
representantes de Deus aqui na terra.
• Necessidade de ter um estado forte justifica
qualquer atitude, ensina como os
governantes podem conquistar e conservar o
poder, é dele a ideia de que “Os Fins
Justificam os meios.” “O príncipe não precisa
ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso,
bastando que aparente possuir tais
qualidades.
• Se precisar agir contra a caridade, a fé, a
humanidade, a religião (...). O príncipe não
deve se desviar do bem, se possível, mas
deve estar pronto a fazer o mal, se
necessário.”
8. Hugo Grotius (1530-1596)
• (Do Direito de Paz e da
Guerra) Também foi um
importante defensor do
absolutismo, pois entendia
que o rei só poderia
conseguir manter a ordem
dentro de um estado se a
sua autoridade fosse
ilimitada. Era advogado e
pensador holandês e é
considerado o principal
fundador do direito
internacional.
9. Thomas Hobbes(1588-1619)
• Melhor definiu Absolutismo
• livro Leviatã, onde mostra sua ideia de um
estado poderoso e dominante. Este é necessário
para manter a ordem do governo, sem ela os
homens viveriam em constantes guerras. Como
se o monarca fosse o protetor da lei e da ordem.
• E stado Absolutista: avanço da sociedade.
• Estado de Natureza onde predomina a luta de
todos contra todos. Seria o período anterior a
sociedade organizada e disciplinada na fase da
pré-história. Uma sociedade em que os
indivíduos faziam valer a lei do mais forte.
• A harmonia: criação do Estado e a lei que
passou a regularizar a sociedade.
• Estado foi capaz de pacificar o que o justifica
como essencial: contrato ou acordo, onde cada
cidadão concederia seus direitos à um soberano.
• Autoridade do estado: poder absolutista para
proteger os cidadãos da violência e do caos. O
soberano pode governar com autoridade, pois
esta foi concedida pelo povo.
• homem por ser movido pelo egoísmo tende a
conflitar-se com seus semelhantes, é necessária
soberano para o povo obedecer. Foram, portanto
os próprios homens que delegaram poderes
totais aos soberanos com a intenção de
conseguir a paz. (teoria do contrato social)
10. BASES SOCIAIS DO ABSOLUTISMO
• Primeira ordem: clero
• Segunda ordem: nobres
• Terceira ordem: burguesia e as camadas
populares.
• Muitos burgueses puderam ascender para a
condição de nobres.
11. POLITICA
• O rei representava a nobreza mas esta, abriu mão
do poder feudal em favor do rei por saber que
este poderia dominar as classes populares. O rei
também representava os interesses da burguesia,
já que dela precisava para controlar os nobres
que não aceitavam perder o poder.
• A burguesia interessava o apoio ao
desenvolvimento do comércio, das manufaturas e
a exploração das colônias.
12. O ABSOLUTISMO NA FRANÇA
• XVI: dinastia Valois: conflitos internos, tanto políticos como religiosos, pois
os burgueses, que eram a fonte do governo, adotaram o calvinismo como
religião enquanto o estado tinha forte influência católica.
• Lutas religiosas: huguenotes contra católicos
• Católicos: rei Huguenotes: comando da família Bourbons
• O auge dessa luta foi em 24 de agosto de 1572, A Noite de São
Bartolomeu,(decretada pela mãe do rei, Catarina de Medices) onde houve
o massacre de mais de 30 mil huguenotes, incluindo mulheres e crianças.
Isto provocou instabilidade política e colocou o trono francês em risco.
• Henrique III, filho de Catarina de Médici, aliou-se a Henrique Bourbon,
líder dos Huguenotes e o fez seu herdeiro político. Nesse tempo o católico
Henrique Guise disputou a liderança com Henrique III, essas disputas
ficaram conhecidas como a Guerra dos três Henriques.
• O final foi: Henrique de Guise morreu, Henrique Bourbon saiu vitorioso e
tornou-se herdeiro de Henrique III.
13.
14. DINASTIA BOURBON
• Com a morte de Henrique III em 1589, Henrique Bourbon assumiu poder com o
nome de Henrique IV. Mas este por ser protestante enfrentou forte oposição e
teve que sair de Paris.
• Abandonou o protestantismo e assim é coroado rei: fortaleceu o absolutismo, por
implantar uma política econômica mercantilista. Assinou em 1598 o Edito de
Nantes, que concedia liberdade de religião aos protestantes. Com isso o rei refez a
aliança com os burgueses.
• Luiz XIII (1610-1643): primeiro ministro o Cardeal Richelieu ( 1624- 1642), que
• ampliou os poderes absolutos do rei
• lançou a França na disputa pelo comércio internacional e a posse de colônias.
Também cassou os direitos dos que eram opositores do rei.
• Burgueses tiveram acesso a cargos na administração pública,
• perseguiu protestantes
• Guerra dos trinta anos. visava a disputa à hegemonia política europeia.
15. • Luiz XIV (1643-1715): “Rei sol” Cardeal Mazarino
• Eliminou as frondas,ou seja, as associações de nobres e burgueses: contra o
absolutismo e os tributos impostos ao povos para repor os prejuízos aos cofres
reais por causa do apoio à guerra dos trinta anos.
• Jean Baptiste Colbert: primeiro ministro e criou as bases do Mercantilismo:
manufatura, navegação e das conquistas territoriais na Ásia e América.
• Período de cultura na França e berço de pensadores e artistas.
• Revogou o Edito de Nantes: muitos huguenotes, boa parte burgueses, fugiram da
perseguição religiosa. Isto arruinou a economia mercantil e abriu caminho para as
críticas ao regime absolutista. : fugiram e formaram a França Antártica (RJ)
• O poder francês na Europa começou a cair nos reinados de Luiz XV e Luiz XVI.
Gastos excessivos da Corte, os impostos eram muitos sobre os burgueses e a
população, além das derrotas militares.
• Guerra dos Sete anos(1756-1763): França enfrentou a Inglaterra disputando o
mercado europeu e áreas para colônias. Perdeu 2 territórios , o Canadá e a Índia.
• Independência dos Estados Unidos (1776-1781): apoio aos EUA o que causou
dificuldades econômicas a França.
• Fatores, criou condições para a Revolução Francesa de 1789 dariam fim ao
Regime francês.
19. O ABSOLUTISMO NA INGLATERRA
• Henrique VII (1485-
1509), fundador da
dinastia dos Tudor, que
assumiu o trono ao final
da guerra das Duas
Rosas. Seus
sucessores ampliaram
os poderes da
monarquia e
diminuíram os poderes
do parlamento inglês.
20. Henrique VIII
• Impôs-se à nobreza enfraquecida
com a Guerra das Duas Rosa,
unificando o país e contrariando
o papado ao fundar a Igreja
Anglicana , um ramo do
protestantismo. Esse conflito foi o
pretexto para que o rei
confiscasse os bens da igreja que
foram distribuídos ou vendidos
aos membros da nobreza. A
medida centralizou ainda mais o
poder nas mãos de Henrique, que
passou a ser também chefe da
Igreja Anglicana, estimulando o
desenvolvimento comercial.
21. Elisabete I(1558-1603)
• Apoiou-se na burguesia protestante
contra a nobreza católica.
• Decapitou sua prima Maria Stuart, rainha
da Escócia: apoiada pelo Papa e por Filipe
II da Espanha.
• Destruiu a Invencível Armada, uma frota
enviada pelos espanhóis para esmagar a
Inglaterra.
• Expansão colonial inglesa, com a
colonização da América do Norte e o
apoio aos atos de pirataria contra navios
espanhóis.
• Grande crescimento econômico:
cresceram a indústria da lã e a
exploração das minas de carvão, o
comércio internacional progrediu,
estimulando a construção naval.
• O avanço da pirataria legitimada pelo
estado(os corsários) sobre os espanhóis e
portugueses trouxe enorme lucro.
Começava uma nova fase na distribuição
do poder entre as nações europeias:
forma de conseguir lucrar sem a posse de
colônias.
22. • Com a morte de Elisabete (1603), chegou ao
fim a dinastia dos Tudor. A rainha não deixou
descendentes. Por isso, o trono inglês foi para
seu primo Jaime, rei da Escócia, que se tornou
soberano dos dois países com o título de
Jai-me I. Iniciou-se, então (1603-1625), a
dinastia dos Stuart, que procurou implantar
juridicamente o absolutismo na Inglaterra.
• Revoluções Inglesas.
24. 1. Introdução
• Para seu fortalecimento, o Estado absolutista precisava
dispor de um grande volume de recursos financeiros
necessários à manutenção de um exército permanente e
de uma marinha poderosa, ao pagamento dos funcionários
reais e à manutenção do aparelho administrativo e ainda
ao custeio dos gastos suntuosos da corte e das despesas
das guerras no exterior.
• A obtenção desses recursos financeiros exigiu do Estado
absolutista uma nova política econômica, conhecida como
mercantilismo.
• I. Média: riqueza básica era a terra
• Idade Moderna: os metais preciosos (ouro e prata)
passaram a ser a nova forma de riqueza.
25. • 2. Conceito: O termo Mercantilismo é
aplicado às doutrinas e práticas econômicas
que vigoraram na Europa de meados do
século XV a meados do século XVIII.
• 3. Objetivos: Fortalecimento do Estado e
Enriquecimento da burguesia mercantil.
26. Características do mercantilismo:
• Metalismo: riqueza era o acúmulo de metais ( conseguido pelo comércio externo,
exploração de territórios conquistado.
• Industrialização: desenvolvimento de indústrias: o produto industrializado era
mais caro do que a e matérias-primas ou gêneros agrícolas. Exportar
manufaturados era certeza de bons lucros.
• Protecionismo Alfandegário: impostos e taxas para evitar ao máximo a entrada de
produtos vindos do exterior.
• Pacto Colonial: colônias deveriam fazer comércio apenas com suas metrópoles.
• Papel da colônia: fornecer matéria Prima que a metrópole não tem e comprar as
manufaturas.
• Balança Comercial Favorável: exportar mais do que importar, desta forma entraria
mais moedas do que sairia, deixando o país em boa situação financeira.
• Intervencionismo estatal: intervenção na economia, empregando diversos meios,
como a fixação de tarifas alfandegárias, estímulos às empresas manufatureiras a
ao industrialismo, controle sobre preços e sobre a quantidade de mercadorias
comercializadas, etc.
27. Tipos de Mercantilismo
• Mercantilismo comercial ou Comercialismo:
expandir o comércio.
• Mercantilismo de plantagem: estímulo a
monocultura agricultura para atender mercado
externo.
• Mercantilismo metalista ou Bulionismo:
acúmulo de metais preciosos.
• Mercantilismo industrial ou Colbertismo:visava
produzir manufaturas para o mercado.
• Mercantilismo Cameralista: exercido por uma
liga de Estados
28. Mercantilismo adotado pelos principais países
da época
• Mercantilismo na Espanha: Bulionismo ou Metalismo: acúmulo de ouro e
prata, não houve preocupação em desenvolverem indústrias.
• Mercantilismo na França: Industrialismo ou Colbertismo: Colbert, vai
tomar uma série de medidas para impedir as importações e dar um
grande impulso a indústria. A França deveria ser autossuficiente e por
isso pretendia acelerar o desenvolvimento industrial para equilibrar a
balança comercial. Este incentivo de Colbert foi realizado através de
premiações a produção, menos taxas e menos impostos. Promoveu o
desenvolvimento de mercadorias de luxo para atender a Espanha e
procurou expandir suas companhias de comércio. (industrial)
• Mercantilismo na Inglaterra: Mercantilismo Comercial,: objetivo era o
desenvolvimento do comércio, comprando barato e vendendo caro,
ganhando no frete, controlando o transporte marítimo dos produtos que
saíam da Inglaterra ou lá entravam pois contavam com uma poderosa
marinha e formando companhias de comércio, como a das Cia das Índias
Orientais, estimulando a prática da pilhagem, acabaram dominando o
comércio internacional. Posteriormente, desenvolveram a indústria
têxtil.(comercial )
29. • Mercantilismo na Holanda: Mercantilismo comercial e industrial.
Ampliaram a industria naval e criaram poderosas companhias de
comércio ., controlaram grande parte do tráfico marítimo
internacional no século XVI. Domínio de mercados orientais de
especiarias apoiados pelo Estado(com o qual se fundiam) e pelo
Banco de Amsterdã. A Companhia das Índias Ocidentais chegou a
promover a ocupação de territórios ocupadas por outros países.
• Mercantilismo no Sacro Império: Mercantilismo Cameralista: não
tinham um Estado unificado para conduzir uma política econômica
mais agressiva e por isso as ligas das cidades mercantis da região se
organizaram para proteger seu comércio marítimo.
Desenvolveram atividades ligadas ao comércio marítimo e às
finanças das Câmaras de Comércio.
• Mercantilismo em Portugal: demonstrou maior flexibilidade na
aplicação do Mercantilismo, passando por aplicar vários tipos.
(plantagem, metalista e comercial)
30. 7. Consequências do Mercantilismo
• A acumulação primitiva de capital que
favoreceu o desenvolvimento do capitalismo.
• Concentração de riqueza no Continente
europeu.
• Submissão das regiões coloniais à metrópole.
• Desenvolvimento da escravidão.
• Pioneirismo industrial inglês.
31. SISTEMA COLONIAL
A implantação do Sistema colonial foi uma das principais consequências do
Mercantilismo e marcou a conquista e a colonização de toda a América
Latina, regiões da Ásia e da África.
• Problema: concorrência entre países: diversos países
passaram a acumular metais preciosos e proteger seus
produtos e obter uma balança comercial favorável.
Surgiu, com isso, um choque de interesses econômicos,
passando a disputar mercados para vender seus
produtos.
• Solução: dominação colonial: cada país dominasse
áreas determinadas, onde pudessem obter vantagens
econômicas exclusivas, ou seja, as colônias. Nelas
poderiam controlar o comércio, impondo preços s
produtos, alcançando o máximo de lucro possível.
32. Conceitos importantes
• Metrópole: país dominador da colônia.
• Colônia: região dominada pela metrópole.
• Pacto colonial: o domínio político-econômico da
metrópole sobre a colônia.
• Regra básica do pacto colonial: a produção da
colônia deveria restringir-se estritamente ao que
a metrópole não tinha condições de produzir, ou
seja, a colônia não poderia concorrer com a
metrópole. Sua função era servir ao
enriquecimento da metrópole.
33. Características básicas do sistema
colonial
• Produção complementar: a economia da
colônia era organizada em função dos
interesses da metrópole.
• Monopólio comercial: só a metrópole
poderia realizar o comércio com a
colônia.
34. Tipos de colônias implantadas
• Colônia de exploração: com produção agrícola
baseada em latifúndios, com produção voltada
para o mercado externo, ênfase na utilização do
trabalho escravo e com um pacto colonial rígido.
• Colônia de povoamento: pequenas
propriedades, desenvolvimento de uma produção
manufatureira voltada para o mercado interno,
utilização do trabalho livre, com laços coloniais
mais brandos.