SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 101
O ABSOLUTISMO
Luís XIV (14):
• Podemos definir o absolutismo como um
sistema político e administrativo que
prevaleceu nos países da Europa, na época do
Antigo Regime (séculos XVI ao XVIII ).
• No final da Idade Média (séculos XIV e XV),
ocorreu uma forte centralização política nas
mãos dos reis. A burguesia comercial ajudou
muito neste processo, pois interessava a ela
um governo forte e capaz de organizar a
sociedade.
Casal de Burgueses:
Burgueses:
• Portanto, a burguesia forneceu apoio político
e financeiro aos reis, que em troca, criaram
um sistema administrativo eficiente,
unificando moedas e impostos e melhorando
a segurança dentro de seus reinos.
• Nesta época, o rei concentrava praticamente
todos os poderes. Criava leis sem autorização
ou aprovação política da sociedade.
• Criava impostos, taxas e obrigações de acordo
com seus interesses econômicos. Agia em
assuntos religiosos, chegando, até mesmo, a
controlar o clero (Igreja) em algumas regiões.
Palácio de Versalhes – França:
• Todos os luxos e gastos da corte eram
mantidos pelos impostos e taxas pagos,
principalmente, pela população mais pobre.
Os pobres não tinham nenhum poder político
para exigir ou negociar qualquer benefício.
• Os reis usavam a força e a violência de seus
exércitos para reprimir, prender ou até
mesmo matar qualquer pessoa que fosse
contrária aos seus interesses ou suas leis.
O Absolutismo na França:
• Se a França serviu de inspiração a outros
regimes absolutistas, o rei Luís XIV foi o rei de
maior poder. Também conhecido como Rei
Sol, Luís XIV governou a França entre 1643 a
1715, período em que promoveu mudanças
na economia, na política, no exército e nos
costumes franceses.
Luís XIV:
• Nos primeiros anos de seu reinado, Luís XIV
permaneceu sob a regência de sua mãe, a
rainha Ana da Áustria - viúva de Luís XIII, que
morreu em maio de 1643.
• Luís XIV assumiu o trono em 1651, aos 13 anos.
De 1651 até o final de seu reinado, governou
sozinho a França, sem nomear um primeiro-
ministro, como era o costume.
• Luís XIV foi um dos maiores exemplos de rei
absolutista, não apenas pelo grande poder
que exerceu, mas por toda a organização
político-social que construiu em torno de si
mesmo. Talvez por isso se explique a famosa
frase atribuída a ele, e que tão bem
representa o espírito do absolutismo: L'État
c'est moi - o Estado sou eu.
Alguns reis absolutistas:
• Henrique VIII - Dinastia Tudor : governou a
Inglaterra no século XVII;
• Elizabeth I - Dinastia Tudor - rainha da
Inglaterra no século XVII ;
Henrique VIII:
Elizabeth I
• Luis XIV - Dinastia dos Bourbons - conhecido
como Rei Sol - governou a França entre 1643 e
1715.
• Fernando de Aragão e Isabel de Castela -
governaram a Espanha no século XVI.
Isabel de Castela e Fernando de
Aragão:
• Muitos filósofos desta época desenvolveram
teorias e chegaram até mesmo a escrever
livros defendendo o poder dos monarcas
europeus.
• Jacques Bossuet : para este filósofo francês o
rei era o representante de Deus na Terra.
Portanto, todos deveriam obedecê-lo sem
contestar suas atitudes.
Jacques Bossuet:
• Nicolau Maquiavel : Escreveu um livro, " O
Príncipe", onde defendia o poder absoluto
dos reis. De acordo com as idéias deste livro, o
governante poderia fazer qualquer coisa em
seu território para conseguir manter o poder.
• É deste escritor a famosa frase : " Os fins
justificam os meios."
Nicolau Maquiavel:
Thomas Hobbes:
• Thomas Hobbes : Este pensador inglês, autor
do livro " O Leviatã ", defendia a idéia de que
o rei tinha o poder de salvar a sociedade de
ser selvagem; porque para ela “todo homem é
mau por natureza”portanto, a população
deveria ceder ao Estado (governo) todos os
poderes.
• A base social do Absolutismo era o privilégio:
honras, riquezas e poderes eram reservados a
um pequeno grupo de pessoas.
• privilégios sociais (acesso exclusivo a cargos
públicos, cargo de oficial no exército, colégios,
roupas melhores...);
• privilégios jurídicos (direito de passar
testamento, tribunais e penas especiais);
• privilégios econômicos (isenções de impostos
que recaíam sobre os pobres).
• O mercantilismo foi a base da economia,
subordinada à política, com muitos impostos
para as importações, busca de mercados
consumidores e aumento do território através
de guerras que empobreciam o país e os
pobres, em contraste com o luxo nas cortes e
palácios.
A corte francesa:
O Palácio de Versalhes:
Os servos:
Algumas Características do
Absolutismo:
• 1 - O Direito divino dos Reis: a autoridade do
rei vem de Deus e a ninguém ele devia
explicação de suas atitudes. Sua pessoa é
sagrada.
• 2 - A unidade política se fundamentava na
unidade religiosa: um Rei, uma Fé, uma Lei.
Quem não seguia a religião do rei era privado
dos direitos políticos (cargos públicos) e civis
(liberdade de domicílio, de trânsito, de
profissão, de propriedade).
• 3 - A Religião do Estado: nos países católicos,
a religião católica era a única permitida. Era
dever do rei defendê-la e promovê-la,
impedindo o proselitismo, a difusão de livros
contrários à religião e considerando os delitos
contra a religião como delitos contra o
Estado.Cumprir os deveres religiosos era
obrigatório para ter direitos civis.
• 4 – Somente a Igreja podia ajudar as pessoas
e ensinar: o Estado não se interessava pela
instrução pública, que ficava nas mãos dos
religiosos. As obras assistenciais também
estavam nas mãos da Igreja, que possuía e
recebia os meios para mantê-las, sendo este
seu grande título de glória.
• 5 - As imunidades dos nobres são estendidas
à Igreja e ao clero.
• Imunidades reais: os bens eclesiásticos eram
isentos de taxas e inalienáveis;
• Imunidades locais: direito de asilo conferido
às Igrejas e edifícios anexos;
• Imunidades pessoais: isenção do serviço
militar, direito de serem julgados por um
tribunal eclesiástico. Era o foro eclesiástico.
• O Mercantilismo ( sistema econômico da
época do Absolutismo)
• interferência dos reis na economia
• valorização do comércio
• o Metalismo ( quanto mais ouro tivesse um
país, mais rico ele seria e o rei mais poderoso)
• • a Balança Comercial favorável (exportar mais do
que importar)
• Protecionismo alfandegário (criação de impostos e
taxas para barrar a entrada de produtos
estrangeiros)
• Exploração das colônias ( exemplo: Brasil foi
explorado por Portugal neste contexto).
O Absolutismo inglês:
• A afirmação do poder real na Inglaterra tem início no
século XVI, com a Dinastia Tudor. Henrique VIII,
segundo rei da série, impôs-se à nobreza, unificou o
país e chocou-se com o papado, o que lhe permitiu
afastar a ingerência do poder universal e, ao mesmo
tempo, assumir o controle da Igreja Anglicana e
confiscar os bens da Igreja Católica.
Henrique VII:
Henrique VIII:
As esposas de Henrique VIII:
• Apesar de ter sido um rei com poderes
absolutos, ter rompido com a Igreja Católica,
criado a sua própria religião e submetido os
nobres ingleses à sua autoridade, Henrique
VIII ficou conhecido na história por ter se
casado seis vezes.
1ª - Catarina de Aragão:
Catarina de Aragão
• Princesa espanhola, Catarina de Aragão tinha
casado com o irmão mais velho de Henrique,
que morreu subitamente.Em 1509, casou-se
com Henrique VIII, num casamento arranjado
pelo pai dele.Ficaram casados até 1533,
quando Henrique VIII decidiu acabar com a
influência da Igreja Católica na Inglaterra e
ficar com as terras e tesouros que pertenciam
à Igreja na Inglaterra.
• Ele pediu ao Papa Clemente VII que
concedesse seu divórcio; quando o Papa se
negou, Henrique VII fez Reforma Religiosa.
Catarina de Aragão foi rainha da Inglaterra por
quase 24 anos e depois de sua substituição,
Catarina continuou agindo de forma digna
apesar de ter sido absurdamente maltratada.
2ª- Ana Bolena:
• Ana Bolena: casou-se em 1534. Deu a
Henrique VIII uma filha, Elizabeth,que depois
seria rainha da Inglaterra. Foi acusada de
infidelidade ao rei. O julgamento de Ana
Bolena foi uma fraude absoluta. Ela era, na
verdade, inocente, mas foi condenada, e
ainda assim morreu com grande dignidade,
decapitada em 1536.
3ª- Jane Seymour:
• Jane Seymor: casou-se com Henrique VIII seis
dias após a execução de Ana Bolena. Jane
Seymour foi a mulher favorita de Henrique,
tanto que ele foi enterrado a seu lado. Jane
produziu o tão esperado primogênito do rei
(Eduardo VI, que reinou mas morreu aos 15
anos, sem se casar). Ela morreu de uma
complicação após o parto.
4ª - Ana de Cléves:
Ana de Cléves:
• Princesa alemã, Henrique casou-se com ela
por motivos políticos, em 1540. Ela não era
bonita e tinha o rosto marcado por cicatrizes
de varíola. O casamento foi anulado pelo
Parlamento 6 meses depois. Ela ficou na
Inglaterra e se comportou com grande decoro.
• Ana recebeu uma generosa soma de dinheiro
e era bem-vinda na corte, onde a chamavam
de “Irmã Amada do Rei”.
5ª - Catherine Howard:
• Catherine Howard: inglesa, casou-se em 1541
e ficou casada com Henrique por 16 meses.
Ele estava com quase 50 anos e ela tinha,
provavelmente, 19. Catherine Howard era
muito indiscreta e admitiu ter tido alguns
casos antes de se casar, um fato que
invalidaria o matrimônio. Há indícios de que
ela manteve amantes,durante o casamento e
acabou pagando por isso com a cabeça.
6ª- Catherine Parr:
• Catherine Parr: inglesa, antes de se casar com
Henrique VIII, em 1543, ela já tinha se casado
e enviuvado duas vezes. Ainda era rainha
quando o rei faleceu, em 1547. Catherine Parr
foi, talvez, a mulher com quem Henrique
deveria ter ficado junto desde o começo. Ela
era virtuosa, astuta e leal
• Enquanto rainha, Catherine Parr procurou
reconciliar o rei com as suas duas filhas, as
princesas Mary e Elizabeth, que ele
considerava bastardas.
Castelo Tower Hill:
Elizabeth I:
• Elizabeth I (1533-1603), rainha da Inglaterra e
da Irlanda (1558-1603), filha de Henrique VIII
e de Ana Bolena. Última representante da
dinastia Tudor a ocupar o trono da
Inglaterra.Em 1558, com a morte de sua meia-
irmã Mary I, a Católica, também conhecida
como Mary Tudor, Elizabeth tornou-se rainha.
• Neste período, a Inglaterra estava dividida
pelo conflito religioso, economicamente
instável e em guerra com a França. Seu
Parlamento aprovou a lei religiosa que mais
tarde se converteria na base da doutrina da
igreja anglicana da Inglaterra.
• Durante todo o seu governo, católicos e
puritanos foram perseguidos.Resolvida a
questão religiosa e terminada a guerra com a
França (Tratado de Cateau-Cambrésis) (1559),
a Inglaterra iniciou seu desenvolvimento
econômico e industrial. Sob o reinado de
Elizabeth I, teve início a regulamentação do
comércio e da industria nacional.
• Graças ao empenho de marinheiros como sir
Francis Drake a Inglaterra destacou-se como
potência marítima.Em 1560, um novo sistema
monetário começou a ser utilizado e o
comércio passou a desenvolver-se segundo
critérios capitalistas. O principal problema
político de Elizabeth I foi sua prima Mary
Stuart da Escócia.
Francis Drake:
• Mary Stuart tinha educação francesa e católica
e era considerada uma ameaça tanto para a
Escócia protestante como para a Inglaterra,
cujo trono ambicionava. Mary Stuart foi
decapitada por ordem de sua prima Elizabeth
I. Sua morte proporcionou a Felipe II da
Espanha mais um motivo para continuar a
guerra com Inglaterra, iniciada em 1585, e a
enviar a Invencível Armada.
Mary Stuart:
• No final do reinado, grandes gastos e abuso
do poder contribuíram para o declínio da
popularidade de Elizabeth I. Não faltam
tentativas de rebelião e atentados à vida da
rainha, mas a ordem social é mantida pelo
terror.
Filipe II:
A invencível Armada:
A invencível Armada:
Francis Drake:
Navio Pirata:
Ilhas do Caribe:
O absolutismo
O absolutismo

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (16)

Absolutismo mercantilismo
Absolutismo   mercantilismoAbsolutismo   mercantilismo
Absolutismo mercantilismo
 
O absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterraO absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterra
 
O absolutismo na frança
O absolutismo na françaO absolutismo na frança
O absolutismo na frança
 
O absolutismo na frança
O absolutismo na françaO absolutismo na frança
O absolutismo na frança
 
Absolutismo na frança e na inglaterra
Absolutismo na frança e na inglaterraAbsolutismo na frança e na inglaterra
Absolutismo na frança e na inglaterra
 
O absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterraO absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterra
 
O absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterraO absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterra
 
Absolutismo
AbsolutismoAbsolutismo
Absolutismo
 
Apresentação o absolutismo ou antigo regi me
Apresentação o absolutismo ou antigo regi meApresentação o absolutismo ou antigo regi me
Apresentação o absolutismo ou antigo regi me
 
Absolutismo
AbsolutismoAbsolutismo
Absolutismo
 
O Absolutismo Inglês - 8o ano
O Absolutismo Inglês - 8o anoO Absolutismo Inglês - 8o ano
O Absolutismo Inglês - 8o ano
 
Absolutismo inglês
Absolutismo inglêsAbsolutismo inglês
Absolutismo inglês
 
Absolutismo inglês
Absolutismo inglêsAbsolutismo inglês
Absolutismo inglês
 
Absolutismo
AbsolutismoAbsolutismo
Absolutismo
 
Absolutismo e mercantilismo
Absolutismo e mercantilismoAbsolutismo e mercantilismo
Absolutismo e mercantilismo
 
12. absolutismo e mercantilismo
12. absolutismo e mercantilismo12. absolutismo e mercantilismo
12. absolutismo e mercantilismo
 

Semelhante a O absolutismo

O absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterraO absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterra
historiando
 
Apogeu do absolutismo
Apogeu do absolutismoApogeu do absolutismo
Apogeu do absolutismo
Kerol Brombal
 
A REVOLUÇÃO INGLESA DO SÉCULO XVII
A REVOLUÇÃO INGLESA DO SÉCULO XVIIA REVOLUÇÃO INGLESA DO SÉCULO XVII
A REVOLUÇÃO INGLESA DO SÉCULO XVII
Isabella Silva
 
Politica e economia no estado moderno
Politica e economia no estado modernoPolitica e economia no estado moderno
Politica e economia no estado moderno
Adriana Gomes Messias
 
Absolutismo 2013
Absolutismo   2013Absolutismo   2013
Absolutismo 2013
historiando
 

Semelhante a O absolutismo (20)

O absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterraO absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterra
 
O absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterraO absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterra
 
Apogeu do absolutismo
Apogeu do absolutismoApogeu do absolutismo
Apogeu do absolutismo
 
Slide Historia: Estado Moderno e o Absolutismo.pdf
Slide Historia: Estado Moderno e o Absolutismo.pdfSlide Historia: Estado Moderno e o Absolutismo.pdf
Slide Historia: Estado Moderno e o Absolutismo.pdf
 
Revolução inglesa
Revolução inglesaRevolução inglesa
Revolução inglesa
 
Resumo absolutismo monárquico
Resumo   absolutismo monárquicoResumo   absolutismo monárquico
Resumo absolutismo monárquico
 
11 ha m4 u2 3
11 ha m4 u2 311 ha m4 u2 3
11 ha m4 u2 3
 
Resumo revoluoesinglesas
Resumo revoluoesinglesasResumo revoluoesinglesas
Resumo revoluoesinglesas
 
A REVOLUÇÃO INGLESA DO SÉCULO XVII
A REVOLUÇÃO INGLESA DO SÉCULO XVIIA REVOLUÇÃO INGLESA DO SÉCULO XVII
A REVOLUÇÃO INGLESA DO SÉCULO XVII
 
Monarquias nacionais frança e inglaterra 2021
Monarquias nacionais frança e inglaterra 2021Monarquias nacionais frança e inglaterra 2021
Monarquias nacionais frança e inglaterra 2021
 
Monarquias nacionais, Absolutismo e Mercantilismo - 7º Ano (2018)
Monarquias nacionais, Absolutismo e Mercantilismo - 7º Ano (2018)Monarquias nacionais, Absolutismo e Mercantilismo - 7º Ano (2018)
Monarquias nacionais, Absolutismo e Mercantilismo - 7º Ano (2018)
 
Absolutismo na França e Inglaterra
Absolutismo na França e InglaterraAbsolutismo na França e Inglaterra
Absolutismo na França e Inglaterra
 
O Antigo Regime Francês
O Antigo Regime FrancêsO Antigo Regime Francês
O Antigo Regime Francês
 
Politica e economia no estado moderno
Politica e economia no estado modernoPolitica e economia no estado moderno
Politica e economia no estado moderno
 
Revoluções Inglesas - século XVII
Revoluções Inglesas - século XVIIRevoluções Inglesas - século XVII
Revoluções Inglesas - século XVII
 
Absolutismo e Mercantilismo
Absolutismo e MercantilismoAbsolutismo e Mercantilismo
Absolutismo e Mercantilismo
 
Slide historia-antigo regime frances
Slide historia-antigo regime francesSlide historia-antigo regime frances
Slide historia-antigo regime frances
 
Slide historia
Slide historiaSlide historia
Slide historia
 
Slide historia
Slide historiaSlide historia
Slide historia
 
Absolutismo 2013
Absolutismo   2013Absolutismo   2013
Absolutismo 2013
 

Mais de Nelia Salles Nantes

Mais de Nelia Salles Nantes (20)

A ditadura militar no brasil 2017
A ditadura militar no brasil   2017A ditadura militar no brasil   2017
A ditadura militar no brasil 2017
 
O período regencial 2017
O período regencial   2017O período regencial   2017
O período regencial 2017
 
Brasil 1945 1964 -
Brasil 1945   1964 -Brasil 1945   1964 -
Brasil 1945 1964 -
 
O 1º reinado
O 1º reinadoO 1º reinado
O 1º reinado
 
A independência do brasil
A independência do brasilA independência do brasil
A independência do brasil
 
A vinda da família real ao brasil
A vinda da família real ao brasilA vinda da família real ao brasil
A vinda da família real ao brasil
 
2 guerra japão e estados unidos - 2017
2 guerra   japão e estados unidos - 20172 guerra   japão e estados unidos - 2017
2 guerra japão e estados unidos - 2017
 
2ª guerra em imagens do dia d ao fim da guerra na europa -2017
2ª guerra em imagens   do dia d ao fim da guerra na europa -20172ª guerra em imagens   do dia d ao fim da guerra na europa -2017
2ª guerra em imagens do dia d ao fim da guerra na europa -2017
 
2ª guerra 1942 a 1945 imagens
2ª guerra 1942 a 1945   imagens2ª guerra 1942 a 1945   imagens
2ª guerra 1942 a 1945 imagens
 
2ª guerra áfrica italia e alemanha
2ª guerra    áfrica italia e alemanha2ª guerra    áfrica italia e alemanha
2ª guerra áfrica italia e alemanha
 
A vinda da família real ao brasil
A vinda da família real ao brasilA vinda da família real ao brasil
A vinda da família real ao brasil
 
A 2ª guerra mundial 2017
A 2ª guerra mundial   2017A 2ª guerra mundial   2017
A 2ª guerra mundial 2017
 
A era napoleônica 2017
A era napoleônica   2017A era napoleônica   2017
A era napoleônica 2017
 
A era napoleônica 2017
A era napoleônica   2017A era napoleônica   2017
A era napoleônica 2017
 
A revolução francesa
A revolução francesaA revolução francesa
A revolução francesa
 
Os regimes totalitários na europa
Os regimes totalitários na europaOs regimes totalitários na europa
Os regimes totalitários na europa
 
A crise de 1929 e o new deal 2017
A crise de 1929 e o new deal   2017A crise de 1929 e o new deal   2017
A crise de 1929 e o new deal 2017
 
O despotismo esclarecido 2017
O despotismo esclarecido   2017O despotismo esclarecido   2017
O despotismo esclarecido 2017
 
O iluminismo 2017
O iluminismo   2017O iluminismo   2017
O iluminismo 2017
 
A república velha 2017
A república velha   2017A república velha   2017
A república velha 2017
 

O absolutismo

  • 3. • Podemos definir o absolutismo como um sistema político e administrativo que prevaleceu nos países da Europa, na época do Antigo Regime (séculos XVI ao XVIII ).
  • 4. • No final da Idade Média (séculos XIV e XV), ocorreu uma forte centralização política nas mãos dos reis. A burguesia comercial ajudou muito neste processo, pois interessava a ela um governo forte e capaz de organizar a sociedade.
  • 7. • Portanto, a burguesia forneceu apoio político e financeiro aos reis, que em troca, criaram um sistema administrativo eficiente, unificando moedas e impostos e melhorando a segurança dentro de seus reinos.
  • 8. • Nesta época, o rei concentrava praticamente todos os poderes. Criava leis sem autorização ou aprovação política da sociedade. • Criava impostos, taxas e obrigações de acordo com seus interesses econômicos. Agia em assuntos religiosos, chegando, até mesmo, a controlar o clero (Igreja) em algumas regiões.
  • 9. Palácio de Versalhes – França:
  • 10. • Todos os luxos e gastos da corte eram mantidos pelos impostos e taxas pagos, principalmente, pela população mais pobre. Os pobres não tinham nenhum poder político para exigir ou negociar qualquer benefício.
  • 11.
  • 12. • Os reis usavam a força e a violência de seus exércitos para reprimir, prender ou até mesmo matar qualquer pessoa que fosse contrária aos seus interesses ou suas leis.
  • 13. O Absolutismo na França: • Se a França serviu de inspiração a outros regimes absolutistas, o rei Luís XIV foi o rei de maior poder. Também conhecido como Rei Sol, Luís XIV governou a França entre 1643 a 1715, período em que promoveu mudanças na economia, na política, no exército e nos costumes franceses.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24.
  • 25. • Nos primeiros anos de seu reinado, Luís XIV permaneceu sob a regência de sua mãe, a rainha Ana da Áustria - viúva de Luís XIII, que morreu em maio de 1643. • Luís XIV assumiu o trono em 1651, aos 13 anos. De 1651 até o final de seu reinado, governou sozinho a França, sem nomear um primeiro- ministro, como era o costume.
  • 26. • Luís XIV foi um dos maiores exemplos de rei absolutista, não apenas pelo grande poder que exerceu, mas por toda a organização político-social que construiu em torno de si mesmo. Talvez por isso se explique a famosa frase atribuída a ele, e que tão bem representa o espírito do absolutismo: L'État c'est moi - o Estado sou eu.
  • 27.
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 33.
  • 34.
  • 35. Alguns reis absolutistas: • Henrique VIII - Dinastia Tudor : governou a Inglaterra no século XVII; • Elizabeth I - Dinastia Tudor - rainha da Inglaterra no século XVII ;
  • 38. • Luis XIV - Dinastia dos Bourbons - conhecido como Rei Sol - governou a França entre 1643 e 1715. • Fernando de Aragão e Isabel de Castela - governaram a Espanha no século XVI.
  • 39. Isabel de Castela e Fernando de Aragão:
  • 40. • Muitos filósofos desta época desenvolveram teorias e chegaram até mesmo a escrever livros defendendo o poder dos monarcas europeus. • Jacques Bossuet : para este filósofo francês o rei era o representante de Deus na Terra. Portanto, todos deveriam obedecê-lo sem contestar suas atitudes.
  • 42. • Nicolau Maquiavel : Escreveu um livro, " O Príncipe", onde defendia o poder absoluto dos reis. De acordo com as idéias deste livro, o governante poderia fazer qualquer coisa em seu território para conseguir manter o poder. • É deste escritor a famosa frase : " Os fins justificam os meios."
  • 45. • Thomas Hobbes : Este pensador inglês, autor do livro " O Leviatã ", defendia a idéia de que o rei tinha o poder de salvar a sociedade de ser selvagem; porque para ela “todo homem é mau por natureza”portanto, a população deveria ceder ao Estado (governo) todos os poderes.
  • 46.
  • 47. • A base social do Absolutismo era o privilégio: honras, riquezas e poderes eram reservados a um pequeno grupo de pessoas. • privilégios sociais (acesso exclusivo a cargos públicos, cargo de oficial no exército, colégios, roupas melhores...);
  • 48. • privilégios jurídicos (direito de passar testamento, tribunais e penas especiais); • privilégios econômicos (isenções de impostos que recaíam sobre os pobres).
  • 49.
  • 50. • O mercantilismo foi a base da economia, subordinada à política, com muitos impostos para as importações, busca de mercados consumidores e aumento do território através de guerras que empobreciam o país e os pobres, em contraste com o luxo nas cortes e palácios.
  • 52. O Palácio de Versalhes:
  • 54. Algumas Características do Absolutismo: • 1 - O Direito divino dos Reis: a autoridade do rei vem de Deus e a ninguém ele devia explicação de suas atitudes. Sua pessoa é sagrada.
  • 55. • 2 - A unidade política se fundamentava na unidade religiosa: um Rei, uma Fé, uma Lei. Quem não seguia a religião do rei era privado dos direitos políticos (cargos públicos) e civis (liberdade de domicílio, de trânsito, de profissão, de propriedade).
  • 56. • 3 - A Religião do Estado: nos países católicos, a religião católica era a única permitida. Era dever do rei defendê-la e promovê-la, impedindo o proselitismo, a difusão de livros contrários à religião e considerando os delitos contra a religião como delitos contra o Estado.Cumprir os deveres religiosos era obrigatório para ter direitos civis.
  • 57. • 4 – Somente a Igreja podia ajudar as pessoas e ensinar: o Estado não se interessava pela instrução pública, que ficava nas mãos dos religiosos. As obras assistenciais também estavam nas mãos da Igreja, que possuía e recebia os meios para mantê-las, sendo este seu grande título de glória.
  • 58. • 5 - As imunidades dos nobres são estendidas à Igreja e ao clero. • Imunidades reais: os bens eclesiásticos eram isentos de taxas e inalienáveis; • Imunidades locais: direito de asilo conferido às Igrejas e edifícios anexos;
  • 59. • Imunidades pessoais: isenção do serviço militar, direito de serem julgados por um tribunal eclesiástico. Era o foro eclesiástico.
  • 60. • O Mercantilismo ( sistema econômico da época do Absolutismo) • interferência dos reis na economia • valorização do comércio • o Metalismo ( quanto mais ouro tivesse um país, mais rico ele seria e o rei mais poderoso)
  • 61. • • a Balança Comercial favorável (exportar mais do que importar) • Protecionismo alfandegário (criação de impostos e taxas para barrar a entrada de produtos estrangeiros) • Exploração das colônias ( exemplo: Brasil foi explorado por Portugal neste contexto).
  • 62. O Absolutismo inglês: • A afirmação do poder real na Inglaterra tem início no século XVI, com a Dinastia Tudor. Henrique VIII, segundo rei da série, impôs-se à nobreza, unificou o país e chocou-se com o papado, o que lhe permitiu afastar a ingerência do poder universal e, ao mesmo tempo, assumir o controle da Igreja Anglicana e confiscar os bens da Igreja Católica.
  • 65. As esposas de Henrique VIII: • Apesar de ter sido um rei com poderes absolutos, ter rompido com a Igreja Católica, criado a sua própria religião e submetido os nobres ingleses à sua autoridade, Henrique VIII ficou conhecido na história por ter se casado seis vezes.
  • 66. 1ª - Catarina de Aragão:
  • 67. Catarina de Aragão • Princesa espanhola, Catarina de Aragão tinha casado com o irmão mais velho de Henrique, que morreu subitamente.Em 1509, casou-se com Henrique VIII, num casamento arranjado pelo pai dele.Ficaram casados até 1533, quando Henrique VIII decidiu acabar com a influência da Igreja Católica na Inglaterra e ficar com as terras e tesouros que pertenciam à Igreja na Inglaterra.
  • 68. • Ele pediu ao Papa Clemente VII que concedesse seu divórcio; quando o Papa se negou, Henrique VII fez Reforma Religiosa. Catarina de Aragão foi rainha da Inglaterra por quase 24 anos e depois de sua substituição, Catarina continuou agindo de forma digna apesar de ter sido absurdamente maltratada.
  • 70. • Ana Bolena: casou-se em 1534. Deu a Henrique VIII uma filha, Elizabeth,que depois seria rainha da Inglaterra. Foi acusada de infidelidade ao rei. O julgamento de Ana Bolena foi uma fraude absoluta. Ela era, na verdade, inocente, mas foi condenada, e ainda assim morreu com grande dignidade, decapitada em 1536.
  • 72. • Jane Seymor: casou-se com Henrique VIII seis dias após a execução de Ana Bolena. Jane Seymour foi a mulher favorita de Henrique, tanto que ele foi enterrado a seu lado. Jane produziu o tão esperado primogênito do rei (Eduardo VI, que reinou mas morreu aos 15 anos, sem se casar). Ela morreu de uma complicação após o parto.
  • 73. 4ª - Ana de Cléves:
  • 74. Ana de Cléves: • Princesa alemã, Henrique casou-se com ela por motivos políticos, em 1540. Ela não era bonita e tinha o rosto marcado por cicatrizes de varíola. O casamento foi anulado pelo Parlamento 6 meses depois. Ela ficou na Inglaterra e se comportou com grande decoro.
  • 75. • Ana recebeu uma generosa soma de dinheiro e era bem-vinda na corte, onde a chamavam de “Irmã Amada do Rei”.
  • 76. 5ª - Catherine Howard:
  • 77. • Catherine Howard: inglesa, casou-se em 1541 e ficou casada com Henrique por 16 meses. Ele estava com quase 50 anos e ela tinha, provavelmente, 19. Catherine Howard era muito indiscreta e admitiu ter tido alguns casos antes de se casar, um fato que invalidaria o matrimônio. Há indícios de que ela manteve amantes,durante o casamento e acabou pagando por isso com a cabeça.
  • 79. • Catherine Parr: inglesa, antes de se casar com Henrique VIII, em 1543, ela já tinha se casado e enviuvado duas vezes. Ainda era rainha quando o rei faleceu, em 1547. Catherine Parr foi, talvez, a mulher com quem Henrique deveria ter ficado junto desde o começo. Ela era virtuosa, astuta e leal
  • 80. • Enquanto rainha, Catherine Parr procurou reconciliar o rei com as suas duas filhas, as princesas Mary e Elizabeth, que ele considerava bastardas.
  • 83. • Elizabeth I (1533-1603), rainha da Inglaterra e da Irlanda (1558-1603), filha de Henrique VIII e de Ana Bolena. Última representante da dinastia Tudor a ocupar o trono da Inglaterra.Em 1558, com a morte de sua meia- irmã Mary I, a Católica, também conhecida como Mary Tudor, Elizabeth tornou-se rainha.
  • 84. • Neste período, a Inglaterra estava dividida pelo conflito religioso, economicamente instável e em guerra com a França. Seu Parlamento aprovou a lei religiosa que mais tarde se converteria na base da doutrina da igreja anglicana da Inglaterra.
  • 85. • Durante todo o seu governo, católicos e puritanos foram perseguidos.Resolvida a questão religiosa e terminada a guerra com a França (Tratado de Cateau-Cambrésis) (1559), a Inglaterra iniciou seu desenvolvimento econômico e industrial. Sob o reinado de Elizabeth I, teve início a regulamentação do comércio e da industria nacional.
  • 86. • Graças ao empenho de marinheiros como sir Francis Drake a Inglaterra destacou-se como potência marítima.Em 1560, um novo sistema monetário começou a ser utilizado e o comércio passou a desenvolver-se segundo critérios capitalistas. O principal problema político de Elizabeth I foi sua prima Mary Stuart da Escócia.
  • 88. • Mary Stuart tinha educação francesa e católica e era considerada uma ameaça tanto para a Escócia protestante como para a Inglaterra, cujo trono ambicionava. Mary Stuart foi decapitada por ordem de sua prima Elizabeth I. Sua morte proporcionou a Felipe II da Espanha mais um motivo para continuar a guerra com Inglaterra, iniciada em 1585, e a enviar a Invencível Armada.
  • 90. • No final do reinado, grandes gastos e abuso do poder contribuíram para o declínio da popularidade de Elizabeth I. Não faltam tentativas de rebelião e atentados à vida da rainha, mas a ordem social é mantida pelo terror.
  • 94.
  • 96.
  • 97.