O documento descreve o absolutismo na Europa entre os séculos XVI e XVIII. O absolutismo concentrou todo o poder político e administrativo nas mãos dos monarcas, legitimado pelo direito divino. Teóricos como Maquiavel, Hobbes e Bossuet defenderam essa doutrina para garantir a ordem e a segurança dos Estados nacionais emergentes.
6. • O absolutismo foi uma doutrina ou regime
político caracterizado pela concentração de
todos os poderes do governo numa só pessoa.
O absolutismo surge na Europa no século XVI
para estabelecer o poder real absoluto em
reação ao feudalismo que caracterizou
diversas monarquias europeias ao longo dos
séculos XVI, XVII e XVIII, em Portugal, França,
Inglaterra e Prússia.
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8. • Segundo o absolutismo, o poder soberano do
Estado é absoluto (isto é, não depende de
qualquer outra autoridade), indivisível (ou
seja, é inteiramente do rei) e perpétuo. Sendo
legitimado pelo direito divino, o absolutismo
não tinha limites, somente deveria manter os
bons costumes e as leis fundamentais do
reino.
11. A origem do Absolutismo:
• No final da Idade Média (séculos XIV e XV),
ocorreu uma forte centralização política nas
mãos dos reis. A burguesia comercial ajudou
muito neste processo, pois interessava a ela
um governo forte e capaz de organizar a
sociedade.
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13. • Portanto, a burguesia forneceu apoio político
e financeiro aos reis, que em troca, criaram
um sistema administrativo eficiente,
unificando moedas e impostos e melhorando
a segurança dentro de seus reinos.
15. • Nesta época, o rei concentrava praticamente
todos os poderes. Criava leis sem autorização
ou aprovação política da sociedade.
• Criava impostos, taxas e obrigações de acordo
com seus interesses econômicos. Agia em
assuntos religiosos, chegando, até mesmo, a
controlar o clero (Igreja) em algumas regiões.
18. • Todos os luxos e gastos da corte eram
mantidos pelos impostos e taxas pagos,
principalmente, pela população mais pobre.
Os pobres não tinham nenhum poder político
para exigir ou negociar qualquer benefício.
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21. • Os reis usavam a força e a violência de seus
exércitos para reprimir, prender ou até
mesmo matar qualquer pessoa que fosse
contrária aos seus interesses ou suas leis.
• Vários filósofos também apoiavam e
justificavam o absolutismo.
22. Os Teóricos do Absolutismo:
• Entre os principais teóricos do absolutismo
estão: Maquiavel, que escreveu o clássico
livro “O Príncipe”, Thomas Hobbes, autor de
“Leviatã”, e Jacques Bossuet, que
escreveu “Política retirada da Sagrada
Escritura”.
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24. • O italiano Maquiavel (1469 – 1527)ficou
conhecido principalmente pelas suas frases
simbólicas para retratar o governo ideal. Ele
defendeu que o Estado para atingir os seus
objetivos não deveria medir esforços, pois “os
fins justificam os meios”.
26. • Uma das alternativas para construir um
governo forte seria a separação entre moral e
política, já que os interesses do Estado
deveriam ser superiores a quaisquer valores
culturais e sociais da nação.
27. • Maquiavel criou a tese de que o Príncipe (o
Líder político) deveria aprender a ser mau
para conseguir manter o poder e, além disso,
defendeu um governo em que os indivíduos
eram vistos como súditos, que deveriam
apenas cumprir ordens.
29. • Thomas Hobbes (1588 – 1679) foi um dos
teóricos mais radicais do absolutismo. Ele
defendeu a tese de que “o homem era o lobo
do homem”, afirmando que os seres humanos
nasciam ruins e egoístas por natureza. Esse
pessimismo perante a humanidade o levou a
propor um acordo político em que as pessoas
conseguiriam conquistar paz e felicidade.
30. • Esse acordo dizia que, para a humanidade
viver em harmonia, ela deveria renunciar aos
seus direitos e transferi-los a um soberano
cujo papel era conter a ousadia do homem em
seu estado de natureza. Hobbes legitimou a
existência do poder do rei afirmando que era
através dele que as pessoas não viveriam em
um cenário de caos e guerra.
32. • Jacques Bossuet (1627 – 1704) foi o teórico
responsável por envolver política e religião em
suas ideias. Ele usou o princípio de que o
poder real era também o poder divino, pois os
monarcas eram representantes de Deus na
Terra. Por isso, os reis tinham que ter controle
total da sociedade.
33. • Por isso, os reis não poderiam ser
questionados quanto às suas práticas
políticas. Assim, o monarca possuía o direito
divino de governar e o súdito que se voltasse
contra ele estaria questionando as verdades
eternas de Deus.