Duas das maiores cooperativas de café do Brasil, Cooparaiso e Cocapec, preveem uma colheita menor neste ano devido à falta de umidade no início do ano, enquanto chuvas fora de época em junho e julho afetaram a qualidade dos grãos. A Cooparaiso estima uma produção 20% menor, enquanto a Cocapec prevê uma produção entre 550 mil e 600 mil sacas, abaixo das 900 mil sacas previstas inicialmente. O clima desregulado também pode levar a uma florada antecipada
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CLIPPING – 20/08/2015
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Cooparaiso e Cocapec preveem menor colheita de café neste ano
Agência Estado
20/08/2015
A falta de umidade no começo deste ano resultou em uma colheita de café menor do que a
esperada no Brasil, enquanto chuvas fora de época em junho e julho estão afetando a
qualidade dos grãos, de acordo com duas das maiores cooperativas de café do País.
A Cooparaiso, segunda maior cooperativa do Brasil, estima
que produtores em sua área colherão um volume 20% menor
do que o previsto no início da safra.
De acordo com o agrônomo Marcelo de Moura Almeida, da
cooperativa, a produção neste ano deve ser de 2,58 milhões
de sacas, ante 2,64 milhões de sacas em 2014. Os números
incluem o volume colhido por produtores da região que não são membros da Cooparaiso.
Já a Cocapec, terceira maior cooperativa de café do País, disse
que a produção deve ficar entre 550 mil e 600 mil sacas, bem
abaixo das cerca de 900 mil sacas previstas no início da
temporada.
Em 2014, a Cocapec recebeu de seus cooperados
aproximadamente 1,4 milhão de sacas, disse o chefe de vendas
da cooperativa, Jandir de Castro Filho.
De acordo com os dois, a colheita nas regiões onde as cooperativas operam está entre 70% e
75% concluída.
O ciclo bienal de produção de café no Brasil já previa uma queda neste ano. Porém, a falta de
chuvas no começo do ano resultou em uma safra ainda menor, disse Castro.
"Os primeiros meses do ano são muito importantes para o desenvolvimento das plantas de
café, e tivemos bem menos chuvas do que o normal em janeiro e fevereiro", disse. "Por isso,
muitos grãos não se desenvolveram completamente."
Uma das maneiras de avaliar se os grãos estão menores ou mais leves é descobrir quantos
litros são necessários para encher uma saca de 60 quilos.
Segundo Almeida, entre 450 e 500 litros de café preenchem uma saca. Neste ano, porém, esse
número chegou a até 550 litros de café. Fonte: Dow Jones Newswires.
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Clima desregulado favorece florada antecipada em parte do cafezal do Brasil
Thomson Reuters
20/08/2015
Roberto Samora
Reuters - O clima desajustado de 2015, com seca
em períodos chuvosos e chuvas em épocas
tradicionalmente mais secas, deverá provocar uma
antecipação de floradas em parte do cafezal do
Brasil, especialmente em lavouras que produziram
pouco na safra atual, num primeiro sinal de uma
ainda incerta colheita de 2016.
Com algumas chuvas rompendo agora uma barreira
de ar quente e seco sobre o Sudeste do país, a
expectativa é de que a partir da semana que vem as
precipitações cheguem com mais frequência à principal região produtora de café do maior
produtor global, permitindo a abertura das primeiras flores, fundamentais para a formação da
safra a ser colhida no próximo ano.
"Acho que as floradas vão ser mais cedo. Em função do clima desregulado durante o ano,
houve uma indução mais prematura das gemas florais, a maioria das lavouras antecipou...
Existem muitas lavouras que, se tiver uma chuva significativa, vai abrir flor", afirmou o
agrônomo Cesar Elias Botelho, coordenador do programa estadual de pesquisa de café da
Epamig, órgão do governo de Minas Gerais, Estado que produz mais da metade do café do
Brasil.
As chuvas previstas ainda trariam alívio após um período seco de elevadas temperaturas entre
o final de julho e meados de agosto, em uma época do ano que deveria ter mais frio. Isso após
um janeiro que viu o prolongamento da seca histórica de 2014 e um inverno mais chuvoso do
que o normal em boa parte da estação.
Segundo Botelho, uma chuva de pelo menos 15 milímetros já seria suficiente para a abertura
das primeiras floradas.
"Boa parcela das lavouras, especialmente aquelas que produziram pouco em 2015, podem
florir com a retomada de chuvas, pois os botões nelas estão adiantados e, em sua maior parte,
podem abrir em flores", ressaltou o agrônomo da Fundação Procafé, José Braz Matiello.
Seria importante, no entanto, que as chuvas esperadas para as próximas semanas tenham
continuidade para o bom pegamento das flores e a formação dos frutos, segundo os
especialistas.
As precipitações ainda não são uma certeza para setembro, pelo contrário. Um período seco
no próximo mês poderia trazer novas preocupações no país que deve registrar em 2015 sua
terceira queda anual consecutiva na safra, para 44,2 milhões de sacas.
"Começaram algumas pancadas de chuva, já que agora terminou o bloqueio atmosférico
(quente), então as frentes frias vão ganhar intensidade. Para a semana que vem, vão ter
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chuvas, meados da semana já tem previsão de chuvas. Elas vão começar a voltar aos poucos,
o problema é que serão muito irregulares", disse o agrometeorologista da Somar Marco
Antônio dos Santos.
Essa situação de chuvas não generalizadas, segundo ele, vai ser o padrão em setembro. Para
Santos, isso não é de todo ruim, até porque a maior parte das áreas de café necessita de
umidade após um período longo sem chuvas. Mas também "não é condição excepcional", uma
vez que a irregularidade climática pode não permitir o pegamento ideal das flores em algumas
áreas.
"Tem muito botão... Dependendo da chuva, já abre alguma coisa, vai depender muito do
volume que vamos ver daqui para frente", completou o agrometeorologista.
O presidente da maior cooperativa de cafeicultores do Brasil, a Cooxupé, Carlos Paulino da
Costa, comentou que a parte do cafezal que está em melhores condições tem potencial para
gerar uma "boa florada". Mas, segundo ele, "é preciso ver a intensidade da chuva, se for
pequena, até prejudica".
O cafezal "está muito desigual, algumas lavouras estão bem vestidas, bonitas, se der chuva em
setembro, outubro, vai proporcionar boa colheita no ano que vem", disse Costa, ressaltando
não ter estimativa do percentual dos cafezais em melhores condições e daqueles
"depauperados" pelo clima, que dificilmente proporcionarão uma boa produção em 2016.
PRÓXIMA SAFRA
Segundo o presidente da Cooxupé, "é muito prematuro" falar sobre a safra do ano que vem.
"Nós não sabemos nem quanto vai dar este ano, vai falar sobre o ano que vem?"
Mas ele ressaltou que o tempo seco recente colaborou para aceleração dos trabalhos de
colheita da safra de 2015, que está na fase final, registrando uma quantidade maior de grãos
pequenos, o que deverá impactar na produtividade da temporada.
Matiello, do instituto de pesquisa Procafé, também concorda que ainda "é cedo" para prever a
safra 2016. "As lavouras estão sentindo (o tempo seco recente), mas por enquanto ainda
pouco, sem comprometer o potencial da safra. Só se atrasar a chuva..."
Botelho, da Epamig, reforçou a ideia. Segundo ele, se não houver uma "chuva significativa" até
15 de setembro, a próxima safra "começa a ficar muito comprometida também".
Café: estiagem afeta regiões produtoras do Brasil e da Colômbia
Agência SAFRAS
20/08/2015
Fábio Rübenich
Nos últimos dois meses, a porção sul do cinturão produtor de café da
Colômbia registrou apenas 15% da média normal de chuvas, enquanto
que no norte houve apenas 30% de precipitação, por conta do El Niño, o
que ameaça a safra principal de café do país, que tem colheita prevista
para o último trimestre do ano.
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"Não estou muito otimista em relação aos próximos dias", disse Donald Keeney, meteorologista
do MDA Weather Services.
Enquanto isso, no oeste de Minas Gerais, no Brasil, praticamente não choveu no último mês,
enquanto que, no centro do estado, choveu apenas 25% da média para o período.
Conforme Keeney, se o quadro não se alterar até o início de setembro, será complicado as
lavouras se recuperarem em relação ao déficit hídrico já com vistas à safra que será colhida em
2016. As informações partem da Bloomberg.
Cepea: colheita de café avança, mas cotações seguem firmes
Cepea/Esalq USP
20/08/2015
A colheita de café arábica caminha para a reta final e as cotações da
variedade estão firmes ou mesmo em alta.
Com isso, produtores consultados pelo Cepea têm se motivado a negociar, o
que eleva a liquidez em muitas praças – até o final de julho, diferentemente, o
mercado estava bastante lento.
Preços internos firmes no período de término de colheita não são atípicos e, neste ano, em que
muitos grãos estão menores que o esperado, podendo impactar no volume final da safra, se
elevam as expectativas de vendedores de que esse cenário se mantenha nos próximos meses.
Um parâmetro mais abrangente do tamanho da safra deve ser publicado pela Conab em
setembro.
Na quarta-feira, 19, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor,
posto em São Paulo, fechou a R$ 464,27/saca de 60 kg, avanço de 6,67% no acumulado
parcial deste mês. (Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br)
Maior quebra de ramos laterais grossos de cafeeiros pela colhedeira mecânica
Fundação Procafé
20/08/2015
J.B. Matiello, engenheiro agrônomo da Fundação Procafé
Observações de campo têm mostrado que os ramos laterais mais grossos, nos cafeeiros,
sofrem mais com quebras pela passagem da máquina colhedora de café.
A colheita mecânica do café é feita através de máquinas, automotrizes ou tracionadas, tendo
como elementos derriçadores dos frutos os rolos munidos de varetas vibratórias.
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Na medida em que os cafeeiros vão envelhecendo, pelo auto-sombreamento ou por causas
diversas, ocorrem perdas de ramos laterais na parte baixa das plantas.
Com maior espaço, os poucos ramos que permanecem nessa área se tornam mais grossos e
emitem vários ramos secundários e terciários, formando um tipo de “moita” lateral na planta.
Com a passagem dos rolos da máquina de colheita, as varetas arrastam esse “bolo” de ramos
para a frente e os ramos grossos, pouco flexíveis, quebram ou se soltam, rasgando mais junto
ao tronco das plantas.
O esqueletamento agrava o problema de quebra de ramos, pois promove maior engrossamento
dos ramos laterais da saia e sua maior bifurcação em secundários e terciários.
Com a colheita mecânica provoca-se, assim, um aceleramento da necessidade de poda mais
drástica dos cafeeiros. No entanto, esse tipo de poda, por recepa, deve ser evitado ao máximo,
admitindo-se, hoje, uma perda de ramos da saia até uma maior altura do tronco da planta.
E, para compensar esta perda, devem ser efetuadas podas mais altas nas plantas, na faixa de
2,5-3,0m, aumentando a ramagem produtiva no topo dos cafeeiros.
A alternativa de esqueletar com corte mais curto dos ramos laterais da saia pode reduzir a
emissão de ramos secundários, com isso reduziria a quebra, no entanto, também diminui a
produção, pelo menor numero de novos ramos emitidos.
Ramos grossos formados na saia do cafeeiro e sua bfurcação em ramos secundários.
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Pode-se ver ramo lateral grosso que foi arrancado pela máquina de colheita.
Ramos grossos no chão, derrubados pela máquina de colheita.
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Kátia Abreu e ministro da Alemanha alinham posição sobre acordo de livre comércio
Mapa - Assessoria de comunicação social
20/08/2015
Priscilla Mendes
A ministra Kátia Abreu e o ministro federal de Alimentação e Agricultura da Alemanha, Christian
Schmidt, alinharam nesta quinta-feira (20) suas posições em relação ao acordo de livre
comércio entre Mercosul e União Europeia, que está em fase de negociação entre os blocos. A
reunião dos dois ministros, que ocorreu na sede do Mapa, está no contexto da visita da
chanceler alemã, Angela Merkel, ao Brasil.
Durante a reunião, a ministra afirmou que a Alemanha é um país “fundamental” na tomada de
decisão sobre o acordo de livre comércio. Destacou que o governo brasileiro é “unânime” sobre
a “importância e a força” que o país germânico dará à proposta. Schmidt, por sua vez,
demonstrou ampla receptividade em estreitar as relações comerciais dos dois blocos.
Kátia Abreu prevê que, com a efetivação do tratado, as exportações do agronegócio brasileiro
cresçam cerca de 20%. “Mas ainda se mantivéssemos apenas o que exportamos hoje, o que
não vai ocorrer, teríamos o enorme benefício de acabar com os impostos. Hoje, temos tarifas
muito altas nas exportações”, assinalou a ministra.
Schmidt disse que Mercosul e União Europeia devem estreitar suas relações comerciais e que
a Alemanha pretende ser um parceiro “de igual para igual”. Ponderou que a competitividade
entre determinados produtos é “natural”, mas destacou a importância de reduzir tarifas de
exportações.
“Sabemos que comércio aberto significa competitividade. Concorrência é uma coisa que
sempre vai existir, temos que achar uma maneira”, disse. “Queremos ser parceiros de igual
importância, de igual para igual, e o segredo é a desoneração de taxas aduaneiras e outras
taxações”, acrescentou o ministro alemão.
Acordo sanitário – A ministra pediu apoio do governo alemão ao acordo sanitário e
fitossanitário apresentado pelo Mapa durante visita à sede da União Europeia, em maio. Pela
proposta, Brasil e países membros do bloco europeu vão harmonizar normas de defesa
agropecuária, conferindo maior agilidade aos trâmites comerciais.
Em setembro, os comissários europeus para Saúde e para Comércio virão ao Brasil para
desenhar o acordo. “Isso não vai influir em taxas. Continuaremos com as mesmas, mas
significa que harmonizaremos procedimentos documentais para exportação e importações”,
explicou Kátia Abreu.
Schmidt apoiou o pleito brasileiro e disse que levará o assunto ao Ministério da Alimentação e
Agricultura da Alemanha e a autoridades da União Europeia. “É importante buscarmos a
simplificação nas regras e na legislação para que todos saibam do que se trata”, observou.
Ao reduzir a burocracia e harmonizar regras, o acordo sanitário poderá contribuir com o amplo
tratado de livre comércio, disse Kátia Abreu. “Podemos quem sabe partir para um prelisting”,
acrescentou a ministra, apontando que carne, frutas, suco de laranja e café poderiam entrar em
um eventual prelisting.
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Kátia Abreu disse ainda ao ministro alemão que espera que a União Europeia reconheça os
estados de Rondônia, Tocantins e o Distrito Federal como zonas livres de febre aftosa –
reconhecimento obtido da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) há 12 anos. “Esses
estados fizeram um esforço imenso para erradicar a doença anos atrás e até hoje não foram
reconhecidos, estando impedidos de exportar carne para o bloco.”
Kátia Abreu e Christian Schmidt demonstraram empenho recíproco em dar prosseguimos a
outras questões, como cooperação em pesquisa por meio da Embrapa, parcerias em
laboratórios de saúde animal e rotulagem.