O documento relata os principais eventos da Paixão, Crucificação e Ressurreição de Jesus à luz do Espiritismo, incluindo sua prisão no Getsemani, negação de Pedro, crucificação no Calvário, aparições após a morte e ensinamentos sobre amor e renúncia.
EADE - O Calvário, a Crucificação e a Ressureição de Jesus
1. Roteiro 10 -
O Calvário, a Cruxificação e a
Ressureição de Jesus
EADE – Livro 1
Modulo 2
2. Objetivos
• Relatar os principais acontecimentos ocorridos no
calvário, na crixificação e na ressureição de Jesus,
interpretando-os à luz do entendimento espírita.
3. • Começa na Sua
prisão no
Getsemani (Horto
das Oliveiras)
• leitura evangelho
(Mt, 26, 45 - Jo,
18 e 19:1-16).
O Calvário de Jesus
4. 320 –Que ensinamentos nos oferece a negação de Pedro?
-A negação de Pedro serve para significar a fragilidade das almas
humanas, perdidas na invigilância e na despreocupação da realidade
espiritual, deixando-se conduzir, indiferentemente, aos torvelinhos mais
tenebrosos do sofrimento, sem cogitarem de um esforço legítimo e
sincero, na definitiva edificação de si mesmas. (O Consolador).
Boa Nova Capítulo 26.
5. A excelsitude do Espírito Jesus é especialmente notada durante
o seu calvário e crucificação. O amor e a renúncia são expressivamente
demonstrados, sobretudo após a traição, a humilhação e o abandono
a que foi submetido.
[...] poucos sabem partir, por algum tempo, do lar tranquilo, ou dos
braços adorados de uma afeição, por amor ao Reino que é o tabernáculo da
vida eterna! Quão poucos saberão suportar a calúnia, o apodo, a indiferença,
por desejarem permanecer dentro de suas criações individuais, cerrando
ouvidos à advertência do Céu para que se afastem tranquilamente!... [...] os
discípulos necessitam aprender a partir e a esperar aonde as determinações
de Deus os conduzam, porque a edificação do Reino do céu no coração dos
homens deve constituir a preocupação primeira, a aspiração mais nobre da
alma, as esperanças centrais do Espírito! (Boa Nova Cap.XII)
8. A ingratidão recebida por Jesus, após os inúmeros benefícios
que proporcionou, nos conduzem a profundas reflexões. Percebemos,
de imediato o sublime amor por todos nós.
[...] o amor verdadeiro e sincero nunca espera recompensas. A
renúncia é o seu ponto de apoio, como o ato de dar é a essência de
vida. [...] Todavia, quando a luz do entendimento tardar no espírito
daqueles a quem amamos, deveremos lembrar-nos de que temos a
sagrada compreensão de Deus, que nos conhece os propósitos mais
puros.[...]
Dando o testemunho real de seus ensinamentos, o Cristo soube ser,
em todas as circunstâncias, o amigo fiel e dedicado. Nas elucidações
de João, vemo-lo a exclamar: — "Já não vos chamo servos, porque o
servo não sabe o que faz o seu senhor; tenho-vos chamado amigos,
porque vos revelei tudo quanto ouvi de meu Pai!" E, na narrativa de
Lucas, ouvimo-lo dizer, antes da hora extrema: — "Tenho desejado
ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes da minha paixão."
9. (..) Jesus, entretanto, ensina às criaturas, nessa hora suprema, a excelsa virtude de
retirar-se com a solidão dos homens, mas com a proteção de Deus. Ele, que
transformara toda a Galiléia numa fonte divina; que se levantara com desassombro
contra as hipocrisias do farisaísmo do tempo; que desapontara os cambistas, no
próprio templo de Jerusalém, como advogado enérgico e superior de todas as
grandes causas da verdade e do bem, passa, no dia do Calvário, em espetáculo para
o povo, com a alma num maravilhoso e profundo silêncio. Sem proferir a mais leve
acusação, caminha humilde, coroado de espinhos, sustentando nas mãos uma cana
imunda à guisa de cetro, vestindo a túnica da ironia, sob as cusparadas dos
populares exaltados, de faces sangrentas e passos vacilantes, sob o peso da cruz,
vilipendiado, submisso.
No momento do Calvário, Jesus atravessa as ruas de Jerusalém, como se estivesse
diante da humanidade inteira, sem queixar-se, ensinando a virtude da renúncia por
amor do Reino de Deus, revelando por essa a sua derradeira lição.
(Boa Nova Cap.XII)
10. • No momento da morte de Jesus, relata o Evangelho que, à hora
sexta, surgiram trevas sobre a Terra, até a hora nona. Jesus, então,
dando um grande grito, expirou. E o véu do Santuário (do Templo) se
rasgou em duas partes, de cima a baixo. O centurião, que se achava
bem defronte dele, vendo que havia expirado deste modo, disse:
“Verdadeiramente, este homem era filho de Deus” (Marcos, 15:33,37-
39).
• Kardec (Gen.Cap.15, it.55) nos elucida que “Jesus é grande pelas
suas obras e não pelos quadros fantásticos de que um entusiasmo
pouco ponderado entendeu de cercá-lo.” e da probabilidade de um
fenômeno natural desta natureza ter se dado, e superestimado pelos
discípulos.
11. • 287 –Numerosos discípulos do Evangelho consideram que o sacrifício do
Gólgota não teria sido completo sem o máximo de dor material para o
Mestre Divino. Como conceituar essa suposição em face da intensidade do
sofrimento moral que a cruz lhe terá oferecido?
-A dor material é um fenômeno como os dos fogos de artifícios, em face dos
legítimos valores espirituais. Homens do mundo, que morreram por uma
idéia, muitas vezes não chegaram a experimentar a dor física, sentindo
apenas a amargura da incompreensão do seu ideal. Imaginai, pois, o Cristo,
que se sacrificou pela Humanidade inteira, e chegareis a contempla-Lo na
imensidão da sua dor espiritual, augusta e indefinível para a nossa
apreciação restrita e singela.
De modo algum poderíamos fazer um estudo psicológico de Jesus,
estabelecendo dados comparativos entre o Senhor e o homem. Em sua
exemplificação divina, faz-se mister considerar, antes de tudo, o seu amor, a
sua humildade, a sua renúncia por toda a Humanidade. (cont...)
12. Examinados esses fatores, a dor material teria significação
especial para que a obra cristã ficasse consagrada? A dor
espiritual, grande demais para ser compreendida, não constitui o
ponto essencial da sai perfeita renúncia pelos homens?
Nesse particular, contudo, as criaturas humanas prosseguirão
discutindo, como as crianças que somente admitem as realidades
da vida de um adulto, quando se lhe fornece o conhecimento
tomando por imagens o cabedal imediato dos seus brinquedos.
13. Ainda na tormenta dos seus últimos instantes, seu ânimo era de
paciência, de benignidade, de compaixão. Já pregado na cruz, tendo o
corpo e a alma lanceados, com os pregos a lhe dilacerarem as carnes, e
os acúleos da ingratidão a lhe ferirem o espírito, vendo a seus pés,
indiferentes ou raivosos, aqueles a quem abençoara, protegera,
ensinara e curara, pedia ao Pai que lhes perdoasse, porque eles não
sabiam o que estavam fazendo. E assim partiu o Salvador da
Humanidade. Este homem, este herói, este mártir, este santo, este
Espírito excelso foi que regou com suas lágrimas e seu sangue a árvore
hoje bendita do Cristianismo. (O Consolador)
16. • Todos os evangelistas narram as aparições de Jesus, após sua
morte, com circunstanciados pormenores que não permitem se
duvide da realidade do fato. Elas, aliás, se explicam perfeitamente
pelas leis fluídicas e pelas propriedades do perispírito e nada de
anômalo apresentam em face dos fenômenos do mesmo gênero,
cuja história, antiga e contemporânea, oferece numerosos
exemplos, sem lhes faltar sequer a tangibilidade. Se notarmos as
circunstâncias em que se deram as suas diversas aparições, nele
reconheceremos, em tais ocasiões, todos os caracteres de um ser
fluídico. (Genese, Cap.15, it.6)
17.
18. • Jesus [...] essa alma poderosa, que em nenhum túmulo poderia ser
aprisionada, aparece aos que na Terra havia deixado tristes,
desanimados e abatidos. Vem dizer-lhes que a morte nada é. Com a
sua presença lhes restitui a energia, a força moral necessária para
cumprirem a missão que lhes fora confiada.
• As aparições do Cristo são conhecidas e tiveram numerosos
testemunhos. Apresentam flagrantes analogias com as que em
nossos dias são observadas em diversos graus, desde a forma
etérea, sem consistência, com que aparece à Maria Madalena e que
não suportaria o mínimo contato, até a completa materialização, tal
como a pôde verificar Tomé, que tocou com a própria mão as chagas
do Cristo. (Espiritismo e Cristianismo, Cap.5).
19.
20. • Jesus aparece e desaparece instantaneamente. Penetra numa casa a
porta fechadas. Em Emaús conversa com dois discípulos que o não
reconhecem, e desaparece repentinamente. Acha-se de posse desse corpo
fluídico, etéreo, que há em todos nós, corpo sutil que é o nvólucro
inseparável de toda alma e que um alto Espírito como o seu sabe dirigir,
modificar, condensar, rarefazer à vontade. E a tal ponto o condensa, que se
torna visível e tangível aos assistentes.
• O Cristianismo não é uma esperança, é um fato natural, um fato apoiado
no testemunho dos sentidos. Os apóstolos não acreditavam somente na
ressurreição; estavam dela convencidos. [...] O Cristo, porém, lhes
apareceu e a sua fé se tornou tão profunda que, para a confessar,
arrostaram todos os suplícios. As aparições do Cristo depois da morte
asseguraram a persistência da ideia cristã, oferecendo-lhe como base todo
um conjunto de fatos.(Espiritismo e Cristianismo, Cap.5).