2. AS MUDANÇAS NO BRASIL EM FINS DO SÉCULO
XIX
Os anos finais do Império foram tempos de grandes transformações.
Crescimento das cidades, impulsionadas pela expansão da lavoura do café.
As ferrovias substituíram o transporte feito por carros de bois e por barcaças;
modernização dos processos de beneficiamento do açúcar e do café.
Instaladação indústrias de tecidos, de calçados, de chapéus, de alimentos, de
metalurgia e de construção naval.
Aumentou o movimento financeiro e comercial, especialmente na Corte, ou
seja,
na cidade do Rio de Janeiro, cujo porto era, então, o mais movimentado do país.
A escravidão fora abolida.
3. CAUSAS
Nesse momento, a ideia de república associa-
se à ideia de civilização e progresso, ideia é
muito importante para os homens e mulheres
do final do século XIX e início do XX.
As últimas décadas do império foi também
um momento de muitas tensões. Religiosos,
militares, profissionais liberais, cafeicultores e
muitos outros grupos se opuseram a D. Pedro
II. Um dos pontos de conflito foi a questão da
abolição da escravidão.
4. QUESTÃO RELIGIOSA
Nos últimos anos de seu governo, D. Pedro foi
alvo de severas críticas por parte da Igreja
Católica.
O papa publicou um decreto contra a
participação de membros da Igreja Católica na
maçonaria, o que foi prontamente seguido pelos
bispos de Olinda e Belém.
D.Pedro II não só anula o decreto como prende
os bispos, causando um mal estar com a Igreja.
5. QUESTÃO MILITAR
Os militares, principalmente após a Guerra
do Paraguai também posicionaram-se
contrários ao governo monárquico.
Desejosos de maior participação na política
do país, eles se opunham ao veto
imperador na participação de militares em
tais questões
6. O PARTIDO REPUBLICANO PAULISTA
Em 1870, a discussão a respeito da criação de uma
república no Brasil ganha contornos mais definidos
com a fundação do Partido Republicano Paulista,
também conhecido como PRP, e a publicação do
Manifesto Republicano.
Os republicanos concordavam com uma coisa: todos
queriam a República, mas os grupos que defendiam o
regime republicano não eram homogêneos nem tinham a
mesma visão sobre a organização do novo regime.
Grosso modo havia duas visões opostas: a dos militares -
e aqui falo do exército - e a dos grandes proprietários,
sobretudo dos cafeicultores.
7. MILITARES
Defendiam um modelo republicano baseados
nas ideias do positivismo e os outros tinham
uma visão mais liberal, próxima da república
norte-americana, conhecida como federalismo.
A República deveria garantir a ordem e o
progresso do Brasil. Eles entendiam como
progresso a "modernização da sociedade
através da ampliação dos conhecimentos
técnicos, do crescimento da indústria, da
expansão das comunicações"
8. OS GRANDES PROPRIETÁRIOS
Defendiam descentralização política, dando
às províncias a autonomia para contrair
empréstimos, criar impostos, criar leis, etc.
9. O 15 DE NOVEMBRO
Em novembro de 1889, um golpe militar dirigido
pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca
obrigou D. Pedro II a abdicar. Foi assim que, no
dia 15 de novembro daquele ano, foi
Proclamada a República do Brasil, no Rio de
Janeiro.
Sem participação popular, a República resulta
de um movimento das elites. Num primeiro
momento, os militares (em especial os
positivistas) vão ser o principal grupo no poder.
Mas em um momento posterior, crise
econômica e motins militares levaram à retirada
deles do poder e a ascensão dos cafeicultores
e demais oligarquias regionais.