2. Estética Geral
• Retorno aos
Clássicos (greco-romanos)
e à
mitologia.
• Valorização da vida
campestre
• Uso e valorização da
razão ao invés de
sentimentalismo
• Mito do bom
Selvagem (Jean
Jaques-Russeau)
Imagem ao fundo: “Pastoral de outono”, de
François Boucher (1749)
3. Estética árcade
• Baseado na arte clássica (neoclássico)
• Formas clássicas (soneto, lira, versos
decassílabos (10) ou alexandrinos (12)
• Bucolismo (valorização da vida campestre)
• Personificação de elementos da natureza,
presença dos deuses e figuras mitológicas
• Uso de pseudônimos na produção
• Racionalidade e objetividade, anulando as
emoções e o sentimentalismo.
4. Estética árcade
• Aureas Mediocritas (vida simples, sem luxo,
modesta)
• Inutilia Truncat (evitar o inútil, o excesso, o
rebuscamento vocabular do barroco – uso de
linguagem mais simples)
• Fugere Urbem e Locus Amoenus(fuga da
cidade e valorização da vida no campo)
• Carpe Diem (“aproveitar o dia”, o máximo da
vida).
5. ................
Influência
• Segunda metade do século XVIII
• Iluminismo
• Mitologia greco-romana
• Revoluções e movimentos de independência
6. ................
Autores
No Brasil
• Cláudio Manoel da Costa, autor de Marília de Dirceu e Cartas
Chilenas
• Tomás Antonio Gonzaga, autor de Obras Poéticas e Vila Rica
• Santa Rita Durão, autor de Caramuru
• Basílio da Gama, autor de O Uraguai
7. ................
Obras &
Temas
• Poesia Lírico-amorosa, tematizando o amor do “eu´-lírico pastor e
sua amada, como em Marília de Dirceu.
• Poesia épica, usando o indígena e o europeu como personagens
centrais, observando sua aproximação e convivência, como em
Caramuru e O Uraguai.
• Poesia satírica, que tem tons de denúncia e crítica severa, tendo
como tema central a política, como em Cartas Chilenas.
8. Cartas Chilenas
• Critilo conta ao amigo Doroteu, as peripécias
e atitudes despóticas do governador chileno
Fanfarrão Minésio (que correspondia ao Luís
da Cunha Meneses, governador de Minas
até acontecer a Inconfidência Mineira).
"Assim o nosso chefe não descansa
De fazer, Doroteu, no seu governo,
Asneiras sobre asneiras e, entre as muitas,
Que menos violentas nos parecem,
Pratica outras que excedem muito e muito
As raias dos humanos desconcertos.”
9. Marília de Dirceu
• Marília é a pastora e amada de Dirceu. Este lhe faz grandes
discursos sobre a vida no campo, oferecendo-lhe as
vantagens de estar ao seu lado, em um casebre que não falta
nada, nem comida, nem vestes e nem amor.
Lira I
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
De tosco trato, d’ expressões grosseiro,
Dos frios gelos, e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal, e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!
10. ................
Arcadismo
Hoje
Simplicidade
Pato Fu
Vai diminuindo a cidade
Vai aumentando a simpatia
Quanto menor a casinha
Mais sincero o bom dia
Mais mole a cama em que durmo
Mais duro o chão que eu piso
Tem água limpa na pia
Tem dente a mais no sorriso