Este caso clínico descreve uma paciente de 71 anos com histórico de paralisia facial após AVC que causou retração palpebral e lagoftalmo. O documento detalha os sintomas da paciente, como assimetria facial e impossibilidade de fechar a pálpebra superior, e o diagnóstico e tratamento proposto, que inclui proteção ocular, aplicação tópica de colírios e cirurgia para colocação de peso de ouro na pálpebra superior.
2. IOF, 71 anos, sexo feminino, branca.
História de paralisia facial há 6 anos após ACV isquêmico,
cursando com retração palpebral e lagoftalmo. Fez
fisioterapia com melhora parcial do quadro, veio ao serviço
com indicação de avalaiação e conduta quando a exposição
ocular.
Caso 1.
3. Assimetria facial.
Desvio da comissura labial.
Apagamento de rugas da região frontal e sulco nasogeniano.
4. Caso 1.
Pálpebra superior: retração,
impossibilidade de fechamento
palpebral (lagoftalmo). Músculo
orbicular parético, com supremacia
do músculo levantador da pálpebra.
5. Caso 1.
Pálpebra inferior: há frouxidão e
atonia, que piora o lagoftalmo com
impossibilidade de levantamento
da pálpebra.
Vias lacrimais: insuficiência de
drenagem.
Há ectrópio do ponto lacrimal,
impedindo o funcionamento da
bomba lacrimal.
6. Diagnóstico
Análise do quadro clínico.
Exame oftalmológico: Acuidade visual, intensidade do
lagoftalmo, estudo do filme lacrimal, fênomedo de Bell e
avaliação da integridade corneana.
7. Tratamento
Clínico: Proteção corneana.
LA (sem conservantes), Gel no período noturno.
Oclusão palpebral com micropore.
Oclusão do ponto lacrimal com plug de silicone.
Toxina Botulínica na indução ptose temporária ( 46dias).
Estrabismo e diplopia são possíveis efeitos colaterais.
19. Bibliografia
Basic and clinical science course 2012-2013- American Academy of
Ophthalmology. San Francisco:American Academy of Ophthalmology;
2012.
Complications of gold weight eyelid implants for treatment of fifth and
seventh nerve paralysis. Dinces EAI, Mauriello JA Jr, Kwartler JA,
Franklin M.
Notas do Editor
Paralisia do músculo orbicular, levando a ao lagoftamo.
Palpebra inferior: há exposição
Palpebra inferior: há exposição
A intensidade do lagoftalmo deve ser avaliada pedindo-se ao paciente que pisque normalmente, e em seguida que pisque realizando esfoço máximo de força. A medida vertical do laogftalmo com a régua milimetrada na direção da pupila é uma forma objetiva de acopanhar se há ou não melhora do fechamento palpebral .
Anális do filme atraves do teste de schirmer e tempo de ruptura do filme lacrimal. O primeiro avalia o quantidade de lagrima e o segundo o tempo de ruptura e evaporacao
Escolha é feita através de sua fixação e centragem previa na palpebra superior com tinta benjoim. Peso ideal deixar a palpebra superior 2 mm abaixo do limbo, quando o olho estiver abeto proporcionar fechamento palpebral completo ao piscar. O peso é colocado anterior a placa tarsal e posterior ao musculo musculo orbicular.
Incisão no sulco palpebral.
INCISAO CUTANEA E DISSECCAO DO MUSCULO ORBICULAR, FIXACAO DO PESO NO TARSO COM SEDA 6.0, SUTURA DO ORBICULAR COM VYCRIL 6.0, SUTURA DE PELE COM DEA 6
Músculo orbicular é fechado com 3-4 suturas simples de vycril 6,0
INCISAO CUTANEA E DISSECCAO DO MUSCULO ORBICULAR, FIXACAO DO PESO NO TARSO COM SEDA 6.0, SUTURA DO ORBICULAR COM VYCRIL 6.0, SUTURA DE PELE COM DEA 6