O documento discute trauma ocular ocupacional por corpos estranhos superficiais na córnea. A maioria dos pacientes atendidos eram homens que sofreram pequenos traumas na superfície da córnea no trabalho. O documento fornece detalhes sobre a anatomia da córnea, sintomas, diagnóstico e tratamento desse tipo de lesão.
2. +
Trauma ocular ocupacional por
corpo estranho superficial
Durante o periodo de 18 meses foram atendidos 713 pacienteś
vitimas de trauma ocupacional provocados por corpos estranhoś
superficiais. O termo trauma ocupacional e abrangente, incluindó
trabalhadores formais e informais, descartando atividades que naõ
fossem habitualmente desenvolvidas pelos pacientes. Do total
destes, 96,21% eram do sexo masculino e 3,79% do sexo feminino.
4. +Anatomia
Diâmetro corneano médio é 11,5mm (na
vertical) e 12 mm (na horizontal). 42 D
( 2/3 do poder optico total )́
Epitelio: estratifiado, escamoso, não-
queratinizado.
Camada de bownman: camada acelular do
estroma.
Estroma: 90% da espessura da cornéa.
Constituido por fibrilas de colágeno e
fibrolastos modificados (queratinóciotos)
Membrana de Descemet: fibras colágenas.
Endotélio: Camada única de células não
hexagonais que não se regeneram. Adulto
possui aproximadamente 2.500
célular/mm2.
5. +
A córnea é o tecido mais densamente inervado no
corpo. A inervação sensorial se dá pela primeira divisão
do nervo trigêmeo. Em olhos com abrasão corneanas o
estímulo direto sobre estes terminais nervosos causa a
dor, lacrimejamento reflexo e fotofobia.
AUSENCIA VASCULARIZACAÔ ̧ ̃
Devido ao fato do tecido ser demasiado compacto para
que os vasos o penetrem . Presenca de uma substancia̧ ̂
secretada pelo estroma e que inibe o crescimento
vascular .
6. +
Princípios de Conduta.
A avaliação inicial deve ser realizada na seguinte ordem:
Determinação da natureza e a extensão de quaisquer
problemas que ameacem a vida.
Histórico da lesão, incluindo as circunstâncias, tempo e tipo
de objeto.
Exame completo de ambos os olhos e órbitas.
7. +
Sintomas
Sintomas típicos são: olho vermelho, dor, lacrimejamento e
sensação de corpo estranho.
Visão borrada, fotofobia, dor no movimento ocular.
8. +
Corpos estranhos superficiais
SUBTARSAIS:
Pequenos corpos estranhos,
tais como particulas de aço,
carvão ou areia,
frequentemente atingem a
superfície corneana ou
conjutival. Podem ser lavados
pelo filme lacrimal e levados
ate o sistema de drenagem
lacrimal, ou adereir a conjutiva
tarsal superior e provocar
abrasão da córnea a cada
movimento do reflexo de
piscar
10. +
Corneanos
Infiltração leucocítica pode se
desenvolver em torno do corpo
estranho após algum tempo.
Quando se permite permanência
de um corpo estranho, há risco
de infecção secundária e
ulceração de córnea.
Corpos estranhos ferruginosos
mesmo com poucos dias de
duração, geralmente resultam em
impregnação de ferrugem no
leito da abrasão.
12. +
Conduta:
O corpo estranho é removido sob a visualização com
lâmpada de fenda usando agulha estéril calibre 26.
Remoção magnética pode ser usada em corpos estranhos
metálicos localizados mais profundamente.
O “anel de ferrugem” é facilmente removido com uma
“lanceta” estéril, se disponível.
Pomada antibiótica é instilada juntamente com um
cicloplégico e ou cetorolac, para promover conforto.
13. +
Complicações.
A presença de secreção purulenta, infiltrado ou uveíte
significativa deve levantar suspeita de infecção bacteriana
secundária a ser tratada como uma úlcera de córnea.
Corpos estranhos metálicos geralmente são estéreis, mas
corpos estranhos orgânicos e minerais acarretam um alto
risco de infecção.
14. +
Diagnósticos Diferencial
Úlcera de Córnea- em pacientes que ultilizam lentes de
contato.
Glaucoma agudo.
Uveítes/ Esclerites
Celulite orbital
15. +
Paciente jovem, sexo masculino, submetido a tensão
emocional recente, relata surgimento de mancha escura e
fixa em seu campo visual central do olho esquerdo, além de
metamorfopsia sem dores ou causa aparente. Seu
diagnóstico mais provável é:
a) ceratite herpética;
b) corpo estranho na córnea;
c) distrofia endotelial;
d) coroidopatia central serosa;
e) uso de cloroquina