2. Introdução
A bronquiolite obliterante (BO) é uma síndrome
clínica caracterizada por obstrução crônica das
pequenas vias aéreas.
Processo final comum de várias injúrias pulmonares.
Várias causas: vírus, germes atípicos ou bactérias,
aspiração de corpo estranho ou conteúdo gástrico,
inalação de toxinas, colagenoses e após transplante
de pulmão ou de medula óssea.
Em mais de 1/3 a causa é desconhecida.
Champs NS et al. J Pediatr (Rio J). 2011;87(3):187-198
3. Etiologia
Adenovírus: especialmente sorotipos 3, 7, 11 e 21.
Vírus do sarampo
Influenza
Parainfluenza
Vírus sincicial respiratório (VSR)
Mycoplasma
Bactérias (?)
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5. Fatores de risco
BO
Carga viral
Resposta
imunológica
Fatores
genéticos
Fatores
ambientais
Champs NS et al. J Pediatr (Rio J). 2011;87(3):187-198
6. Fatores de risco (em estudos)
BVA por Adenovírus
Hospitalização por mais de 30 dias
Pneumonia multifocal
Ventilação mecânica/Hipercapnia (?)
IgE elevada (??)
Colom AJ et al. Thorax. 2006;61:503-6.
Murtagh P et al. Pediatr Pulmonol. 2009;44:450-6.
Zhang L et al. Pediatr Pulmonol. 2000;29:341-50.
7. Patogenia
Lesão aguda das
células do
epitélio
respiratório
Necrose do
epitélio
bronquioliar
Infiltrado
inflamatório
peribronquial,
intraepitelial e
intesticial
Champs NS et al. J Pediatr (Rio J). 2011;87(3):187-198
8. CD3+T, CD8+T
IL6, IL8, TNFα
Imunocomplexos
Neutrófilos
BO
Patogenia (em estudo)
Champs NS et al. J Pediatr (Rio J). 2011;87(3):187-198
9. Alterações anatomo-patológicas
Cicatrização intraluminal, ao invés do processo de reparo
normal.
Dois tipos histológicos:
Bronquiolite constrictiva (97% dos casos)
Bronquiolite proliferativa.
Champs NS et al. J Pediatr (Rio J). 2011;87(3):187-198
10. J Pediatr (Rio J) 2000;76(3):185-92
Comparação entre BO e BOOP
11. Manifestações clínicas
Criança previamente sadia
Infecção aguda, geralmente grave
Persistência dos sintomas por mais de 4-8 semanas.
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13. Síndrome de Swyer-James ou MacLeod
“Embora a síndrome de Swyer-
James ou MacLeod esteja dentro
do espectro da BOPI, não há
estudos que a diferenciem das
formas típicas de BOPI, porém o
quadro clínico dessa síndrome
parece ser mais brando”
(Fischer GB, comunicação pessoal).
J. bras. pneumol. vol.30 no.1
São Paulo Jan./Feb. 2004
Champs NS et al.
J Pediatr (Rio J). 2011;87(3):187-198
14. Exames complementares
Radiografia de tórax (ins/exp)
TCAR
Provas de função respiratória
Cintilografia perfusional e inalatória
Broncoscopia
Biópsia pulmonar
Avaliação cardiovascular
Champs NS et al. J Pediatr (Rio J). 2011;87(3):187-198
15. Alterações tomográficas em 250 crianças e adolescentes
Fischer GB et al. Paediatr Resp Rev. 2010;11:233-9
16.
17. Champs NS et al. J Pediatr (Rio J). 2011;87(3):187-198
18. Champs NS et al. J Pediatr (Rio J). 2011;87(3):187-198
19. Critérios diagnósticos
História de bronquiolite/pneumonia viral aguda grave em uma
criança previamente saudável antes dos 3 anos de vida;
Evidência de obstrução persistente de via aérea após o evento
agudo, identificada por exame físico e/ou função pulmonar.
Achados radiológicos de doença pulmonar obstrutiva tais
como hiperinsuflação, atelectasias, espessamento brônquico e
bronquiectasias;
Padrão de perfusão em mosaico e aprisionamento aéreo na
tomografia computadorizada de tórax;
Exclusão de outras doenças (diagnóstico diferencial)
Champs NS et al. J Pediatr (Rio J). 2011;87(3):187-198
20. Exames para diagnóstico diferencial
Dosagem de cloretos no suor
Teste tuberculínico
Imunoglobulinas séricas
Dosagem de α1 antitripsina
pHmetria
Ecocardiograma
Broncoscopia
Outros
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21. Tratamento
Medidas gerais de suporte
Corticóides
Broncodilatadores
Antibióticos
Outros medicamentos
Cirurgia e transplante pulmonar
22. Prognóstico
Geralmente curso crônico e não progressivo
Tendência a melhora evolutiva
Permanece intolerância a exercícios
Episódios de sibilância
Alterações persistentes ao exame físico
Deformidade torácica
Bronquiectasias
Evolução funcional incerta: manutenção ou piora
23. Pontos principais
BO é uma DPOC que ocorre em crianças após infecção viral
do trato respiratório inferior, adquirida principalmente
durante os 2 primeiros anos de vida.
Infecção por Adenovírus e ventilação mecânica são os 2
principais fatores de risco.
O diagnóstico deve se baser em dados clínicos,
epidemiológicos, microbiológicos e exames de imagem.
A fução pulmonar se caracteriza por obstrução moderada a
grave e diminuição do consumo de O2 durante exercício.
Seguimento requer equipe multidisciplinar.
Fischer GB et al. Paediatric Respiratory Reviews 11 (2010) 233–239