4. Conhecimento Científico
“É a tentativa de descrição da realidade como percebida
pelos sentidos e interpretada pela razão humana.”
Conhecimento
científico
Evidência
empírica
Raciocínio
lógico
5. A B C D
Na figura abaixo há quatro cartas e a metade de cada uma
delas está escondida por uma máscara preta. Quais (ou qual)
dessas máscaras devem ser removidas para responder a
seguinte pergunta:
“É verdade que sempre que há um círculo no lado
esquerdo, também há um no lado direito?”
Um desafio científico
7. Roteiro:
metodologia
• classificação das pesquisas;
• referencial teórico;
• pressupostos metodológicos;
• hipóteses / questões norteadoras; e
• coleta , análise e interpretação de dados.
8. Descreve detalhadamente os procedimentos de condução
da pesquisa.
Consta do Projeto e é atualizada no Relatório de Pesquisa
Metodologia
No projeto, visa subsidiar a análise de viabilidade da
pesquisa, bem como orientar sua posterior execução.
No relatório de pesquisa, visa conferir verificabilidade à
pesquisa.
9. “É um roteiro comentado, de forma detalhada, das
decisões e procedimentos estabelecidos na pesquisa”
Pantoja
Metodologia
É um texto (em geral um capítulo) estruturado para
responder às questões como?, com quê?, onde?, quanto?
relativas à pesquisa em questão.
10. Elementos constituintes da metodologia
(de um modo geral)
Referencial
Teórico
Hipóteses ou
Questões
Norteadoras
Tipo de
Pesquisa
Técnicas de
Coleta e análise
de dados
Pressupostos
Metodológicos
11. Classificação das Pesquisas
(Tipos de Pesquisa)
Finalidade NaturezaObjetivos
Procedi
mentos
Local
de
Realização
Básica
Aplicada
Qualitativa
Quantitativa
DIMENSÕES
Exploratória
Descritiva
Explicativa
Bibliográfica
Documental
Experimental
Campo
Laboratório
Outros
12. Pesquisas quanto ao objetivo
EXPLICATIVA
DESCRITIVA
EXPLORATÓRIA
Abrangência
Profundidade
Sondagem
Descrições/
Correlações
Causas (porquês)
13. • tem por objetivo desenvolver, esclarecer e modificar
conceitos e idéias para estudos posteriores; e
• é usada quando o tema é pouco explorado e torna-se
difícil formular problemas precisos.
Características da Pesquisa Exploratória
14. Pesquisa Exploratória - Um exemplo
No Brasil, as atividades de pós-graduação nasceram da urgência e
necessidade de titulação dos docentes universitários e sua
correspondente qualificação como pesquisadores. Estudos têm
evidenciado que a pós-graduação se constitui como o setor mais
bem-sucedido de todo o sistema educacional brasileiro,
concentrando-se nesses cursos quase toda a capacidade de
pesquisa nacional, da qual depende a formação de pesquisadores e
docentes. Entretanto, o sistema de pós-graduação, como todo o
restante do sistema de ensino brasileiro, tem sofrido críticas.
Observa-se o descumprimento das diretrizes e resoluções que
versam sobre o funcionamento dos cursos, havendo relatos, na
literatura especializada, sobre a existência de professores
despreparados para a atividade de orientação, excesso de alunos
orientandos por professores orientadores
e carência de orientadores com tempo e disponibilidade para este
fim. Como conseqüência deste quadro, os textos oficiais exprimem
uma preocupação com a qualidade do produto e com as soluções
que vêm sendo tomadas.
Geraldo Alemandro Leite Filho - FEA-USP
Gilberto de Andrade Martins - FEA-USP
15. Pesquisa Exploratória
Um exemplo
“Quais as influências da relação Orientador-Orientando
no processo de produção de teses e dissertações?”
Resultados possíveis (entre outros)
16. Características da Pesquisa Descritiva
Tem por objetivo primordial a descrição e a interpretação
da realidade, sem inferir relações de causalidade.
17. Pesquisa Descritiva
Existência de um fenômeno
“Pós-graduandos longe do convívio com seus familiares
apresentam baixo desempenho acadêmico?” (Existe X)
Descrição e classificação de um fenômeno
“Quais as características do baixo desempenho
acadêmico apresentado por pós-graduandos longe do
convívio com seus familiares?” (Assumindo que existe X,
quais suas características)
18. Pesquisa Descritiva
Aspectos relacionais de um fenômeno
“A qualidade do contato orientador-orientando está
relacionada com o grau de evasão dos pós-graduandos?”
(Existe relação entre X e Y)
Descrições e comparações de elementos de um
fenômeno
“Existe diferença entre pós-graduandos masculinos e
femininos no desempenho acadêmico?” (X é diferente de
Y?)
19. Pesquisa Explicativa
• tem como preocupação central identificar os fatores que
determinam ou que contribuem para a ocorrência dos
fenômenos; e
• explica a razão, o porquê das coisas.
20. Pesquisa Explicativa
Exemplo:
Foi constatado, em uma pesquisa descritiva, que o
desempenho acadêmico dos pós-graduandos da
Faculdade X está muito abaixo da média.
“O que causa o baixo desempenho acadêmico na pós-
graduação da Faculdade X?”
22. Referencial Teórico
“É um conhecimento fundamental, de reconhecida
credibilidade sobre o tema estudado, que serve como
instrumento balizador da pesquisa.”
Pantoja
É uma teoria de base que serve de referência para a
seleção dos procedimentos de pesquisa, para a análise
dos dados obtidos e interpretação dos resultados.
Utilidade:
Facilita a formulação de hipóteses e fornece os
elementos para a interpretação dos dados.
23. Referencial Teórico
Se apresenta nos trabalhos (teses, dissertações ou
monografias) nas seguintes formas:
• sistematizado como uma seção do capítulo metodologia;
• sistematizado em um capítulo à parte.
Equívoco comum:
Mencionar o autor sem descrever os pressupostos da
teoria.
24. Referencial Teórico
Na prática, o referencial teórico (ou sua sistematização)
possui as seguintes denominações alternativas:
• quadro teórico;
• quadro referencial;
• marco teórico;
• fundamentação teórica; ou
• quadro conceitual.
26. Métodos que proporcionam as
bases lógicas
(abstração)
Filosofia
Métodos que indicam os meios
técnicos da investigação
(objetividade)
Ciência
Métodos de abordagem
30. Um médico examinando uma pessoa
O paciente fala que a garganta dói, ou que escuta
zumbido no ouvido.
Fazendo uso das teorias da fisiologia e patologia
humana, o médico irá concentrar sua investigação em
certas observações e exames específicos.
Ao decidir por esses procedimentos o médico estará
concebendo hipóteses.
31. A partir de hipóteses, o pesquisador deduz uma série de
maneiras empíricas para testá-las (suposições)
32. Um médico examinando uma pessoa
“Se este paciente está com infecção,
pensa o médico,
ele estará com febre”.
hipótese
suposição
33. Um médico examinando uma pessoa
“Se este paciente está com infecção,
pensa o médico,
exames de laboratório podem indicar a
presença de bactérias”.
hipótese
suposição
Tem-se, neste exemplo, uma hipótese e duas suposições
34. Pode-se dizer que uma hipótese (após corroborada)
será aceita como possível ou provisoriamente
verdadeira, ou ainda como verdadeira até prova em
contrário.
35. Questões Norteadoras
São questões específicas e intermediárias, deduzidas do
problema de pesquisa e que funcionam como um roteiro
para a obtenção da resposta da questão principal.
Pantoja
Em geral, são usadas em pesquisas
exploratórias.
36. Por exemplo:
Considerando o processo de iniciação científica, pode-se
estar interessado em investigar quais os fatores que
influenciam nos resultados desse empreendimento no
Estado de São Paulo?
37. Questões norteadoras
- até que ponto os currículos das escolas de graduação
abordam o método científico?
- como as instituições de pesquisa, envolvidas no
processo, estão estruturadas para conduzí-lo?
- os investimentos financeiros feitos pelos órgãos de
fomento atendem à necessidade?
- o que pensam os alunos envolvidos no processo?
- até que ponto há o emprego de metodologias nas
atividades de iniciação científica?
- há um sistema de avaliação da efetividade do processo?
39. Os Interruptores e a Lâmpada
No interior de uma sala fechada há uma lâmpada. No lado de fora há três
interruptores e apenas um deles comanda a lâmpada.
Considerando que a lâmpada inicialmente está apagada e que do lado de
fora não se pode perceber a situação interna:
Como descobrir qual interruptor está associado à lâmpada, entrando uma
única vez na sala?
A
B
C
40. Coleta de dados
É o processo de captação sensorial dos aspectos
empíricos da realidade.
Análise de dados
É o processo de ordenação lógica dos aspectos
empíricos da realidade.
41. Coleta
de dados
Análise
de dados
É desejável que os processos se alternem
É uma interação dialética, e não linear
Razões de natureza prática se opõem a esta abordagem
(em alguns métodos)
43. Coleta de Dados
• é tarefa cansativa;
• em geral, toma mais tempo do que se espera;
• exige do pesquisador:
- paciência;
- perseverança;
- esforço pessoal;
- cuidadoso registro dos dados;
- bom preparo anterior (Plano de Coleta de Dados).
44. Técnicas de Coleta de Dados
São escolhidas em função das bases lógicas de
investigação e das peculiaridades do objeto de
pesquisa.
45. É a atividade intelectual que procura dar um significado
mais amplo às respostas, vinculando-as o outros
conhecimentos. Em geral, a interpretação significa a
exposição do verdadeiro significado do material
apresentado, em relação aos objetivos propostos da
pesquisa.
Interpretação
47. “A” é um ser humano;
“B” é um gorila;
entre “A” e “B” há muitas semelhanças;
“A” possui muitos atributos superiores quando
comparado com “B”.
Exemplo
Em uma pesquisa sobre a origem do homem, a análise
de dados obteve as seguintes informações:
48. As semelhanças mostram que tanto A como o B têm
uma origem comum. As superioridades sugerem que A
evoluiu de B durante de milhões de anos. Este ponto de
vista é reforçado pela teoria evolucionista.
Um possível argumento da interpretação
49. As semelhanças mostram que tanto A como B tiveram
uma origem comum, “um criador”. Os atributos superiores
de A revelam que o criador escolheu criar seres humanos
a sua própria imagem, e que esse não foi o caso na
criação dos animais.
Uma interpretação alternativa (não considerada
científica)
50. A compreensão das partes
(lógica de análise)
Qual o significado no todo
(lógica de síntese)
Perspectivas parciais Perspectiva holística
51. Pirâmide do Conhecimento
Análise de dados
Conhecimento
Informação
Dados
Interpretação
O processo de produção de conhecimento científico envolve os
dados, os quais representam a "matéria-prima" bruta, a partir dos
quais as operações lógicas criam informações e, finalmente, estas
últimas são interpretadas para gerar conhecimento.
53. “A ciência é construída com fatos, como
uma casa é feita com pedras. Mas uma
coleção de fatos não é mais ciência do que
uma pilha de pedras é uma casa”
Henri Poincaré