SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 42
D. Dinis – Lavrador e Trovador




          PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                            1
                      2011/2012
D. Dinis – Lavrador e Trovador
“Eis depois vem Dinis, que bem parece
Do bravo Afonso estirpe nobre e dina,
Com quem a fama grande se escurece
Da liberalidade Alexandrina.
Com este o Reino próspero florece
(Alcançada já a paz áurea divina)
Em constituições, leis e costumes,
Na terra já tranquila claros lumes.”
                                                 in ‘Os Lusíadas’
               PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                                                2
                           2011/2012
D. Dinis – Lavrador e Trovador




          PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                            3
                      2011/2012
D. Dinis – Lavrador e Trovador
"Fez primeiro em Coimbra exercitar-se
O valeroso ofício de Minerva;
E de Helicona as Musas fez passar-se
A pisar do Monde-o a fértil erva.
Quanto pode de Atenas desejar-se,
Tudo o soberbo Apolo aqui reserva.
Aqui as capelas dá tecidas de ouro,
Do bácaro e do sempre verde louro.”
                                                 in ‘Os Lusíadas’
               PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                                                4
                           2011/2012
D. Dinis – Lavrador e Trovador




          PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                            5
                      2011/2012
D. Dinis – Lavrador e Trovador




          PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                            6
                      2011/2012
D. Dinis – Lavrador e Trovador
•   DA HISTÓRIA DE PORTUGAL

    Quando o rei D. Dinis subiu ao trono, já tinham acabado as lutas com os mouros. No reinado de seu pai, D. Afonso
    III, os portugueses conquistaram definitivamente o Algarve, que era a região mais a sul. Assim, D. Dinis pôde reinar
    em paz. Ficou até conhecido como O Lavrador, porque tomou medidas para desenvolver a agricultura. Preocupou-
    se também com o desenvolvimento do comércio dentro do país, criando feiras, e desenvolveu o comércio entre
    Portugal e outros países da Europa, protegendo muito os mercadores.
    D. Dinis era um homem muito evoluído para o seu tempo, porque recebeu uma educação bastante completa. Veio
    até de frança um mestre chamado Emerico D’Erbard, de propósito, para o ensinar quando ele era ainda um
    príncipe. Talvez por isso tomou o gosto pela cultura e pela língua portuguesas. Foi ele quem ordenou que todos os
    documentos oficiais passassem a ser escritos em português e não em latim como era costume. Fundou a primeira
    universidade portuguesa. E na sua corte havia grande animação, pois o rei gostava de se ver rodeado de poetas e
    músicos que nessa época se chamavam jograis e trovadores. O próprio rei fazia versos muito bonitos, por isso
    alguns lhe camam «O Rei Poeta».
    Sua mulher, a rainha Santa Isabel, tornou-se célebre pela sua imensa bondade. Ocupava o tempo a fazer bem a
    quantos a rodeavam, visitando e tratando doentes, distribuindo esmolas pelos pobres. Foi ela quem teve a ideia
    de criar um «Hospital de Meninos» em Santarém.
    Conta a lenda que o rei, já irritado por ela andar sempre misturada com mendigos, a proibiu de dar mais esmolas.
    Mas certo dia, vendo-a sair furtivamente do palácio, foi atrás dela e prguntou o que levava escondido por baixo do
    manto. Era pão. Mas ela aflita por ter desobedecido ao rei, exclamou:
    - São rosas, senhor!
    - Rosas, em Janeiro? – duvidou ele.
    De olhos baixos, a rainha Santa Isabel abriu o regaço e o pão se tinha transformado em rosas, tão lindas como
    jamais se viram.
                                                                          in Uma visita à corte do rei D. Dinis


                                           PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                                                                                                       7
                                                       2011/2012
D. Dinis – Lavrador e Trovador
• D. Dinis

  Na noite escreve um seu Cantar de Amigo
  O plantador de naus a haver
  E ouve um silêncio múrmuro consigo:
  É o rumor dos pinhais que, como um trigo
  De Império, ondulam sem se poder ver
  Arroio, esse cantar, jovem e puro,
  Busca o Oceano por achar;
  E a fala dos pinhais, marulho obscuro,
  É o som presente desse mar futuro,
  É a voz da terra ansiando pelo mar.

                                                       - Fernando Pessoa –

                         PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                                                             8
                                     2011/2012
D. Dinis – Lavrador e Trovador




          PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                            9
                      2011/2012
D. Dinis – Lavrador e Trovador
• D. Dinis é o responsável pelo arranque das estruturas,
  nomeadamente a nível administrativo e da própria
  identidade portuguesa. Assiste-se ao Portugal em
  definição de fronteiras: económicas, geográficas e
  culturais. Verifica-se uma política de povoamento do
  território que apresenta um sentido organizado, há
  um surto de povoamento nos intervalos das grandes
  propriedades senhoriais. Este rei teve um interesse
  especial pela terra, encorajando a plantação de
  florestas e um completo desenvolvimento dos
  recursos agrícolas, ficando-lhe associado o cognome
  do ‘Lavrador’ ou ‘Agricultor’.
          in ‘D.Dinis:actas dos encontros sobre D.Dinis em Odivelas’

                       PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                                                   10
                                   2011/2012
D. Dinis – Lavrador e Trovador




          PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                            11
                      2011/2012
D. Dinis – Lavrador e Trovador

• D.Dinis não só apreciava literatura, como foi
  um poeta e um dos trovadores do seu
  tempo. Aos nossos dias chegaram inúmeras
  cantigas da sua autoria, distribuídas por
  todos os géneros: cantigas de amor, cantigas
  de amigo e cantigas de escárnio e maldizer,
  bem como a música original de sete dessas
  cantigas (...).
          in ‘D.Dinis:actas dos encontros sobre D.Dinis em Odivelas’
                    PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                                                       12
                                2011/2012
D. Dinis – Lavrador e Trovador
          Por deus, amigo, quem cuidaria
           que vós nunca ouvéssedes poder
           de tan longo tempo sem mi viver!
            E dês oimais, par Santa Maria,
             nunca molher deve, bem vos digo,
                muit’a creer per juras d’amigo

          Dissestes-mi, u vos de min quitastes:
          «Log’aqui serei con vosco, senhor»,
              e juraste-mi pólo meu amor,
           e dês oimais, pois vos perjurastes,
              nunca molher deve, bem vos digo,
                 muit’a creer per juras d’amigo.

            Jurastes-m’ enton muit’aficado
           que logo logo, sem outro tardar,
             vos queríades pêra mi tornar,
            e dês oimais, ai meu perjurado,
              nunca molher deve, bem vos digo,
               muit’a creer per juras d’amigo.

            E assim farei eu, bem vos digo,
           por quanto vós passastes comigo.
                                       - D. Dinis –



          PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                                      13
                      2011/2012
D. Dinis – Lavrador e Trovador




          PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                            14
                      2011/2012
D. Dinis – Lavrador e Trovador
Quer' eu en maneira de proençal
fazer agora un cantar d' amor
e querrei muit' i loar mha senhor,
a que prez nen fremusura non fal,
nen bondade, e mais vos direi en:
tanto a fez Deus comprida de ben
que mais que todas las do mundo val,
Ca mha senhor quiso Deus fazer tal
quando a fez, que a fez sabedor
de todo o ben e de mui gran valor
e con todo est' é mui comunal,
ali u deve; er deu-lhi bon sen
e des i non lhi fez pouco de ben,
quando non quis que lh' outra foss' igual.
Ca en mha senhor nunca Deus pôs mal,
mais pôs i prez e beldad' e loor
e falar mui ben e rir melhor
que outra molher; de i é leal
muit', e por esto non sei oj' eu quen
possa compridamente no seu ben
                                                              - D. Dinis




                                       PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                                                           15
                                                   2011/2012
D. Dinis – Lavrador e Trovador

Com o rei D. Dinis existiu uma especificidade
cultural, o português não é apenas falado
mas escrito, passando a documentação das
chancelarias a ser escrita em português (...)

   in ‘D.Dinis:actas dos encontros sobre D.Dinis em Odivelas’



                   PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                                           16
                               2011/2012
D. Dinis – Lavrador e Trovador
       ***FORAL DE MIRANDELA DADO POR D.DINIS, 7 de Março de 1291
                 "Carta de foro de Mirandela. Em nome de Deos Amem.
               Conoscam todos quantos esta carta vyrem e leer Ouuyrem
                    Que Eu dom Denis pela graça de deos Rey de Portugal, e do
                   Algarve em sembra cona Raynha dona Isabel mha molher et
                   com meos filhos Infantes dõnaffonso e dõna Constança faço
                   carta de foro aos Joyzes e o Concelho de Mirandela tambem
                 aos que ora som como os que am de vjr. Conuem a ssaber que
                   todolos moradores dessa vila e de seus termhos dem A mjm
                  cada huum deles en cada huu ano e a todos meus sucessores
               xx soldos por dia de sam Migueel de setenbro. E mando e outorgo
              que aiam os vezinhos dessa vila seus termhos Assy como ora
                 partem com Bragança e com Nozelhos e conna Torre da donna
                    Chamoa e com vinhaes e com monte negro e connas lamas
                   desy com Ançiães e da outra parte com vilariça aqueles que
                    ende deuem auer de dereyto emquanto e em coomhas e en
                  liços e nas outras cousas mando e outorgo que seiam reiudos
                e manteudos ouso e foro e custume de Bragança e querendilhys
                     fazer graça e merecee mando que assy os da vila come os
                   dos termhos que teuerem Caualos e armas com que sse bem
                  possam defender se mester for. seiam escusados do dito foro
                 dos xx soldos E quanto é dos caualos e das armas façasse sem
                engano. En testemonyo da qual cousa dey lhys ende esta carta
                   seelada do meu selo do Chumbo. Dante em Coymbra vij dias
                 de Março El Rey o mandou francisco eanes a fez E.ª M.ª CCC.ª
                                                 xxix."
                                             •
                            "Livro 2º, fols. 8 "Doações d'EI-Rei D. Dinis"
                (Documento existente no Arquivo Nacional da Torre do Tombo)




                      PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                                                                 17
                                  2011/2012
D. Dinis – Lavrador e Trovador




          PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                            18
                      2011/2012
D. Dinis – Lavrador e Trovador




          PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                            19
                      2011/2012
D. Dinis – Lavrador e Trovador
              De um lado o chão e a raiz
           do outro o mar e o seu cântico.
                  Era uma vez um país
            entre a Espanha e o Atlântico.
                  Tinha por rei D. Dinis
                 que gostava de cantar.
              Mas o reino era tão pouco
                que se pôs a perguntar:
           -- E se o mar fosse um caminho
               deste lado para o outro?
                E da flor de verde pinho
               das trovas do seu trovar
              mandou plantar um pinhal.
                 Depois a flor foi navio.
                   E lá se foi Portugal
                   caravela a navegar.
                            (...)

                                             ‘As naus de verde pinho’ (Manuel Alegre)


          PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                                                                  20
                      2011/2012
D. Dinis – Lavrador e Trovador




          PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                            21
                      2011/2012
Referências bibliográficas

•   Alçada, Isabel; Magalhães, Ana Maria – Uma visita à Corte do rei D. Dinis – Lisboa:
    Caminho
•   Camões, Luís Vaz de – 7ª ed. - Os Lusíadas – Porto: Porto Editora, [s.d.]
•   Correia, Raul – Quadros da História de Portugal: os Lusitanos ... Batalha do Salado.
    [S.L.] : [s.n.], [1985]
•   ‘D.Dinis’ in Jornal de Letras, Artes e Ideias, nº 1067, p.7-10
•   D. Dinis: Actas dos encontros sobre D.Dinis em Odivelas – Edições Colibri / Câmara
    Municipal de Odivelas: Outubro 2011
•   Oliveira, Correa de; Machado, Saavedra – 2ªed. – Textos Portugueses Medievais:
    3º ciclo dos liceus – Coimbra: Coimbra Editora, 1967
•   Programa oficial das festas da Rainha Santa,1958 [Tipografia Atlântida – Coimbra]
•   Revista ‘Pública’, 16 de Outubro 2011, p. 20-29


                                PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                                                                      22
                                            2011/2012
Referências bibliográficas
•   http://antt.dgarq.gov.pt /
•   http://pt.wikipedia.org/wiki/Afonso_X_de_Le%C3%A3o_e_Castela
•   http://arquivomunicipalmirandela.blogspot.com/2010/05/mirandela-e-o-seu-

•   http://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_de_Leiria
•   http://pt.wikipedia.org/wiki/Dinis_de_Portugal
•   http://pt.wikipedia.org/wiki/Pinhal_de_Leiria
•   http://www.asbeiras.pt/2011/10/evocacao-de-d-dinis-fundador-da-universida
    /
•   osemprefixe.blogspot.com/2011/03/um-dia-na-mi...




                          PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                                                     23
                                      2011/2012
Agradecimentos

Agradece-se a colaboração da aluna Marta
Amor (3ºA) e de Dona Lidiya Kovalenko pelos
desenhos gentilmente elaborados, que
serviram de suporte visual ao título da
exposição e se encontram incluídos nesta
apresentação.


               PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                                 24
                           2011/2012
Rainha Santa Isabel

Uma mulher com história e com
          estórias


         PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                           25
                     2011/2012
Rainha Santa Isabel




     PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                       26
                 2011/2012
Rainha Santa Isabel

   Santa Isabel era filha de Pedro III, rei de Aragão. A mãe de nome
Constância, era filha de Manfredo, rei da Sicília.
  Santa Isabel nasceu em 1271. Tinha um carácter muito amável e logo
cedo começou a impor-se grandes recusas a si própria. Não suportava
ouvir outras canções que não fossem os hinos e os salmos sagrados. A
ternura e compaixão pelos pobres levou-a a ser cognominada de mãe
deles, mesmo sendo ainda de tão tenra idade.
 Aos doze anos foi prometida em casamento a D. Dinis, rei de Portugal;
este deu-lhe toda a liberdade para se entregar às suas devoções e Santa
Isabel planeava uma distribuição regular do seu tempo, que nunca
interrompia a não ser que ocasiões de dever a obrigassem a alterar as
suas práticas diárias.

                       PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                                                     27
                                   2011/2012
Rainha Santa Isabel




     PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                       28
                 2011/2012
Rainha Santa Isabel

 Falecera em Portugal no ano de 1279 D. Afonso III e
ficou ainda solteiro D. Dinis. A seu lado continuaram
os dignitários e grandes homens, como o poderoso
D. João Aboim, que tinham rodeado o rei defunto.
(...) Foram e vieram procuradores de Portugal e de
Aragão. Em 1281 passou D. Dinis carta de dote e
arras. Em 11 de Fevereiro de 1282 realizaram-se os
esponsais em Barcelona.

                 PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                                   29
                             2011/2012
Rainha Santa Isabel




     PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                       30
                 2011/2012
Rainha Santa
Isabel
A rainha D. Isabel foi um dia
abordada por um velho leproso
que pedia esmola. Assim sendo,
deu-lhe a comer um punhado de
amoras que ela própria colhera
num silvado próximo. O velho,
cabisbaixo, ia constatanto que as
chagas em suas mãos iam
desaparecendo.        Emocionado,
encarou      a     benfeitora     e
perguntou-lhe quem era, ao que
ela limitou-se a responder: ‘Sou
apenas uma mulher de fé que
pratica caridade.’
Mas a dívida de gratidão do velho
para com a rainha levou-o a avisá-
la das indiscrições conjugais de D.
Dinis, seu marido.


                                      PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                                                        31
                                                  2011/2012
Rainha Santa
Isabel
Em certa noite saiu D. Dinis
embuçado do castelo de Leiria
rumo à aldeia mais próxima. Dona
Isabel não pestanejou e mandou
juntar muitos homens para que
partissem no encalço do rei com
archotes. Tudo foi feito conforme
as ordens da rainha. Quando D.
Dinis regressava para o palácio,
sonolento, viu repentinamente
tanta luz a iluminar o seu
caminho que gritou. Do mato,
onde estava escondida, saiu-lhe a
sua própria mulher, empunhando
também um archote. ‘Por Deus,
meu Senhor. Não vos zangueis,
viemos apenas iluminar-vos o
caminho. Cego vindes do
negrume da noite!’...

                                    PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                                                      32
                                                2011/2012
Rainha Santa Isabel




     PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                       33
                 2011/2012
Rainha Santa Isabel
... teve uma acção de beneficiência das mais notáveis
da época. Criou hospitais, confortando os doentes,
servindo-os, tratando-os e provendo-os de remédios,
visitava enfermos inválidos nas suas próprias casas e
acudia às fomes que assolavam o reino. Os paços da
rainha Santa Isabel eram um verdadeiro asilo da
pobreza onde necessitados vinham de toda a parte e
até de fora do reino, atraídos pela sua fama,
encontrando sempre nela desvelado carinho e
auxílio.
                 PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                                   34
                             2011/2012
Rainha Santa Isabel




     PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                       35
                 2011/2012
Rainha Santa Isabel
A primeira instituidora de albergarias foi D. Teresa ou
Tareja que começou a fundá-las nas províncias do
Norte. (...)
   Outras princesas sucessoras (...) continuaram e
ampliaram a instituição das albergarias.
A Rainha Santa fundou, entre outras, a albergaria de
Alenquer, nos antigos paços reais, em 1320. Esta
albergaria era simultaneamente hospital onde a
própria Rainha Santa tratava e curava os enfermos.

                  PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                                     36
                              2011/2012
Rainha Santa Isabel
• Santa Isabel teve dois filhos do rei D. Dinis, Afonso e
  Constância. Quando adulto o filho revoltou-se contra o
  pai, mas a intervenção de sua mãe, conseguiu que
  Afonso voltasse aos seus deveres e que o pai lhe
  perdoasse tal atitude. Mas os aduladores da corte
  confidenciaram ao rei que ela era suspeita de favorecer
  o filho. D.Dinis baniu-a para Alenquer e D. Isabel
  recebeu esta afronta com muita paz de espírito.
  Passado pouco tempo o rei chamou-a de novo para a
  corte, onde foi capaz de reconciliar D. Dinis com o filho
  e também reconciliar outros familiares.
                     PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                                         37
                                 2011/2012
Rainha Santa Isabel




     PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                       38
                 2011/2012
Rainha Santa Isabel
 Após quarenta e cinco anos de reinado o rei D.
Dinis adoeceu e Dona Isabel deu provas do seu
amor por ele, raramente abandonando o seu
leito durante a sua doença. Com a morte do rei
e após uma peregrinação à Compostela, retirou-
se para um convento das Claras.

 Faleceu em 4 de Julho de 1336 vitimada por
uma febre violenta.
               PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                                 39
                           2011/2012
Rainha Santa Isabel




     PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                       40
                 2011/2012
Rainha Santa Isabel




     PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                       41
                 2011/2012
Rainha Santa Isabel
Alçada, Isabel; Magalhães, Ana Maria – Uma viagem à Corte do rei D. Dinis – Lisboa:
    Caminho,
Camões, Luís Vaz de – 7ª ed. - Os Lusíadas – Porto: Porto Editora, [s.d.]
Correia, Raul – Quadros da História de Portugal: os Lusitanos ... Batalha do Salado.
    [S.L.] : [s.n.], [1985]
‘D.Dinis’ in Jornal de Letras, Artes e Ideias, nº 1067, p.7-10
D. Dinis: Actas dos encontros sobre D.Dinis em Odivelas – Edições Colibri / Câmara
    Municipal de Odivelas: Outubro 2011
Magalhães, Ana Maria; Alçada, Isabel – Portugal: história e lendas – Lisboa: Caminho,
    2001
Oliveira, Correa de; Machado, Saavedra – 2ªed. – Textos Portugueses Medievais: 3º
    ciclo dos liceus – Coimbra: Coimbra Editora, 1967
Pereira, Nuno Moniz – A Assistência em Portugal na Idade Média – [Lisboa]: CTT, 2005
Programa oficial das festas da Rainha Santa,1958 [Tipografia Atlântida – Coimbra]

                               PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD -
                                                                                   42
                                           2011/2012

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Análise do episódio "Inês de Castro"
Análise do episódio "Inês de Castro"Análise do episódio "Inês de Castro"
Análise do episódio "Inês de Castro"Inês Moreira
 
O consílio dos deuses
O consílio dos deusesO consílio dos deuses
O consílio dos deusesannapaulasilva
 
A identidade civilizacional da europa ocidental
A identidade civilizacional da europa ocidentalA identidade civilizacional da europa ocidental
A identidade civilizacional da europa ocidentalVítor Santos
 
Erros meus, má fortuna, amor ardente
Erros  meus, má fortuna, amor ardenteErros  meus, má fortuna, amor ardente
Erros meus, má fortuna, amor ardenteHelena Coutinho
 
Política expansionista de D. João II
Política expansionista de D. João IIPolítica expansionista de D. João II
Política expansionista de D. João IIMaria Gomes
 
O espaço português: da formação à fixação do território
O espaço português: da formação à fixação do territórioO espaço português: da formação à fixação do território
O espaço português: da formação à fixação do territórioSusana Simões
 
Cantigas de amor -resumo
Cantigas de amor -resumoCantigas de amor -resumo
Cantigas de amor -resumoGijasilvelitz 2
 
Oracoes subordinadas
Oracoes subordinadasOracoes subordinadas
Oracoes subordinadasRita Pereira
 
O país rural e senhorial
O país rural e senhorialO país rural e senhorial
O país rural e senhorialSusana Simões
 
Séc. xii a xiv
Séc. xii a xivSéc. xii a xiv
Séc. xii a xivcattonia
 
Literatura trovadoresca
Literatura trovadoresca Literatura trovadoresca
Literatura trovadoresca Lurdes Augusto
 
Geografia - transportes
Geografia - transportesGeografia - transportes
Geografia - transporteskyzinha
 
Portugal medieval
Portugal medievalPortugal medieval
Portugal medievalcattonia
 
Gigante Adamastor, d'Os Lusíadas
Gigante Adamastor, d'Os LusíadasGigante Adamastor, d'Os Lusíadas
Gigante Adamastor, d'Os LusíadasDina Baptista
 
Política económica - século XVIII
Política económica - século XVIIIPolítica económica - século XVIII
Política económica - século XVIIIMaria Gomes
 

Mais procurados (20)

Adamastor
AdamastorAdamastor
Adamastor
 
Poder régio
Poder régioPoder régio
Poder régio
 
Análise do episódio "Inês de Castro"
Análise do episódio "Inês de Castro"Análise do episódio "Inês de Castro"
Análise do episódio "Inês de Castro"
 
Proposição
ProposiçãoProposição
Proposição
 
O consílio dos deuses
O consílio dos deusesO consílio dos deuses
O consílio dos deuses
 
A identidade civilizacional da europa ocidental
A identidade civilizacional da europa ocidentalA identidade civilizacional da europa ocidental
A identidade civilizacional da europa ocidental
 
Erros meus, má fortuna, amor ardente
Erros  meus, má fortuna, amor ardenteErros  meus, má fortuna, amor ardente
Erros meus, má fortuna, amor ardente
 
Política expansionista de D. João II
Política expansionista de D. João IIPolítica expansionista de D. João II
Política expansionista de D. João II
 
O espaço português: da formação à fixação do território
O espaço português: da formação à fixação do territórioO espaço português: da formação à fixação do território
O espaço português: da formação à fixação do território
 
Cantigas de amor -resumo
Cantigas de amor -resumoCantigas de amor -resumo
Cantigas de amor -resumo
 
Oracoes subordinadas
Oracoes subordinadasOracoes subordinadas
Oracoes subordinadas
 
O país rural e senhorial
O país rural e senhorialO país rural e senhorial
O país rural e senhorial
 
Séc. xii a xiv
Séc. xii a xivSéc. xii a xiv
Séc. xii a xiv
 
Literatura trovadoresca
Literatura trovadoresca Literatura trovadoresca
Literatura trovadoresca
 
4 variação da temperatura em portugal
4  variação da temperatura em portugal4  variação da temperatura em portugal
4 variação da temperatura em portugal
 
Geografia - transportes
Geografia - transportesGeografia - transportes
Geografia - transportes
 
OS Lusíadas
OS LusíadasOS Lusíadas
OS Lusíadas
 
Portugal medieval
Portugal medievalPortugal medieval
Portugal medieval
 
Gigante Adamastor, d'Os Lusíadas
Gigante Adamastor, d'Os LusíadasGigante Adamastor, d'Os Lusíadas
Gigante Adamastor, d'Os Lusíadas
 
Política económica - século XVIII
Política económica - século XVIIIPolítica económica - século XVIII
Política económica - século XVIII
 

Semelhante a D.Dinis - Rei Trovador

Semelhante a D.Dinis - Rei Trovador (6)

Poesia trovadoresca
Poesia trovadorescaPoesia trovadoresca
Poesia trovadoresca
 
Apresentação d.dinis
Apresentação d.dinisApresentação d.dinis
Apresentação d.dinis
 
D. Dinis - A Mensagem (Fernando Pessoa)
D. Dinis - A Mensagem (Fernando Pessoa)D. Dinis - A Mensagem (Fernando Pessoa)
D. Dinis - A Mensagem (Fernando Pessoa)
 
Conde
CondeConde
Conde
 
Biografia de d.dinis
Biografia de d.dinisBiografia de d.dinis
Biografia de d.dinis
 
Newsletter nº15 a
Newsletter nº15 aNewsletter nº15 a
Newsletter nº15 a
 

Mais de Maria Pereira

Sopa de letras - poesia
Sopa de letras - poesiaSopa de letras - poesia
Sopa de letras - poesiaMaria Pereira
 
Sopa de letras-2018-'Dia da Mulher'
Sopa de letras-2018-'Dia da Mulher'Sopa de letras-2018-'Dia da Mulher'
Sopa de letras-2018-'Dia da Mulher'Maria Pereira
 
Folhas - Gedeão - Avelar Brotero
Folhas - Gedeão - Avelar BroteroFolhas - Gedeão - Avelar Brotero
Folhas - Gedeão - Avelar BroteroMaria Pereira
 
Biblioteca Escolar 2016-2017
Biblioteca Escolar 2016-2017Biblioteca Escolar 2016-2017
Biblioteca Escolar 2016-2017Maria Pereira
 
Utilizacao-colecao_2016-2017
Utilizacao-colecao_2016-2017Utilizacao-colecao_2016-2017
Utilizacao-colecao_2016-2017Maria Pereira
 
Reciclar transformando
Reciclar transformandoReciclar transformando
Reciclar transformandoMaria Pereira
 
'Uma estrela' - conto - Manuel Alegre
'Uma estrela' - conto - Manuel Alegre'Uma estrela' - conto - Manuel Alegre
'Uma estrela' - conto - Manuel AlegreMaria Pereira
 
Biblioteca escolar 2015 2016
Biblioteca escolar 2015 2016Biblioteca escolar 2015 2016
Biblioteca escolar 2015 2016Maria Pereira
 
Luís de Sttau Monteiro
Luís de Sttau MonteiroLuís de Sttau Monteiro
Luís de Sttau MonteiroMaria Pereira
 
Sermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos PeixesSermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos PeixesMaria Pereira
 

Mais de Maria Pereira (20)

Sopa de letras - poesia
Sopa de letras - poesiaSopa de letras - poesia
Sopa de letras - poesia
 
Sopa de letras-2018-'Dia da Mulher'
Sopa de letras-2018-'Dia da Mulher'Sopa de letras-2018-'Dia da Mulher'
Sopa de letras-2018-'Dia da Mulher'
 
Reported speech
Reported speechReported speech
Reported speech
 
Folhas - Gedeão - Avelar Brotero
Folhas - Gedeão - Avelar BroteroFolhas - Gedeão - Avelar Brotero
Folhas - Gedeão - Avelar Brotero
 
José Luís Peixoto
José Luís PeixotoJosé Luís Peixoto
José Luís Peixoto
 
Biblioteca Escolar 2016-2017
Biblioteca Escolar 2016-2017Biblioteca Escolar 2016-2017
Biblioteca Escolar 2016-2017
 
Dia da árvore-2017
Dia da árvore-2017Dia da árvore-2017
Dia da árvore-2017
 
Utilizacao-colecao_2016-2017
Utilizacao-colecao_2016-2017Utilizacao-colecao_2016-2017
Utilizacao-colecao_2016-2017
 
Passiva
PassivaPassiva
Passiva
 
Árvore 2017
Árvore 2017Árvore 2017
Árvore 2017
 
Auschwitz
AuschwitzAuschwitz
Auschwitz
 
Reciclar transformando
Reciclar transformandoReciclar transformando
Reciclar transformando
 
'Uma estrela' - conto - Manuel Alegre
'Uma estrela' - conto - Manuel Alegre'Uma estrela' - conto - Manuel Alegre
'Uma estrela' - conto - Manuel Alegre
 
Nacionalidades
NacionalidadesNacionalidades
Nacionalidades
 
Mário de Carvalho
Mário de CarvalhoMário de Carvalho
Mário de Carvalho
 
Biblioteca escolar 2015 2016
Biblioteca escolar 2015 2016Biblioteca escolar 2015 2016
Biblioteca escolar 2015 2016
 
Luís de Sttau Monteiro
Luís de Sttau MonteiroLuís de Sttau Monteiro
Luís de Sttau Monteiro
 
3 poemas ilustrados
3 poemas ilustrados3 poemas ilustrados
3 poemas ilustrados
 
Holocausto
Holocausto Holocausto
Holocausto
 
Sermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos PeixesSermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos Peixes
 

Último

ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxLusGlissonGud
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 

Último (20)

ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 

D.Dinis - Rei Trovador

  • 1. D. Dinis – Lavrador e Trovador PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 1 2011/2012
  • 2. D. Dinis – Lavrador e Trovador “Eis depois vem Dinis, que bem parece Do bravo Afonso estirpe nobre e dina, Com quem a fama grande se escurece Da liberalidade Alexandrina. Com este o Reino próspero florece (Alcançada já a paz áurea divina) Em constituições, leis e costumes, Na terra já tranquila claros lumes.” in ‘Os Lusíadas’ PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 2 2011/2012
  • 3. D. Dinis – Lavrador e Trovador PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 3 2011/2012
  • 4. D. Dinis – Lavrador e Trovador "Fez primeiro em Coimbra exercitar-se O valeroso ofício de Minerva; E de Helicona as Musas fez passar-se A pisar do Monde-o a fértil erva. Quanto pode de Atenas desejar-se, Tudo o soberbo Apolo aqui reserva. Aqui as capelas dá tecidas de ouro, Do bácaro e do sempre verde louro.” in ‘Os Lusíadas’ PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 4 2011/2012
  • 5. D. Dinis – Lavrador e Trovador PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 5 2011/2012
  • 6. D. Dinis – Lavrador e Trovador PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 6 2011/2012
  • 7. D. Dinis – Lavrador e Trovador • DA HISTÓRIA DE PORTUGAL Quando o rei D. Dinis subiu ao trono, já tinham acabado as lutas com os mouros. No reinado de seu pai, D. Afonso III, os portugueses conquistaram definitivamente o Algarve, que era a região mais a sul. Assim, D. Dinis pôde reinar em paz. Ficou até conhecido como O Lavrador, porque tomou medidas para desenvolver a agricultura. Preocupou- se também com o desenvolvimento do comércio dentro do país, criando feiras, e desenvolveu o comércio entre Portugal e outros países da Europa, protegendo muito os mercadores. D. Dinis era um homem muito evoluído para o seu tempo, porque recebeu uma educação bastante completa. Veio até de frança um mestre chamado Emerico D’Erbard, de propósito, para o ensinar quando ele era ainda um príncipe. Talvez por isso tomou o gosto pela cultura e pela língua portuguesas. Foi ele quem ordenou que todos os documentos oficiais passassem a ser escritos em português e não em latim como era costume. Fundou a primeira universidade portuguesa. E na sua corte havia grande animação, pois o rei gostava de se ver rodeado de poetas e músicos que nessa época se chamavam jograis e trovadores. O próprio rei fazia versos muito bonitos, por isso alguns lhe camam «O Rei Poeta». Sua mulher, a rainha Santa Isabel, tornou-se célebre pela sua imensa bondade. Ocupava o tempo a fazer bem a quantos a rodeavam, visitando e tratando doentes, distribuindo esmolas pelos pobres. Foi ela quem teve a ideia de criar um «Hospital de Meninos» em Santarém. Conta a lenda que o rei, já irritado por ela andar sempre misturada com mendigos, a proibiu de dar mais esmolas. Mas certo dia, vendo-a sair furtivamente do palácio, foi atrás dela e prguntou o que levava escondido por baixo do manto. Era pão. Mas ela aflita por ter desobedecido ao rei, exclamou: - São rosas, senhor! - Rosas, em Janeiro? – duvidou ele. De olhos baixos, a rainha Santa Isabel abriu o regaço e o pão se tinha transformado em rosas, tão lindas como jamais se viram. in Uma visita à corte do rei D. Dinis PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 7 2011/2012
  • 8. D. Dinis – Lavrador e Trovador • D. Dinis Na noite escreve um seu Cantar de Amigo O plantador de naus a haver E ouve um silêncio múrmuro consigo: É o rumor dos pinhais que, como um trigo De Império, ondulam sem se poder ver Arroio, esse cantar, jovem e puro, Busca o Oceano por achar; E a fala dos pinhais, marulho obscuro, É o som presente desse mar futuro, É a voz da terra ansiando pelo mar. - Fernando Pessoa – PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 8 2011/2012
  • 9. D. Dinis – Lavrador e Trovador PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 9 2011/2012
  • 10. D. Dinis – Lavrador e Trovador • D. Dinis é o responsável pelo arranque das estruturas, nomeadamente a nível administrativo e da própria identidade portuguesa. Assiste-se ao Portugal em definição de fronteiras: económicas, geográficas e culturais. Verifica-se uma política de povoamento do território que apresenta um sentido organizado, há um surto de povoamento nos intervalos das grandes propriedades senhoriais. Este rei teve um interesse especial pela terra, encorajando a plantação de florestas e um completo desenvolvimento dos recursos agrícolas, ficando-lhe associado o cognome do ‘Lavrador’ ou ‘Agricultor’. in ‘D.Dinis:actas dos encontros sobre D.Dinis em Odivelas’ PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 10 2011/2012
  • 11. D. Dinis – Lavrador e Trovador PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 11 2011/2012
  • 12. D. Dinis – Lavrador e Trovador • D.Dinis não só apreciava literatura, como foi um poeta e um dos trovadores do seu tempo. Aos nossos dias chegaram inúmeras cantigas da sua autoria, distribuídas por todos os géneros: cantigas de amor, cantigas de amigo e cantigas de escárnio e maldizer, bem como a música original de sete dessas cantigas (...). in ‘D.Dinis:actas dos encontros sobre D.Dinis em Odivelas’ PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 12 2011/2012
  • 13. D. Dinis – Lavrador e Trovador Por deus, amigo, quem cuidaria que vós nunca ouvéssedes poder de tan longo tempo sem mi viver! E dês oimais, par Santa Maria, nunca molher deve, bem vos digo, muit’a creer per juras d’amigo Dissestes-mi, u vos de min quitastes: «Log’aqui serei con vosco, senhor», e juraste-mi pólo meu amor, e dês oimais, pois vos perjurastes, nunca molher deve, bem vos digo, muit’a creer per juras d’amigo. Jurastes-m’ enton muit’aficado que logo logo, sem outro tardar, vos queríades pêra mi tornar, e dês oimais, ai meu perjurado, nunca molher deve, bem vos digo, muit’a creer per juras d’amigo. E assim farei eu, bem vos digo, por quanto vós passastes comigo. - D. Dinis – PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 13 2011/2012
  • 14. D. Dinis – Lavrador e Trovador PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 14 2011/2012
  • 15. D. Dinis – Lavrador e Trovador Quer' eu en maneira de proençal fazer agora un cantar d' amor e querrei muit' i loar mha senhor, a que prez nen fremusura non fal, nen bondade, e mais vos direi en: tanto a fez Deus comprida de ben que mais que todas las do mundo val, Ca mha senhor quiso Deus fazer tal quando a fez, que a fez sabedor de todo o ben e de mui gran valor e con todo est' é mui comunal, ali u deve; er deu-lhi bon sen e des i non lhi fez pouco de ben, quando non quis que lh' outra foss' igual. Ca en mha senhor nunca Deus pôs mal, mais pôs i prez e beldad' e loor e falar mui ben e rir melhor que outra molher; de i é leal muit', e por esto non sei oj' eu quen possa compridamente no seu ben - D. Dinis PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 15 2011/2012
  • 16. D. Dinis – Lavrador e Trovador Com o rei D. Dinis existiu uma especificidade cultural, o português não é apenas falado mas escrito, passando a documentação das chancelarias a ser escrita em português (...) in ‘D.Dinis:actas dos encontros sobre D.Dinis em Odivelas’ PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 16 2011/2012
  • 17. D. Dinis – Lavrador e Trovador ***FORAL DE MIRANDELA DADO POR D.DINIS, 7 de Março de 1291 "Carta de foro de Mirandela. Em nome de Deos Amem. Conoscam todos quantos esta carta vyrem e leer Ouuyrem Que Eu dom Denis pela graça de deos Rey de Portugal, e do Algarve em sembra cona Raynha dona Isabel mha molher et com meos filhos Infantes dõnaffonso e dõna Constança faço carta de foro aos Joyzes e o Concelho de Mirandela tambem aos que ora som como os que am de vjr. Conuem a ssaber que todolos moradores dessa vila e de seus termhos dem A mjm cada huum deles en cada huu ano e a todos meus sucessores xx soldos por dia de sam Migueel de setenbro. E mando e outorgo que aiam os vezinhos dessa vila seus termhos Assy como ora partem com Bragança e com Nozelhos e conna Torre da donna Chamoa e com vinhaes e com monte negro e connas lamas desy com Ançiães e da outra parte com vilariça aqueles que ende deuem auer de dereyto emquanto e em coomhas e en liços e nas outras cousas mando e outorgo que seiam reiudos e manteudos ouso e foro e custume de Bragança e querendilhys fazer graça e merecee mando que assy os da vila come os dos termhos que teuerem Caualos e armas com que sse bem possam defender se mester for. seiam escusados do dito foro dos xx soldos E quanto é dos caualos e das armas façasse sem engano. En testemonyo da qual cousa dey lhys ende esta carta seelada do meu selo do Chumbo. Dante em Coymbra vij dias de Março El Rey o mandou francisco eanes a fez E.ª M.ª CCC.ª xxix." • "Livro 2º, fols. 8 "Doações d'EI-Rei D. Dinis" (Documento existente no Arquivo Nacional da Torre do Tombo) PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 17 2011/2012
  • 18. D. Dinis – Lavrador e Trovador PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 18 2011/2012
  • 19. D. Dinis – Lavrador e Trovador PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 19 2011/2012
  • 20. D. Dinis – Lavrador e Trovador De um lado o chão e a raiz do outro o mar e o seu cântico. Era uma vez um país entre a Espanha e o Atlântico. Tinha por rei D. Dinis que gostava de cantar. Mas o reino era tão pouco que se pôs a perguntar: -- E se o mar fosse um caminho deste lado para o outro? E da flor de verde pinho das trovas do seu trovar mandou plantar um pinhal. Depois a flor foi navio. E lá se foi Portugal caravela a navegar. (...) ‘As naus de verde pinho’ (Manuel Alegre) PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 20 2011/2012
  • 21. D. Dinis – Lavrador e Trovador PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 21 2011/2012
  • 22. Referências bibliográficas • Alçada, Isabel; Magalhães, Ana Maria – Uma visita à Corte do rei D. Dinis – Lisboa: Caminho • Camões, Luís Vaz de – 7ª ed. - Os Lusíadas – Porto: Porto Editora, [s.d.] • Correia, Raul – Quadros da História de Portugal: os Lusitanos ... Batalha do Salado. [S.L.] : [s.n.], [1985] • ‘D.Dinis’ in Jornal de Letras, Artes e Ideias, nº 1067, p.7-10 • D. Dinis: Actas dos encontros sobre D.Dinis em Odivelas – Edições Colibri / Câmara Municipal de Odivelas: Outubro 2011 • Oliveira, Correa de; Machado, Saavedra – 2ªed. – Textos Portugueses Medievais: 3º ciclo dos liceus – Coimbra: Coimbra Editora, 1967 • Programa oficial das festas da Rainha Santa,1958 [Tipografia Atlântida – Coimbra] • Revista ‘Pública’, 16 de Outubro 2011, p. 20-29 PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 22 2011/2012
  • 23. Referências bibliográficas • http://antt.dgarq.gov.pt / • http://pt.wikipedia.org/wiki/Afonso_X_de_Le%C3%A3o_e_Castela • http://arquivomunicipalmirandela.blogspot.com/2010/05/mirandela-e-o-seu- • http://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_de_Leiria • http://pt.wikipedia.org/wiki/Dinis_de_Portugal • http://pt.wikipedia.org/wiki/Pinhal_de_Leiria • http://www.asbeiras.pt/2011/10/evocacao-de-d-dinis-fundador-da-universida / • osemprefixe.blogspot.com/2011/03/um-dia-na-mi... PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 23 2011/2012
  • 24. Agradecimentos Agradece-se a colaboração da aluna Marta Amor (3ºA) e de Dona Lidiya Kovalenko pelos desenhos gentilmente elaborados, que serviram de suporte visual ao título da exposição e se encontram incluídos nesta apresentação. PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 24 2011/2012
  • 25. Rainha Santa Isabel Uma mulher com história e com estórias PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 25 2011/2012
  • 26. Rainha Santa Isabel PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 26 2011/2012
  • 27. Rainha Santa Isabel Santa Isabel era filha de Pedro III, rei de Aragão. A mãe de nome Constância, era filha de Manfredo, rei da Sicília. Santa Isabel nasceu em 1271. Tinha um carácter muito amável e logo cedo começou a impor-se grandes recusas a si própria. Não suportava ouvir outras canções que não fossem os hinos e os salmos sagrados. A ternura e compaixão pelos pobres levou-a a ser cognominada de mãe deles, mesmo sendo ainda de tão tenra idade. Aos doze anos foi prometida em casamento a D. Dinis, rei de Portugal; este deu-lhe toda a liberdade para se entregar às suas devoções e Santa Isabel planeava uma distribuição regular do seu tempo, que nunca interrompia a não ser que ocasiões de dever a obrigassem a alterar as suas práticas diárias. PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 27 2011/2012
  • 28. Rainha Santa Isabel PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 28 2011/2012
  • 29. Rainha Santa Isabel Falecera em Portugal no ano de 1279 D. Afonso III e ficou ainda solteiro D. Dinis. A seu lado continuaram os dignitários e grandes homens, como o poderoso D. João Aboim, que tinham rodeado o rei defunto. (...) Foram e vieram procuradores de Portugal e de Aragão. Em 1281 passou D. Dinis carta de dote e arras. Em 11 de Fevereiro de 1282 realizaram-se os esponsais em Barcelona. PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 29 2011/2012
  • 30. Rainha Santa Isabel PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 30 2011/2012
  • 31. Rainha Santa Isabel A rainha D. Isabel foi um dia abordada por um velho leproso que pedia esmola. Assim sendo, deu-lhe a comer um punhado de amoras que ela própria colhera num silvado próximo. O velho, cabisbaixo, ia constatanto que as chagas em suas mãos iam desaparecendo. Emocionado, encarou a benfeitora e perguntou-lhe quem era, ao que ela limitou-se a responder: ‘Sou apenas uma mulher de fé que pratica caridade.’ Mas a dívida de gratidão do velho para com a rainha levou-o a avisá- la das indiscrições conjugais de D. Dinis, seu marido. PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 31 2011/2012
  • 32. Rainha Santa Isabel Em certa noite saiu D. Dinis embuçado do castelo de Leiria rumo à aldeia mais próxima. Dona Isabel não pestanejou e mandou juntar muitos homens para que partissem no encalço do rei com archotes. Tudo foi feito conforme as ordens da rainha. Quando D. Dinis regressava para o palácio, sonolento, viu repentinamente tanta luz a iluminar o seu caminho que gritou. Do mato, onde estava escondida, saiu-lhe a sua própria mulher, empunhando também um archote. ‘Por Deus, meu Senhor. Não vos zangueis, viemos apenas iluminar-vos o caminho. Cego vindes do negrume da noite!’... PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 32 2011/2012
  • 33. Rainha Santa Isabel PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 33 2011/2012
  • 34. Rainha Santa Isabel ... teve uma acção de beneficiência das mais notáveis da época. Criou hospitais, confortando os doentes, servindo-os, tratando-os e provendo-os de remédios, visitava enfermos inválidos nas suas próprias casas e acudia às fomes que assolavam o reino. Os paços da rainha Santa Isabel eram um verdadeiro asilo da pobreza onde necessitados vinham de toda a parte e até de fora do reino, atraídos pela sua fama, encontrando sempre nela desvelado carinho e auxílio. PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 34 2011/2012
  • 35. Rainha Santa Isabel PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 35 2011/2012
  • 36. Rainha Santa Isabel A primeira instituidora de albergarias foi D. Teresa ou Tareja que começou a fundá-las nas províncias do Norte. (...) Outras princesas sucessoras (...) continuaram e ampliaram a instituição das albergarias. A Rainha Santa fundou, entre outras, a albergaria de Alenquer, nos antigos paços reais, em 1320. Esta albergaria era simultaneamente hospital onde a própria Rainha Santa tratava e curava os enfermos. PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 36 2011/2012
  • 37. Rainha Santa Isabel • Santa Isabel teve dois filhos do rei D. Dinis, Afonso e Constância. Quando adulto o filho revoltou-se contra o pai, mas a intervenção de sua mãe, conseguiu que Afonso voltasse aos seus deveres e que o pai lhe perdoasse tal atitude. Mas os aduladores da corte confidenciaram ao rei que ela era suspeita de favorecer o filho. D.Dinis baniu-a para Alenquer e D. Isabel recebeu esta afronta com muita paz de espírito. Passado pouco tempo o rei chamou-a de novo para a corte, onde foi capaz de reconciliar D. Dinis com o filho e também reconciliar outros familiares. PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 37 2011/2012
  • 38. Rainha Santa Isabel PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 38 2011/2012
  • 39. Rainha Santa Isabel Após quarenta e cinco anos de reinado o rei D. Dinis adoeceu e Dona Isabel deu provas do seu amor por ele, raramente abandonando o seu leito durante a sua doença. Com a morte do rei e após uma peregrinação à Compostela, retirou- se para um convento das Claras. Faleceu em 4 de Julho de 1336 vitimada por uma febre violenta. PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 39 2011/2012
  • 40. Rainha Santa Isabel PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 40 2011/2012
  • 41. Rainha Santa Isabel PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 41 2011/2012
  • 42. Rainha Santa Isabel Alçada, Isabel; Magalhães, Ana Maria – Uma viagem à Corte do rei D. Dinis – Lisboa: Caminho, Camões, Luís Vaz de – 7ª ed. - Os Lusíadas – Porto: Porto Editora, [s.d.] Correia, Raul – Quadros da História de Portugal: os Lusitanos ... Batalha do Salado. [S.L.] : [s.n.], [1985] ‘D.Dinis’ in Jornal de Letras, Artes e Ideias, nº 1067, p.7-10 D. Dinis: Actas dos encontros sobre D.Dinis em Odivelas – Edições Colibri / Câmara Municipal de Odivelas: Outubro 2011 Magalhães, Ana Maria; Alçada, Isabel – Portugal: história e lendas – Lisboa: Caminho, 2001 Oliveira, Correa de; Machado, Saavedra – 2ªed. – Textos Portugueses Medievais: 3º ciclo dos liceus – Coimbra: Coimbra Editora, 1967 Pereira, Nuno Moniz – A Assistência em Portugal na Idade Média – [Lisboa]: CTT, 2005 Programa oficial das festas da Rainha Santa,1958 [Tipografia Atlântida – Coimbra] PB / BIBLIOTECA ESCOLAR EPADD - 42 2011/2012