1) O documento discute o processo de desencarne da alma após a morte e os estados de espírito que podem ser experimentados, como sono, torpor ou lembranças.
2) Explica que o "umbral" não é um lugar específico, mas um estado de espírito que depende do grau de evolução moral de cada um. Almas menos evoluídas podem ficar presas em regiões nebulosas.
3) Discorre sobre como as sensações e percepções dos espíritos após a morte dependem de fatores
8. — A moral e a regra da boa conduta e,
portanto, da distinção entre o bem e o
mal. Funda-se na observação da lei de
Deus. O homem se conduz bem quando
faz tudo tendo em vista o bem e para o
bem de todos, porque então observa a
lei de Deus.
9. Como se pode distinguir o
bem do mal?
Em . LE. 630.
10. — O bem é tudo o que está de
acordo com a lei de Deus, e o mal é
tudo o que dela se afasta. Assim,
fazer o bem é se conformar à lei de
Deus; fazer o mal é infringir essa lei.
12. A afinidade entre o corpo e o
perispírito decorre do apego do
Espírito à matéria.
Chega ao máximo no homem que
concentra todas as suas preocupações
na vida e nos prazeres materiais que
ela oferece..
13. É quase nula naquele cuja
alma purificada se
identifica por antecipação
com a vida espiritual.
14. Como a lentidão e a dificuldade da
separação resultam do grau de
depuração e desmaterialização da alma,
depende de cada um tornar
mais fácil ou mais penoso,
agradável ou doloroso o
momento de sua passagem.
21. Haverá lugares determinados no
universo destinados às
penalidades e aos prazeres dos
Espíritos, conforme seus méritos?
Em LE Q. 1012
22. Já respondemos a essa
questão.
As penalidades e os prazeres são inerentes
ao grau de perfeição dos Espíritos; cada um
tira de si mesmo o princípio de sua própria
felicidade ou infelicidade; e como estão por
toda parte, nenhum lugar localizado nem
fechado está destinado a um ou a outro...
23. E eu te darei as chaves do
reino dos céus; e tudo que
ligares na terra no céu serás
ligado e tudo que desligares
na terra será desligado nos
céus. Mt 16:19
26. A situação de cada Espírito é diferente, e
o que chamamos "umbral" é muito mais
um "estado de espírito" do que
propriamente um lugar. ...os espíritos que
trazem dívidas se agrupam no mundo
espiritual, e estes agrupamentos é que
chamamos genericamente de "umbral".
27. " O Umbral - continuou ele, solícito -
começa na crosta terrestre. É a zona
obscura de quantos no mundo não se
resolveram a atravessar as portas dos
deveres sagrados, a fim de cumpri-los,
demorando-se no vale da indecisão ou
no pântano dos erros numerosos.
28. Quando o espírito reencarna, promete
cumprir o programa de serviços do Pai;
entretanto, ao recapitular experiências
no planeta, é muito difícil fazê-lo, para
só procurar o que lhe satisfaça ao
egoísmo. Assim é que mantidos são o
mesmo ódio aos adversários e a mesma
paixão pelos amigos.
29. Mas, nem o ódio é justiça, nem a paixão é
amor. Tudo o que excede, sem
aproveitamento, prejudica a economia da
vida. Pois bem: todas as multidões de
desequilibrados permanecem nas regiões
nevoentas, que se seguem aos fluidos
carnais.
30. O dever cumprido é uma porta que
atravessamos no Infinito, rumo ao
continente sagrado da união com o
Senhor. É natural, portanto, que o
homem esquivo à obrigação justa,
tenha essa bênção indefinidamente
adiada.
32. (...) O Umbral funciona, portanto, como
região destinada a esgotamento de resíduos
mentais; uma espécie de zona purgatorial,
onde se queima a prestações o material
deteriorado das ilusões que a criatura
adquiriu por atacado, menosprezando o
sublime ensejo de uma existência terrena.
33. (...) O Umbral é região de profundo
interesse para quem esteja na Terra.
Concentra-se, aí, tudo o que não tem
finalidade para a vida superior. E note você
que a Providência Divina agiu sabiamente,
permitindo se criasse tal departamento em
torno do planeta..
34. Há legiões compactas de almas
irresolutas e ignorantes, que não são
suficientemente perversas para serem
enviadas a colônias de reparação mais
dolorosa, nem bastante nobres para
serem conduzidas a planos de elevação.
38. Não é de estranhar, portanto, que
semelhantes lugares se caracterizem por
grandes perturbações. Lá vivem, agrupam-
se, os revoltados de toda espécie. Formam,
igualmente, núcleos invisíveis de notável
poder, pela concentração das
tendências e desejos
gerais.
39. Muita gente da Terra não recorda que se
desespera quando o carteiro não vem, quando o
comboio não aparece? Pois o Umbral está repleto
de desesperados. Por não encontrarem o Senhor
à disposição dos seus caprichos, após a morte do
corpo físico, e, sentindo que a coroa da vida
eterna é a glória intransferível dos que trabalham
com o Pai, essas criaturas se revelam e demoram
em mesquinhas edificações."
41. (...) as sensações que
precedem e se seguem à morte
são infinitamente variadas e
dependentes sobretudo do
caráter, dos méritos, da
elevação moral do Espírito que
abandona a Terra. (...)
Livro: Depois da Morte (Léon Denis) – Capítulo XXX
42. Depois de deixar o corpo, a alma passa algum
tempo em estado de perturbação, cujo grau
de duração depende da elevação de cada
um. Muito variável é o tempo que dura essa
perturbação. Pode ser de algumas horas,
como também de muitos meses e até
de muitos anos.
43. As pessoas que, desde quando ainda
viviam na Terra, se identificaram com o
estado futuro que as aguardava, são
aquelas para quem menos longa a
perturbação se manifestará, porque
compreendem a posição em que se
encontram.
45. De volta ao mundo dos Espíritos,
conserva a alma as percepções que
tinha na Terra, além de outras de que
aí não dispunha, porque o corpo as
obscurecia. A inteligência é um
atributo que tanto mais livremente se
manifesta o Espírito, quanto menos
entraves tenha que vencer.
47. Quanto mais se aproximam da
perfeição, tanto mais sabem. Se
são Espíritos superiores, sabem
muito. Os Espíritos inferiores são
mais ou menos ignorantes acerca
de tudo.
49. Os Espíritos elevados veem e
ouvem unicamente o que
querem, enquanto que os
imperfeitos muitas vezes ouvem e
veem, mesmo contra sua
vontade, o que lhes possa ser útil
ao aperfeiçoamento.
51. Os Espíritos vivem fora do tempo como
o compreendemos.
A duração de tempo para eles deixa,
por assim dizer, de existir. Os séculos,
para nós tão longos, não passam, aos
olhos deles, de instantes que se
movem na eternidade.
53. Não podem sentir a fadiga como a
entendemos, não precisando de descanso
corporal, pois não possuem órgãos cujas
forças devam ser reparadas. O Espírito,
entretanto, repousa, no sentido de não estar
em constante atividade. Ele não atua
materialmente, sua ação é toda intelectual e,
inteiramente moral é o seu repouso. Quer
isto dizer que momentos há em que o seu
pensamento deixa de ser tão ativo quanto de
ordinário e não se fixa em qualquer objeto
determinado.
55. Os Espíritos os conhecem, porque
sofreram, não os experimentam, porém,
materialmente, por faltar-lhes o corpo
físico. Quando um Espírito diz que sofre,
a natureza de seu sofrimento são as
angústias morais que os torturam mais
dolorosamente do que todos os
sofrimentos físicos. As queixas de frio e
fome são reminiscências do que
padeceram durante a vida,
reminiscências não raro tão aflitivas
quanto a realidade.
56.
Apesar da diversidade de gêneros e graus
de sofrimento dos Espíritos imperfeitos, o
código penal da vida futura pode se
resumir nestes três princípios:
58. 2º Toda imperfeição, e toda a falta
que dela decorre, trazem o seu
próprio castigo nas suas
consequências naturais e
inevitáveis, como a doença
decorre dos excessos, o tédio da
ociosidade, sem que haja
necessidade de uma condenação
especial para cada falta e cada
indivíduo.
59. 3º Todo homem podendo
corrigir as suas imperfeições
pela sua própria vontade,
pode poupar-se os males que
delas decorrem e assegurar a
sua felicidade futura.
60. Essa é a lei da justiça divina:
a cada um segundo as
suas obras, tanto no céu
como na Terra.
Código penal da vida futura - (Kardec – O Céu e
o Inferno)
64. Como não sabemos, quando,
onde e como será o dia da nossa
partida o ideal é estarmos
sempre preparados,
aproveitando integralmente o
tempo que nos resta, oferecendo
o melhor de cada um de nós em
favor da edificação humana.
Não deixar para amanhã o que se
tem que realizar hoje.
65. Bibliografia!
• O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
• O Céu e o Inferno - Allan Kardec
• Depois da Morte (Léon Denis) – Capítulo XXX
• Nosso Lar – André Luiz por Francisco Cândido Xavier
• O problema do ser do destino e da dor (Léon Denis).
• No invisível (Léon Denis).
• A Arte de Morrer – Visões Plurais – Volume 1 (Organizadores: Dora Incontri e
Franklin Santana Santos). Editora Comenius.
• A Arte de Morrer – Visões Plurais – Volume 2 (Organizador: Franklin Santana
Santos). Editora Comenius.
• Sobre a Morte e o Morrer – Elisabeth Kübler-Ross – Editora Martins Fontes
• Quem Tem Medo da Morte? – Richard Simonetti – Editora Ceac
• Temas da vida e da morte – Gesiel Andrade e Ariovaldo Caversan
66. Uma linda noite e uma Feliz Semana!
Uma linda Noite e
Uma feliz Semana!