2. DST
• As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são
transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso
de camisinha com uma pessoa que esteja infectada, e
geralmente se manifestam por meio de feridas, corrimentos,
bolhas ou verrugas.
ENTÃO? USE CAMISINHA
3. SÍFILIS
• Sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada
pela bactéria Treponema pallidum.
Treponema pallidum
4. + Sobre a doença
• Podem se manifestar em três estágios;
• Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período
em que a doença é mais contagiosa;
• O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a
falsa impressão de cura da doença;
• Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para
diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois a sífilis
congênita pode causar aborto, má formação do feto e/ou morte ao
nascer;
• O teste deve ser feito na 1ª consulta do pré-natal, no 3º trimestre
da gestação e no momento do parto (independentemente de
exames anteriores);
• A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o
sexo sem camisinha com alguém infectado, por transfusão de
sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a
gestação ou o parto.
6. Sinais e Sintomas
• A sífilis desenvolve-se em diferentes estágios, no entanto, as
fases podem se sobrepor umas às outras. Os sintomas,
portanto, podem seguir ou não uma ordem determinada.
Estágios: primário, secundário, latente e terciário.
7. ESTÁGIOS
• Sífilis primária
• O primeiro estágio. Cerca de duas
a três semanas após o contágio,
formam-se feridas indolores
(cancros) no local da infecção.
Não é possível observar as feridas
ou qualquer sintoma,
principalmente se as feridas
estiverem situadas no reto ou no
colo do útero. As feridas
desaparecem em cerca de quatro
a seis semanas depois, mesmo
sem tratamento. A bactéria
torna-se dormente (inativa) no
organismo nesse estágio.
• Sífilis secundária
• A sífilis secundária acontece cerca
de duas a oito semanas após as
primeiras feridas se formarem.
Aproximadamente 33% daqueles
que não trataram a sífilis primária
desenvolvem o segundo estágio.
Aqui, o paciente pode apresentar
dores musculares, febre, dor de
garganta e dificuldade para
deglutir. Esses sintomas
geralmente somem sem
tratamento e, mais uma vez, a
bactéria fica inativa no
organismo.
8. • Sífilis latente
• Esse é o período correspondente ao
estágio inativo da sífilis, em que não
há sintomas. Esse estágio pode
perdurar por anos sem que a pessoa
sinta nada. A doença pode nunca mais
se manifestar no organismo, mas pode
ser que ela se desenvolva para o
próximo estágio, o terciário – e mais
grave de todos.
• Sífilis terciária
• Este é o estágio final da sífilis. A
infecção se espalha para áreas como
cérebro, sistema nervoso, pele,
ossos, articulações, olhos, artérias,
fígado e até para o coração.
Aproximadamente 15 a 30% das
pessoas infectadas não tratadas
desenvolvem o estágio terciário da
doença.
Sífilis
primária
Sífilis
secundária
Sífilis
terciária
Sífilis
latente
9. Sífilis congênita
• Nela, a mãe infectada transmite a doença para o bebê, seja durante a gravidez,
por meio da placenta, seja na hora do parto. A maioria dos bebês que nasce
infectado não apresenta nenhum sintoma da doença. No entanto, alguns podem
apresentar rachaduras nas palmas das mãos e nas solas dos pés. Mais tarde, a
criança pode desenvolver sintomas mais graves, como surdez e deformidades nos
dentes.(Dentes de hutchinson)
• Cuidados com o recém-nascido
Todos os bebês devem realizar exame para sífilis independentemente dos exames
da mãe. Os bebês que tiverem suspeita de sífilis congênita precisam fazer uma
série de exames antes de receber alta.
10.
11.
12. Diagnóstico
Os testes rápidos para sífilis fornecidos pelo DDAHV consistem em testes treponêmicos que
possibilitam a determinação visual qualitativa da presença de anticorpos IgG e IgM anti-
Treponema pallidum em amostras de sangue total coletadas a partir de punção digital.
Exame de
sangue
Culta de
bactérias
Punção
lombar
13. Tratamento
• É feito com antibióticos, especialmente penicilina. Deve ser
acompanhado com exames clínicos e laboratoriais para avaliar
a evolução da doença e estendido aos parceiros sexuais.
14. PERGUNTAS FREQUENTES
• Sífilis tem cura?
Sim. A sífilis é uma doença de tratamento simples que deve ser indicado por um
profissional de saúde.
• Quais as providências a serem tomadas em caso de suspeita de infecção por
alguma Doença Sexualmente Transmissível?
Na presença de qualquer sinal ou sintoma de possível DST, é recomendado
procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do
tratamento adequado.
• Que período de tempo é necessário esperar para se fazer a identificação de um
possível caso de sífilis?
Os primeiros sintomas da sífilis são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços
nas virilhas, que surgem entre a 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com pessoa
infectada. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não
apresentam pus. Mas, mesmo sem sintomas, a doença pode ser diagnosticada por
meio de um exame de sangue.
• Toda ferida ou corrimento genital é uma DST?
Não necessariamente. Além das doenças sexualmente transmissíveis, existem
outras causas para úlceras ou corrimentos genitais. Entretanto, a única forma de
saber o diagnóstico correto é procurar um serviço de saúde.
• Onde se deve ir para fazer o tratamento de outras DST que não a aids?
Deve-se procurar qualquer serviço de saúde disponível no Sistema Único de Saúde
(SUS).
15. CASO CLÍNICO
• W.S. – Com seis anos, nascida em 13/07/1994 na periferia da cidade do Rio de Janeiro,
feminina, negra. Levada ao HSE-RJ com encaminhamento do Odontólogo relatando alteração
dentária sugestiva e portando exames laboratoriais onde o VDRL encontrava-se positivo 1:32.
Imediatamente internada (em 15/07/2001) para investigação.
• A mãe, do lar, de pouca escolaridade, tem outros três filhos sendo 2 do mesmo pai. A avó
materna é HIV positiva e moram em casa de alvenaria com água e esgoto. A criança nasceu
de parto normal, com 2950g e 50 cm ficando internada por cinco dias para fototerapia, não
sendo realizado VDRL. O pré-natal foi realizado inadequadamente.
• O exame físico mostrou criança ativa, em bom estado geral, corada, hidratada, acianótica,
anictérica, eupnéica, sem déficit ponderal ou de estatura, desenvolvimento físico e
psicomotor compatíveis com a idade. O exame dos sistemas neurológico, cardiovascular,
respiratório, abdome e membros eram normais. A cavidade oral exibia os incisivos centrais e
superiores, em serrilhado típico (dentes de Hutchinson) e molares em amora, sendo
observado um mal estado dentário.
• Os exames laboratoriais revelaram VDRL positivo 1:64 na criança e negativo na mãe. FTA-abs
positivos na criança e na mãe e VDRL negativo no líquor que não mostrou alterações
celulares e bioquímicas. As provas de função hepática, coagulação e sorologias para HIV e
TORCH nada apresentaram. Os exames de fundo de olho e o ecocardiograma eram normais.
Os raios-x dos ossos longos, tórax e crânio estavam normais. Exames laboratoriais foram
solicitados para os irmãos, estando todos negativos. Mãe encaminhada para tratamento na
Infectologia. O diagnóstico firmado como sífilis congênita tardia. Instituído
tratamento com penicilina cristalina, em infusão venosa, na dose de 150.000 U/kg/dia
divididos em 6 tomadas durante 14 dias. Após a alta a criança foi atendida no ambulatório
com varicela sem complicações e após quatro meses do tratamento o VDRL encontrava-se
negativo.