O documento resume os principais eventos do Primeiro Reinado no Brasil, incluindo a independência em 1822 e a manutenção de laços com Portugal, ao invés de uma ruptura. Também discute a abolição da escravatura em 1888, apesar da resistência dos proprietários de terras, e os movimentos abolicionistas anteriores. Por fim, fornece detalhes sobre quilombos e capitães do mato.
1. Revista de História
Colégio de Aplicação Univali- Itajaí
Alunas: Taiane Scalvin e Eloisa Cadori Moser
Turma :202
2. Primeiro Reinado
A partir do ano de 1822, o Brasil
se transformou em uma nação
independente após a declaração
de independência realizada pelo
então príncipe regente Dom
Pedro I. Ao contrário das outras
independências acontecidas na
América, o Brasil não realizou
uma ruptura definitiva com os
representantes do governo
colonial. Em outras palavras,
fizemos uma independência
“pelo rei” e não uma
independência “contra o rei’’
Isso aconteceu no Brasil porque a nossa
independência não aconteceu através da
mobilização das classes populares ou pela maioria
da população brasileira. Nesse tempo, devemos
lembrar que mais de oitenta por cento dos
habitantes do território brasileiros eram escravos e
eles não tinham nenhum tipo de participação
política real. Sendo assim, os apoiadores de nossa
independência foram os membros da elite que
desejavam manter a escravidão, a grande
propriedade e a exportação de produtos agrícolas
em nosso país.
4. No ano de 1888 a escravidão foi abolida através da Lei
Áurea, que foi assinada pela princesa Isabel no dia 13 de
maio daquele ano. Essa medida beneficiou uma grande
quantidade de escravos que ainda existia no país. Por
outro lado, essa mesma medida incomodou os vários
proprietários de terra que ainda dependiam da
exploração do trabalho escravo para produzirem gêneros
agrícolas em suas propriedades. Contudo, não podemos
achar que a escravidão acabou no Brasil do dia para a
noite.
No século XIX já havia movimentos que
defendiam o fim da escravidão. Diversos
pensadores dessa época já consideravam a
escravidão um abuso e um grande problema
para qualquer nação que tivesse a intenção de
se desenvolver. A partir da década de 1850,
percebemos que o movimento abolicionista no
Brasil começou a ter maior visibilidade e isso se
deve a alguns acontecimentos importantes que
marcaram essa mesma época.
Em 1845, os ingleses impuseram uma lei realizando a prisão
de toda a embarcação que estivesse no Oceano Atlântico
transportando escravos africanos. Isso fez com que o número
de escravos vindos para o Brasil diminuísse e o preço deles
se elevasse justamente num tempo em que as lavouras de
café aumentavam no país. Pouco tempo depois, no ano de
1850, o governo brasileiro aprovou a Lei Eusébio de Queirós.
Essa lei proibia definitivamente a importação de escravos
para o país. Desse modo, o preço do escravo ficou ainda mais
caro para os grandes proprietários de terra.
5. O QUE SÃO OS QUILOMBOS ?
Quilombo é o nome dado no Brasil aos locais de
refúgio dos escravos fugidos de engenhos e
fazendas durante o período colonial e imperial.
Nesses locais, os escravos passavam a viver em
liberdade, criando novas relações sociais. Muitos
quilombos existiram no Brasil e centenas deles
ainda existem, formando o que hoje é chamado de
comunidades quilombolas.
Os quilombos no Brasil também eram
conhecidos como mocambos. Nos demais
locais da América onde houve escravidão
também ocorreu a formação desses locais
de refúgio e vida em liberdade. Na América
espanhola, essas comunidades ficaram
conhecidas como palenques; na América
francesa, o nome era maronage; e na
América inglesa eram nomeados
como marroon communities.
6. Capitão do mato e as fugas de escravos
Geralmente não atuavam sozinhos,
compondo em sua maior parte
tropas de número variável de
capitães do mato, além de atuar em
conjunto às forças militares da
colônia.
O capitão do mato surgiu na
sociedade brasileira após a
destruição do Quilombo do
Palmares, em 1694. Com os
capitães do mato, os senhores
de engenho e as autoridades
portuguesas pretendiam
impedir fugas das fazendas e
também impor o medo nos
escravos caso tivessem
interesse em fugir de seus
cativeiros.
7. Guerra do Paraguai
A economia do Paraguai era extremamente fraca, o país
importava a maioria dos produtos manufaturados de que
necessitava. Comparando as estatísticas referentes ao
comércio exterior dos países da Região Platina (um importante
indicador do dinamismo da economia), o comércio exterior do
Paraguai chegava a 560.392 libras esterlinas (moeda britânica)
e os indicadores da arrecadação de impostos, cuja estrutura
era considerada deficiente, apontam para a cifra de 314.420
libras esterlinas.
8. A título de comparação: no Brasil, a arrecadação
de impostos atingia 4.392.226 libras esterlinas;
na Argentina, cerca de 1.710.324 libras
esterlinas; e no Uruguai, 870.714 libras
esterlinas.
A guerra do Paraguai durou seis anos, período
durante o qual travaram-se várias batalhas. As forças
militares brasileiras, chefiadas pelo almirante
Barroso, venceram a batalha do Riachuelo,
libertando o Rio Grande do Sul. Em maio de 1866,
ocorreu a batalha de Tuiuti, que deixou um saldo de
10 mil mortos, com nova vitória das tropas
brasileiras.