O documento descreve o período das Regências no Brasil entre 1831 e 1840, quando o país foi governado por regentes em lugar de Dom Pedro II, que era menor de idade. Foi um período turbulento marcado por revoltas regionais e disputas políticas. O padre Diogo Feijó foi o principal regente de 1837 a 1837, mas teve dificuldades em governar devido à oposição e problemas de saúde, renunciando em seguida.
1. REVISTA DE HISTÓRIA
Alunas: Lívia Lara e Luiza Alves
Turma: 202
Professor: Marcelo
2. Regências No Brasil
• O Período das Regências na História do Brasil teve início em 1831 com
a abdicação de Dom Pedro I e terminou em 1840 com o Golpe da
Maioridade. Nesta época o Brasil foi governado por regentes, pois o
herdeiro direto ao trono brasileiro, Dom Pedro II, possuía apenas 5
anos com seu pai abdicou e, portanto, não podia assumir o poder.
3. Contexto histórico
• Foi uma época marcada por muitas revoltas regionais (algumas de
caráter separatista), conflitos políticos pela disputa de poder e
revoltas sociais (pelas péssimas condições sociais em que vivia grande
parte da população do país). Esta instabilidade foi provocada,
principalmente, pela falta de um governo forte capaz de organizar as
forças políticas do país e resolver os problemas básicos da população
pobre e miserável.
4. • No campo político, houve uma disputa entre três grupos:
restauradores (queriam a volta ao poder de Dom Pedro I); exaltados
(defendiam a descentralização do poder e autonomia das províncias)
e moderados (defendiam a monarquia e o governo centralizado).
6. Regência Una de Feijó
• Atendendo as medidas previstas no Ato Adicional de 1834, foram
feitas eleições para que um novo governo chegasse ao poder.
Superando a concorrência liberal, Diogo Antônio Feijó tornou-se
regente com um total de 2.826 votos. O baixo número de eleitores
refletia a exclusão política e a falta de representatividade das
instituições políticas da época.
7. • Mesmo tendo alcançado a maioria dos votos, o governo de Feijó foi
obrigado a resistir a diversas manifestações oposicionistas. Até
mesmo os liberais moderados, aliados naturais de Feijó, acusavam o
governo de tolerante e indeciso. Além disso, os problemas de saúde
de Feijó colocavam em xeque a estabilidade governamental. Nesse
mesmo período, o interesse em se desenvolver uma estrutura
fundiária cafeeira, intensificou a participação das elites nos quadros
políticos.
8. • As tendências políticas daquela época agora se agrupavam entre
progressistas, de tendência liberal, e os regressistas, partido de
orientação conservadora formado pelos grandes donos de terra,
comerciantes e funcionários públicos. No governo de Feijó, o dilema
da representação política e da centralização de poderes abriu espaço
para a deflagração de diferentes revoltas
9. • No ano de 1835, a ocorrência da Cabanagem no Pará e da Farroupilha
no Rio Grande do Sul expressou a tensão entre os diferentes
interesses políticos da época, Ao invés de dar abertura às tendências
liberais, as conturbações do período fortaleceram as alas
conservadoras que exigiam a estabilidade sócio-política necessária
para satisfazer o interesse das elites agrárias do país.
10. • Fisicamente incapacitado e desprovido de consistente apoio político,
Feijó decidiu renunciar ao cargo de regente, em 1837. Antes de
abandonar o cargo, ele nomeou o senador pernambucano Pedro de
Araújo Lima como titular na pasta do Império. Ao tomar essa atitude,
Feijó colocou Araújo Lima como substituto direto ao cargo de regente.