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Segundo Reinado
• Aplicado com êxito, o Golpe da Maioridade inaugurava uma nova
fase da história do Brasil, o Segundo Reinado. Historicamente, o
Segundo Reinado durou até o ano de 1889, porém, pode ser dividido
em dois momentos distintos: de 1840 a 1871, o apogeu do império e
complementaridade do processo de regresso que vinha se
contornando ao final da Regência; e de 1870, a 1889, a sua
degradação, culminando com proclamação da República.
• A monarquia havia sido importante aos interesses da aristocracia
rural: tinha assegurado a integridade territorial, a escravidão e
combatido as forças recolonizadoras...
1. As “Eleições do Cacete” e a Revolução Liberal de 1842
 Quando estudamos o Período Regencial, vimos que as diferenças ideológicas entre o Partido
Liberal (Progressista) e o Partido Conservador (Regressista)residiam somente nos discursos, pois
na prática, ambos executavam programas próximos ou parecidos..
 Quando o Golpe da Maioridade, articulado pelos liberais, ficou acordada com o Imperador D.
Pedro II a indicação dos liberais para os cargos ministeriais, afastando os conservadores do
poder.
 Nas eleições de 1840 os liberais, estando à frente dos Ministérios, recorreram a meios ilícitos,
manobras e fraudes para obterem a maioria necessária e, assim, ratificarem o Ministério Liberal.
 Listas de eleitores aptos a votarem foram adulteradas, reconhecendo-se apenas os eleitores
“liberais” (lembre-se de que o voto era censitário).
 A ilicitude e violência nas eleições de 1840 tornaram-nas conhecidas como “Eleições do Cacete”.
(os resultados dessa eleição foram anulados)
 Gerando descontentamento – Nas Províncias de Minas Gerais e São Paulo, onde ocorreram as
chamadas “rebeliões liberais de 1842”,
2. avanço do “regresso”
 Nos primeiros anos do Segundo Reinado implementaram-se medidas visando anular a
descentralização política...
 Desaparecia a autonomia das autoridades locais ou municipais. Era o “regresso” em curso.
 A Reforma Eleitoral de 1846 elevou o censo para o dobro do valor até então exigido, alegando
que a inflação havia desvalorizado a moeda, e criou mais dificuldades de acesso ao voto.
3. A Revolução Praieira de 1848
 O ultimo grito dos liberais radicais ecoou em Pernambuco...
 Pernambuco, como já vimos, gozva de uma longa tradição revolucionária e liberal
 Economicamente, Pernambuco era um “purgatório” para os que não fossem ricos
 Nas cidade, o comércio varejista era monopolizado por portugueses(de tal maneira que até os
caixeiros eram portugueses) e o comércio atacadista por ingleses...
 Aos brasileiros pobres restavam poucas oportunidades de trabalho,seja novampo, seja nas
cidades.
 Tal situação provocava a ira dos brasileiros que exigiam o fim da imigração portuguesa e
nacionalização do comércio.
 O ano de 1842 marca a fundação do Partido Liberal ou Partido da Praia, assim chamado devido à
Rua da Praia, onde ficava a tipografia do partido, o jornal Diário Novo.
 Uma ala do Partido Liberal, os “praieiros”, defendiam o liberalismo e era composta pelos
elementos das camadas médias urbanas, notadamente intelectuais e membros das camadas
médias urbanas, que insuflavam as camadas inferiores da população, discriminadas social e
politicamente, sem acesso aos direitos fundamentais da cidadania, à terra e ao trabalho.
Combatiam o domínio dos Cavalcanti e o monopólio comercial estrangeiro.
 Em oposição aos liberais havia o Partido da Ordem ou Partido Conservador...
 As origens da Revolução Praieira remontam à época do governo provincial do liberal Chichorro da
Gama (1845-1848), quando foi empreendida uma política lusofóbica e anti-latifundiária. Sob
gritos de “mata marinheiro” (português)
 Proprietários de terras e engenhos eram arbitrariamente presos e espancados.
 Expulsão dos portugueses solteiros por prazo de 15 anos e convocação de uma Assembleia
Constituinte e que procedesse a reformas sociais.
 A intervenção do governo imperial levou à demissão de Chichorro da Gama em 1848,
 Funcionários públicos simpatizantes dos praieiros eram demitidos, porém recusavam-se
abandonar os cargos e catar os novos governantes.
 Os revoltosos se armam em Olinda, Igaraçu e outras localidades, marchando para a capital.
• Durante a Revolução Praieira,
os revoltosos formularam o
Manifesto ao Mundo (1849) e,
segundo a interpretação de
vários historiadores, nas
reivindicações expressas pode
ser notada a influência dos
movimentos europeus da
época, ou seja expressavam o
desejo de adoção de medidas
liberais
• Ao mesmo tempo,
influenciados pelo pensamento
socialista, adoção de medidas
sociais, de proteção ao
trabalhador.
Através do Manifesto do Mundo, Reivindicavam:
 voto libre e universal do povo brasileiro;
 Liberdade de expressão e de imprensa
 Trabalho como garantia de vida para o cidadão brasileiro;
 Comércio a retalho (varejo) para os cidadãos brasileiros;
 Independência dos poderes;
 Extinção do pode moderador
 Federalismo (autonomia para as Províncias);
 Reforma judicial;
 Garantia das liberdades individuais;
 Extinção do atual sistema de recrutamento (obrigatório)
 A superioridade militar do Império reprimiu os “valentes 5.000”, tendo sido aprisionado Pedro Ivo, julgado e
condenado à prisão perpétua.
 A revolução foi mais um exemplo dos problemas sociais não resolvidos à época da independência e que afloraram
com maior intensidade durante a Regencia.
 Politicamente, este foi o ultimo dos movimentos com características que lembram as rebeliões regenciais
4. O parlamentarismo às avessas
 Em 1847, o Imperador instituiu o parlamentarismo no Brasil...
 No parlamentarismo inglês, considerado o modelo clássico, o papel do monarca é pequeno, tanto que se afirma que
“o rei reina, mas não governa”. No parlamentarismo brasileiro, o papel do monarca era decisivo.
 O partido majoritário no Parlamento indica o primeiro-ministro e o ministério, poder executivo. Desta forma, a
vontade popular, expressa pelo voto, elege o legislativo e este o executivo, subornando-o ao legislativo
 No Brasil, o imperador, através do poder Moderador, indicava o presidente de Conselho de ministros, cargo
equivalente ao de primeiro-ministro na Inglaterra. O presidente do Conselho de Ministros organizava as eleições
para a Câmara dos Deputados, poder legislativo, que deveria ratifica-los (confirmar)
 Dessa forma, era o legislativo que ficava subordinado ao executivo...
 no Brasil o “rei reina e governa”.
 Você pode observar que a logica do parlamentarismo no Brasil foi inversa à logica do modelo
inglês...(parlamentarismo às avessas)
 A implantação desse modelo político não alterou as regras eleitorais, continuando o voto de caráter censitário
 As rivalidades partidárias diminuíram entre os anos de 1853 e 1858, quando do gabinete do marquês de Paraná,
Hermeto Carneiro Leão, compôs-se um ministério de liberais e conservadores, o ministério de conciliação”.
5. A economia cafeeira
 O café, enquanto produto econômico voltado para o mercado externo e, portanto, produzido em larga escala,
só foi efetivamente consolidado primeiras décadas do século XIX, a partir de 1830. Antes, o Café era
cultivado para consumo domértico.
 A mudança de importância dada ao café nesse período se deveu à desorganização da produção
internacional...
 Entre os anos de 1830 e 1850, o café fixou-se na região do Vale do Paraíba, área da divisa entre o Rio de
Janeiro e São Paulo. Por essa época a economia cafeeira beneficiou-se também da disponibilidade de mão-
de-obra esvrava proveniente da decadente economia miradora...
 Seguiu-se o modelo tradicional da plantation
Figura 6.3. No Vale do Paraíba, a mão-de-
obra predominante foi a escrava, mantendo
o modelo tradicional de produção da época
colonial, a plantation. Nesta foto Marc
Ferrez, 1885, observamos os escravos em
uma fazenda de café na região.
 O porto do Rio de Janeiro tornou-se a principal via de escoamento do produto
 Foi nesta mesma época que o problema de abastecimento de mão-de-obra escrava tornou0se um agravante,
pois há tempos a Inglaterra vinha pressionando pelo fim do tráfico negreiro...
 Cedeu e assinou a Lei Eusébio de Queirós (1850), proibindo o tráfico negreiro no exato momento em que a
economia cafeeira alcançava novas áreas de cultivos.
 A continua expansão da economia cafeeira entrou, a partir de 1870, as terras férteis da região do Oeste Nova
Paulista , alcançando a região de Ribeirão Preto. A terra roxa e o clima favorável incidiram sobre a
produtividade.
 A nova região apresentava uma produtividade cinco vezes maior do que na região do Vale do Paraíba. A
expansão da malha ferroviária foi extremamente importante para o sucesso do empreendimento cafeeiro no
oeste paulista...
 Ou lucros auferidos com a produção cafeeira estimularam outros setores da economia
 Introduzindo o imigrante europeu como mão-de-obra.
 6. O fim do tráfico negreiro
 O fim doo tráfico negreiro revelou-se como um dos maiores desencadeadores de transformações
socioeconômicas no Brasil do século XIX.
 Continuava sendo “as mãos e os pés do senhores”, só que não mais somente dos “senhores de engenho” mas
também dos produtores de café...
 Dentre as possíveis interpretações que justificam a insistência inglesa ao combate ao tráfico negreiro
destacam-se a necessidade de ampliação do mercado consumidor aos seus produtos industrializados...
 Concorrendo em condições mais vantajosas no mercado internacional com o açúcar inglês..
 O primeiro prazo estabelecido previa o ano de 1825 o fim do trafico negreiro africano para o Brasil
 Em 1845, o Parlamento inglês aprovou o Bill Aberdeen. Por esta declaração, a marinha inglesa poderia
capturar navios negreiros, julgar os envolvidos ( capitão e tripulação) em tribunais do Alto Almirantado Ingles
em qualquer região de domínio inglês.
 O tráfico negreiro, depois da publicação do Bill Aberdeen, ao invés de diminuir ou extinguir fez aumentar a
cotação dos escravos no mercado interprovincial e no mercado internacional.
 Ao invés de reduzir, praticamente triplicou, principalmente devido à necessidade de abastecer as novas áreas
produtoras de café, o oeste paulista.
 No ano de 1850, o ministro da Justiça, Eusébio de Queirós, cedendo às pressões inglesas, assinva a lei que
proibia a tráfico negreiro para o Brasil. (Ver tabela na apostila) pg 69
 7. A Era Mauá
 O Brasil viveu um “surto industrial” que ficou conhecido como Era Mauá, em referencia ao maior empresário
da história brasileira, Irineu Evangelista de Souza, Barão de Mauá.
 1854 a primeira estrada de ferro (do porto de Mauá a Fragoso) ... Em 1855 inicia-se a construção da estrada
de erro Pedro II
 No período compreendido entre 1850 e 1860, revela-se o crescimento industrial derivado do fim do tráfico
negreiro.
 Bancos, caixas econômicas, companhias de navegação, estradas de ferro, mineradoras, companhias de
transporte urbano e de gás.
 Vale notar que o capital estrangeiro também teve relevante participação, principalmente no setor de
serviços, ou seja, empresas de transporte, iluminação e bancos.
 E por que se fala em “surto industrial” e que não industrialização?
 Porque o crescimento que se verificou não teve continuidade, cessando as atividades ou reduzindo o
crescimento industrial quando as condições que lhes deram origens também cessaram.
 A transferência de capitais do tráfico negreiro para atividades como o comércio, bancos, estradas de ferro e a
indústria.
 A elevação das tarifas alfandegárias, que, desde a época da independência, estavam fixadas em 15% ad
valorem.
 O nome Tarifas Alfandegárias Alves Branco, as elevou para 30 ou 60%.
 O fato é que tal medida, propositalmente ou não, contribuiu para o surto industrial do período. Obviamente
que houve protestos por parte da Inglaterra...
 Os investimentos feitos pelos cafeicultores que, aproveitando-se dos lucros provenientes do café, os
investiram em outras atividades como também na indústria.
 Não se pode menosprezar a contribuição dos imigrantes europeus na montagem das industrias brasileiras
nesse período.
 Sua grande maioria, como as
 salariados, constituindo a base do proletariado brasileiro.
 Nessa época, sem duvida alguma, a maior expressão foi a do senhor Irineu evangelista
de Souza o, o Barão de Mauá
 As mudanças na política econômica e tarifaria brasileira, além de boicotes e
pressões inglesas, o levaram à falência: morreu sem dever a nenhum dos seus
fornecedores credores ou funcionários.
 Ressalta-se que as indústrias brasileiras no período eram de bens de consumo não
duráveis.
 (ver detalhes da imagem pagina 70)
8. Os Imigrantes
 As acusações de que o trabalho escravo era o principal fator de obstáculo ao desenvolvimento do país não
faltaram ..
 Os senhores de escravos do Nordeste, decadentes em suas economias tradicionais, de pouca rentabilidade, e
que não suportavam o ônus do trabalho assalariado.
 Por outro lado, a reposição da mão-de-obra escrava via crescimento vegetativo era impraticável: os índices
eram negativos.
 Não restava alternativa se não trazer imigrantes, e europeus, pois estes eram vistos como como esforçados,
gananciosos, dedicados, civilizados, promovedores do progresso material, “amantes do trabalho”, além de
contribuir para o “branqueamento” da população brasileira.
 A conjuntura europeia favorecia a imigração para o Brasil, visto esta estar em andamento a Segunda
Revolução Industrial, uma revolução tecnológica que introduziu máquinas de aço, a energia elétrica e dos
combustíveis derivados do petróleo, mecanizando a produção agrária.
 Outro fator que favoreceu a imigração europeia para o Brasil foram as guerras de unificação da Itália
 E da Alemanha, gerando um fator de dispersão da população para os países da América.
 Internamente, a expansão da lavoura cafeeira no Vale do Paraíba e Oeste Novo Paulista (interior de São
Paulo) requeriam numerosos braços para a agricultura.
9. O sistema de parceria
 A iniciativa de trazer os primeiros imigrantes para o Brasil coube ao senador Nicolau Campos Vergueiro
 Por esse sistema, o fazendeiro financiava a viagem do imigrante, devendo esta ser paga com juros que
variavam entre 6 e 12% ao ano.
 Nas fazendas, os imigrantes recebiam determinados pés de cafés que ficariam aos seus cuidados,
responsabilizando-se pela produção e, ao fim da qual, dividiriam a renda liquida com o fazendeiro.
 Os insumos para a produção (mudas de café, adubos e ferramentas) seriam de responsabilidade do imigrante,
que, não tendo recursos para investir, recorria a empréstimos com o fazendeiro
 O tratamento rude recebido (herança cultural do tratamento dado aos escravos);
 Não tardaram a surgir revoltas, entre elas a da Fazenda Ibicaba, em Limeira, de propriedade do senador
Nicolau Campos Vergueiro.
 Recorrer a Justiça no Brasil tornava-se impraticável, pois muitos juízes eram proprietários rurais e julgavam
improcedente os reclames dos imigrantes, muitos dos quais acusados de rebeldes.
 o livro Memórias de um imigrante no Brasil, de um imigrante suíço, denunciou as irregularidades do sistema.
 Os governos europeus adotaram medidas restritivas à imigração para o Brasil. Em 1862 o governo alemão
proibiu a imigração para o Brasil...
10. A imigração subvencionada
 ... A falta de recursos dos próprios fazendeiros, couve ao governo imperial brasileiro subvencionar a
imigração.
 O governo imperial brasileiro arcaria com as despesas da imigração, isentando o imigrante de ressarcir o
governo imperial dos custos da viagem.
 Ao fazendeiro ficava o compromisso de pagar o salário e arcar com os gastos do imigrante durante o
primeiro ano, além de reservar-lhe um lote de terras para o cultivo de subsistência.
 O volume de imigrantes que se destinavam ao Brasil continuou abaixo do necessário e do previsto.para isso
contribuiu a continuidade do trabalho escravo no Brasil...
11. A Lei de terras de 1850
 Em 1850, o Governo Imperial mudava a. postura a respeito do progresso de colonização empreendido nas
terras do governo, as terras devolutas
 (ver texto na apostila pg 74) D. Pedro II, por Graça de Deus ...
 Com quais intenções foi aprovada uma lei que impedia o governo de doar terras, num país com áreas
fracamente povoadas, com uma fronteira terrestre tão extensa e passível de ocupação por pais vizinhos?
 Não seria mais lógica, para atair trabalhadores e colonos estrangeiros, a doação de terras, como havia feito
o governo norte-americano com o Homested Act?
 Não para a aristocracia rual brasileira,
 Visto que os imigrantes não possuíam seuquer dinheiro para pagarem suas próprias passagens para o Brasil
 Por isso assembleia Geral (congresso), dominada pelos aristocratas rurais, aprovou a Lei de Terras.
12. Conflitos com a Inglaterra: A questão Christie
 Um dos marcos da politica externa brasileira durante o Segundo Reinado foi o conflito diplomático ocorrido
com a Inglaterra, a Questão Christie, num momento em que a economia agroexportadora cafeeira
brasileira se prendia mais aos Estados Unidos do que aos ingleses.
 (...) a Inglaterra era um poderoso aliado do Brasil. Investimentos na economia brasileira,
fundamentalmente na área de serviços comprovam essa importância.
 Em meio ao estremecimento das relações comerciais entre os dois países, desenrolou-se a ruptura
diplomática entre Brasil e Inglaterra, em decorrência da Questão Christie.
 Crise diplomática.... Saque ocorrido a um cargueiro inglês... Prisão de dois oficiais da marinha inglesa..
 Sir William Christie, exigiu do governo imperial brasileiro uma indenização pela carga roubada e pedido
formal de desculpas...
 O governo imperial brasileiro não atendeu às reivindicações
 Cinco navios brasileiros, apreendidos no porto do Rio de Janeiro, foram levados para a Inglaterra.
 O governo imperial brasileiro rompeu relações diplomáticas com a inglaterra por três anos...
 O governo imperial brasileiro cedeu e indenizou aos donos do cargueiro Príncipe de Gales.
 Observando os fatos, Leopoldo I, rei da Bélgica, deu ganho de causa ao Brasil. Era tarde, a indenização já
havia sido paga, e não foi devolvida.
 13. As Guerras Platinas: Uruguai, Argentina e Paraguai
 Na região platina foi marcada por intervenções militares que objetivavam defender o direito de livre
navegação...
 É importante notar que a região da bacia do Prata era importante econômica e estrategicamente não só
para o Brasil, mas também para Uruguai, a Argentina e Paraguaí.
 As rivalidades politicas nos países platinos, e entre eles, foram exploradas pelo impéiro do Brasil..
 A rivalidades políticas no Uruguai gravitavam ao redor de dois partidos: Blanco e Colorado.
 Juan Manuel Rosas, que pretendia fortalecer a Argentina na região platina e estabelecer um domínio
completo sobre o estuário, adotando medidas protecionistas e restritivas a navegação na bacia platina
 Contrariava não só os interesses brasileiros, ms também ingleses e franceses.
 O governos brasileiro interveio aliando-se aos colorados ...
 A aliança entre Brasil, Uruguai e as forças de caudilho Urquiza voltaram-se para derrubar o presidente
argentino Rosas..
 Novo presidente argentino, Urquiza, assinou com o Brasil, o Tratado de Amizade, Comércio e Navegação em
1856.
 Nova intervenção brasileira no Uruguai se daria com o apoio do presidente argentino, Bartolomeu Mitre.
Novamente os conflitos internos no Uruguai entre blancos e colorados determinaram essa segunda
intervenção militar .
 Frente a essa situação o presidente uruguaio buscou alianças com Paraguai, presidido por Francisco Solano Lopez,
que, por sua vez, também se aliou aos argentinos da região de Corrientes e Entre-Rios, em oposição ao governo
de Buenos Aires.
 Pela primeira vez os governo brasileiro e argentino convergiram para os mesmo interesses, a vitória dos colorados
no Uruguaí e a garantia da livre-navegação nos rios Paraná e Paraguai. A tradicional rivalidade entre as duas
nações dera origem a uma aliança contra os blancos e Paraguai de Solano Lopez .
 O conselheiro do Império do Brasil, José Antônio de Saraiva, foi enviado ao Uruguai com a missão de intervir
diplomaticamente no conflito uruguaio.
 Houve nova recusa pelo governo uruguaio desencadeando a intervenção militar brasileira a 12 de setembro de
1864.
 Solano Lopez, em represália, mandou aprisionar o navio a vapor brasileiro Marquês de Olinda, em novembro de
1864 e, em dezembro, ordenou a invasão ao Mato Grosso.
 O conflito no Uruguai foi finalizado.
 O Paraguai perdia seu principal aliado
 O que se deu na verdade, foi algo impensável: uma aliança militar entre argentinos, brasileiros e uruguaios, a
Tríplice Aliança, em maio de 1865
 Em julho de 1865 tropas paraguaias invadiram o Rio Grande do Sul
 Avançaram sobre o território argentino e brasileiro, numa clara superioridade militar
 Estimativa mais realista: o Paraguai teria entre 28 mil e 57 mil homens e uma população próxima de 400 mil; o
Brasil possuía cerca de 16 mil homens e 10 milhões de habitantes; Argentina entre 10 mil e 15 mil homens e 1,5
milhão de habitantes; o Uruguai com 5 mil homens e uma população de 300 mil habitantes.
 A Batalha de Riachuelo, a 11 de junho de 1865, vencida pelos brasileiros no rio Paraná foi decisiva no
desenrolar do conflito, pois bloqueou a possibilidade de o Paraguai receber armas e auxilio do exterior
 A dificuldade era tamanha que a tentativa militar brasileira em 1867 de retomar essa parte do território
brasileiro das forças paraguaias, fracassou, ficando conhecida como a Retirada da Laguna.
 Batalha de Tuiuti, maio de 1866 ... 12 mil homens, sendo 6 mil mortos
 Um dos destaque nesse período foi a reorganização do exército brasileiro por Caxias. Em janeira de 1869,
Caxias ocupa Assunção e considera a guerra encerrada, porém, Solano Lopez havia fugido, refugiando-se na
cordilheiras.
 Por fim, na ultima etapa da guerra, o conde D’Eu, genro do Imperador Pedro II, assume o comando das
tropas aliadas, empreende a Batalha de Campo Grande e, em 1º de março de 1870, Solano Lopez é morto
em Cerro Corá. A guerra era, finalmente, considerada terminada.
 Entre o resultados do maior conflito ocorrido na América Latina, o mais significativo foi, sem dúvida
alguma, o extermínio da população paraguaia: cerca de 70% da população foi morta, principalmente de
fome e doenças.
 Paraguai... Perdeu parte significativa do território do Chaco para os argentinos, além de territórios para o
Brasil no atual estado do Mato Grosso.
 O Brasil teve um gasto de 614 mil contos de réis... Endividamento com a “Inglaterra”. 

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2º Reinado

  • 1. Segundo Reinado • Aplicado com êxito, o Golpe da Maioridade inaugurava uma nova fase da história do Brasil, o Segundo Reinado. Historicamente, o Segundo Reinado durou até o ano de 1889, porém, pode ser dividido em dois momentos distintos: de 1840 a 1871, o apogeu do império e complementaridade do processo de regresso que vinha se contornando ao final da Regência; e de 1870, a 1889, a sua degradação, culminando com proclamação da República. • A monarquia havia sido importante aos interesses da aristocracia rural: tinha assegurado a integridade territorial, a escravidão e combatido as forças recolonizadoras...
  • 2. 1. As “Eleições do Cacete” e a Revolução Liberal de 1842  Quando estudamos o Período Regencial, vimos que as diferenças ideológicas entre o Partido Liberal (Progressista) e o Partido Conservador (Regressista)residiam somente nos discursos, pois na prática, ambos executavam programas próximos ou parecidos..  Quando o Golpe da Maioridade, articulado pelos liberais, ficou acordada com o Imperador D. Pedro II a indicação dos liberais para os cargos ministeriais, afastando os conservadores do poder.  Nas eleições de 1840 os liberais, estando à frente dos Ministérios, recorreram a meios ilícitos, manobras e fraudes para obterem a maioria necessária e, assim, ratificarem o Ministério Liberal.  Listas de eleitores aptos a votarem foram adulteradas, reconhecendo-se apenas os eleitores “liberais” (lembre-se de que o voto era censitário).  A ilicitude e violência nas eleições de 1840 tornaram-nas conhecidas como “Eleições do Cacete”. (os resultados dessa eleição foram anulados)  Gerando descontentamento – Nas Províncias de Minas Gerais e São Paulo, onde ocorreram as chamadas “rebeliões liberais de 1842”,
  • 3. 2. avanço do “regresso”  Nos primeiros anos do Segundo Reinado implementaram-se medidas visando anular a descentralização política...  Desaparecia a autonomia das autoridades locais ou municipais. Era o “regresso” em curso.  A Reforma Eleitoral de 1846 elevou o censo para o dobro do valor até então exigido, alegando que a inflação havia desvalorizado a moeda, e criou mais dificuldades de acesso ao voto. 3. A Revolução Praieira de 1848  O ultimo grito dos liberais radicais ecoou em Pernambuco...  Pernambuco, como já vimos, gozva de uma longa tradição revolucionária e liberal  Economicamente, Pernambuco era um “purgatório” para os que não fossem ricos  Nas cidade, o comércio varejista era monopolizado por portugueses(de tal maneira que até os caixeiros eram portugueses) e o comércio atacadista por ingleses...  Aos brasileiros pobres restavam poucas oportunidades de trabalho,seja novampo, seja nas cidades.  Tal situação provocava a ira dos brasileiros que exigiam o fim da imigração portuguesa e nacionalização do comércio.  O ano de 1842 marca a fundação do Partido Liberal ou Partido da Praia, assim chamado devido à Rua da Praia, onde ficava a tipografia do partido, o jornal Diário Novo.
  • 4.  Uma ala do Partido Liberal, os “praieiros”, defendiam o liberalismo e era composta pelos elementos das camadas médias urbanas, notadamente intelectuais e membros das camadas médias urbanas, que insuflavam as camadas inferiores da população, discriminadas social e politicamente, sem acesso aos direitos fundamentais da cidadania, à terra e ao trabalho. Combatiam o domínio dos Cavalcanti e o monopólio comercial estrangeiro.  Em oposição aos liberais havia o Partido da Ordem ou Partido Conservador...  As origens da Revolução Praieira remontam à época do governo provincial do liberal Chichorro da Gama (1845-1848), quando foi empreendida uma política lusofóbica e anti-latifundiária. Sob gritos de “mata marinheiro” (português)  Proprietários de terras e engenhos eram arbitrariamente presos e espancados.  Expulsão dos portugueses solteiros por prazo de 15 anos e convocação de uma Assembleia Constituinte e que procedesse a reformas sociais.  A intervenção do governo imperial levou à demissão de Chichorro da Gama em 1848,  Funcionários públicos simpatizantes dos praieiros eram demitidos, porém recusavam-se abandonar os cargos e catar os novos governantes.
  • 5.  Os revoltosos se armam em Olinda, Igaraçu e outras localidades, marchando para a capital. • Durante a Revolução Praieira, os revoltosos formularam o Manifesto ao Mundo (1849) e, segundo a interpretação de vários historiadores, nas reivindicações expressas pode ser notada a influência dos movimentos europeus da época, ou seja expressavam o desejo de adoção de medidas liberais • Ao mesmo tempo, influenciados pelo pensamento socialista, adoção de medidas sociais, de proteção ao trabalhador.
  • 6. Através do Manifesto do Mundo, Reivindicavam:  voto libre e universal do povo brasileiro;  Liberdade de expressão e de imprensa  Trabalho como garantia de vida para o cidadão brasileiro;  Comércio a retalho (varejo) para os cidadãos brasileiros;  Independência dos poderes;  Extinção do pode moderador  Federalismo (autonomia para as Províncias);  Reforma judicial;  Garantia das liberdades individuais;  Extinção do atual sistema de recrutamento (obrigatório)
  • 7.  A superioridade militar do Império reprimiu os “valentes 5.000”, tendo sido aprisionado Pedro Ivo, julgado e condenado à prisão perpétua.  A revolução foi mais um exemplo dos problemas sociais não resolvidos à época da independência e que afloraram com maior intensidade durante a Regencia.  Politicamente, este foi o ultimo dos movimentos com características que lembram as rebeliões regenciais 4. O parlamentarismo às avessas  Em 1847, o Imperador instituiu o parlamentarismo no Brasil...  No parlamentarismo inglês, considerado o modelo clássico, o papel do monarca é pequeno, tanto que se afirma que “o rei reina, mas não governa”. No parlamentarismo brasileiro, o papel do monarca era decisivo.  O partido majoritário no Parlamento indica o primeiro-ministro e o ministério, poder executivo. Desta forma, a vontade popular, expressa pelo voto, elege o legislativo e este o executivo, subornando-o ao legislativo  No Brasil, o imperador, através do poder Moderador, indicava o presidente de Conselho de ministros, cargo equivalente ao de primeiro-ministro na Inglaterra. O presidente do Conselho de Ministros organizava as eleições para a Câmara dos Deputados, poder legislativo, que deveria ratifica-los (confirmar)  Dessa forma, era o legislativo que ficava subordinado ao executivo...  no Brasil o “rei reina e governa”.  Você pode observar que a logica do parlamentarismo no Brasil foi inversa à logica do modelo inglês...(parlamentarismo às avessas)  A implantação desse modelo político não alterou as regras eleitorais, continuando o voto de caráter censitário  As rivalidades partidárias diminuíram entre os anos de 1853 e 1858, quando do gabinete do marquês de Paraná, Hermeto Carneiro Leão, compôs-se um ministério de liberais e conservadores, o ministério de conciliação”.
  • 8. 5. A economia cafeeira  O café, enquanto produto econômico voltado para o mercado externo e, portanto, produzido em larga escala, só foi efetivamente consolidado primeiras décadas do século XIX, a partir de 1830. Antes, o Café era cultivado para consumo domértico.  A mudança de importância dada ao café nesse período se deveu à desorganização da produção internacional...  Entre os anos de 1830 e 1850, o café fixou-se na região do Vale do Paraíba, área da divisa entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Por essa época a economia cafeeira beneficiou-se também da disponibilidade de mão- de-obra esvrava proveniente da decadente economia miradora...  Seguiu-se o modelo tradicional da plantation Figura 6.3. No Vale do Paraíba, a mão-de- obra predominante foi a escrava, mantendo o modelo tradicional de produção da época colonial, a plantation. Nesta foto Marc Ferrez, 1885, observamos os escravos em uma fazenda de café na região.
  • 9.  O porto do Rio de Janeiro tornou-se a principal via de escoamento do produto  Foi nesta mesma época que o problema de abastecimento de mão-de-obra escrava tornou0se um agravante, pois há tempos a Inglaterra vinha pressionando pelo fim do tráfico negreiro...  Cedeu e assinou a Lei Eusébio de Queirós (1850), proibindo o tráfico negreiro no exato momento em que a economia cafeeira alcançava novas áreas de cultivos.  A continua expansão da economia cafeeira entrou, a partir de 1870, as terras férteis da região do Oeste Nova Paulista , alcançando a região de Ribeirão Preto. A terra roxa e o clima favorável incidiram sobre a produtividade.  A nova região apresentava uma produtividade cinco vezes maior do que na região do Vale do Paraíba. A expansão da malha ferroviária foi extremamente importante para o sucesso do empreendimento cafeeiro no oeste paulista...  Ou lucros auferidos com a produção cafeeira estimularam outros setores da economia  Introduzindo o imigrante europeu como mão-de-obra.
  • 10.  6. O fim do tráfico negreiro  O fim doo tráfico negreiro revelou-se como um dos maiores desencadeadores de transformações socioeconômicas no Brasil do século XIX.  Continuava sendo “as mãos e os pés do senhores”, só que não mais somente dos “senhores de engenho” mas também dos produtores de café...  Dentre as possíveis interpretações que justificam a insistência inglesa ao combate ao tráfico negreiro destacam-se a necessidade de ampliação do mercado consumidor aos seus produtos industrializados...  Concorrendo em condições mais vantajosas no mercado internacional com o açúcar inglês..  O primeiro prazo estabelecido previa o ano de 1825 o fim do trafico negreiro africano para o Brasil  Em 1845, o Parlamento inglês aprovou o Bill Aberdeen. Por esta declaração, a marinha inglesa poderia capturar navios negreiros, julgar os envolvidos ( capitão e tripulação) em tribunais do Alto Almirantado Ingles em qualquer região de domínio inglês.  O tráfico negreiro, depois da publicação do Bill Aberdeen, ao invés de diminuir ou extinguir fez aumentar a cotação dos escravos no mercado interprovincial e no mercado internacional.  Ao invés de reduzir, praticamente triplicou, principalmente devido à necessidade de abastecer as novas áreas produtoras de café, o oeste paulista.  No ano de 1850, o ministro da Justiça, Eusébio de Queirós, cedendo às pressões inglesas, assinva a lei que proibia a tráfico negreiro para o Brasil. (Ver tabela na apostila) pg 69
  • 11.  7. A Era Mauá  O Brasil viveu um “surto industrial” que ficou conhecido como Era Mauá, em referencia ao maior empresário da história brasileira, Irineu Evangelista de Souza, Barão de Mauá.  1854 a primeira estrada de ferro (do porto de Mauá a Fragoso) ... Em 1855 inicia-se a construção da estrada de erro Pedro II  No período compreendido entre 1850 e 1860, revela-se o crescimento industrial derivado do fim do tráfico negreiro.  Bancos, caixas econômicas, companhias de navegação, estradas de ferro, mineradoras, companhias de transporte urbano e de gás.  Vale notar que o capital estrangeiro também teve relevante participação, principalmente no setor de serviços, ou seja, empresas de transporte, iluminação e bancos.  E por que se fala em “surto industrial” e que não industrialização?  Porque o crescimento que se verificou não teve continuidade, cessando as atividades ou reduzindo o crescimento industrial quando as condições que lhes deram origens também cessaram.  A transferência de capitais do tráfico negreiro para atividades como o comércio, bancos, estradas de ferro e a indústria.  A elevação das tarifas alfandegárias, que, desde a época da independência, estavam fixadas em 15% ad valorem.
  • 12.  O nome Tarifas Alfandegárias Alves Branco, as elevou para 30 ou 60%.  O fato é que tal medida, propositalmente ou não, contribuiu para o surto industrial do período. Obviamente que houve protestos por parte da Inglaterra...  Os investimentos feitos pelos cafeicultores que, aproveitando-se dos lucros provenientes do café, os investiram em outras atividades como também na indústria.  Não se pode menosprezar a contribuição dos imigrantes europeus na montagem das industrias brasileiras nesse período.  Sua grande maioria, como as  salariados, constituindo a base do proletariado brasileiro.  Nessa época, sem duvida alguma, a maior expressão foi a do senhor Irineu evangelista de Souza o, o Barão de Mauá  As mudanças na política econômica e tarifaria brasileira, além de boicotes e pressões inglesas, o levaram à falência: morreu sem dever a nenhum dos seus fornecedores credores ou funcionários.  Ressalta-se que as indústrias brasileiras no período eram de bens de consumo não duráveis.  (ver detalhes da imagem pagina 70)
  • 13. 8. Os Imigrantes  As acusações de que o trabalho escravo era o principal fator de obstáculo ao desenvolvimento do país não faltaram ..  Os senhores de escravos do Nordeste, decadentes em suas economias tradicionais, de pouca rentabilidade, e que não suportavam o ônus do trabalho assalariado.  Por outro lado, a reposição da mão-de-obra escrava via crescimento vegetativo era impraticável: os índices eram negativos.  Não restava alternativa se não trazer imigrantes, e europeus, pois estes eram vistos como como esforçados, gananciosos, dedicados, civilizados, promovedores do progresso material, “amantes do trabalho”, além de contribuir para o “branqueamento” da população brasileira.  A conjuntura europeia favorecia a imigração para o Brasil, visto esta estar em andamento a Segunda Revolução Industrial, uma revolução tecnológica que introduziu máquinas de aço, a energia elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo, mecanizando a produção agrária.  Outro fator que favoreceu a imigração europeia para o Brasil foram as guerras de unificação da Itália  E da Alemanha, gerando um fator de dispersão da população para os países da América.  Internamente, a expansão da lavoura cafeeira no Vale do Paraíba e Oeste Novo Paulista (interior de São Paulo) requeriam numerosos braços para a agricultura.
  • 14. 9. O sistema de parceria  A iniciativa de trazer os primeiros imigrantes para o Brasil coube ao senador Nicolau Campos Vergueiro  Por esse sistema, o fazendeiro financiava a viagem do imigrante, devendo esta ser paga com juros que variavam entre 6 e 12% ao ano.  Nas fazendas, os imigrantes recebiam determinados pés de cafés que ficariam aos seus cuidados, responsabilizando-se pela produção e, ao fim da qual, dividiriam a renda liquida com o fazendeiro.  Os insumos para a produção (mudas de café, adubos e ferramentas) seriam de responsabilidade do imigrante, que, não tendo recursos para investir, recorria a empréstimos com o fazendeiro  O tratamento rude recebido (herança cultural do tratamento dado aos escravos);  Não tardaram a surgir revoltas, entre elas a da Fazenda Ibicaba, em Limeira, de propriedade do senador Nicolau Campos Vergueiro.  Recorrer a Justiça no Brasil tornava-se impraticável, pois muitos juízes eram proprietários rurais e julgavam improcedente os reclames dos imigrantes, muitos dos quais acusados de rebeldes.  o livro Memórias de um imigrante no Brasil, de um imigrante suíço, denunciou as irregularidades do sistema.  Os governos europeus adotaram medidas restritivas à imigração para o Brasil. Em 1862 o governo alemão proibiu a imigração para o Brasil...
  • 15. 10. A imigração subvencionada  ... A falta de recursos dos próprios fazendeiros, couve ao governo imperial brasileiro subvencionar a imigração.  O governo imperial brasileiro arcaria com as despesas da imigração, isentando o imigrante de ressarcir o governo imperial dos custos da viagem.  Ao fazendeiro ficava o compromisso de pagar o salário e arcar com os gastos do imigrante durante o primeiro ano, além de reservar-lhe um lote de terras para o cultivo de subsistência.  O volume de imigrantes que se destinavam ao Brasil continuou abaixo do necessário e do previsto.para isso contribuiu a continuidade do trabalho escravo no Brasil... 11. A Lei de terras de 1850  Em 1850, o Governo Imperial mudava a. postura a respeito do progresso de colonização empreendido nas terras do governo, as terras devolutas  (ver texto na apostila pg 74) D. Pedro II, por Graça de Deus ...  Com quais intenções foi aprovada uma lei que impedia o governo de doar terras, num país com áreas fracamente povoadas, com uma fronteira terrestre tão extensa e passível de ocupação por pais vizinhos?  Não seria mais lógica, para atair trabalhadores e colonos estrangeiros, a doação de terras, como havia feito o governo norte-americano com o Homested Act?  Não para a aristocracia rual brasileira,
  • 16.  Visto que os imigrantes não possuíam seuquer dinheiro para pagarem suas próprias passagens para o Brasil  Por isso assembleia Geral (congresso), dominada pelos aristocratas rurais, aprovou a Lei de Terras. 12. Conflitos com a Inglaterra: A questão Christie  Um dos marcos da politica externa brasileira durante o Segundo Reinado foi o conflito diplomático ocorrido com a Inglaterra, a Questão Christie, num momento em que a economia agroexportadora cafeeira brasileira se prendia mais aos Estados Unidos do que aos ingleses.  (...) a Inglaterra era um poderoso aliado do Brasil. Investimentos na economia brasileira, fundamentalmente na área de serviços comprovam essa importância.  Em meio ao estremecimento das relações comerciais entre os dois países, desenrolou-se a ruptura diplomática entre Brasil e Inglaterra, em decorrência da Questão Christie.  Crise diplomática.... Saque ocorrido a um cargueiro inglês... Prisão de dois oficiais da marinha inglesa..  Sir William Christie, exigiu do governo imperial brasileiro uma indenização pela carga roubada e pedido formal de desculpas...  O governo imperial brasileiro não atendeu às reivindicações  Cinco navios brasileiros, apreendidos no porto do Rio de Janeiro, foram levados para a Inglaterra.  O governo imperial brasileiro rompeu relações diplomáticas com a inglaterra por três anos...  O governo imperial brasileiro cedeu e indenizou aos donos do cargueiro Príncipe de Gales.  Observando os fatos, Leopoldo I, rei da Bélgica, deu ganho de causa ao Brasil. Era tarde, a indenização já havia sido paga, e não foi devolvida.
  • 17.  13. As Guerras Platinas: Uruguai, Argentina e Paraguai  Na região platina foi marcada por intervenções militares que objetivavam defender o direito de livre navegação...  É importante notar que a região da bacia do Prata era importante econômica e estrategicamente não só para o Brasil, mas também para Uruguai, a Argentina e Paraguaí.  As rivalidades politicas nos países platinos, e entre eles, foram exploradas pelo impéiro do Brasil..  A rivalidades políticas no Uruguai gravitavam ao redor de dois partidos: Blanco e Colorado.  Juan Manuel Rosas, que pretendia fortalecer a Argentina na região platina e estabelecer um domínio completo sobre o estuário, adotando medidas protecionistas e restritivas a navegação na bacia platina  Contrariava não só os interesses brasileiros, ms também ingleses e franceses.  O governos brasileiro interveio aliando-se aos colorados ...  A aliança entre Brasil, Uruguai e as forças de caudilho Urquiza voltaram-se para derrubar o presidente argentino Rosas..  Novo presidente argentino, Urquiza, assinou com o Brasil, o Tratado de Amizade, Comércio e Navegação em 1856.  Nova intervenção brasileira no Uruguai se daria com o apoio do presidente argentino, Bartolomeu Mitre. Novamente os conflitos internos no Uruguai entre blancos e colorados determinaram essa segunda intervenção militar .
  • 18.  Frente a essa situação o presidente uruguaio buscou alianças com Paraguai, presidido por Francisco Solano Lopez, que, por sua vez, também se aliou aos argentinos da região de Corrientes e Entre-Rios, em oposição ao governo de Buenos Aires.  Pela primeira vez os governo brasileiro e argentino convergiram para os mesmo interesses, a vitória dos colorados no Uruguaí e a garantia da livre-navegação nos rios Paraná e Paraguai. A tradicional rivalidade entre as duas nações dera origem a uma aliança contra os blancos e Paraguai de Solano Lopez .  O conselheiro do Império do Brasil, José Antônio de Saraiva, foi enviado ao Uruguai com a missão de intervir diplomaticamente no conflito uruguaio.  Houve nova recusa pelo governo uruguaio desencadeando a intervenção militar brasileira a 12 de setembro de 1864.  Solano Lopez, em represália, mandou aprisionar o navio a vapor brasileiro Marquês de Olinda, em novembro de 1864 e, em dezembro, ordenou a invasão ao Mato Grosso.  O conflito no Uruguai foi finalizado.  O Paraguai perdia seu principal aliado  O que se deu na verdade, foi algo impensável: uma aliança militar entre argentinos, brasileiros e uruguaios, a Tríplice Aliança, em maio de 1865  Em julho de 1865 tropas paraguaias invadiram o Rio Grande do Sul  Avançaram sobre o território argentino e brasileiro, numa clara superioridade militar  Estimativa mais realista: o Paraguai teria entre 28 mil e 57 mil homens e uma população próxima de 400 mil; o Brasil possuía cerca de 16 mil homens e 10 milhões de habitantes; Argentina entre 10 mil e 15 mil homens e 1,5 milhão de habitantes; o Uruguai com 5 mil homens e uma população de 300 mil habitantes.
  • 19.  A Batalha de Riachuelo, a 11 de junho de 1865, vencida pelos brasileiros no rio Paraná foi decisiva no desenrolar do conflito, pois bloqueou a possibilidade de o Paraguai receber armas e auxilio do exterior  A dificuldade era tamanha que a tentativa militar brasileira em 1867 de retomar essa parte do território brasileiro das forças paraguaias, fracassou, ficando conhecida como a Retirada da Laguna.  Batalha de Tuiuti, maio de 1866 ... 12 mil homens, sendo 6 mil mortos  Um dos destaque nesse período foi a reorganização do exército brasileiro por Caxias. Em janeira de 1869, Caxias ocupa Assunção e considera a guerra encerrada, porém, Solano Lopez havia fugido, refugiando-se na cordilheiras.  Por fim, na ultima etapa da guerra, o conde D’Eu, genro do Imperador Pedro II, assume o comando das tropas aliadas, empreende a Batalha de Campo Grande e, em 1º de março de 1870, Solano Lopez é morto em Cerro Corá. A guerra era, finalmente, considerada terminada.  Entre o resultados do maior conflito ocorrido na América Latina, o mais significativo foi, sem dúvida alguma, o extermínio da população paraguaia: cerca de 70% da população foi morta, principalmente de fome e doenças.  Paraguai... Perdeu parte significativa do território do Chaco para os argentinos, além de territórios para o Brasil no atual estado do Mato Grosso.  O Brasil teve um gasto de 614 mil contos de réis... Endividamento com a “Inglaterra”. 