SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 69
Baixar para ler offline
TRANSPLANTES
O transplante, também chamado de transplantação, é
a transferência de células, tecidos e órgãos vivos com
a finalidade de restabelecer uma função perdida.
Este é o antes e o depois de Richard Lee Norris, de 37
anos. Em março de 2012, recebeu transplante de
mandíbula, dentes, língua, pele, nervos e músculos.
TIPOS DE TRANSPLANTE

Autólogo: transplante para o mesmo indivíduo;

Isólogo ou singênico: órgão ou tecido provém de um
gêmeo idêntico;

Homólogos ou alogênicos: entre indivíduos
diferentes da mesma espécie;

Heterólogos ou xenogênicos: entre espécies
diferentes.
Xenoantígenos: moléculas reconhecidas como
estranhas nos xenoenxertos.
Aloantígenos: moléculas reconhecidas como
estranhas nos aloenxertos. Desencadeiam respostas
imunes celulares e humorais.
Linfócito
TIPOS DE DOADORES

Doadores vivos.
Tipos de órgãos doados: Um dos rins, parte do
pulmão, parte do fígado e medula óssea.

Doadores não-vivos  ou com constatação de morte
encefálica.
Tipos de tecidos e órgãos doados: Rins, pulmões,
válvulas cardíacas, fígado, pâncreas, intestino,
córneas, osso, cartilagem, tendão, veias e pele.
Pessoas que vivem com enxertos funcionais nos Estados Unidos, 1999-2007.
HISTÓRIA
DO
TRANSPLANTE
A verger's dream. Saints
Cosmas and Damian
performing leg transplant
( Master of Los Balbases,
1495)

O primeiro transplante do mundo foi realizado em
1933 por cirurgião ucraniano em um homem para
tratar uma insuficiência renal aguda;

Em 1963 foi realizado o primeiro transplante de
fígado e em 1967 o primeiro cardíaco.

No Brasil o primeiro transplante realizado foi em
1968.

 Em 1978, a introdução da ciclosporina (droga
imunossupressora) revolucionou os transplantes
clínicos em todo o mundo.

E na década de 1980, as retiradas de múltiplos órgãos
foram padronizadas, surgiram novos medicamentos
imunossupressores e foi desenvolvida uma solução de
conservação de órgãos que aumentaram o sucesso dos
transplantes no mundo.
Ciclosporina
IMUNOLOGIA
DO TRANSPLANTE
Célula T
Genes polimórficos de histocompatibilidade,
localizados num segmento do braço curto do
cromossomo 6 expressos em quase todos os tecidos
determinam o reconhecimento de células
transplantadas como próprias ou estranhas.
As moléculas do complexo principal de
histocompatibilidade (MHC) são responsáveis
por quase todas as reações de rejeição forte
(rápida). Clinicamente, as moléculas do MHC
são chamadas de HLA (antígenos leucociários
humanos).
A função das moléculas protéicas de membrana MHC
é apresentar peptídeos derivados de antígenos
protéicos, em uma forma que pode ser reconhecida
pelas células T.
As moléculas HLA estão presentes na superfície
de todas nossas células nucleadas e as
características genéticas ou tipagem de cada
indivíduo são herdadas metade do pai e a outra
metade da mãe.
COMO FUNCIONA A GENÉTICA
DA REJEIÇÃO DO ENXERTO?
As duas vias de apresentação de moléculas MHC do
enxerto para as células T do receptor:
I. APRESENTAÇÃO DIRETA:
Célula
apresentadora do
antígeno
(enxerto)
Linfócito T
(receptor)
Durante o desenvolvimentos dos linfócitos T no
timo, as células T com baixa reatividade ao MHC
próprio tendem a sobreviver e as células T que têm
alta afinidade pelo MHC próprio tendem a ser
eliminadas. Células T que se ligam fortemente a
moléculas alogênicas do MHC não são
necessariamente eliminadas.
Uma única molécula alogênica do MHC pode ser
=
Muitas moléculas de MHC próprios + peptídeos
diferentes ligados
=
●
TODAS as moléculas MHC
em um APC doador serão
reconhecidas por células T
alorreativas como estranhas.
●
Em uma infecção microbi-
ana, MENOS DE 1% das
moléculas do MHC em uma
APC apresentam peptídeos
microbianos que são
reconhecidos como estranhos
pelas células T.
ALORRECONHECIMENTO DIRETO
Células T CD 8
(moléculas de MHC de classe I)
Linfócitos T
citotóxicos
Matam as células do
enxerto
II. APRESENTAÇÃO INDIRETA:
Célula
apresentadora do
antígeno
(enxerto)
Linfócito T
(receptor)
Célula produtora
de antígeno
(receptor)
ALORRECONHECIMENTO DIRETO
Células T CD 8
(moléculas de MHC de classe I)
Linfócitos T
citotóxicos
Matam as células do
enxerto
II. APRESENTAÇÃO INDIRETA: As moléculas
alogênicas do MHC tem sequências diferentes
daquelas do hospedeiro e podem gerar peptideos
estranhos às moléculas de MHC do hospedeiro.
Célula
apresentadora do
antígeno
(enxerto)
Linfócito T
(receptor)
Célula produtora
de antígeno
(receptor)
II. APRESENTAÇÃO INDIRETA: alorreconhe-
cimento feito por moléculas MHC de classe II. O
aloantígeno é adquirido pelas APC do hospedeiro
principalmente pela via endossômica vesicular, em
consequência da fagocitose.
II. APRESENTAÇÃO INDIRETA:
●
Induz respostas de células T CD4 (específicas para
moléculas do MHC alogênicas de classe II);
●
Pode contribuir para a rejeição tardia ou crônica de
aloenxertos.
ALORRECONHECIMENTO INDIRETO
Células T CD 4
(moléculas de MHC de classe II)
Células produtoras
de citocinas
Matam as células do
enxerto
SENSIBILIZAÇÃO
REJEIÇÃO
Em cutura mista de linfócitos, a rejeição pode ser
inibida por agentes que bloqueiam as moléculas
B7. Por que, então, na ausência de infecção, estes
co-estimuladores são expressos?
O dano esquêmico e morte de células do enxerto
associados ao transplante de órgãos faz com que
as células danificadas expressem moléculas que
estimulam reações imunológicas naturais, o que
resulta na expressão aumentada de
coestimuladores nas APC.
REJEIÇÃO
I. HIPERAGUDA II. AGUDA III. CRÔNICA
REJEIÇÃO HIPERAGUDA
(dentro de 48 horas)
I. Anastomose entre
os vasos sanguíneos
do hospedeiro e do
enxerto
II. Anticorpos se
ligam ao endotélio e
ativam o
complemento
Lesão celular
endotelial que ativa
plaquetas
Trombose arterial
LESÃO ISQUÊMICA
IRREVERSÍVEL!
REJEIÇÃO AGUDA
Infiltrados de linfócitos
T citotóxicos
(principalmente CD8)
invadem e destroem
componentes do
enxerto
Produção de citocinas que
ativam e recrutam células
inflamatórias
Aloanticorpos se ligam a
aloantígenos em células
endoteliais vasculares
Ativação e
recrutamento de
neutrófilos
Ativação do complemento,
trombose intravascular e
necrose vascular
DESTRUIÇÃO DO
ENXERTO!
REJEIÇÃO CRÔNICA
(dentro de 6 meses a 1 ano)
Ativação de células T
alorreativas e secreção
de citocinas
Proliferação de células
vasculares endoteliais e
células musculares lisas
(túnica íntima e média)
Reparo com fibrose (substituição do
parênquima por tecido fibroso não-funcional) e
consequente isquemia (oclusão arterial)
FALÊNCIA DO
ÓRGÃO!
PREPARAÇÃO PARA O TRANSPLANTE
Critérios, aspectos e procedimentos utilizados
na seleção de doadores que fazem aumentar a
sobrevida dos transplantes:
●
Doador vivo ou não;
●
Grau de parentesco;
●
Compatibilidade ABO;
●
Tipagem HLA do receptor;
●
Prova cruzada ou cross-match;
●
Idade do doador;
●
Ponto de vista clínico e emocional.
PROVA CRUZADA OU CROSS-MATCH
A prova cruzada (cross-match) é o exame utilizado
para detectar a presença de anticorpos pré-
formados específicos contra um tipo de doador.
Pode-se dizer que é uma simulação do transplante.
●
É feito através de amostras de sangue do receptor e
do(s) possível(eis) doador(es).
●
Se for positivo, o transplante não pode ser realizado,
pois a chance de rejeição imediata é quase 100%.
SISTEMA ABO
●
Verifica a compatibilidade dos tipos de sangue do
doador e do receptor;
●
A compatibilidade do sistema ABO é um dos
critérios na escolha de doadores para transplantes;
●
Antígenos ABO
são expressos no
endotélio
vascular;
●
A incompatibilidade ABO maior pode levar à rejeição
do enxerto por lesão e trombose endotelial;
●
Mais importante em tecidos muito vascularizados.
Estruturas de carboidrato adicionadas à superfície celular:
A: herda um gene para N-acetil-D-galactosaminil
transferase, que gera o antígeno A.
B: herda um gene que gera D-galactosiltransferase, que gera o
antígeno B.
AB: herda genes para as duas enzimas.
O: não herda genes para nenhuma enzima.
TERAPIA IMUNOSSUPRESSORA
●
Objetiva prevenir o reconhecimento do aloenxerto
como exógeno e subsequente destruição dos tecidos
transplantados.
●
Atualmente, são usados quatro grandes grupos de
terapias imunossupressoras gerais: antimeta-bólitos,
corticosteróides, metabólitos fúngicos e bacterianos e
radiação X.
●
A introdução da ciclosporina, um metabólito fúngico,
introduziu a era moderna dos transplantes.
A ciclosporina inibe a ativação do NFAT (fator nuclear
de células T ativadas e a transcrição da citocina IL-2 e
outros genes citocinais, o que bloqueia a proliferação e
diferenciação de células T dependentes de IL-2.
Azatioprina é um
antimetabólito que inibe
uma enzima que
participa da síntese do
DNA.
Tacrolimus é um
imunossupressor
derivado de um
metabólito
bacteriano.
Outros tratamentos mais específicos envolvem
anticorpos monoclonais e o bloqueio dos sinais co-
estimulatórios de linfócitos específicos.
A combinação de medicamentos, geralmente em
esquema tríplice, ou seja, com 3 imunossupressores, visa
garantir melhor eficácia do tratamento, pois cada um
deles tem mecanismos de ação diferentes e a combinação
possibilita usar doses mais seguras, evitando eventos
adversos.
TOLERÂNCIA A ALOENXERTOS
Em alguns casos o aloenxerto é aceito sem a
necessidade do uso de medicamentos imunoensaios-
supressores Pode acontecer por dois fatores:
1. Quando tecidos ou células são transplantados no
chamado “sítio privilegiado”;
2. Quando o estado de tolerância é induzido
biologicamente.
O QUE HÁ DE NOVO?
●
Os órgãos mais frequentemente doados por doadores
vivos são a medula óssea e os rins.
●
De quantos órgãos precisaríamos para acabar com a fila
de transplantes no Brasil? Anote aí: 63.000 órgãos.
●
Você sabia que na China, os prisioneiros condenados à
morte são obrigados a doar seus órgãos?
●
Em 1970, um cirurgião americano já conseguiu unir a
cabeça de um chimpanzé ao corpo de outro, mas não
pôde conectar o cérebro com o espinha dorsal e o
animal morreu após nove dias.
●
A primeira operação de transplante de cabeça
humana, está com data marcada para o ano de 2017.
BIBLIOGRAFIA
KNOTT, R. B.; SCHEFER, J. & SCHOENBORN, B. P. (1990). Neutron
structure of the immunosuppressant cyclosporin A. Acta Crystallographica
Section C 46: 1528-1533. (Estrutura da ciclosporina)
DOI:10.1107/S0108270189011480.
WANG, R. et al. Structural basis of mouse cytomegalovirus m152/gp40
interaction with RAE1 reveals a paradigm for MHC/MHC interaction inγ
immune evasion. Proc Natl Acad Sci U S A. 2012 Dec 18;109(51):E3578-87. doi:
10.1073/pnas.1214088109
Imunologia: Aula 7 - Complexo Principal de Histocompatibilidade
https://www.youtube.com/watch?v=QU_edDJuRPg
(Acessado em 10/11/15)
http://evunix.uevora.pt/~sinogas/TRABALHOS/
(Acessado em 10/11/15)

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula 4 imunidade adquirida humoral_2-2011
Aula 4 imunidade adquirida humoral_2-2011Aula 4 imunidade adquirida humoral_2-2011
Aula 4 imunidade adquirida humoral_2-2011mfernandamb
 
Interpretação do hemograma
Interpretação do hemogramaInterpretação do hemograma
Interpretação do hemogramaJoziane Brunelli
 
Antigenos e Anticorpos
Antigenos e AnticorposAntigenos e Anticorpos
Antigenos e AnticorposLABIMUNO UFBA
 
Coagulação Sanguínea
Coagulação SanguíneaCoagulação Sanguínea
Coagulação Sanguínearesenfe2013
 
Imunidade adaptativa
Imunidade adaptativaImunidade adaptativa
Imunidade adaptativaSilas Gouveia
 
Mhc e apresentação de antigenos
Mhc e apresentação de antigenosMhc e apresentação de antigenos
Mhc e apresentação de antigenosFabrícia Fontes
 
Fisiologia do sistema digestório
Fisiologia do sistema digestórioFisiologia do sistema digestório
Fisiologia do sistema digestórioLIVROS PSI
 
ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em Imunologia
ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em ImunologiaICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em Imunologia
ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em ImunologiaRicardo Portela
 
Coleta, transporte e conservação de amostras em
Coleta, transporte e conservação de amostras emColeta, transporte e conservação de amostras em
Coleta, transporte e conservação de amostras emClaysson Xavier
 
Aula de Instrumentação Biomédica sobre Coleta e Amostras
Aula de Instrumentação Biomédica sobre Coleta e AmostrasAula de Instrumentação Biomédica sobre Coleta e Amostras
Aula de Instrumentação Biomédica sobre Coleta e AmostrasJaqueline Almeida
 
ICSA17 - MHC e Apresentação de Antígenos
ICSA17 - MHC e Apresentação de AntígenosICSA17 - MHC e Apresentação de Antígenos
ICSA17 - MHC e Apresentação de AntígenosRicardo Portela
 
Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]Gildo Crispim
 
Hipersensibilidade II ,III e IV
Hipersensibilidade II ,III e IVHipersensibilidade II ,III e IV
Hipersensibilidade II ,III e IVLABIMUNO UFBA
 
Resumo Hospedeiro e Parasita
Resumo Hospedeiro e ParasitaResumo Hospedeiro e Parasita
Resumo Hospedeiro e ParasitaNathy Oliveira
 

Mais procurados (20)

Aula 4 imunidade adquirida humoral_2-2011
Aula 4 imunidade adquirida humoral_2-2011Aula 4 imunidade adquirida humoral_2-2011
Aula 4 imunidade adquirida humoral_2-2011
 
Interpretação do hemograma
Interpretação do hemogramaInterpretação do hemograma
Interpretação do hemograma
 
Antigenos e Anticorpos
Antigenos e AnticorposAntigenos e Anticorpos
Antigenos e Anticorpos
 
Hipersensibilidade tipo III
Hipersensibilidade tipo  IIIHipersensibilidade tipo  III
Hipersensibilidade tipo III
 
Adaptação celular
Adaptação celularAdaptação celular
Adaptação celular
 
Coagulação Sanguínea
Coagulação SanguíneaCoagulação Sanguínea
Coagulação Sanguínea
 
Hemostasia
HemostasiaHemostasia
Hemostasia
 
Sangue e hematopoiese
Sangue e hematopoieseSangue e hematopoiese
Sangue e hematopoiese
 
Imunidade adaptativa
Imunidade adaptativaImunidade adaptativa
Imunidade adaptativa
 
Mhc e apresentação de antigenos
Mhc e apresentação de antigenosMhc e apresentação de antigenos
Mhc e apresentação de antigenos
 
Fisiologia do sistema digestório
Fisiologia do sistema digestórioFisiologia do sistema digestório
Fisiologia do sistema digestório
 
ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em Imunologia
ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em ImunologiaICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em Imunologia
ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em Imunologia
 
Coleta, transporte e conservação de amostras em
Coleta, transporte e conservação de amostras emColeta, transporte e conservação de amostras em
Coleta, transporte e conservação de amostras em
 
Aula de Instrumentação Biomédica sobre Coleta e Amostras
Aula de Instrumentação Biomédica sobre Coleta e AmostrasAula de Instrumentação Biomédica sobre Coleta e Amostras
Aula de Instrumentação Biomédica sobre Coleta e Amostras
 
Apresentação seminário transplantes
Apresentação seminário transplantesApresentação seminário transplantes
Apresentação seminário transplantes
 
ICSA17 - MHC e Apresentação de Antígenos
ICSA17 - MHC e Apresentação de AntígenosICSA17 - MHC e Apresentação de Antígenos
ICSA17 - MHC e Apresentação de Antígenos
 
Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]
 
Hipersensibilidade II ,III e IV
Hipersensibilidade II ,III e IVHipersensibilidade II ,III e IV
Hipersensibilidade II ,III e IV
 
Patologia aula 2
Patologia aula 2Patologia aula 2
Patologia aula 2
 
Resumo Hospedeiro e Parasita
Resumo Hospedeiro e ParasitaResumo Hospedeiro e Parasita
Resumo Hospedeiro e Parasita
 

Semelhante a Transplantes

Imunologia i completa - arlindo
Imunologia i   completa - arlindoImunologia i   completa - arlindo
Imunologia i completa - arlindo00net
 
Apostila 1 revisão - Imunologia Básica
Apostila 1 revisão - Imunologia BásicaApostila 1 revisão - Imunologia Básica
Apostila 1 revisão - Imunologia BásicaGenecy Costa
 
Células, tecidos e órgãos linfóides aula ii
Células, tecidos e órgãos linfóides aula iiCélulas, tecidos e órgãos linfóides aula ii
Células, tecidos e órgãos linfóides aula iiBila Bernardes
 
Resposta Imune Adaptativa.pptx
Resposta Imune Adaptativa.pptxResposta Imune Adaptativa.pptx
Resposta Imune Adaptativa.pptxJooSantana94
 
.Apresentação 12º sistema imunitário
.Apresentação 12º sistema imunitário.Apresentação 12º sistema imunitário
.Apresentação 12º sistema imunitárioCidalia Aguiar
 
ICS – A46 Imunologia Básica - 2010-1
ICS – A46 Imunologia Básica - 2010-1ICS – A46 Imunologia Básica - 2010-1
ICS – A46 Imunologia Básica - 2010-1LABIMUNO UFBA
 
Anticorpos Monoclonais
Anticorpos MonoclonaisAnticorpos Monoclonais
Anticorpos MonoclonaisLABIMUNO UFBA
 
Ap4 - Anticorpos Monoclonais
Ap4 - Anticorpos MonoclonaisAp4 - Anticorpos Monoclonais
Ap4 - Anticorpos MonoclonaisLABIMUNO UFBA
 
Cap1 imunologia
Cap1 imunologiaCap1 imunologia
Cap1 imunologiaphilhote
 
ICS – A46 Imunologia Básica - 2010-1
ICS – A46 Imunologia Básica - 2010-1ICS – A46 Imunologia Básica - 2010-1
ICS – A46 Imunologia Básica - 2010-1LABIMUNO UFBA
 

Semelhante a Transplantes (20)

16 Imun Esp.B T
16 Imun Esp.B T16 Imun Esp.B T
16 Imun Esp.B T
 
Aula 1 geral hq
Aula 1 geral hqAula 1 geral hq
Aula 1 geral hq
 
Imunologia i completa - arlindo
Imunologia i   completa - arlindoImunologia i   completa - arlindo
Imunologia i completa - arlindo
 
Apostila 1 revisão - Imunologia Básica
Apostila 1 revisão - Imunologia BásicaApostila 1 revisão - Imunologia Básica
Apostila 1 revisão - Imunologia Básica
 
Células, tecidos e órgãos linfóides aula ii
Células, tecidos e órgãos linfóides aula iiCélulas, tecidos e órgãos linfóides aula ii
Células, tecidos e órgãos linfóides aula ii
 
Sistema imune
Sistema imuneSistema imune
Sistema imune
 
Sistema imune
Sistema imuneSistema imune
Sistema imune
 
Aloantígenos
 Aloantígenos Aloantígenos
Aloantígenos
 
Imunologia final
Imunologia finalImunologia final
Imunologia final
 
Receptores feuduc
Receptores feuducReceptores feuduc
Receptores feuduc
 
Aula imune1a
Aula imune1a Aula imune1a
Aula imune1a
 
Imuno+ct vanessinha
Imuno+ct vanessinhaImuno+ct vanessinha
Imuno+ct vanessinha
 
Resposta Imune Adaptativa.pptx
Resposta Imune Adaptativa.pptxResposta Imune Adaptativa.pptx
Resposta Imune Adaptativa.pptx
 
.Apresentação 12º sistema imunitário
.Apresentação 12º sistema imunitário.Apresentação 12º sistema imunitário
.Apresentação 12º sistema imunitário
 
ICS – A46 Imunologia Básica - 2010-1
ICS – A46 Imunologia Básica - 2010-1ICS – A46 Imunologia Básica - 2010-1
ICS – A46 Imunologia Básica - 2010-1
 
Anticorpos Monoclonais
Anticorpos MonoclonaisAnticorpos Monoclonais
Anticorpos Monoclonais
 
Ap4 - Anticorpos Monoclonais
Ap4 - Anticorpos MonoclonaisAp4 - Anticorpos Monoclonais
Ap4 - Anticorpos Monoclonais
 
Cap1 imunologia
Cap1 imunologiaCap1 imunologia
Cap1 imunologia
 
ICS – A46 Imunologia Básica - 2010-1
ICS – A46 Imunologia Básica - 2010-1ICS – A46 Imunologia Básica - 2010-1
ICS – A46 Imunologia Básica - 2010-1
 
Medresumos 2016 mad ii
Medresumos 2016   mad iiMedresumos 2016   mad ii
Medresumos 2016 mad ii
 

Mais de Fábio Ianomami

Mais de Fábio Ianomami (8)

A Origem da Aves
A Origem da AvesA Origem da Aves
A Origem da Aves
 
Apêndices dos arthropoda
Apêndices dos arthropodaApêndices dos arthropoda
Apêndices dos arthropoda
 
Circulação slides
Circulação slidesCirculação slides
Circulação slides
 
A respiração
A respiraçãoA respiração
A respiração
 
A célula cancerosa
A célula cancerosaA célula cancerosa
A célula cancerosa
 
Tardigrada slides
Tardigrada slidesTardigrada slides
Tardigrada slides
 
Onychophora slides
Onychophora slidesOnychophora slides
Onychophora slides
 
Biomas do Brasil
Biomas do BrasilBiomas do Brasil
Biomas do Brasil
 

Último

HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptHIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptAlberto205764
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfMedTechBiz
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivProfessorThialesDias
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdfMichele Carvalho
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 

Último (8)

HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptHIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 

Transplantes

  • 2. O transplante, também chamado de transplantação, é a transferência de células, tecidos e órgãos vivos com a finalidade de restabelecer uma função perdida.
  • 3. Este é o antes e o depois de Richard Lee Norris, de 37 anos. Em março de 2012, recebeu transplante de mandíbula, dentes, língua, pele, nervos e músculos.
  • 4. TIPOS DE TRANSPLANTE  Autólogo: transplante para o mesmo indivíduo;  Isólogo ou singênico: órgão ou tecido provém de um gêmeo idêntico;
  • 5.  Homólogos ou alogênicos: entre indivíduos diferentes da mesma espécie;  Heterólogos ou xenogênicos: entre espécies diferentes.
  • 6. Xenoantígenos: moléculas reconhecidas como estranhas nos xenoenxertos. Aloantígenos: moléculas reconhecidas como estranhas nos aloenxertos. Desencadeiam respostas imunes celulares e humorais. Linfócito
  • 7. TIPOS DE DOADORES  Doadores vivos. Tipos de órgãos doados: Um dos rins, parte do pulmão, parte do fígado e medula óssea.
  • 8.  Doadores não-vivos  ou com constatação de morte encefálica. Tipos de tecidos e órgãos doados: Rins, pulmões, válvulas cardíacas, fígado, pâncreas, intestino, córneas, osso, cartilagem, tendão, veias e pele.
  • 9. Pessoas que vivem com enxertos funcionais nos Estados Unidos, 1999-2007.
  • 10. HISTÓRIA DO TRANSPLANTE A verger's dream. Saints Cosmas and Damian performing leg transplant ( Master of Los Balbases, 1495)
  • 11.  O primeiro transplante do mundo foi realizado em 1933 por cirurgião ucraniano em um homem para tratar uma insuficiência renal aguda;  Em 1963 foi realizado o primeiro transplante de fígado e em 1967 o primeiro cardíaco.
  • 12.  No Brasil o primeiro transplante realizado foi em 1968.   Em 1978, a introdução da ciclosporina (droga imunossupressora) revolucionou os transplantes clínicos em todo o mundo.
  • 13.  E na década de 1980, as retiradas de múltiplos órgãos foram padronizadas, surgiram novos medicamentos imunossupressores e foi desenvolvida uma solução de conservação de órgãos que aumentaram o sucesso dos transplantes no mundo. Ciclosporina
  • 15. Genes polimórficos de histocompatibilidade, localizados num segmento do braço curto do cromossomo 6 expressos em quase todos os tecidos determinam o reconhecimento de células transplantadas como próprias ou estranhas.
  • 16.
  • 17. As moléculas do complexo principal de histocompatibilidade (MHC) são responsáveis por quase todas as reações de rejeição forte (rápida). Clinicamente, as moléculas do MHC são chamadas de HLA (antígenos leucociários humanos).
  • 18. A função das moléculas protéicas de membrana MHC é apresentar peptídeos derivados de antígenos protéicos, em uma forma que pode ser reconhecida pelas células T.
  • 19. As moléculas HLA estão presentes na superfície de todas nossas células nucleadas e as características genéticas ou tipagem de cada indivíduo são herdadas metade do pai e a outra metade da mãe. COMO FUNCIONA A GENÉTICA DA REJEIÇÃO DO ENXERTO?
  • 20.
  • 21. As duas vias de apresentação de moléculas MHC do enxerto para as células T do receptor: I. APRESENTAÇÃO DIRETA: Célula apresentadora do antígeno (enxerto) Linfócito T (receptor)
  • 22. Durante o desenvolvimentos dos linfócitos T no timo, as células T com baixa reatividade ao MHC próprio tendem a sobreviver e as células T que têm alta afinidade pelo MHC próprio tendem a ser eliminadas. Células T que se ligam fortemente a moléculas alogênicas do MHC não são necessariamente eliminadas.
  • 23. Uma única molécula alogênica do MHC pode ser = Muitas moléculas de MHC próprios + peptídeos diferentes ligados =
  • 24.
  • 25.
  • 26. ● TODAS as moléculas MHC em um APC doador serão reconhecidas por células T alorreativas como estranhas. ● Em uma infecção microbi- ana, MENOS DE 1% das moléculas do MHC em uma APC apresentam peptídeos microbianos que são reconhecidos como estranhos pelas células T.
  • 27. ALORRECONHECIMENTO DIRETO Células T CD 8 (moléculas de MHC de classe I) Linfócitos T citotóxicos Matam as células do enxerto
  • 28. II. APRESENTAÇÃO INDIRETA: Célula apresentadora do antígeno (enxerto) Linfócito T (receptor) Célula produtora de antígeno (receptor)
  • 29.
  • 30. ALORRECONHECIMENTO DIRETO Células T CD 8 (moléculas de MHC de classe I) Linfócitos T citotóxicos Matam as células do enxerto
  • 31. II. APRESENTAÇÃO INDIRETA: As moléculas alogênicas do MHC tem sequências diferentes daquelas do hospedeiro e podem gerar peptideos estranhos às moléculas de MHC do hospedeiro. Célula apresentadora do antígeno (enxerto) Linfócito T (receptor) Célula produtora de antígeno (receptor)
  • 32. II. APRESENTAÇÃO INDIRETA: alorreconhe- cimento feito por moléculas MHC de classe II. O aloantígeno é adquirido pelas APC do hospedeiro principalmente pela via endossômica vesicular, em consequência da fagocitose.
  • 33. II. APRESENTAÇÃO INDIRETA: ● Induz respostas de células T CD4 (específicas para moléculas do MHC alogênicas de classe II); ● Pode contribuir para a rejeição tardia ou crônica de aloenxertos.
  • 34. ALORRECONHECIMENTO INDIRETO Células T CD 4 (moléculas de MHC de classe II) Células produtoras de citocinas Matam as células do enxerto
  • 37. Em cutura mista de linfócitos, a rejeição pode ser inibida por agentes que bloqueiam as moléculas B7. Por que, então, na ausência de infecção, estes co-estimuladores são expressos?
  • 38. O dano esquêmico e morte de células do enxerto associados ao transplante de órgãos faz com que as células danificadas expressem moléculas que estimulam reações imunológicas naturais, o que resulta na expressão aumentada de coestimuladores nas APC.
  • 39. REJEIÇÃO I. HIPERAGUDA II. AGUDA III. CRÔNICA
  • 40. REJEIÇÃO HIPERAGUDA (dentro de 48 horas) I. Anastomose entre os vasos sanguíneos do hospedeiro e do enxerto II. Anticorpos se ligam ao endotélio e ativam o complemento
  • 41. Lesão celular endotelial que ativa plaquetas Trombose arterial
  • 43.
  • 44. REJEIÇÃO AGUDA Infiltrados de linfócitos T citotóxicos (principalmente CD8) invadem e destroem componentes do enxerto Produção de citocinas que ativam e recrutam células inflamatórias
  • 45. Aloanticorpos se ligam a aloantígenos em células endoteliais vasculares Ativação e recrutamento de neutrófilos Ativação do complemento, trombose intravascular e necrose vascular
  • 47.
  • 48. REJEIÇÃO CRÔNICA (dentro de 6 meses a 1 ano) Ativação de células T alorreativas e secreção de citocinas Proliferação de células vasculares endoteliais e células musculares lisas (túnica íntima e média)
  • 49. Reparo com fibrose (substituição do parênquima por tecido fibroso não-funcional) e consequente isquemia (oclusão arterial)
  • 51.
  • 52. PREPARAÇÃO PARA O TRANSPLANTE Critérios, aspectos e procedimentos utilizados na seleção de doadores que fazem aumentar a sobrevida dos transplantes: ● Doador vivo ou não; ● Grau de parentesco; ● Compatibilidade ABO;
  • 53. ● Tipagem HLA do receptor; ● Prova cruzada ou cross-match; ● Idade do doador; ● Ponto de vista clínico e emocional.
  • 54. PROVA CRUZADA OU CROSS-MATCH A prova cruzada (cross-match) é o exame utilizado para detectar a presença de anticorpos pré- formados específicos contra um tipo de doador. Pode-se dizer que é uma simulação do transplante.
  • 55. ● É feito através de amostras de sangue do receptor e do(s) possível(eis) doador(es). ● Se for positivo, o transplante não pode ser realizado, pois a chance de rejeição imediata é quase 100%.
  • 56. SISTEMA ABO ● Verifica a compatibilidade dos tipos de sangue do doador e do receptor; ● A compatibilidade do sistema ABO é um dos critérios na escolha de doadores para transplantes; ● Antígenos ABO são expressos no endotélio vascular;
  • 57. ● A incompatibilidade ABO maior pode levar à rejeição do enxerto por lesão e trombose endotelial; ● Mais importante em tecidos muito vascularizados.
  • 58. Estruturas de carboidrato adicionadas à superfície celular: A: herda um gene para N-acetil-D-galactosaminil transferase, que gera o antígeno A.
  • 59. B: herda um gene que gera D-galactosiltransferase, que gera o antígeno B. AB: herda genes para as duas enzimas. O: não herda genes para nenhuma enzima.
  • 60. TERAPIA IMUNOSSUPRESSORA ● Objetiva prevenir o reconhecimento do aloenxerto como exógeno e subsequente destruição dos tecidos transplantados. ● Atualmente, são usados quatro grandes grupos de terapias imunossupressoras gerais: antimeta-bólitos, corticosteróides, metabólitos fúngicos e bacterianos e radiação X. ● A introdução da ciclosporina, um metabólito fúngico, introduziu a era moderna dos transplantes.
  • 61. A ciclosporina inibe a ativação do NFAT (fator nuclear de células T ativadas e a transcrição da citocina IL-2 e outros genes citocinais, o que bloqueia a proliferação e diferenciação de células T dependentes de IL-2.
  • 62.
  • 63. Azatioprina é um antimetabólito que inibe uma enzima que participa da síntese do DNA. Tacrolimus é um imunossupressor derivado de um metabólito bacteriano.
  • 64. Outros tratamentos mais específicos envolvem anticorpos monoclonais e o bloqueio dos sinais co- estimulatórios de linfócitos específicos. A combinação de medicamentos, geralmente em esquema tríplice, ou seja, com 3 imunossupressores, visa garantir melhor eficácia do tratamento, pois cada um deles tem mecanismos de ação diferentes e a combinação possibilita usar doses mais seguras, evitando eventos adversos.
  • 65. TOLERÂNCIA A ALOENXERTOS Em alguns casos o aloenxerto é aceito sem a necessidade do uso de medicamentos imunoensaios- supressores Pode acontecer por dois fatores: 1. Quando tecidos ou células são transplantados no chamado “sítio privilegiado”; 2. Quando o estado de tolerância é induzido biologicamente.
  • 66. O QUE HÁ DE NOVO? ● Os órgãos mais frequentemente doados por doadores vivos são a medula óssea e os rins. ● De quantos órgãos precisaríamos para acabar com a fila de transplantes no Brasil? Anote aí: 63.000 órgãos. ● Você sabia que na China, os prisioneiros condenados à morte são obrigados a doar seus órgãos?
  • 67. ● Em 1970, um cirurgião americano já conseguiu unir a cabeça de um chimpanzé ao corpo de outro, mas não pôde conectar o cérebro com o espinha dorsal e o animal morreu após nove dias. ● A primeira operação de transplante de cabeça humana, está com data marcada para o ano de 2017.
  • 68.
  • 69. BIBLIOGRAFIA KNOTT, R. B.; SCHEFER, J. & SCHOENBORN, B. P. (1990). Neutron structure of the immunosuppressant cyclosporin A. Acta Crystallographica Section C 46: 1528-1533. (Estrutura da ciclosporina) DOI:10.1107/S0108270189011480. WANG, R. et al. Structural basis of mouse cytomegalovirus m152/gp40 interaction with RAE1 reveals a paradigm for MHC/MHC interaction inγ immune evasion. Proc Natl Acad Sci U S A. 2012 Dec 18;109(51):E3578-87. doi: 10.1073/pnas.1214088109 Imunologia: Aula 7 - Complexo Principal de Histocompatibilidade https://www.youtube.com/watch?v=QU_edDJuRPg (Acessado em 10/11/15) http://evunix.uevora.pt/~sinogas/TRABALHOS/ (Acessado em 10/11/15)