1. O documento discute a cultura digital e os processos midiáticos para além da TV, incluindo inteligência coletiva em comunidades virtuais, narrativas transmidiáticas e funções pós-massivas com ênfase na mobilidade. 2. Dois modelos comunicacionais são resumidos: o modelo de comunicação sintética de Cardoso e o modelo de Nicolau focado em fluxo, conexão e relacionamento nas mídias interativas. 3. A série Lost é usada como exemplo para ilustrar alguns desses conceitos ao lidar com m
Processos midiáticos em Lost - Teorias e Modelos comunicacionais
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2. SUMÁRIO 1. Cibercultura e Cultura da Convergência: em que mundo a série Lost está inserida ou as bases para estudar uma cultura digital. 2. Processos midiáticos: o que está para além da TV? 2.1. Inteligência coletiva: comunidades virtuais e o conhecimento produzido coletivamente. 2.2. Narrativas transmidiáticas: jogos de realidade alternativa e sites ficcionais com enredo completamentar paralelo. 2.3. Funções pós-massivas, mobilidade e territórios informacionais: episódios para celular e mobilidade para trocar conteúdo. 3. Modelos comunicacionais que resumem os processos: Gustavo Cardoso e Marcos Nicolau.
5. CULTURA? “ O conjunto de valores e crenças que formam o comportamento; padrões repetitivos de comportamento geram costumes que são repetidos por instituições, bem como por organizações sociais informais. (...) Embora explícita a cultura é uma construção coletiva que transcende preferências individuais, ao mesmo tempo em que influencia as práticas das pessoas no seu âmbito”. (CASTELLS, 2003)
6. EVOLUÇÃO DA CULTURA SOB A PERSPECTIVA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO Cultura Oral Escrita Impressa Massiva Midiática Virtual
9. “ Podemos compreender a cibercultura como a forma sociocultural que emerge da relação simbiótica entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias de base micro-eletrônica que surgiram com a convergência das telecomunicações com a informática na década de 70”. (André Lemos, 2003) 1.1 Características Gerais CIBERCULTURA
10. - A cultura tecnomeritocrática (redes de cooperação voltadas para projetos tecnológicos) - A cultura Hacker (Marcada pelo ativismo. Tem como representantes os Phackers, cyberpunks, hackers e crackers) - A cultura comunitária virtual (compartilhamento tecnológico, interação social seletiva e integração simbólica) - A cultural empresarial (difusão das práticas da Internet como meio de ganhar dinheiro) 1.2- Partes constituintes da cibercultura: a cultura da Internet caracteriza-se por uma estrutura em quatro camadas: CIBERCULTURA
11. “ A cultura da Internet é uma cultura feita de uma crença tecnocrática no progresso dos seres humanos através da tecnologia, levado a cabo por comunidades de hackers que prosperam na criatividade tecnológica livre e aberta, incrustada em redes virtuais que pretendem reinventar a sociedade, e materializada por empresários movidos a dinheiro nas engrenagens da nova economia”. (Castells, 2001) 1.2- Partes constituintes da cibercultura: a cultura da Internet caracteriza-se por uma estrutura em quatro camadas: CIBERCULTURA
12. CULTURA DA CONVERGÊNCIA 1.1 Características Gerais - MAIS QUE DISPOSITIVOS HÍBRIDOS – Jenkins acredita que a atual cultura midiática é formada por pessoas que tem um pensamento convergente, que busca conteúdo em múltiplas mídias diferentes. - CULTURA DA PARTICIPAÇÃO: Meios de comunicação de massa comunicam, mas não possibilitam ação direta de resposta imediata. O usuário deseja participar. - MIGRATÓRIOS, SOCIÁVEIS E BARULHENTOS: Os novos consumidores de informação não temem trocar os canais de recepção do conteúdo; sempre estão buscando pessoas a seguir e ter mais referências; tem interesse constante em publicar sua opinião sobre tudo que o cerca e lhe interessa.
15. PROCESSOS MIDIÁTICOS: o que está para além da TV? Inteligência coletiva: comunidades virtuais e o conhecimento produzido coletivamente. “ Comunidade virtual é construída sobre as afinidades e interesses, de conhecimentos, sobre projetos mútuos, em um processo de cooperação ou de troca, tudo isso independentemente das proximidades geográficas e das filiações institucionais”. (Pierre Levy, 1999)
16. PROCESSOS MIDIÁTICOS: o que está para além da TV? Inteligência coletiva: comunidades virtuais e o conhecimento produzido coletivamente. - Capacidade das comunidades virtuais de alavancar a expertise combinada de seus membros. O que não podemos saber ou fazer sozinhos, agora podemos fazer coletivamente. - Conhecimento Compartilhado: informações conhecidas como verdadeiras e conhecidas pelo grupo. - Inteligência Coletiva: a soma total de informações retidas individualmente pelos membros do grupo e que podem ser acessadas em resposta a uma pergunta específica.
17. Criado pelos fãs, “Lospedia” é um Wiki que tem versões em vários idiomas com dados completos sobre tudo que acontece na série e relacionado a ela.
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19. Comunidade “Lost Brasil” no Orkut: 237.333 fãs. Discussões sobre teorias, dúvidas e informações sobre exibição das temporadas nas emissoras.
20. PROCESSOS MIDIÁTICOS: o que está para além da TV? Narrativas transmidiáticas: jogos de realidade alternativa e sites ficcionais com enredo completamentar . - ATRATOR CULTURAL: Base comum entre diversas comunidades (LEVY) - ATIVADOR CULTURAL: Impulsiona decifração, especulação e elaboração (JENKINS) - DESAFIO (LEVY): “Criar obras com profundidade suficiente para justificar um empreendimento em tão larga escala: 'Nosso primeiro objetivo deveria ser evitar que a obra seja concluída muito rápido'” (JENKINS)
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25. PROCESSOS MIDIÁTICOS: o que está para além da TV? Funções pós-massivas, mobilidade e territórios informacionais: episódios para celular e mobilidade para trocar conteúdo. - PÓS-MASSIVO Com o pólo emissor liberado, qualquer pessoa pode produzir conteúdo através de diferentes mídias: blogs, podcasts, wikis, celulares. - MOBILIDADE: nessa escala, celulares multimidiáticos são os canais de recepção, produção e compartilhamento de conteúdo com maior impacto na sociedade. - TERRITÓRIOS INFORMACIONAIS: Com as redes sem fio, 3G, wi-fi, GPS, passam a existir áreas de uso desses sistemas para obter informação. André Lemos (2007) os chama de Territórios Informacionais dentro das Cibercidades.
26. LOST produziu episódios exclusivos para operadora de telefonia celular americana: “Lost – Missing Pieces”.
27. PROCESSOS MIDIÁTICOS: o que está para além da TV? Territórios informacionais e mídias locativas - DO BÁSICO AO COMPLEXO: (1) Escritório no parque com wi-fi público ou internet 3G. (2) No jogo “NavBall” o GPS proporciona um futebol que soma tecnologia do virtual e espaço físico.
29. MODELOS COMUNICACIONAIS: Gustavo Cardoso e Marcos Nicolau Modelo de comunicação sintética (CARDOSO, 2007) - Comunicação Interpessoal - Comunicação de um para muitos - Comunicação de massa - Comunicação Sintética
30. MODELOS COMUNICACIONAIS: Gustavo Cardoso e Marcos Nicolau Modelo de comunicação sintética (CARDOSO, 2007) - Comunicação Sintética - Redução do tempo nos fatores comunicativos - Característica fundamental: a rede - Comunicação sintética em rede segue uma lógica hipertextual.
31. MODELOS COMUNICACIONAIS: Gustavo Cardoso e Marcos Nicolau Modelo comunicacional para as mídias interativas: fluxo, conexão e relacionamento (Nicolau, 2007) O modelo se volta para as novas mídias para entender como elas se configuram como mídias de relacionamento: Fluxo Conexões Relacionamento
32. MODELOS COMUNICACIONAIS: Gustavo Cardoso e Marcos Nicolau Modelo comunicacional para as mídias interativas: fluxo, conexão e relacionamento (Nicolau, 2007) Relacionamento: * Interatividade * No sistema midiático interativo há: - Relacionamento cooperativo - Relacionamento mercadológico - Relacionamento participativo