O documento discute as evoluções do jornalismo na internet, desde a primeira geração de sites jornalísticos que apenas transpunham o conteúdo impresso para o online até a quarta geração baseada em bancos de dados. Apresenta também conceitos como ciberespaço, cibercultura, webjornalismo e tipologias deste.
1. ital (JOL)
ão dig
omun icaç
C
arques
A lberto M marques
_
@ alberto
2. Edital
! Novas tecnologias e a globalização da informação
! Interatividade na comunicação
! Conhecimento das características e funcionamento
de mídias sociais (Twitter, Facebook etc.). Noções de
otimização de busca (Search Engine Optimization -
SEO)
! Mídias sociais: conhecimento das características e
funcionamento das mídias sociais.
5. Digital
A palavra digital tem origem no latim digitus (palavra latina
para dedo), uma vez que os dedos eram usados para
contagem discreta.
Arquivos em formato digital são compostos por sequências
de zeros e uns, 100111100010011111101001011. O
formato é numérico binário. Assim é o som digital ou a
fotografia digital.
Bits (binary units), unidades mínimas de um sistema
binário de numeração.
6. Digital
! Digital pode ser definido como um vasto
conjunto de técnicas de captação, finalização,
distribuição, recepção e reprodução de imagem
e sons em diversos suportes. Estes suportes,
chamados de mídias digitais, englobam o
conjunto de etapas de produção, distribuição e
consumo de produtos audiovisuais (CANNITO,
2010, p. 73).
7. Digital
! O impacto/consequências das novas mídias :
! A forma de se apurar o fato jornalístico; A forma de
se produzir Jornalismo; A forma de se veicular
Jornalismo; A forma de se consumir Jornalismo; A
forma de se organizar o negócio jornalístico.
! As novas tecnologias de informação e comunicação
alteram os processos de comunicação, de produção,
de criação, de armazenagem e de circulação de
bens e serviços.
8. Internet x web
! Internet - A internet é uma gigantesca rede de redes, uma
infraestrutura em rede. Ela conecta milhões de computadores
globalmente, formando uma rede em que qualquer computador pode
comunicar-se com qualquer outro computador deste que ambos
estejam conectados à internet. 1969 – Arpanet – rede experimental
com quatro computadores.
! World Wide Web (CERN, 1991 – serviço público) - A web é uma
maneira de acessar informação por meio da internet. É um modelo
de compartilhamento de informações construído sobre a internet.
! Protocolo TCP IP
! Acessar documentos = browsers ou nevegadores
! Ligação = hyperlinks.
9. Evolução da web?
! Web 1.0: Semelhante a uma biblioteca. Permite ler, mas
não ter um vínculo com a fonte da informação, exceto, às
vezes, por meio da troca de e-mails. Estática.
! Web 2.0: Se a Web 2.0 fosse uma biblioteca, qualquer
pessoa poderia colocar um texto seu na estante e
escolher textos alheios. Mas os autores também podem
comunicar entre si e discutir as suas obras. Web social.
! Web 3.0: Dá sentido a todo o conteúdo da rede. Web
semântica.
! Web 4.0: Elementos da Web capazes de tomar decisões
tal como faria uma pessoa.
10. Nomenclaturas
! Podcast é o nome dado ao arquivo de áudio digital, frequentemente
em formato MP3. A palavra "podcasting" é uma junção da sigla
Personal On Demand (numa tradução literal, algo pessoal sob
demanda), e broadcasting (transmissão de rádio ou televisão).
! • Peer-to-Peer (par-a-par), entre pares, é uma arquitetura de
sistemas distribuídos caracterizada pela descentralização das
funções na rede, onde cada nodo realiza tanto funções de servidor
quanto de cliente.
! • Streaming ou fluxo de mídia é umaf orma de distribuir informação
multimídia numa rede através de pacotes. Em streaming, as
informações da mídia não são usualmente arquivadas pelo usuário
que esta recebendo a stream - a mídia geralmente é reproduzida à
medida que chega ao usuário .
11. Ciberespaço
! Neuromancer – 1984 - “Um espaço não-físico ou territorial composto
por um conjunto de redes de computadores através das quais todas
as informações (sob as suas mais diversas formas) circulam.”
! Para Levy (1999, p.92), o ciberespaço é definido como espaço de
comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e
das memórias dos computadores.
! “Podemos entender o ciberespaço à luz de duas perspectivas: como
o lugar onde estamos quando entramos num ambiente simulado
(realidade virtual), e como o conjunto de redes de computadores
interligadas ou não, em todo o planeta, pela internet”.(LEMOS,
2004).
12. Ciberespaço
! Ciberespaço não é um meio, mas um metameio,
já que integra todas a mídias anteriores, como a
escrita, o alfabeto, a imprensa, o telefone, o
cinema, o rádio, a televisão, entre outros (LEVY,
LEMOS...)
13. Cibercultura
! “Cultura contemporânea marcada pelas tecnologias
digitais.” André Lemos
! • Por cibercultura compreendemos as relações entre as
tecnologias informacionais de comunicação e informação
e a cultura, emergentes a partir da convergência
informática/telecomunicações na década de 1970. Trata-
se de uma nova relação entre as tecnologias e a
sociabilidade, configurando a cultura contemporânea
(Lemos, 2002).
! • Pós-massiva
14. Cibercultura
! Três “leis” fundadoras:
• aliberaçãodopólodaemissão
! • Emergência de vozes e discursos, anteriormente
reprimidos pela edição da informação pelos mass media
! • O princípio de conexão em rede:
• Tudo comunica e tudo esta em rede.
! • A reconfiguração de formatos midiáticos e práticas
sociais: Reconfigurar práticas, modalidades midiáticas,
espaços, sem a substituição de seus respectivos
antecedentes.
15. Cibercultura
! Comportamentos e hábitos que caracterizam e se
desenrolam no ciberespaço:
! Comunicação interativa e bidirecional
! Linguagens midiáticas específicas
! Cultura da participação e compartilhamento de opiniões e
conteúdos
! Novos hábitos de comunicação desenvolvidos a partir de
aplicativos como e-mail e mensageiros instantâneos etc.
16. Nomenclaturas
! Interface é definida como o conjunto de meios planejadamente
dispostos sejam eles físicos ou lógicos com vista a fazer a
adaptação entre dois sistemas para se obter um certo fim cujo
resultado possui partes comuns aos dois sistemas, ou seja, o objeto
final possui características dos dois sistemas.
! • Mashup, como aplicativos na web, corresponde à mistura de dados
provenientes de mais de uma fonte. Nas palavras de Tapscott e
Williams (2007, p.233), há um mashup quando “um programador
mixa pelo menos dois serviços ou aplicativos de diferentes sites para
criar algo novo e que, muitas vezes, é melhor do que a soma das
suas partes”.
! • A origem do termo mashup remonta ao ambiente de músicas
eletrônicas. O termo é tomado emprestado do cenário de música
pop, “onde um mashup é uma nova música que é mixada a partir das
vozes e do instrumental de duas músicas-fonte (geralmente
pertencentes a dois gêneros distintos)” (MERRILL, 2006, online) .
17. NOMENCLATURAS
! MEME
! O conceito de meme foi cunhado por Richard Dawkins, em seu livro
“O Gene Egoísta”, publicado em 1976. A partir de uma abordagem
evolucionista, Dawkins compara a evolução cultural com a evolução
genética, onde o meme é o “gene” da cultura, que se perpetua
através de seus replicadores, as pessoas.
! Um ‘meme de idéia’ pode ser definido como uma entidade capaz de
ser transmitida de um cérebro para outro. O meme da teoria de
Darwin, portanto, é o fundamento essencial da idéia de que é
compartilhado por todos os cérebros que a compreendem
(DAWKINS, 2001, p.217-218).
18. Blogs
! Textos organizados por ordem cronológica reversa, datados e atualizados
com alguma frequência.
! Comentários
! Links permanentes
! Fácil criação: CMS (Content Management Systems).
! Templates
! Blogosfera é um termo cunhado pelo blogueiro Brad L. Graham, em 1999, que
nos remete a ideia de um universo de blogs. Pode ser classificável. Ex:
blogosfera lusófona de tecnologia.
19. Jornalismo x ciberespaço
! A Internet funciona tanto como um NOVO SUPORTE para a
prática jornalística (Jornais Online), como também um
espaço fundamental de apoio para a produção jornalística
em outros suportes (impresso, TV, rádio).
! A Digitalização (Numeralização) da Informação é uma
condição fundante e sine qua non do Jornalismo online. Todo
o Jornalismo Online é, por definição, Jornalismo Digital.
! Produzido para ser disponibilizado na Internet, ou através de
outras tecnologias telemáticas, o Jornalismo online é,
também por definição, Global.
20. História: jornalismo na web
! • 1970 - BBC começa a testar um novo formato de mídia
interativa: o vídeotexto. Esse sistema transmite textos e
gráficos pelo computador. (MOHERDAUI, 2007).
! • The New York Times cria o InfoBank, um serviço de
informações com artigos do jornal e passa a oferecer
conteúdo do InfoBank por meio de um sistema chamado
Biennial Reporting System (BRS). (MOHERDAUI, 2007)
! • Primeiro site jornalístico brasileiro é do Jornal do Brasil ,
criado em maio de 1995, seguido da versão eletrônica do
jornal O Globo. (FERRARI, 2003).
21. História: jornalismo na web
! Diferente dos Estados Unidos, onde o surgimento dos
portais é decorrente dos sites de busca, no Brasil os sites
de conteúdo nasceram dento de empresas jornalísticas.
! A Agencia Estado entrou na rede em fevereiro de 1995 por
meio de um “link” com a Worldnews, de Washington.
! Último Segundo (IG - 2000) primeiro jornal a nascer
exclusivamente na rede. Não surge de outra iniciativa.
23. Terminologias
MIELNICZUK, Luciana.
Sistematizando alguns
conhecimentos sobre
jornalismo na web. 2003.
24. Tipologias
Jornalismo Eletrônico - utilização de equipamentos e recursos
eletrônicos – mais abrangente;
Jornalismo Digital ou Jornalismo Multimídia - emprega
tecnologia digital, todo e qualquer procedimento que implica no
tratamento de dados em forma de bits;
Ciberjornalismo - envolve tecnologias que utilizam o ciberespaço;
Jornalismo On-line - é desenvolvido utilizando tecnologias de
transmissão de dados em rede e em tempo real;
Webjornalismo - diz respeito à utilização de uma parte específica
da Internet, que é a Web
25. Tipologias do Webjornalismo
PAVLIK, John. Journalism and New Media. 2001.
Três estágios:
1°. transposição do conteúdo impresso para a
internet;
2°. agregação de recursos e criação de conteúdos
originais;
3°. criação de produto totalmente exclusivo para a
internet.
26. Tipologias do Webjornalismo
Três momentos:
1°. fase de transposição
2°. fase de metáfora
3°. fase do webjornalismo.
Produção e disseminação de informações jornalísticas –
privilegiam os meios tecnológicos
27. Primeira geração
1°. primeira geração ou fase
de transposição
1°. Transposição - a disponibilização
de informações jornalísticas na Web
fica restrita à possibilidade de
ocupar um espaço, sem explorá-lo
como um meio que apresenta
características específicas.
7 de novembro de 1996
28. Segunda geração
2°. segunda geração ou fase de
metáfora
2°. Metáfora - o jornal impresso
funciona como uma referência para a
elaboração das interfaces dos produtos
e começam a ocorrer experiências na
tentativa de explorar as características
oferecidas pela rede.
13 de outubro de 1999
29. Terceira geração
3°. terceira geração ou fase do
webjornalismo.
O webjornalismo de terceira geração é
descrito pela autora como “sites
jornalísticos que extrapolam a ideia de
uma versão para Web de um jornal
impresso já existente”.
13 de agosto de 2002
30. Quarta geração
4°. quarta geração ou modelo JDBD
- Tem as bases de dados como
definidoras da estrutura e da
organização, bem como da
apresentação dos conteúdos de
natureza jornalística, de acordo com
funcionalidades e categorias
específicas, que vão permitir a
criação, a manutenção, a
atualização, a disponibilização e a
circulação de produtos jornalísticos
digitais dinâmicos.
31. Jornalismo em Bases de dados
! Quatro décadas - Reportagem Assistida por
Computador (RAC)- Computer-Assisted Reporting
(CAR)
! A RAC (reportagem assistida por computador)
consiste na utilização de instrumentos tecnológicos
com o objetivo de aproximar ao máximo o jornalista
da informação primária, -proporcionando-lhe
condições mais adequadas para interpretar a
realidade. Banco de dados e planilhas de cálculo são
as ferramentas mais utilizadas pelo RAC.
32. Jornalismo em Bases de dados
! Jornalismo de precisão (Philip Meyer) – considera o
profissional da informação não apenas um interprete e
transmissor, mas administrador e analista de dados.
! Anos 90: uma BD era um conjunto de dados alfanuméricos
(cadeias de caracteres e valores numéricos). Hoje, uma
BD costuma armazenar textos, imagens, gráficos e
objetos multimídia (som e vídeo), aumentando muito as
proporções das necessidades de armazenamento e a
complexidade dos processos de recuperação e
processamento de dados (MACHADO, 2004, p17).
33. Jornalismo em Bases de dados
! BD: Digital e analógica
! • Principal diferença: relacionamento de dados entre
si
! • A descentralização permitiu passar das então
centralizadas bases de dados para o padrão aberto
constituído pela internet e pela web – ela própria
considerada a maior das bases de dados atualmente
disponível (BARBOSA, 2008).
34. Jornalismo em base de dados
! Busca – Recuperação – Armazenamento –
Estruturação (composição) – Circulação -
Compartilhamento de informação - Venda de
conteúdos
! • Organiza num só lugar informações COMPARÁVEIS
e CLASSIFICÁVEIS
! • Permite a extração imediata de RELATÓRIOS
selecionando um determinado RECORTE dos dados
coletados
35. Funções da quarta geração
! Indexar e classificar as peças informativas e os objetos multimídia
! 2. Integra, orienta e agiliza os processos de coleta, apuração,
composição e edição dos conteúdos - em particular os de tipo
multimídia
! 3. Regular o sistema de categorização e qualificação das distintas
fontes jornalísticas, indicando a relevância das mesmas
! 4. Sistematizar a identificação dos profissionais da redação, e
documentar a sua respectiva produção
! 5. Estocar o material produzido e preservar os arquivos (memória),
assegurando o processo de recuperação das informações
36. Funções da quarta geração
! 6. Garantir a flexibilidade combinatória e o relacionamento entre os
conteúdos
! 7. Permitir usos e concepções diferenciadas para o material de
arquivo
! 8. Ordenar e qualificar os colaboradores e “repórteres cidadãos”
! 9. Gerar resumos de notícias estruturados e/ou peças informativas
de modo automatizado
! 10. Transmitir e gerar informação para dispositivos móveis, como
celulares, computadores de mão, iPods, entre outros
37. Funções da quarta geração
! 11. Armazenar anotações semânticas sobre os conteúdos inseridos
! 12. Habilitar o uso de metadados para análise de informações e
extração de conhecimento, por meio de técnicas estatísticas ou
métodos de visualização e exploração como o data mining. E
também para a aplicação da técnica do tagging.
! 13. Cartografar o perfil dos usuários para adequar o conteúdo às
suas necessidades de informação
! 14. Implementar a publicidade dirigida, personalizando por perfil de
usuário, país e/ou cidade
38. Cenário
! Consolidação das bases de dados como estruturantes da
atividade jornalística e como agentes singulares no
processo de convergência jornalística;
! Equipes mais especializadas; Proliferação de plataformas
móveis; Ampla adoção de recursos da Web 2.0; Narrativas
multimídia
! Utilização de recursos como RSS (Really Simple
Syndication) para recolher, difundir e compartilhar
conteúdos
39. Cenário
! Aplicação da técnica do tagging na documentação e na publicação das informações;
! Uso crescente de aplicações mashups;
Uso do conceito de geolocalização de notícias ou geocoding news;
! Uso do podcasting para distribuição de conteúdos em áudio;
! Ampla adoção do vídeo em streaming;
! Novos elementos conceituais para a organização da informação;
! Maior integração do material de arquivo na oferta informativa;
! Produtos experimentais que incorporam o conceito de web semântica;
! emprego de metadados e data mining para categorização e extração de conhecimento;
40. Nomenclatura
! A tecnologia do RSS permite aos usuários da internet se
inscreverem em sites que fornecem "feeds" RSS. Estes são
tipicamente sites que mudam ou atualizam o seu conteúdo
regularmente. Para isso, são utilizados Feeds que recebem
estas atualizações, desta maneira o utilizador pode
permanecer informado de diversas atualizações em diversos
sites sem precisar visita -los um a um.
! • API - Sigla em inglês para Application Programming
Interface, conjunto de ferramentas ou de dados que
permitem criar uma aplicação derivada de um determinado
site ou programa.
42. Potencialidades
! Potencialidades oferecidas pela Internet ao
jornalismo desenvolvido para a Web (PALACIOS et al,
2002).
• Razões técnicas;
• De conveniência;
• Adequação à natureza do produto oferecido;
• Aceitação do mercado consumidor.
43. Potencialidades
! A realidade dos produtos oferecidos na web
aproxima-se ou distancia-se de tais possibilidades
abertas, conforme os contextos e produtos
informativos concretos hoje disponíveis na internet.
45. Interatividade
! Interatividade x reatividade
! – inter + ação = ação entre Primo (1999) e
Moraes (1999)
! Conforme Moraes, quando falamos em
interação, “(...) há de se pressupor que esta
presente uma relação entre, no mínimo dois
agentes; uma ação mútua” (1999).
46. Interatividade
! Três fatores determinariam um produto
interativo (Vittadini, 1995):
! – Ação comum entre dois agentes – Capacidade
igualitária na ação – Imprevisibilidade da ação
! Ações que não contemplassem essas
características seriam reativas.
47. Interações em sites jornalísticos
Enquetes
Concursos/promoções/campanhas
Fórum
Informações/notícias (comentários, votações,
aumentar fonte, curtir no facebook, compartilhar em
sites formadores de redes sociais, entre outros.
Chats e vídeos chats
Marcadores sociais
Redes sociais
Comunidades
Contatos
48. Hipertextualidade
! Theodore Nelson (1960) – inventou o termo hipertexto para
exprimir a ideia de escritura/leitura não-linear em um sistema de
informática: “Escrita não-sequencial. Texto que se bifurca
permitindo escolhas ao leitor e melhor leitura em uma tela
interativa. Popularmente, trata-se de uma série de blocos de
textos conectados por links que oferecem ao leitor diferentes
itinerários”.
! Hipertextos são informações textuais, combinadas com imagens
(animadas ou fixas) e sons, organizadas de forma a promover uma
leitura (ou navegação) não-linear, baseada em indexações e
associações de ideias e conceitos, sob a forma de “links”. Os
“links” agem como portas virtuais que abrem caminhos para
outras informações (LEMOS, 1997).
! (Hipermídia).
49. Vannevar Bush (1945) – MEMEX – dispositivo para organizar
informações – uma especie de memória auxiliar do cientista
(Lévy, 1993) – a idéia de hipertexto enunciada pela primeira vez.
50. Hipertextualidade
Pierre Lévy (1993, As Tecnologias da Inteligência)
NÓS = blocos de textos (LÉXIAS, George Londow, 1995)
CONEXÕES = links entre blocos de textos (LINKS, Londow)
HIPERTEXTO = conjunto de nós ligados por conexões
§ “Os itens de informação não são ligados linearmente, como
em uma corda com nós (léxias), mas cada um deles, ou a
maioria, estende suas conexões (links) em estrela, de modo
reticular. Navegar em hipertexto significa portanto desenhar
um percurso em uma rede que pode ser tão complicada
quanto possível” (Lévy, 1993).
51. Hipertextualidade
§ George Landow (1997) – metáforas de uma rede, de uma árvore com galhos, de
um ninho de caixas ou uma teia descrevem a estrutura da redação não-linear.
Controle do leitor sobre a informação.
§ Carole Rich (1999) – hipertexto é informação não-linear, em um formato que
leva o leitor a acessar o conteúdo em qualquer ordem que escolher.
§ Marcos Palacios (2000) questiona se é efetivamente apropriada a noção de
não-linearidade aplicada ao hipertexto.
- Cada leitor estabelece sua linearidade de leitura
- Por mais fragmentado que seja o discurso, cada fragmento permite uma ou
várias leituras lineares
- Múltiplas leituras lineares = leitura multilinear
52. Link
§ É o recurso técnico que vai potencializar o
funcionamento do hipertexto
§ Operacionaliza as escolhas e realiza as transições
entre produtor, interface e usuário
§ Estabelece os limites dos fragmentos
§ A texto hipertextual deve gerar diferentes roteiros
de leitura para o texto, dando ao leitor/usuário a
possibilidade de escolher entre os diversos níveis de
informação
53. Memória
§ Na web a memória é coletiva e instantaneamente
recuperável
§ É o elemento distintivo da produção e do consumo
da informação nas redes telemáticas
§ Recuperação da memória
I. Produtor de informação
II. Usuário
54. Memória
! Sob os mais variados formatos (multi)mediáticos,
abre-se a possibilidade de disponibilização online de
toda informação anteriormente produzida e
armazenada.
! Criação de arquivos digitais, com sistemas
sofisticados de indexação e recuperação da
informação.
55. Atualização contínua /
Instantaneidade
! A rapidez do acesso, combinada com a facilidade de
produção e de disponibilização, propiciadas pela
digitalização da informação e pelas tecnologias
telemáticas, permitem uma extrema agilidade de
atualização do material nas páginas da web. Isso
possibilita o acompanhamento contínuo e instantâneo em
torno do desenvolvimento dos assuntos na rede.
! O que muda no jornalismo?
56. Personalização e/ou
customização de conteúdo
Customização é a possibilidade de modificar o formato do
conteúdo adaptando-o ao agrado de cada usuário.
Retirando ou acrescentando editorias, por exemplo.
Customização do site (cores, tamanho de fonte...)
Customização de entrega (mecanismos de busca, RSS...)
Personalização é menos executável pela pessoa e mais
por ação dos engines por trás dos sites em questão, ou
seja, é a própria navegabildade pelas páginas que reage
de acordo com os caminhos escolhidos pelo usuário.
57. Hipermídia
! Está penetrando nos mais diversos meios de
comunicação, como aconteceu na TV.
(GOSCIOLA, 2003, p.35)
! Mídia = apropriação do inglês media
! O prefixo hiper, siginifica estendido, ampliado.
Isso sugere, portanto, que hipermídia são meios
estendidos, ampliados.
58. Hipermídia
! Hipermídia é o conjunto de meios que permite o
acesso simultâneo a textos, imagens e sons de
modo interativo e não linear.
! Para George Londow, hipermídia estende a
noção de hipertexto ao incluir informações
visual, informações sonoras e outras formas de
dados.
59. Multimídia
! O ser humano combina há séculos elementos
textuais e audiovisuais para dar maior ênfase e
claridade a suas mensagens.
60. Multimídia
! Duas realidades para o conceito
! O adjetivo multimídia identifica as mensagens informativas
transmitidas, apresentadas ou percebidas de maneira uniforme
através de um meio.
! Notícia multimídia ou narrativa multimídia
! Linguagem dos meios ou instrumental: Multimídia equivale aos
múltiplos intermediários que podem participar de uma transmissão
de um produto informativo (Xie, 2001), podendo ser este produto
multimídia no sentido comunicativo ou não.
! Empresa multimídia; computador multimídia
61. Multimídia
El mensaje multimedia, ya lo hemos dicho, debe ser un producto
polifónico en el que se conjuguen contenidos expresados en
diversos códigos.
Produto unitário
Integração harmônica em uma única mensagem
Un producto informativo que sólo permita acceder a un texto, a
un vídeo y a una grabación de sonido por separado no se
puede considerar propiamente como un mensaje multimedia;
Quem define é o conteúdo e não o suporte
62. Convergência
! Quatro dimensões:
! Empresarial: considera as dinâmicas de multiplicação dos meios em
um empreendimento de comunicação e sua integração comercial e
editorial.
! Tecnológica: caracterizada por uma revolução instrumental dos
processos de composição, produção e difusão da informação com uso
de sistemas de gestão de conteúdo e dispositivos de hibridização
midiática;
! Comunicacional: pressupõe a criação de uma nova retórica
informativa com a introdução da linguagem hipermidiática.
! Profissional: transformação do processo de trabalho do
comunicador; aceleração na produção, ampliação das
responsabilidades e atuação em múltiplas áreas temáticas,
executando tarefas diversificadas.
63. Convergência
! Cultura da convergência:
! Por convergência, Jenkins se refere ao fluxo de conteúdos
através de múltiplas plataformas de mídia, à cooperação entre
múltiplos mercados midiáticos e ao comportamento migratório
dos públicos dos meios de comunicação. O conceito é
proposto com intuito de estruturar de forma clara, através de
exemplos, as transformações tecnológicas, mercadológicas,
culturais e sociais percebidas no ambiente comunicacional.
! narrativa transmídia :“Uma história transmídia desenrola-se
através de múltiplas plataformas de mídia, com cada novo
texto contribuindo de maneira distinta e valiosa para o
todo” (JENKINS, 2008: p138).
64. Formatos
Slideshow: apresentação de uma sequência de imagens que serve
para narrar um ou vários fatos, pode ser também apenas um ensaio
fotográfico sobre o assunto.
Slideshow narrado: concilia imagens e sons. As imagens vão sendo
passadas, automaticamente enquanto também transcorre o áudio.
Webcasting interativo: É o uso de vídeo associado a algumas
possibilidades da web tais como oferecer links, chat, entre outros,
proporcionando uma experiência diferente da que seria apenas ver
o vídeo na televisão.
65. Formatos
! Revista multimídia: diversos formatos de mídias são
utilizadas – algumas usam flip page
! Infografia Multimídia: O ex-coordenador do
departamento de gráficos interativos do El Mundo, hoje
grupo Abril, Alberto Cairo, considera que a infografia
jornalística, impressa e on-line, consiste em transmitir
informação de atualidade ou de background em um meio
de comunicação, usando ferramentas visuais.
66. Pirâmide deitada 9!
Na Pirâmide deitada, o jornalista
passou a fazer uso de outros artifícios
como links, vídeos, hipertextos,
infográficos e suporte de áudio para
levar o leitor ou internauta a uma
melhor compreensão do conteúdo
veiculado.
Texto: http://bit.ly/cWSR4F
(CANAVILHAS, 2006, p. 5)