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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE
FACULDADE DE EDUCAÇÃO CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU – FECLI
CURSO: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
JAYRLA RAQUEL DOS SANTOS DUARTE
MÁ ALIMENTAÇÃO E OBESIDADE INFANTIL NA ESCOLA DE
ENSINO FUNDAMENTAL JOSÉ ÉRITON BARROS COSTA
IGUATU – CE
2014
II
JAYRLA RAQUEL DOS SANTOS DUARTE
MÁ ALIMENTAÇÃO E OBESIDADE INFANTIL NA ESCOLA DE
ENSINO FUNDAMENTAL JOSÉ ÉRITON BARROS COSTA
Monografia submetida à Coordenação do Curso
de Ciências Biológicas da Faculdade de
Educação, Ciências e Letras de Iguatu, da
Universidade Estadual do Ceará, como requisito
para aprovação na disciplina de Monografia.
Orientador: Prof. Dr. Fernando Roberto Ferreira
Silva.
IGUATU - CE
2014
III
D812mDuarte, Jayrla Raquel dos Santos.
Má Alimentação e Obesidade Infantil na Escola de Ensino Fundamental
José Ériton Barros Costa / Jayrla Raquel dos Santos Duarte.
[Orientada por] Fernando Roberto Ferreira Silva. – Iguatu, 2014.
51 p.
Monografia (Graduação) – Universidade Estadual do Ceará,
Coordenação do Curso de Licenciatura Plena em Ciências
Biológicas, Iguatu, 2014.
1. Excesso de Peso 2. Sedentarismo 3 Hábitos Alimentares
Inadequados
I. Silva, Fernando Roberto Ferreira (Orient.) II. Universidade
Estadual do Ceará – UECE – Graduação (Licenciatura) em Ciências
Biológicas
III. Título
CDD: 649.3
CDD: 613
IV
V
Dedico este trabalho aos meus pais,
Gislene e Joaquim, que sempre me
apoiaram e me ensinaram a não desistir
dos meus sonhos e persistir mesmo
sendo eles tão difíceis de serem
alcançados.
VI
AGRADECIMENTOS
A Deus, por me permitir chegar a esse momento e por não me
desamparar em nenhuma ocasião;
À minha mãe, Gislene dos Santos, ao meu pai, Joaquim Duarte, as
minhas irmãs, Mairla Gisele e Mirla Joyce, e ao meu sobrinho Cauan Duarte pela
força, incentivo e motivação;
Ao meu esposo, Samuel de Oliveira, pelo apoio, estímulo e
companheirismo, estando sempre ao meu lado e me ajudando em tudo e em todos
os momentos;
Aos professores desse curso que tem grande contribuição no meu
desenvolvimento e aprendizagem, em especial o professor e meu orientador Dr
Fernando Roberto Ferreira Silva contribuindo de forma significativa na elaboração
deste trabalho e na minha formação;
À Marilene, diretora da Escola de Ensino Fundamental José Ériton Barros
Costa, pela sua disposição e dedicação que foi de grande importância na realização
da pesquisa e dos questionários desse trabalho;
À professora Francineuma que me recebeu em sua sala e ajudou de
maneira significativa para que o objetivo dessa pesquisa fosse realizado com
sucesso;
Aos alunos do 3º ano A e B da Escola de Ensino Fundamental José Ériton
pelo seu compromisso, participação e disposição para com a pesquisa;
À Família José Ériton que me recebeu de braços abertos, e tem ampla
contribuição no meu desenvolvimento;
Enfim, a todosaqueles que direta ou indiretamente apoiaram e
incentivaram á prosseguir no caminho da realização profissional e pessoal.
VII
“A pessoa obesa ignora seu corpo. Este
se torna extremamente aversivo, frente à
campanha do corpo perfeito. Assim, ela
nega-o como via de acesso ao mundo.”
(Vera Lúcia Menezes da Silva).
VIII
RESUMO
Atualmente a obesidade é considerada uma epidemia mundial, pois afeta todos os
países, desenvolvidos ou não, sendo esta, responsável pela morte de milhões de
pessoas por ano e causa de inúmeras doenças e distúrbios alimentares que
envolvem pessoas de todas as idades. O aumento da obesidade na infância tem
sido motivo de preocupação, pois esse excesso de peso pode desencadear
inúmeras doenças que antigamente só eram vistas em adultos. A finalidade desse
trabalho sobre Má Alimentação e Obesidade Infantil éverificar os hábitos
alimentares, a prática de atividade física e a incidência ou não de obesidade entre
alunos do 3º ano da Escola de Ensino Fundamental José Ériton Barros Costa. Para
obtenção desses resultados foi analisadoa merenda escolar ofertada, também foi
analisado por meio do cálculo do IMC(Índice de Massa Corpórea)o número de
crianças em processo de sobrepeso ou obesidade, também foi verificado se há
relação entre obesidade e falta de participação nas aulas de Educação Física e
também foi pesquisado acerca da preferência dos alunos por determinados
alimentos servidos na escola. Os dados foram coletados através de entrevistas orais
e individuais aos diretores ealunos da escola.Para a coleta de dados foi utilizado
dois questionários, o primeiro contendo cinco questões objetivas, que foi direcionado
à direção da escola. O segundo questionário é composto porseis perguntas objetivas
e duas perguntas abertas; este foi realizado com os alunos dos 3º anos dos turnos
manhã e tarde. Através das informações obtidas ao término da pesquisa, foi possível
identificar a quantidade de alunos classificados ou não em sobrepeso ou obesidade,
identificar os hábitos alimentares das crianças e a prática de atividades físicas das
mesmas.
Palavras-chave: Excesso de peso. Sedentarismo. Hábitos alimentares
inadequados.
IX
ABSTRACT
Currently obesity is a worldwide epidemic, it affects all countries, developed or not,
this being responsible for the death of millions of people every year and causes
numerous diseases and eating disorders that involve people of all ages. The
increase in childhood obesity has been of concern since this excess weight can
trigger many diseases that were once seen only in adults. The purpose of this work
on Childhood Obesity Poor diet and eating habits is to check the physical activity and
the incidence or absence of obesity among students of the 3rd year of Primary
School Ériton José Barros Costa. To obtain these results was researched what is
served in school lunches, was also analyzed by calculating the BMI (Body Mass
Index) the number of children overweight or obese process was also checked
whether there is a relationship between obesity and lack participation in physical
education classes and was also researched about the students ' preference for
certain foods served at school. Data were collected through oral and individual
directors and students of the school interviews. To collect data we used two
questionnaires, the first containing five objective questions, which was directed
toward the school. The second questionnaire consists of six objective questions and
two open questions: this was carried out with students of the 3rd year of morning and
afternoon shifts. Using the information obtained at the end of the survey, it was
possible to identify the amount of classified or not overweight or obese students,
identify children's eating habits and physical activity of the same.
Keywords: Overweight. Sedentary lifestyle. Inadequate eating habits.
X
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – Prevalência do excesso de peso e obesidade nos jovens dos países da
Europa baseados nos pontos de corte usados internacionalmente para classificar
dados do IMC, para a idade e sexo............................................................................05
TABELA 2 – Classificação da obesidade no adulto em função do IMC e risco para a
saúde..........................................................................................................................13
TABELA3 – Pontos de corte internacionais do IMC, para meninas para classificação
do baixo peso, peso normal, excesso de peso e obesidade e a sua distribuição por
idade dos 2 aos 18 anos............................................................................................14
TABELA 4 – Pontos de corte internacionais do IMC, para meninos para classificação
de baixo peso, peso normal, excesso de peso e obesidade e a sua distribuição por
idade dos 2 aos 18 anos............................................................................................14
TABELA 5 – Classificação de IMC dos grupos feminino, masculino e geral dos
turnos da manhã e da tarde obtido a partir dos pontos de corte internacionais do IMC
para meninas emeninos............................................................................................20
TABELA 6 – Variedade de refeições que é servida na escola..................................21
TABELA 7 – Percentual do tempo que cada aluno costuma assistir televisão nas
horas vagas................................................................................................................23
TABELA 8 – Porcentagem dos alunos que costumam trazer lanche de casa para a
escola.........................................................................................................................24
XI
TABELA 9 – Relação dos tipos de lanche que os alunos costumam levar para a
escola.........................................................................................................................25
TABELA 10 – Percentual de alunos que compram ou não lanche na escola...........25
TABELA 11 – Relação dos tipos de alimentos que os alunos costumam comprar na
escola.........................................................................................................................26
TABELA 12 – Porcentagem da relação dos alimentos que os alunosmais gostam de
comer..........................................................................................................................27
TABELA 13 – Percentual da relação dos alimentos que os alunos entrevistados
menos gostam de comer............................................................................................27
XII
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................2
2 OBJETIVOS ..........................................................................................3
2.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................3
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................ 3
3 REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................4
3.1 OBESIDADE ................................................................................................4
3.2 OBESIDADE INFANTIL ................................................................................5
3.3 A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA E DA ESCOLA NA OBESIDADE INFANTIL...7
3.4 ÍNDICE DE OBESIDADE NO BRASIL........................................................10
3.5 PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (PNAE) ...........11
3.6 AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC) ........................12
4 METODOLOGIA...................................................................................16
4.1 TIPO DE ESTUDO .....................................................................................16
4.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA........................................................................16
4.3 LOCAL DE ESTUDO ..................................................................................16
4.4 COLETA DE DADOS .................................................................................17
4.5 ANÁLISE DE DADOS ................................................................................18
4.6 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS DA PESQUISA .......................................18
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES.........................................................19
5.1 ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC) ....................................................19
5.2 ROTEIRO DE ENTREVISTA ......................................................................20
6 CONCLUSÕES.....................................................................................29
REFERÊNCIAS .......................................................................................30
APÊNDICES ............................................................................................33
APÊNCICE A – QUESTIONÁRIO PARA A DIREÇÃO DA ESCOLA ................34
APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO PARA OS ESCOLARES .............................35
APÊNDICE C – TERMO DE AUTORIZAÇÃO INSTITUCIONAL ......................37
APÊNDICE D – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO....40
2
1 INTRODUÇÃO
Nos últimos anos a obesidade tem sido vista como uma epidemia, pois a
sua prevalência é considerada cada vez maior em todo o mundo, podendo ocorrer
em qualquer idade; mas é na infância, especialmente no primeiro ano de vida e na
idade escolar, que há uma maior probabilidade de se desenvolver obesidade ou
excesso de peso.
Este fato deve-se ao fato de ser nessa fase da vida que se tem os
primeiros contatos com alimentos após o desmame. É nessa fase que ocorre a
formação dos hábitos alimentares, por esse motivo que o desenvolvimento de
hábitos saudáveis é de grande importância para garantir um melhor crescimento,
desenvolvimento e saúde para a criança.
A importância que deve ser dada à criança com obesidade não se dá
apenas no âmbito da estética, mas deve-se enfatizar a sua saúde. Diversos estudos
comprovam que a causa de vários problemas de saúde da atualidade deve-se ao
excesso de peso, sabe-se também que muitos dos problemas de saúde associados
à obesidade em adultos, hoje em dia vem sendo cada vez mais encontradas em
crianças e adolescentes.
O sedentarismo é um dos principais causadores da obesidade tanto em
crianças como em adultos. Os meios de comunicação como a televisão e o
computador são altamente prejudiciais ao desenvolvimento infantil, reforçando ainda
mais a falta de atividade, pois esta apropria-se do tempo que deveria ser destinado à
prática de atividade física, dando espaço para o acúmulo de gordura.
Atualmente as crianças em idade escolar assistemtelevisão todos os dias
da semana, durante horas, quase todos os comerciais são anúncios de alimentos,
principalmente voltados para as crianças. A maior parte desses comerciais
direcionados às crianças é de alimentos ricos em gorduras, sódio ou açúcares e
pobres em vitaminas e fibras.
Por esse motivo é de grande importância que os pais e educadores
sensibilizem as crianças e adolescentes para uma mudança na alimentação e a
prática de atividade física, para assim reduzir a incidência de possíveis doenças. É
importante que essa mediação anteceda a idade de 10 anos, pois é possível obter
melhores resultados quanto à intensidade de possíveis doenças.
3
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Analisar os hábitos alimentares, a prática de atividade física e a incidência
ou não de obesidade entre alunos do 3º ano da Escola de Ensino Fundamental José
Ériton Barros Costa.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Identificar o que é servido como merenda na E.E.F José Ériton Barros
Costa;
 Observar por meio do cálculo do IMC o número de alunos em processo
de sobrepeso ou com obesidade;
 Verificar se há relação entre obesidade e falta de participação nas aulas
de Educação Física;
 Pesquisar a preferência dos alunos por determinados alimentos servidos
na escola.
4
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 OBESIDADE
Ser obeso em algumas civilizações da antiguidade era considerado sinal
de sucesso. Já na Europa a questão da obesidade era tratada no âmbito da igreja
católica que enquadrava tal comportamento dentro do pecado da gula (ANDRADE,
2009). Assim, de diferentes formas, o conceito de obesidade vem sendo modificado
ao longo do tempo.
A obesidade é definida como a acumulação de gordura corporal
resultando no prejuízo à saúde do indivíduo, podendo decorrer de fatores genéticos
ou ambientais como diferentes tipos de dieta e a ausência de atividade física
(SILVA; COSTA; RIBEIRO, 2008).
Ainda, segundo Cruz, Santos e Alberto (2007), um indivíduo é classificado
como obeso quando apresenta excessiva quantidade de gordura corporal avaliada
em porcentagem do peso total. Os valores que definem a classificação exata de uma
pessoa ainda não estão bem definidos, contudo, atualmente classificam-se em
sobrepeso,20 a 25% dos homens e 30 a 35% das mulheres e classificados como
obesos tem-se 25% dos homens e 35% das mulheres.
Atualmente, a obesidade tem sido considerada a epidemia do século XXI,
pois afeta todos os países, até mesmo os que ainda não são desenvolvidos. O
relatório “Estatísticas Mundiais de Saúde 2012”, da Organização Mundial de Saúde
(OMS) afirma que aobesidadetem causado a morte de cerca de 2,8 milhões de
pessoas por ano (BALDAIA, 2006).
O relatório de 2012da OMS mostra que o continente americano é a região
com maior número de pessoas em sobrepeso ou obesas propriamente ditas, pois
cerca de 26% dos adultos estão classificados como obesos. Já no Sudeste Asiático
o número de adultos obesos é bem menor, registrando apenas 3% dos adultos em
excesso de peso. Baseado em dados de 194 países, o departamento de estatísticas
da OMS afirma que em todas as regiões do mundo a obesidade duplicou entre 1980
e 2008 (ABESO, 2012).
5
3.2 OBESIDADES INFANTIL
As taxas de obesidade e excesso de peso em crianças são mais
preocupantes, pois em média 60% dos indivíduos que têm excesso de peso antes
da adolescência, terão excesso de peso na idade adulta (GATTI, 2005).
Os casos de obesidade infantil têm aumentado consideravelmente em
todo mundo. Nos últimos dez anos, a prevalência de crianças em excesso de peso
tem aumentado em 50%, acredita-se que uma entre quatro crianças são obesas ou
apresentam excesso de peso (CATANEO; CARVALHO; GALINDO, 2005).
TABELA 1– Prevalência do excesso de peso e obesidade nos jovens dos países
da Europa baseados nos pontos de corte usados internacionalmente para
classificar dados do IMC, para a idade e sexo.
Excesso de Peso e Obesidade (%)
Pais Rapazes Moças
11 Anos 13 Anos 15 Anos 11 Anos 13 Anos 15Anos
Portugal 25 18 22 25 13 13
Alemanha 13 14 16 10 8 11
Bulgária 20 18 18 10 7 6
Croácia 20 17 19 14 10 10
Escócia 22 16 14 15 15 12
Espanha 21 19 19 18 12 11
Finlândia 20 17 19 16 11 12
França 10 12 14 11 8 8
Grécia 21 27 25 16 13 11
Hungria 21 20 17 13 11 11
Inglaterra 13 14 13 10 14 8
Islândia 15 16 22 10 12 12
Itália 26 25 23 15 11 10
Lituânia 14 9 8 6 4 4
Malta 30 31 32 25 31 28
Noruega 10 10 16 7 9 8
Suíça 6 12 14 5 5 7
República Checa 21 16 14 18 12 9
Rússia 15 11 12 10 7 4
Fonte: Adaptado de MACHADO, 2010.
6
De acordo com os países da região europeia mostrados na tabela acima,
nota-se que os dados de excesso de peso e obesidade em crianças e adolescentes
são preocupantes, pois em alguns países como Malta e Itáliao número de crianças
com excesso de peso ou obesidade chega a 30% (MACHADO, 2010).
O alto número de crianças e adolescentes obesos tem sido motivo de
preocupação para profissionais da saúde. Baseado nesses dados é que vem sendo
feitas cada vez mais pesquisas voltadas para esse problema,com a intençãode
descobrir as possíveis causas da obesidade para assim ser promovida a prevenção
ou o tratamento das crianças com excesso de peso (SILVA; COSTA; RIBEIRO,
2008).
A preocupação da Organização Mundial da Saúde acerca das altas taxas
de sobrepeso em crianças teve início nos anos noventa quando se estimava que 18
milhões de crianças de todo o mundo, menores de cinco anosestavam classificadas
como tendo sobrepeso. Com base nesses dados, a preocupação é voltada para o
impacto econômico que essas crianças poderão causar quando atingirem a idade
adulta (RICCARDI et al., 2009).
Dados da rede de informação de controle de peso nos Estados Unidos
2009 – 2010 relatam que entre as crianças com idades de 2 a 5 anos, 26,7%
estavam com sobrepeso ou obesidade, e 12,% eramobesas. Entre crianças com
idades de 6 a 11 anos, 32,6% estavam classificadas em estado de sobrepeso ou
obesidade, e 18% eram obesas. Entre os adolescentes com idades de 12a19 anos,
33,6% apresentavam sobrepeso ou obesidade, e 18,4% eram considerados obesos
(ALMEIDA,2010).
Já de acordo com a Associação Internacional para o Estudo da
Obesidade, estima-se que há em média 475 milhões de adultos obesos e mais de
200 milhões de crianças com excesso de peso em todo mundo. A previsão é de que
essas crianças com sobrepeso tenham uma vida mais curta do que os seus pais. O
sobrepeso e a obesidade são importantes fatores de risco para doença
cardiovascular, que é a principal causa de morte nos Estados Unidos da América,
também sendo uma importante causa de morte no mundo (DUARTE, 2011).
Sabe-se que o tipo de alimentação de uma criança pode ser influenciado
por vários fatores. Podem ser citados fatores externos, como o ambiente familiar que
envolve valores sociais e culturais, maus hábitos alimentares como os “fastfood”
(comida rápida); e fatores internos, como suas características psicológicas, imagem
7
corporal, valores, experiências pessoais, preferências alimentares, autoestima,
saúde e desenvolvimento psicológico (MELLO; LUFT; MEYER, 2004).
Segundo Barbosa (2004), os hábitos alimentares inadequados são
estabelecidos na maioria das vezes ainda na infância; por esse motivo é importante
que haja a sensibilização de uma alimentação preventiva, incentivando a própria
criança na escolha de umadieta mais saudável. Dessa maneira é possível evitar
doenças que seriam adquiridas ainda na infância ou futuramente.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (2008) a prevenção da
obesidade ainda na infância é a maneira mais segura que atua no controle dessa
doença podendo ser iniciada antes mesmo de nascer. É importante a prevenção da
obesidade ainda na infância, pois é possível evitar o aparecimento de doenças
crônicas na fase adulta advindas da infância.
3.3 A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA E DA ESCOLA NA OBESIDADE INFANTIL
O histórico familiar de uma criança influencia diretamente no seu peso. De
acordo com a família, uma criança de pais obesos possui 80% de chance de ser
obesa, se somente um dos pais for obeso as chances da criança também
desenvolver obesidade diminui para 40% e se não tiver casos de obesidade entre os
pais, essa criança terá apenas 7% de chance de adquirir essa doença
(NASCIMENTO et al., 2011).
A genética desempenha um papel importante no que se diz respeito ao
padrão de gasto de energia desempenhado pelo organismo, quanto às
características de absorção de nutrientes pelo sistema digestivo e também por
outros fatores bioquímicos envolvidos no controle do peso corporal (VARELLA;
JARDIM, 2009).
Segundo Ancona (2004), a socialização na família ou na escola são
fatores que influenciam o padrão de escolha relacionada à dieta individual de cada
criança. Por isso é essencial que seja introduzido na alimentação diária das crianças
alimentos como frutas e verduras para que essa aprenda a gostar desse tipo de
alimento, pois é improvável que uma criança goste de determinado tipo de alimento,
se este não é consumido em casa.
8
Sabe-se que a alimentação de uma criança durante o período de
permanência na escola é muito importante para que esta possa ter atenção, ânimo,
predisposição para aprender, além de contribuir para a sua saúde e nutrição
(ANCONA, 2004).
Hoje, um dos obstáculos que a criança encontra em relação àescolha de
uma alimentação saudável é na hora do lanche na escola, pois ela sente vergonha
de ser diferente dos demais. A maioria das crianças não se alimenta de maneira
saudável, tornando a escolha de outros tipos de alimentos algo estranho. Por causa
disso a criança tem dificuldades de se integrar no grupo de convívio escolar
(BARBOSA, 2004).
Sabe-se que o lanche escolar não é a principal refeição do dia, porém a
hora do lanche é um momento em que há maior interação com os demais colegas,
facilitando assim, a socialização da criança ao grupo (ANCONA, 2004).
Tem-se conhecimento que a população mundial vem aumentando o
consumo de alimentos mais calóricos, com acentuado teor de açúcar e de gorduras
saturadas e pobres em nutrientes essenciais para um desenvolvimento saudável.
Essa mudança de hábitos alimentares tem como resultado o aumento de pessoas
com excesso de peso como mostra os dados da Organização Pan-Americana da
Saúde 2006. Esta afirma que o número de pessoas obesas triplicou desde 1980 nos
países da América do Norte, Reino Unido, Europa Ocidental, Oriente Médio, Ilhas do
Pacífico, Austrália e China (FREITAS, 2010).
Uma das principais causas da epidemia de obesidade é o sedentarismo.
Sabe-se que atualmente, a maioria das crianças vem diminuindo a prática de
exercícios físicos, tornando-se cada vez mais sedentárias. Esse fato deve-se ao
aumento do tempo que está sendo dedicado a programas de televisão ou outro meio
de entretenimento, como o uso excessivo do computador, a criança poderia usar
esse tempo praticando esportes ou em brincadeiras que contribuem na perda de
calorias (PIMENTA; PALMA, 2001).
Sabe-se que o sedentarismo é uma das causas da obesidade, no entanto,
a obesidade também pode influenciarna execução de atividades físicas, pois esse
acúmulo de massa dificulta o desempenho da criança na prática de determinados
exercícios físicos tornando-a ainda mais sedentária (ABRANTES; LAMOUNIER;
COLOSIMO, 2006).
9
A prática de atividades físicas deve ser incentivada pelos pais no período
em que as crianças estão em casa e também no ambiente escolar, motivando a
criança a manter-se ativa, pois atividades físicas e brincadeiras infantis realizadas na
casa da criança ou na escola atuam na prevenção da obesidade (MELLO; LUFT;
MEYER, 2004).
Outro fator de influência no aumento de peso é uma má alimentação, que
na maioria das vezes é influenciada por comerciais, pois estes oferecem a todo o
momento o consumo de lanches rápidos, os conhecidos “fastfoods”, doces e
guloseimas, que contribuem diretamente na obesidade infantil. O sedentarismo
associado a uma má alimentação resulta em uma população adulta cada vez mais
sujeita a doenças cardiovasculares (SILVA; COSTA; RIBEIRO, 2008).
Os avanços tecnológicos também podem contribuir na diminuição de
gasto calórico, entre eles pode-se destacar o uso do automóvel para pequenos
percursos, pois estes deveriam ser feitos a pé, assim seria evitado o acúmulo de
energia, além de contribuir na interação da criança no meio social (SILVA; COSTA;
RIBEIRO, 2008).
O sedentarismo associado à má alimentação muitas vezes permitida na
escola gera sobrepeso, obesidade e outras doenças relacionadas ao excesso de
peso (CHAVES et al., 2008).
De acordo com Miranda e Navarro (2008), é necessário que algo seja
feito para que a obesidade seja prevenida, evitando futuras complicações. Essa
prevenção deve ser realizada de maneira fácil e viável, tendo como base a
introdução de uma alimentação saudável e exercícios físicos, esta prática deve
incluir todos os ambientes que a criança frequenta, tanto em casa quanto na escola.
Diante dos problemas abordados nos âmbitos da família e da escola, é de
grande importância a realização do seguinte trabalho para sensibilizar a escola
sobre o resultado das pesquisas realizadas atualmente. Sabe-se que os meios de
diversão adotados pelas crianças nos dias de hojepossibilitam inúmeras facilidades
e comodidades permitindo cada vez mais o sedentarismo das mesmas.
10
3.4 QUADRO DA OBESIDADE NO BRASIL
A obesidade também é considerada um problema de saúde pública no
Brasil, pois um estudo realizado no sul do Brasil constatou que a prevalência de
obesidade em adultos, incluindo homens e mulheres eram de 21%. Mais
recentemente constatou-se o excesso de peso em adolescentes de 12 a 14 anos do
sexo masculino em 18% e de 16% no sexo feminino (SUÑÉ et al., 2007).
No Brasil, entre as décadas de 1970 e 1990 o número de adolescentes
com sobrepeso triplicou, pois no início da década de 1970, o índice de sobrepeso
em adolescentes com idade entre seis e dezoito anos era de 4%. No final da década
de 1990 esse número aumentou para 14% (GUEDES etal., 2006).
Em pesquisas realizadas nas cidades de São Paulo e Belo Horizonte
observou-se a prevalência de 3,8% de obesidade entre as 1.280 crianças
entrevistadas em São Paulo, estas com faixa etária entre zero e cinco anos de
idade. Em Belo Horizonte as pesquisas foram realizadas com adolescentes,
nestasforam classificados em estado de obesidade 5,7% (ABRANTES;
LAMOUNIER; COLOSIMO, 2006).
Segundo as pesquisas realizadas no Nordeste e Sudeste, verificou-se
que entre adolescentes a prevalência de sobrepeso varia entre 1,7% no Nordeste, e
4,25 no Sudeste. A prevalência de obesidade em adolescentes variou entre 6% e
8%, e em crianças a média foi de 8% e 12%. Comparando os dados das duas
regiões, a prevalência no sexo feminino foi de 10,3% de obesidade entre crianças, já
nas adolescentes encontram-se 9,3% classificadas em estado de obesidade e 3,0%
em sobrepeso. Já no sexo masculino, a prevalência foi de 9,2% entre as crianças, e
entre os adolescentes, 7,3% eram obesos e 2,6% estavam em estado de sobrepeso
(ABRANTES; LAMOUNIER; COLOSIMO, 2006).
Pesquisas realizadas em Fortaleza com o objetivo de determinar as
prevalências de sobrepeso e obesidade em jovens com faixa etária entre 7 e 14
anos nas escolas Públicas da capital cearense, revelou que no sexo feminino a
prevalência foi mais elevada nas crianças de sete a nove anos, com 4,91% em
relação à população de adolescentes de 10 a14 anos que foi de 1,77% (PEREIRA;
LIMA; MARTINS, 2004).
11
3.5 PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (PNAE)
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) teve início na
década de 1940, quando o Instituto de Nutrição visava à disponibilidade de
alimentação escolar, porém ainda não se tinha recursos financeiros. A partir da
década de 1950 é que teve início um programa de merenda escolar a nível nacional
de responsabilidade pública (STURION et al., 2005).
No dia 31 de março de 1955 foi estabelecida a Campanha de Merenda
Escolar (CME), mantida pelo Ministério da Educação, esta veio mais tarde a se
tornar Campanha Nacional de Merenda Escolar (CNME), com a intenção de
propiciar atendimento a nível nacional. Mais tarde, em 1965 o nome da (CNME) foi
modificado para Campanha Nacional de Alimentação Escolar (CNAE) a partir daí
despertou-se muitos programas de ajuda americana, entre eles o Programa Mundial
de Alimentos, da FAO/ONU. A partir de 1979 é que esse programa passou a se
chamar de Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) (COSTA; RIBEIRO;
RIBEIRO, 2001).
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) tem por finalidade
promover a saúde para a construção de novos conhecimentos. A CONAE visa
complementar a nutrição do aluno através de refeições na hora do intervalo, a fim de
acentuar a alimentação das crianças e obter melhoramento de suas condições
nutricionais. O PNAE é o único programa com atendimento universalizado, e é
apontado como um dos maiores programas no âmbito da alimentação (SOBRAL;
COSTA, 2009).
Sabe-se que o PNAE é um programa para suplementar a educação, este
tem por objetivo disponibilizar alimentação para todos os alunos da Educação básica
matriculados em escolas públicas e filantrópicas. Em 2009 este princípio teve reforço
com a implantação do programa para o ensino médio e Educação de Jovens e
Adultos (EJA) (STURION et al., 2005).
Além de fornecer um reforço na alimentação dos escolares, o PNAE
também é considerado um instrumento pedagógico, pois o nutricionista que tem sua
formação ligada à licenciatura deve ter participação em discussões com o grupo
escolar, apresentando atividades com a finalidade de esclarecer a importância do
PENAE e o seu papel na escola (SOBRAL; COSTA, 2009).
12
O valor repassado pela União a Estados e Municípios por dia letivo para
cada aluno é definido de acordo com a etapa de ensino. Em creches o valor diário
para cada aluno é de um real, no pré-escolar o valor é de cinquenta centavos, em
escolas indígenas e quilombolas o repasse é de sessenta centavos, no Ensino
Fundamental, Médio e Educação de Jovens e adultos têm-se trinta centavos, e no
ensino integral (Mais Educação) o valor recebido é de noventa centavos (ACCIOLY,
2009).
O repasse é feito de maneira direta aos Estados e Municípios, tomando
como base o censo escolar realizadono ano anterior ao atendimento. O programa
tem acompanhamento e fiscalização da sociedade, por meio dos Conselhos de
Alimentação Escolar (CAEs), também pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE), pela Secretaria Federal de Controle Interno (SFCI), pelo Tribunal
de Contas da União (TCU) e pelo Ministério Público (COUTINHO, 2011).
Em 2013, o orçamento foi de R$ 3,5 bilhões, com a intenção de beneficiar
43 milhões de estudantes da Educação Infantil, Básica e de EJA. De acordo com a
Lei nº 11.947, de 16/6/2009, 30% desse valor foram dirigidos à compra direta de
produtos da agricultura familiar, estimulando assim o desenvolvimento econômico
das comunidades (ACCIOLY, 2009).
3.6 AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC)
O método mais utilizado para a avaliação da quantidade de massa
corporal é o IMC (Índice de Massa Corpórea). É um método bastante utilizado, pois
é de fácil interpretação e é aceito na comunidade científica. O Índice de Massa
Corpórea é calculado dividindo-se o peso do indivíduo (em quilos) por sua altura(em
metros ao quadrado). Assim, os indivíduos são classificados como baixo peso, peso
normal, pré-obesidade e obesidade classe I, classe II e classe III, como é
demonstrado na tabela 2(BORBA, 2006).
13
TABELA 2 – Classificação da obesidade no adulto em função do IMC e risco para a
saúde.
Classificação IMC (Kg/m2) Risco para a Saúde
Baixo peso <18.5 Baixo (mas risco aumentado de
outros problemas clínicos)
Variação normal 18.5 – 24.9 Médio
Pré-obesidade 25.0 – 29.9 Aumentado
Obesidade Classe I 30.0 – 34.9 Moderado
Obesidade Classe II 35.0 – 39.9 Grave
Obesidade Classe III ≥ 40.0 Muito grave
Fonte: Adaptado de ABC da Saúde, 2006.
O Índice de Massa Corpórea (IMC) é utilizado na maioria das vezes em
adultos, mas também pode ser utilizado em crianças e adolescentes, porém, nesses
casos não existe ponto de corte universalmente aceito pela comunidade
internacional. O principal problema em relação aos valores de IMC em crianças e
adolescentes é a baixa relação com a altura, pois essa pode não apontar o real
excesso de peso na infância. Apesar disso, o IMC é a medida mais indicada para o
cálculo em crianças e adolescentes, pois é de baixo custo, fácil utilização, bem
aceita entre os indivíduos, além de ser considerada clinicamente válida (SILVA;
COSTA; RIBEIRO, 2008).
Segundo Gatti (2005), em crianças e adolescentes, o IMC deve estar
relacionado com a idade e maturação sexual como mostra as tabelas 3 e 4.
14
TABELA 3 – Pontos de corte internacionais de IMC, para meninas para classificação
de baixo peso, peso normal, excesso de peso e obesidade classificados por idade,
entre 6 e 10 anos.
Idade Baixo Peso Peso Normal Excesso de Peso Obeso
6 < 13,82 13,82 – 17,34 17,34 – 19,65 >19,65
6,5 < 13,82 13,82 – 17,53 17,53 – 20,08 > 20,08
7 < 13,86 13,86 – 17,75 17,75 – 20,51 > 20,51
7,5 < 13,93 13,93 – 18,03 18,03 – 21,01 > 21,01
8 < 14,02 14,02 – 18,35 18,35 – 21,57 > 21,57
8,5 < 14,14 14,14 – 18,69 18,69 – 22,18 > 22,18
9 < 14,28 14,28 – 19,07 19,07 – 22,81 > 22,81
9,5 < 14,43 14,43 – 19,45 19,45 – 23,46 >23,46
10 < 14,61 14,61 – 19,86 19,86 – 24,11 > 24,11
10,5 < 14,81 14,81 – 20,29 20,29 – 24,77 > 24,77
Fonte: Adaptado de Cole et al., 2000.
TABELA 4 – Pontos de corte internacionais do IMC, para meninos para classificação
de baixo peso, peso normal, excesso de peso e obesidade classificados por idade,
entre 6 e 10 anos.
Idade Baixo Peso Peso Normal Excesso de Peso Obesidade
6 < 14,07 14,07 – 17,55 17,55 – 19,78 > 19,78
6,5 < 14,04 14,04 – 17,71 17,71 – 20,23 > 20,23
7 < 14,04 14,04 – 17,92 17,92 – 20,63 > 20,63
7,5 < 14,08 14,08 – 18,16 18,16 – 21,09 > 21,09
8 < 14,15 14,15 – 18,44 18,44 – 21,60 > 21,60
8,5 < 14,24 14,24 – 18,76 18,76 – 18,69 > 18,69
9 < 14,35 14,35 – 19,10 19,10 – 22,77 > 22,77
9,5 < 14,49 14,49 – 19,46 19,46 – 23,39 > 23,39
10 < 14,64 14,64 – 19,84 19,84 – 24,00 > 24,00
10,5 < 14,80 14,80 – 20,20 20,20 – 24,57 > 24,57
Fonte: adaptado de Cole et al., 2000.
Os valores de IMC levantados pela Pesquisa Nacional Sobre Saúde e
Nutrição (PNSP) realizada pelo Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (INAM)
em 1989 mostram que esses valores tendem a ser menores na faixa etária entre um
e seis anos de idade, mantém-se estáveis até oito anos e aumentam gradualmente
15
até dezenove a vinte anos quando são estabilizados nas mulheres e vinte e vinte um
anos nos homens. Esta pesquisa também revelou que as meninas apresentam
valores de IMC superior aos meninos, quando atingem a idade de doze anos
(GATTI, 2005)
16
4 METODOLOGIA
4.1 TIPO DE PESQUISA
A presente pesquisa constituiu-se de estudo de caráter descritivo, com
abordagem quantitativa e coleta de dados. Nesse tipo de estudo são utilizadas
técnicas indutivas, fazendo uso de dados obtidos através da pesquisa, os quais são
posteriormente expostoscomo porcentagem. Também podem ser realizadas
entrevistas e discussões, para em seguida descrever em números os resultados
obtidos e classificá-los (MORESI, 2003)
4.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA
Foram utilizados como amostra de estudo todos os alunos do 3º ano do
Ensino Fundamental, dos turnos da manhã e da tarde, totalizando duas turmas da
Escola de Ensino Fundamental José Ériton Barros Costa, somando 45 alunos. A
turma do horário da manhã possui 23 alunos e a turma da tarde possui 22 crianças,
ambas as turmas, com alunos de idades entre 8 a 10 anos de idade.
4.3 LOCAL DE ESTUDO
O estudo foi desenvolvido na Cidade de Iguatu, na E.E.F José Ériton
Barros Costa. A referida escola está situada na Rua Apulcro Lima Verde, s/n no Alto
do Jucá, próximo à subestação da Coelce.
Hoje, já reformada, tem dezessete pavimentos, sendo cinco salas de
aulas, uma secretaria, três banheiros em condições de funcionamento, uma cantina,
um galpão, uma área em areia onde mantém um parquinho, um depósito, um
corredor e um laboratório de informática.
A escola funciona nos períodos da manhã e tarde, com o Ensino
Fundamental I. Pela manhã a escola atende a 125 alunos e à tarde com
127,somando 252 alunos em geral.
17
As salas de aula da escola comportam 30 alunos bem distribuídos em
círculo ou filas; cada sala tem um armário, uma estante com vários livros didáticos e
de histórias infantis e uma mesa com uma cadeira para o professor.
A escola não tem sala para biblioteca, a mesma funciona na secretaria,
contendo vários livros didáticos, paradidáticos, livros para pesquisas, dicionários,
jogos didáticos, materiais informativos, globos mapas e todo material da escola.
Também possui televisão, vídeo, câmera digital, sons que são usados nos
planejamentos e em momentos de estudos com professores, alunos e comunidades.
4.4 COLETA DE DADOS
Os dados da pesquisa foram obtidos através de entrevistas à direção da
escola, utilizando um questionário com cinco questões objetivas (APÊNCIDE A).
Neste, foi questionado o que é servido na merenda e se o cardápio que é
estabelecido pela Secretaria de Educação é cumprido corretamente. Também foi
investigado se há aulas de Educação física, se é obrigatória, e o número de alunos
que costumam frequentar as aulas de Educação Física.
Os alunos também foram entrevistados oralmente e individualmente. Foi
utilizado como instrumento de pesquisa um roteiro de entrevista adaptado da
FrequênciaAlimentar do Ministério da Saúde (APÊNDICE B) que é composto por
seis perguntas objetivas e duasperguntas abertas. Nessa etapa foi questionada a
preferência por determinados alimentos servidos na escola e a sua participação nas
aulas de Educação física.
Posteriormente foi realizado o contato com a direção da escola solicitando
o dia e o espaço, de preferência uma sala de aula, para que pudessem ser
coletados os dados e a realização do cálculo do IMC (Índice de Massa Corpórea). O
cálculo de IMC é reconhecido pela OMS como a principal referência para
classificação das diferentes faixas de peso, este é calculado utilizando a fórmula
Peso/Estatura2
em quilogramas por metros quadrados. (VARELLA; JARDIM, 2009).
Para a obtenção dos dados foi utilizado um estadiometro (medidor de
altura) e uma balança, que foram cedidos pelo posto de saúde do próprio bairro. As
taxas de obesidade e sobrepeso foram definidas através do cálculo do IMC. Sabe-se
que os pontos de IMC para crianças são mais complexos, pois as taxas de
18
obesidade e sobrepeso só podem ser definidas fazendo um comparativo entre sexo
e idade, como descritos nas tabelas 3 e 4.
A coleta de dados foi desenvolvida separadamente, no horário da aula de
ciências. A pesquisa teve início primeiramente no turno da manhã. Os alunos foram
entrevistados, pesados e medidos, posteriormente a coleta também foi realizada no
turno da tarde, desenvolvendo o mesmo processo.
4.5 ANÁLISE DE DADOS
Após a coleta dos dados, os resultados obtidos através do cálculo do IMC
foram apresentados em porcentagem e comparados com os dados das tabelaspara
meninas e meninos (tabelas 3 e 4), classificando-os como: abaixo do peso, peso
normal, excesso de peso e obeso.
A partir das respostas dos questionários, foi possível definir o nível de
aceitação da merenda escolar pelos alunos. Os resultados obtidos no
desenvolvimento do trabalho foram comparados através de gráficos.
4.6 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS DA PESQUISA
A pesquisa obedeceu a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de
Saúde do Ministério da Saúde sobre Pesquisa Envolvendo Seres Humanos. No que
diz respeito à autonomia, os sujeitos foram esclarecidos quanto à natureza e os
objetivos do estudo quando foram convidados a participar da pesquisa; e após terem
aceitado participar, foi oficializado o Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE
D).
Com relação ao princípio de beneficência, os alunoslevaram o Termo de
Consentimento para casapara ser assinado por um responsável.
Quanto ao princípio de justiça, a escolha desses sujeitos como objeto de
estudo foi ao encontro de gerar discussões e decisões que apontem práticas e
atividades que contribuam para a melhoria da qualidade de vida desses alunos.
Após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido deu-se
andamento a coleta de dados. Ao término da pesquisa a mesma foi encaminhada à
instituição de realização desta pesquisa.
19
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC)
O presente estudo avaliou 45 alunos da Escola de Ensino Fundamental
José Ériton Barros Costa, destes 23 alunos eram do turno da manhã e 22 alunos do
turno da tarde. Dos alunos avaliados 22 (48,8%) eram do sexo feminino e 23
(51,1%) eram do sexo masculino com idade variando de 8 a 10 anos.
Os resultados apontados na tabela 5 mostram os resultados obtidos do
grupo feminino. Nesse foi possível observar que 63,6% dos indivíduos possuem o
IMC considerado normal, comparados com os pontos de corte do IMC para meninas
abordados na tabela 3. A porcentagem pré-obesa foi representada por 9,09% das
amostras. Em 18,1% das alunas estavam classificadas como obesas. Também se
observou na análise das amostras das meninas a presença de indivíduos abaixo do
peso, somando 9,09% da amostra total. Os resultados obtidos divergem
completamente dos estudos realizados por Freitas (2010), este avaliou 52
estudantes de ambos os sexos, com faixa etária entre 8 e 11 anos. Quando se
compara os resultados de IMC para o sexo feminino, das meninas avaliadas o
resultado para o IMC normal foi de 73,9%, das que apresentaram sobrepeso
constatou-se o percentual de 26,1% da amostra, enquanto no item de obesidade
nenhum indivíduo do grupo feminino estava classificado como obesa.
Constatou-se também que o grupo masculino apresentou 66,1% dos
avaliados com IMC considerado normal, de acordo com os pontos de corte do IMC
descritos na tabela 4. Observou-se que 13,03% estavam com o IMC considerado
pré-obeso, e 17,3% dos alunos do sexo masculino, foi classificada como obesa.
Também foi observado na amostra que 4,3% dos alunos estavam abaixo do
peso.Essa prevalência se aproxima dos resultados identificados nos estudos
realizados ainda por Freitas (2010), para o sexo masculino, nesta se verificou que
62,1% da amostra foram avaliados com o IMC considerado Normal, para a amostra
identificada em estado de sobrepeso identificou-se 10,3%, já para alunos em estado
de sobrepeso a prevalência diverge, no estudo de Freitas o percentual de obesos foi
visivelmente maior, apontando 27,6% da amostra obesa.
Ainda na tabela 5 estão descritos os resultados de IMC de ambos os
sexos apresentados no turno da manhã e da tarde. É possível verificar que 64% dos
20
alunos avaliados estão no padrão normal de IMC, 11,1% estão classificados como
pré-obesos. 17,7 % apresentando índices de obesidade e 6,6% estão classificados
como abaixo do peso.
Em relação aos resultados de ambos os sexos, comparados com esta
pesquisa, Freitas (2010) identificou um número maior de crianças classificadas com
o peso normal, verificou-se que 74% dos alunos se enquadravam nesta categoria.Já
o resultado obtido para crianças em estado de sobrepeso foi mais aproximado ao
resultado encontrado nesta pesquisa, o resultado obtido por Feitas foi de 13%. Em
relação às crianças em estado de obesidade o resultado foi bem diferente somando
que 13,8% das crianças foram classificadas como obesas.
TABELA 5 – Classificação de IMC dosgrupos feminino, masculino e geral dos turnos
da manhã e da tarde obtido a partir dos pontos de corte internacionais do IMC para
meninas e meninos.
IMC Percentual das
Meninas
Percentual dos
Meninos
Percentual geral
Peso Normal 63,6% 68,18% 64,%
Pré-Obeso 9,09% 13,04% 11,1%
Obeso 18,1% 17,3 17,7%
Baixo Peso 9,09% 4,3% 6,6%
Nota-se que somando as crianças em situação de sobrepeso tem-se o
resultado de aproximadamente 30%, este dado é bastante preocupante, mostra que
boa parte da amostra analisada apresenta problemas quanto à alimentação e
possivelmente desenvolverão obesidade.
5.2 ROTEIRO DE ENTREVISTA
Os próximos resultados descrevem os resultados da entrevista realizada
à direção da Escola de Ensino Fundamental José Ériton Barros Costa(APÊNCICE
A). O resultado obtido com a primeira questão do questionário estava relacionadoà
quantidade de refeições que era oferecida para os alunos pela escola.Constatou-se
que a escola oferece duas refeições em ambos os turnos. No período da manhã é
servido um lanche e o almoço e para o turno da tarde é servido um lanche e jantar.
21
Segundo o Manual de Orientação para a execução do Programa Nacional
de Alimentação Escolar, (2012), é preocupantea qualidade da alimentação das
crianças, esta procura promover uma alimentação saudável dentro da escola,
contando com a implantação de cardápios atrativos e ao mesmo tempo
balanceados, não apenas com a intenção de contribuir para as necessidades
nutricionais dos alunos, mas também com o intuito de provocar uma boa aceitação
dos mesmos além de contribuir para o desenvolvimento, crescimento, aprendizagem
e um melhor rendimento escolar dos estudantes. Desta maneira é possível ajudar a
combater os índices de desnutrição e obesidade ocasionadas pelo novo estilo de
vida marcado por maus hábitos alimentares e ressaltando a importância de uma
alimentação adequada.
A tabela 6 refere-seàsegunda questão do instrumental que estava
relacionada aos tipos de alimentos queeram servidos para os alunos nos lanches,
almoço e jantar nos dois turnos.Verificou-se que paraos lanches em ambos os
turnos há um cardápio que se modifica a cada dia da semana, nestetem: frutas, leite,
sucos de fruta, biscoito doce, biscoito salgado,cuscuz, sopa de legumes e sopa de
feijão.No almoço e jantar também seguia-se um cardápio para a semana, eram
servidos arroz, feijão, carne, macarrão, macarronada, baião de dois, farofa e suco de
fruta.
TABELA 6 – Variedade de refeições que é servida na escola.
Refeições servidas pela escola
Lanches Frutas, leite, sucos de fruta, biscoito doce, biscoito salgado,
cuscuz, sopa de legumes e sopa de feijão.
Almoço e Jantar Arroz, feijão, carne, macarrão, macarronada, baião de dois,
farofa e suco de fruta.
Na terceira questão indagou-se se o cardápio sugerido pela Secretaria da
Educação era seguido corretamente. Constatou-se que o cardápio é seguido tal qual
estipulado pela Secretaria da Educação.A alimentação na escola tem por finalidade
promover saúde e complementara alimentação dos alunos com refeições variadas
servidas pela escola na hora do recreio. O cardápio da escola é desenvolvido por
um profissional nutricionista, com a finalidade de obter um melhoramento nutricional
nas refeições que as crianças estão consumindo (SOBRAL; COSTA, 2009).
22
A quarta questão referiu-se a rejeição por parte dos alunos por algum tipo
de refeição servida na escola. Verificou-se que os alunos, na sua maioria, gostavam
de todas as refeições que faziam na escola, porém alguns não gostavam da sopa de
legumes e de feijão.Miranda e Navarro (2008) comentam que as crianças em idade
escolar na atualidade estão consumindo grandes quantidades de alimentos
hipercalóricos e com altas concentrações de açúcar ao invés de consumir as
refeições que lhe são servidas diariamente.
Na questão cinco do roteiro de entrevista foi mencionado se a instituição
em questão ofertava ou não aulas de Educação física para os alunos nos dois
turnos. Identificou-se que em ambos os horários eram oferecidos aulas de Educação
física, duas a três vezes por semana, havendo não só aulas práticas, mas também
aulas de Educação Física teórica uma vez na semana, constatou-se que estas aulas
eram bem frequentadas pelos alunos de ambos os turnos.
A falta de participação nas aulas de Educação Física tem grande
influência no desenvolvimento do sedentarismo que consequentemente gera um
acúmulo de energia permitindo assim o aumento de peso ou gerando obesidade. O
consumo exagerado de alimentos hipercalóricos e a diminuição de atividade física
tem sido a maior causa do aparecimento da obesidade e de sua extensão (SILVA;
COSTA; RIBEIRO, 2008).
A escola desempenha um importante papel na prevenção do excesso de
peso em crianças e adolescentes.É na escola que as crianças passam boa parte do
seu dia, podem brincar, jogar e têm a oportunidade de praticar esportes na hora do
recreio e principalmente nas aulas de Educação Física (AMARAL: PALMA, 2001).
Os resultados a seguir apresentam os percentuais relacionados ao
questionário adaptado da Frequência Alimentar do Ministério da Saúde (APÊNDICE
B) aplicado aos alunos entrevistados. O resultado obtido com a primeira questão Da
entrevistaestavarelacionado à preferência dos alunos em passar algumas horas do
dia assistindo televisão ou fazendo uso de aparelhos como computador, DVD ou
vídeo game. Os resultados mostram que 97,8% das crianças que preenchem o seu
tempo livre assistindo televisão, enquanto apenas 2,3% dos entrevistados prefere
passar o tempo livre com outro tipo de atividade.
Segundo Miranda e Navarro (2008), o aumento da tecnologia proporciona
conforto e facilidade, desta maneira o tempo que deveria ser gasto com atividades
que gere gasto calórico como brincadeiras de rua estão cada vez mais sendo
23
trocados por horas acomodadas assistindo televisão ou no computador, por
consequência as crianças acabam por aderir ao sedentarismo o que é altamente
prejudicial para o seu desenvolvimento tanto físico como mental.
A tabela 7 descreve o item 1.1 ainda da primeira questão, esta aponta
que dos alunos que preferem assistir televisão ou DVD 13,3% deles relataram que
passam até seis horas por dia assistindo televisão ou no computador, 44,4% dos
alunos assistem por cinco horas seguidas, 11,1% assistem por quatro horas, 13,3%
passam três horas assistindo, 15,2% dos alunos assiste durante duas horas por dia
e 2,2% da amostra assiste por apenas uma hora por dia.
TABELA 7 – Percentual das horas que cada aluno costuma assistir televisão nas
horas vagas.
Horas que assiste televisão por dia Porcentagem de alunos
1 2,2%
2 15,5%
3 13,5%
4 11,1%
5 44,4%
6 13,3%
Os atuais meios de comunicação têm contribuído para o aumento do
sedentarismo. Estudos atualmente têm mostrado uma relação entre o tempo que as
crianças passam assistindo TV e a obesidade. Esse tempo gasto na frente da TV
contribui diretamente no aumento do sedentarismo das mesmas, sabe-se que uma
hora assistindo televisão ou usando o computador, ocasiona um aumento de 2% no
índice de jovens obesos (SOBRAL; COSTA, 2009)
A segunda questão do questionárioinvestiga se a mãe da criança trabalha
fora de casa. Esta questão está relacionada ao tempo que a criança fica em casa
sem um responsável. Os resultados apontam que 73% das mães dos entrevistados
trabalham fora e os 26,6% restante não trabalham fora.
De acordo com Ancona (2004), o tempo que a criança passa sem um
responsável permite que ela passe mais tempo fazendo uso de parelhos eletrônicos
como assistir televisão, DVD, vídeo game, computador além de consumir mais
alimentos gordurosos e com baixo valor nutricional.
24
Bergano (2005) reforça esse ponto quando menciona quesão os pais os
responsáveis pela dieta de seus filhos, é deles a obrigação de oferecer variedades
de alimentos apropriados ao seu desenvolvimento. Sabe-se que nos dias de hoje é
mais raro um momento de toda a família à mesa apreciando uma comida feita em
casa.Um dos motivos desse hábito não ser mais comum é o fato de três quartos das
mulheres com filhos na idade escolar trabalharem fora de casa. Nestes casos
algumas crianças acabam por serem cuidadas em outros ambientes como creches
ou escolas, dessa forma podem receber a maior parte de sua alimentação nesses
estabelecimentos, este ponto ressalta a importância desses ambientes na educação
e desenvolvimento das crianças, sendo consideradas também como grandes
influentes de seus hábitos alimentares.
Os percentuais apresentados na tabela 8 são resultados obtidos a partir
da questão três do instrumental que menciona o fato dosalunos de ambos os sexos
trazerem lanches de casa para a escola. Os relatos mostram que 37,78% dos alunos
entrevistados costumam trazer lanche para a escola todos os dias, 44,4% da
amostra relatou que não possui o hábito de trazer lanche para a escola e 17,78%
dos alunos garantem que trazem seu lanche apenas uma ou duas vezes por
semana.
SegundoGuedes (1997), a prática de uma dieta balanceada na infância é
de grande benefício para a saúde, crescimento e desenvolvimento físico e
intelectual, contribuindo diretamente para o aprimoramento do nível educacional das
crianças em idade escolar. Atualmente esses alunos contam com uma alimentação
saudável e também bastante atrativa e variada na própria escola, mas estão
trocando as refeições que estão sendo servidas na escola para comprar alimentos
calóricos e gordurosos em cantinas, estas crianças alimentam a sua vontade, mas
não alimentam o seu corpo.
TABELA 8 – Porcentagem dos Alunos que costumam trazer lanche de casa para a
escola.
Trazem lanche de casa Percentual %
Sim 37,78%
Não 44,4%
Às Vezes 17,78%
25
Os resultados obtidos na tabela 9 referem-se ao item 3.1 da questão um
da entrevista que está relacionada aos indivíduos que especificaram o tipo de lanche
que costumam levar para a escola, destes 2,2% afirmaram levar doces, 6,6% levam
salgados, pizzas e outros, destes 28,8% confessam que levam doces, salgados e
refrigerante, 8,8% consomem salgadinho, apenas 2,2% dos entrevistados tem o
hábito de levar frutas para a escolae 44,4% afirmam não levar lanche.
TABELA 9 – Relação dos tipos de lanche que os alunos costumam levar para a
escola.
Tipo de Lanche Percentual
Doce 2,2%
Salgado 6,6%
Doce, salgado e refrigerante 28,8%
Salgadinho 8,8%
Doce e Fruta 6,6%
Só Fruta 2,2%
Não Traz 44,4%
Na tabela 10 estão expressos os resultados da quarta questão da
entrevista, esta questiona o hábito dos alunos comprarem ou não lanche na escola.
Verificou-se que 8,88% dos alunos entrevistados costumam comprar o lanche na
escola, enquanto 20% da amostra afirmam não comprar lanche e 11,11% alegam
comprar lanche às vezes, uma ou duas vezes por semana. Constatou-se que além
das refeições servidas diariamente na escola, os alunos ainda compram lanche para
serem consumidos ainda no período que estão na escola.
TABELA 10 – Percentual de alunos que compram ou não lanche na escola.
Compram lanche na escola Percentual %
Sim 68,88%
Não 20%
Às Vezes 11,11%
26
Há alguns anos atrás o prato das crianças brasileiras era constituído
basicamente de arroz, feijão, carne e salada, e a população infantil obesa era quase
zero, com o passar do tempo vem tomando o lugar das refeições anteriores
alimentos gordurosos, carnes gordurosas, hambúrgueres, pizzas, salgados, doces,
excesso de refrigerante entre outros (BERGAMO, 2005).
A tabela 11 responde ao segundo item ainda da questão quatro do roteiro
a respeito do que os alunos costumam comprar na escola. Identificou-se que em
ambas as turmas e em ambos os sexos que 13,3%da amostra preferemcomprar
doces, 17,7% dos alunos optam por salgados diversos, 48,8% dosentrevistados
consomem doces, salgados e refrigerante e 20% dos alunos afirmam que não
compram lanche na escola.
TABELA 11 – Relação dos tipos de alimentos que os alunos costumam comprar na
escola.
Alimentos Porcentagem de alunos
Doce 13,3%
Salgado 17,7%
Doce, salgado e refrigerante 48,8%
Outros 0
Nenhum 20%
Os hábitos alimentares de uma criança são influenciados por diversos
fatores, podemos citar a mídia que está a todo o momento mostrando em comerciais
exibidos na televisão ou internet várias refeições conhecidos como “fast food”, esses
lanches calóricos altamente atrativos ao paladar do público infantil estão cada vez
mais entrando na dieta alimentar das crianças substituindo refeições importantes
para o seu desenvolvimento (OLIVEIRA; FISBERG, 2003).
A tabela 12 é referente aos alimentos que os alunos mais gostam de
comer fora da escola. Identificou-se que 20% dos alunos prefere comer doces,
22,2% possui o hábito de comer mais salgados, 17% tinhapreferência por doce e
salgado e refrigerante, 22,2% afirmaram que preferiam frutas e 17% apontam gostar
de comer mais arroz, feijão e verduras.
27
TABELA 12 – Porcentagem da relação dos alimentos que os alunosmais gostam de
comer.
Alimentos Porcentagem de alunos %
Doce 20%
Salgado 22,2%
Doce, salgado e refrigerante 17%
Frutas 22,2%
Arroz, feijão e verduras 17%
A tabela 13 refere-seà questão seis do questionário ainda relacionada à
preferência dos alunos por determinados alimentos, mas desta vez foi investigado o
que os alunos menos gostavam de comer quando estavam fora da escola. Verificou-
se que 13,35% dos entrevistados não gostavam de comer frutas, 51,11% não
gostavam de comer verduras e legumes, 6,6% não gostava de comer arroz e feijão,
6,6% preferia não comer doces e salgados e 20% da amostra afirma não ter nenhum
alimento que não goste de comer.
TABELA 13 – Percentual da relação dos alimentos que os alunos entrevistados
menos gostam de comer
Alimentos Porcentagem de alunos %
Frutas 13,35%
Verduras e Legumes 51,11%
Arroz e Feijão 6,66%
Doce e Salgado 6,66%
Nenhum 20%
A questão sete da entrevista investigava se o tempo do recreio era
suficiente para o aluno fazer seu lanche.Verificou-se que 100% da amostra de
ambos os turnos e ambos os sexos afirmaram que o tempo do recreio era
satisfatório para fazer o lanche.
Na questão oito do questionário, foi interrogado se os alunos participavam
das aulas de educação física. Constatou-se que nos dois turnos e em ambos os
sexos 100% dos alunos participavam das aulas de Educação Física. Essafrequencia
28
se estendia tanto as aulas práticas ofertadas duas a três vezes por semana
quantonas aulas teóricas, ministradas uma vez na semana.
As aulas de Educação Física são de grande importância para a educação
infantil, esta tem o papel de sensibilizar o aluno da importância da práticade
atividade física constante, estas atividades não se baseiam apenas em prevenir a
obesidade, mas também desempenham um papel no bem-estar, motivação e
autoconfiança (VARELLA; JARDIM, 2009).
Em relação aos objetivos traçados na seguinte pesquisa, revelou-se que
boa parte dos alunos estão consumindo alimentos inadequados, aproximadamente
30% destes estão classificados como obesos ou em processo de obesidade embora
100% pratiquem atividades físicas regularmente na escola. Dentre outras
informações extremamente relevantes como o fato de 80% dos alunos comprarem
lanche do tipo calóricos como doces e salgados.
29
6 CONCLUSÕES
Pode-se concluir queexiste uma considerável prevalência de obesidade e
sobrepeso entre os alunos dos 3º ano da Escola de Ensino Fundamental José Ériton
Barros Costa. Este índice é verificado tanto entre os alunos do período da manhã
como nos alunos do turno da tarde envolvidos na amostra.Constatou-se que
aprevalência de sobrepeso era maior nos alunos do sexo masculino e a prevalência
de obesidade se encontrava em maior número nos alunos do sexo feminino.
Foi possível perceber também que o cardápio de refeições servidas na
escola é seguido integralmente peloque é recomendado pela Secretaria da
Educação. Observou-se também que a escola oferece aulas de Educação Física
semanalmente, aulas tanto de cunho prático como também aulas teóricas, dessa
maneira foi possível identificar uma relação positivana freqüência de alunos nas
aulas de Educação Física. Portanto pode-se concluir que o problema de excesso de
peso constatado na amostra está relacionada na alimentação inadequada dos
alunos, já que estes praticam atividades físicas regularmente na escola.
Verificou-se também que os alunos em sua maioria consomem uma
grande quantidade de alimentos hipercalóricos, tanto no horário em que se
encontram na escola como também em casa, além de afirmarem ingerir grandes
quantidades de refrigerante quase todos os dias, ou seja, alimentos com alto teor
degorduras podem estar influenciando significativamente no aumento do peso
corporaldos mesmos.Estas refeições calóricas costumam ser levadas de casa para a
escola ou compradas na cantina da escola.
A partir dos dados obtidos, constata-se que é de grande importância a
participação da família e da escola na prevenção da obesidade infantil, estas devem
se preocupar com a introdução de alimentos saudáveis e incentivar a prática
constante de exercícios físicos, assim não só a obesidade é prevenida, mas também
é possível evitar diversas doenças e complicações advindas de maus hábitos
alimentares.
Em relação à amostra investigada, percebe-se um progresso do PNAE
em inserir uma alimentação de qualidade na escola, porém os objetivos de substituir
alimentos inadequados por refeições balanceadas ainda parece distante, já que na
população analisada as guloseimas ainda não deixaram de ser consumidas.
30
REFERÊNCIAS
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32
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Vários colaboradores.
SUÑÉ, F. R.; DIAS-DA-COSTA, J. S.; OLINTO, M. T. A.; PATTUSSI. M.P.;
Prevalência e fatores associados para sobrepeso e obesidade em escolares de uma
cidade no Sul do Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.23, n.6, p.1361-
1371, jun, 2007.
VARELLA, D.; e JARDIM, C. Obesidade e Nutrição. São Paulo: Gold, 2009.
34
APÊNDICE A - FERRAMENTA DE COLETA DE DADOS
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE
FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU
QUESTIONÁRIO PARA A DIREÇÃO DA ESCOLA
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
NOME:______________________________________________________________
FUNÇÃO:___________________________________________________________
QUESTIONÁRIO
1 - Quantas refeições são oferecidas pela escola?
___________________________________________________________________
2 - O que é servido na merenda escolar?
___________________________________________________________________
3 - O cardápio que é sugerido pela secretaria de Educação é seguido corretamente?
___________________________________________________________________
4 - Os alunos demonstram rejeição em algum lanche que é servido na merenda
escolar? Se sim, quais?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
5 - São ministradas aulas de Educação Física?
Se sim – São obrigatórias?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
35
APÊNDICE B - FERRAMENTA DE COLETA DE DADOS
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE
FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU
APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO PARA OS ESCOLARES
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Nome:__________________________________________________________
Idade:____ anos
Data:____/____/_____
Sexo: ( ) Masc ( ) Fem
QUESTIONÁRIO
1 - Você costuma assistir televisão? ( ) Sim ( ) Não
Se sim - Quantas horas você assiste televisão por dia: ___________________
2 - Sua mãe (ou responsável) trabalha fora de casa? ( ) Sim ( ) Não
3 - Você traz lanche de casa?
( ) Sim
( ) Não
( ) As vezes
Se traz - O que você costuma trazer?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
4 - Você compra lanche na escola?
( ) Sim
( ) Não
( ) As vezes
Se sim - o que você costuma comprar?
___________________________________________________________________
36
5 - Quais são os alimentos que você mais gosta de comer?
___________________________________________________________________
6 - Quais são os alimentos que você menos gosta de comer?
___________________________________________________________________
7 - O tempo do recreio é suficiente para você fazer seu lanche?
( ) Sim
( ) Não
8 – Você participa das aulas de Educação Física?
( ) Sim
( ) Não
( ) As vezes
Se não – Por que você não participa?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
37
APÊNDICE C - TERMO DE AUTORIZAÇÃO INSTITUCIONAL
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE
FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU
Iguatu, ___ de _____ de 2013.
Ilustríssimo (a) Senhor (a)
Eu, Jayrla Raquel dos Santos Duarte, responsável principal pelo projeto de
monografia, venho pelo presente, solicitar vossa autorização para realizar este
trabalho na E.E.F. José Ériton Barros Costa, para o trabalho de pesquisa sob o
título, MÁ ALIMENTAÇÃO E OBESIDADE INFANTIL NA ESCOLA DE ENSINO
FUNDAMENTAL JOSÉ ÉRITON BARROS COSTA, Orientada pelo Professor Dr.
Fernando Roberto Ferreira Silva.
Este projeto de pesquisa atendendo o disposto na Resolução CNS 196 de
10 de Outubro de 1996, tem como Identificar os hábitos alimentares e a incidência
ou não de obesidade entre alunos dos 3º Ano da Escola de Ensino Fundamental
José Ériton Barros Costa.
Será utilizada como procedimentos uma entrevista à direção da escola
questionada o que é servido na merenda e se o cardápio que é estabelecido pela
Secretaria de Educação é cumprido corretamente. Também será investigado se há
aulas de Educação Física, se é obrigatória, e o número de alunos que costumam
freqüentar as aulas de Educação Física. Posteriormente os alunos também serão
entrevistados através de uma entrevista com perguntas sobre a sua preferência por
determinados alimentos servidos na escola e a sua participação nas aulas de
Educação física. Após essas etapas os alunos serão convidados para a coleta de
dados, peso e altura, para a realização do cálculo do IMC (Índice de Massa
Corporal). A coleta de dados se realizará entre os meses de agosto e setembro de
2013.
Espera-se com esta pesquisa, constatar que maus hábitos alimentares
inadequados, como o consumo excessivo de produtos gordurosos, doces e bebidas
açucaradas ao Invés de alimentos saudáveis, aliados a vida sedentária que está
sendo expressa pelas crianças da atualidade, tem como resultado uma população
38
infantil em estado de sobrepeso ou obesidade, e cada vem mais susceptível a
futuras doenças. Qualquer informação adicional poderá ser obtida através do Comitê
de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da coordenação do curso de Ciências
Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu e pela
pesquisadora Jayrla Raquel dos Santos Duarte, e-mail:
raquel_duarte18@hotmail.com, cel: (88) 9604.9507.
A qualquer momento vossa senhoria poderá solicitar esclarecimento
sobre o desenvolvimento do projeto de pesquisa que está sendo realizado e, sem
qualquer tipo de cobrança, poderá retirar sua autorização. O pesquisador está apto a
esclarecer estes pontos e, em caso de necessidade, dar indicações para solucionar
ou contornar qualquer mal estar que possa surgir em decorrência da pesquisa.
Autorização Institucional
Eu,___________________________________________ (nome legível)
responsável pela instituição ____________________________________________
(nome legível da instituição) declaro que fui informado dos objetivos da pesquisa
acima, e concordo em autorizar a execução da mesma nesta instituição. Caso
necessário, a qualquer momento como instituição CO-PARTICIPNATE desta
pesquisa poderemos revogar esta autorização, se comprovada atividades que
causem algum prejuízo a esta instituição ou ainda, a qualquer dado que comprometa
o sigilo da participação dos integrantes desta instituição. Declaro também, que não
recebemos qualquer pagamento por esta autorização bem como os participantes
também não receberão qualquer tipo de pagamento.
Ainda informo-lhe que os dados serão apresentados ao Curso de
Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu,
podendo ser utilizado também em eventos científicos, mas não mencionarei seu
nome, pois este será preservado, sendo em sigilo a identidade do participante.
_______________________________________
Jayrla Raquel dos Santos Duarte
39
Tendo em vista, que fui satisfatoriamente informado sobre a pesquisa, MÁ
ALIMENTAÇÃO E OBESIDADE INFANTIL NA ESCOLA DE ENSINO
FUNDAMENTAL JOSÉ ÉRITON BARROS COSTA, realizada sob a
responsabilidade da pesquisadora Jayrla Raquel dos Santos Duarte, concordo em
participar da mesma. Estou ciente de que meu nome não será divulgado e que o
pesquisador estará disponível para responder - me a quaisquer dúvidas.
Iguatu,________de ________________2012
___________________________________
Assinatura do participante
40
APÊNDICE D - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE
FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU
Prezado (a) Sr. (a):
Eu, Jayrla Raquel dos Santos Duarte, acadêmica do VIII semestre do
Curso de Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Ceará
(UECE), Faculdade de Educação Ciências e Letras de Iguatu (FECLI), sob
orientação da Prof.º Dr. Fernando Roberto Ferreira Silva, estou desenvolvendo uma
pesquisa cujo título é “Má Alimentação e Obesidade Infantil na Escola de Ensino
Fundamental José Ériton Barros Costa” que tem como objetivo geral: Identificar os
hábitos alimentares e a incidência ou não de obesidade entre alunos do 3º Ano da
Escola de Ensino Fundamental José Ériton Barros Costa.
Por essa razão, o seu filho (a) está sendo convidado (a) a participar da
pesquisa. Os benefícios esperados com o estudo são constatar que maus hábitos
alimentares, como o consumo excessivo de produtos gordurosos, doces e bebidas
açucaradas ao invés de alimentos saudáveis, aliados a vida sedentária que está
sendo expressa pelas crianças da atualidade, tem como resultado uma população
infantil em estado de sobrepeso ou obesidade, e cada vem mais susceptível a
futuras doenças (Doenças crônicas não transmissíveis).
Todas as informações fornecidas pelo aluno serão utilizadas somente
para esta pesquisa. Suas respostas e dados pessoais serão confidenciais e seu
nome não aparecerá nas entrevistas nem nos resultados, quando estes forem
apresentados.
A sua permissão para a participação de seu filho em qualquer tipo de
pesquisa é voluntária. Caso o (a) Sr. (a) aceite participar, não receberá nenhuma
compensação financeira, também não sofrerá qualquer prejuízo se não aceitar ou se
desistir após ter iniciado a entrevista.
41
Se o (a) Sr. (a) estiver de acordo que o seu filho participe da pesquisa
deverá preencher e assinar o Termo de Consentimento Pós-Esclarecido que se
segue, e receberá uma cópia deste Termo.
TERMO DE CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO
Pelo presente instrumento que atende às exigências legais, o (a) Sr. (a)
____________________________________________________, portador(a) da
cédula de identidade __________________________, declara que, após leitura
minuciosa do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, teve oportunidade de
fazer perguntas, esclarecer dúvidas que foram devidamente explicadas pelo
pesquisador, ciente dos serviços e procedimentos aos quais será submetido e, não
restando quaisquer dúvidas a respeito do lido e explicado, firma seu
CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO em participar voluntariamente desta
pesquisa.
E, por estar de acordo, assina o presente termo.
Iguatu - CE, _______ de ________________ de 2013.
__________________________________________
Assinatura do Participante
__________________________________________
Assinatura do Pesquisador
_______________________________________________
Prof.º Dr. Fernando Roberto Ferreira Silva ( orientador)

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  • 1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE FACULDADE DE EDUCAÇÃO CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU – FECLI CURSO: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS JAYRLA RAQUEL DOS SANTOS DUARTE MÁ ALIMENTAÇÃO E OBESIDADE INFANTIL NA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL JOSÉ ÉRITON BARROS COSTA IGUATU – CE 2014
  • 2. II JAYRLA RAQUEL DOS SANTOS DUARTE MÁ ALIMENTAÇÃO E OBESIDADE INFANTIL NA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL JOSÉ ÉRITON BARROS COSTA Monografia submetida à Coordenação do Curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu, da Universidade Estadual do Ceará, como requisito para aprovação na disciplina de Monografia. Orientador: Prof. Dr. Fernando Roberto Ferreira Silva. IGUATU - CE 2014
  • 3. III D812mDuarte, Jayrla Raquel dos Santos. Má Alimentação e Obesidade Infantil na Escola de Ensino Fundamental José Ériton Barros Costa / Jayrla Raquel dos Santos Duarte. [Orientada por] Fernando Roberto Ferreira Silva. – Iguatu, 2014. 51 p. Monografia (Graduação) – Universidade Estadual do Ceará, Coordenação do Curso de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas, Iguatu, 2014. 1. Excesso de Peso 2. Sedentarismo 3 Hábitos Alimentares Inadequados I. Silva, Fernando Roberto Ferreira (Orient.) II. Universidade Estadual do Ceará – UECE – Graduação (Licenciatura) em Ciências Biológicas III. Título CDD: 649.3 CDD: 613
  • 4. IV
  • 5. V Dedico este trabalho aos meus pais, Gislene e Joaquim, que sempre me apoiaram e me ensinaram a não desistir dos meus sonhos e persistir mesmo sendo eles tão difíceis de serem alcançados.
  • 6. VI AGRADECIMENTOS A Deus, por me permitir chegar a esse momento e por não me desamparar em nenhuma ocasião; À minha mãe, Gislene dos Santos, ao meu pai, Joaquim Duarte, as minhas irmãs, Mairla Gisele e Mirla Joyce, e ao meu sobrinho Cauan Duarte pela força, incentivo e motivação; Ao meu esposo, Samuel de Oliveira, pelo apoio, estímulo e companheirismo, estando sempre ao meu lado e me ajudando em tudo e em todos os momentos; Aos professores desse curso que tem grande contribuição no meu desenvolvimento e aprendizagem, em especial o professor e meu orientador Dr Fernando Roberto Ferreira Silva contribuindo de forma significativa na elaboração deste trabalho e na minha formação; À Marilene, diretora da Escola de Ensino Fundamental José Ériton Barros Costa, pela sua disposição e dedicação que foi de grande importância na realização da pesquisa e dos questionários desse trabalho; À professora Francineuma que me recebeu em sua sala e ajudou de maneira significativa para que o objetivo dessa pesquisa fosse realizado com sucesso; Aos alunos do 3º ano A e B da Escola de Ensino Fundamental José Ériton pelo seu compromisso, participação e disposição para com a pesquisa; À Família José Ériton que me recebeu de braços abertos, e tem ampla contribuição no meu desenvolvimento; Enfim, a todosaqueles que direta ou indiretamente apoiaram e incentivaram á prosseguir no caminho da realização profissional e pessoal.
  • 7. VII “A pessoa obesa ignora seu corpo. Este se torna extremamente aversivo, frente à campanha do corpo perfeito. Assim, ela nega-o como via de acesso ao mundo.” (Vera Lúcia Menezes da Silva).
  • 8. VIII RESUMO Atualmente a obesidade é considerada uma epidemia mundial, pois afeta todos os países, desenvolvidos ou não, sendo esta, responsável pela morte de milhões de pessoas por ano e causa de inúmeras doenças e distúrbios alimentares que envolvem pessoas de todas as idades. O aumento da obesidade na infância tem sido motivo de preocupação, pois esse excesso de peso pode desencadear inúmeras doenças que antigamente só eram vistas em adultos. A finalidade desse trabalho sobre Má Alimentação e Obesidade Infantil éverificar os hábitos alimentares, a prática de atividade física e a incidência ou não de obesidade entre alunos do 3º ano da Escola de Ensino Fundamental José Ériton Barros Costa. Para obtenção desses resultados foi analisadoa merenda escolar ofertada, também foi analisado por meio do cálculo do IMC(Índice de Massa Corpórea)o número de crianças em processo de sobrepeso ou obesidade, também foi verificado se há relação entre obesidade e falta de participação nas aulas de Educação Física e também foi pesquisado acerca da preferência dos alunos por determinados alimentos servidos na escola. Os dados foram coletados através de entrevistas orais e individuais aos diretores ealunos da escola.Para a coleta de dados foi utilizado dois questionários, o primeiro contendo cinco questões objetivas, que foi direcionado à direção da escola. O segundo questionário é composto porseis perguntas objetivas e duas perguntas abertas; este foi realizado com os alunos dos 3º anos dos turnos manhã e tarde. Através das informações obtidas ao término da pesquisa, foi possível identificar a quantidade de alunos classificados ou não em sobrepeso ou obesidade, identificar os hábitos alimentares das crianças e a prática de atividades físicas das mesmas. Palavras-chave: Excesso de peso. Sedentarismo. Hábitos alimentares inadequados.
  • 9. IX ABSTRACT Currently obesity is a worldwide epidemic, it affects all countries, developed or not, this being responsible for the death of millions of people every year and causes numerous diseases and eating disorders that involve people of all ages. The increase in childhood obesity has been of concern since this excess weight can trigger many diseases that were once seen only in adults. The purpose of this work on Childhood Obesity Poor diet and eating habits is to check the physical activity and the incidence or absence of obesity among students of the 3rd year of Primary School Ériton José Barros Costa. To obtain these results was researched what is served in school lunches, was also analyzed by calculating the BMI (Body Mass Index) the number of children overweight or obese process was also checked whether there is a relationship between obesity and lack participation in physical education classes and was also researched about the students ' preference for certain foods served at school. Data were collected through oral and individual directors and students of the school interviews. To collect data we used two questionnaires, the first containing five objective questions, which was directed toward the school. The second questionnaire consists of six objective questions and two open questions: this was carried out with students of the 3rd year of morning and afternoon shifts. Using the information obtained at the end of the survey, it was possible to identify the amount of classified or not overweight or obese students, identify children's eating habits and physical activity of the same. Keywords: Overweight. Sedentary lifestyle. Inadequate eating habits.
  • 10. X LISTA DE TABELAS TABELA 1 – Prevalência do excesso de peso e obesidade nos jovens dos países da Europa baseados nos pontos de corte usados internacionalmente para classificar dados do IMC, para a idade e sexo............................................................................05 TABELA 2 – Classificação da obesidade no adulto em função do IMC e risco para a saúde..........................................................................................................................13 TABELA3 – Pontos de corte internacionais do IMC, para meninas para classificação do baixo peso, peso normal, excesso de peso e obesidade e a sua distribuição por idade dos 2 aos 18 anos............................................................................................14 TABELA 4 – Pontos de corte internacionais do IMC, para meninos para classificação de baixo peso, peso normal, excesso de peso e obesidade e a sua distribuição por idade dos 2 aos 18 anos............................................................................................14 TABELA 5 – Classificação de IMC dos grupos feminino, masculino e geral dos turnos da manhã e da tarde obtido a partir dos pontos de corte internacionais do IMC para meninas emeninos............................................................................................20 TABELA 6 – Variedade de refeições que é servida na escola..................................21 TABELA 7 – Percentual do tempo que cada aluno costuma assistir televisão nas horas vagas................................................................................................................23 TABELA 8 – Porcentagem dos alunos que costumam trazer lanche de casa para a escola.........................................................................................................................24
  • 11. XI TABELA 9 – Relação dos tipos de lanche que os alunos costumam levar para a escola.........................................................................................................................25 TABELA 10 – Percentual de alunos que compram ou não lanche na escola...........25 TABELA 11 – Relação dos tipos de alimentos que os alunos costumam comprar na escola.........................................................................................................................26 TABELA 12 – Porcentagem da relação dos alimentos que os alunosmais gostam de comer..........................................................................................................................27 TABELA 13 – Percentual da relação dos alimentos que os alunos entrevistados menos gostam de comer............................................................................................27
  • 12. XII SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................2 2 OBJETIVOS ..........................................................................................3 2.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................3 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................ 3 3 REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................4 3.1 OBESIDADE ................................................................................................4 3.2 OBESIDADE INFANTIL ................................................................................5 3.3 A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA E DA ESCOLA NA OBESIDADE INFANTIL...7 3.4 ÍNDICE DE OBESIDADE NO BRASIL........................................................10 3.5 PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (PNAE) ...........11 3.6 AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC) ........................12 4 METODOLOGIA...................................................................................16 4.1 TIPO DE ESTUDO .....................................................................................16 4.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA........................................................................16 4.3 LOCAL DE ESTUDO ..................................................................................16 4.4 COLETA DE DADOS .................................................................................17 4.5 ANÁLISE DE DADOS ................................................................................18 4.6 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS DA PESQUISA .......................................18 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES.........................................................19 5.1 ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC) ....................................................19 5.2 ROTEIRO DE ENTREVISTA ......................................................................20 6 CONCLUSÕES.....................................................................................29 REFERÊNCIAS .......................................................................................30 APÊNDICES ............................................................................................33 APÊNCICE A – QUESTIONÁRIO PARA A DIREÇÃO DA ESCOLA ................34 APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO PARA OS ESCOLARES .............................35 APÊNDICE C – TERMO DE AUTORIZAÇÃO INSTITUCIONAL ......................37 APÊNDICE D – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO....40
  • 13. 2 1 INTRODUÇÃO Nos últimos anos a obesidade tem sido vista como uma epidemia, pois a sua prevalência é considerada cada vez maior em todo o mundo, podendo ocorrer em qualquer idade; mas é na infância, especialmente no primeiro ano de vida e na idade escolar, que há uma maior probabilidade de se desenvolver obesidade ou excesso de peso. Este fato deve-se ao fato de ser nessa fase da vida que se tem os primeiros contatos com alimentos após o desmame. É nessa fase que ocorre a formação dos hábitos alimentares, por esse motivo que o desenvolvimento de hábitos saudáveis é de grande importância para garantir um melhor crescimento, desenvolvimento e saúde para a criança. A importância que deve ser dada à criança com obesidade não se dá apenas no âmbito da estética, mas deve-se enfatizar a sua saúde. Diversos estudos comprovam que a causa de vários problemas de saúde da atualidade deve-se ao excesso de peso, sabe-se também que muitos dos problemas de saúde associados à obesidade em adultos, hoje em dia vem sendo cada vez mais encontradas em crianças e adolescentes. O sedentarismo é um dos principais causadores da obesidade tanto em crianças como em adultos. Os meios de comunicação como a televisão e o computador são altamente prejudiciais ao desenvolvimento infantil, reforçando ainda mais a falta de atividade, pois esta apropria-se do tempo que deveria ser destinado à prática de atividade física, dando espaço para o acúmulo de gordura. Atualmente as crianças em idade escolar assistemtelevisão todos os dias da semana, durante horas, quase todos os comerciais são anúncios de alimentos, principalmente voltados para as crianças. A maior parte desses comerciais direcionados às crianças é de alimentos ricos em gorduras, sódio ou açúcares e pobres em vitaminas e fibras. Por esse motivo é de grande importância que os pais e educadores sensibilizem as crianças e adolescentes para uma mudança na alimentação e a prática de atividade física, para assim reduzir a incidência de possíveis doenças. É importante que essa mediação anteceda a idade de 10 anos, pois é possível obter melhores resultados quanto à intensidade de possíveis doenças.
  • 14. 3 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Analisar os hábitos alimentares, a prática de atividade física e a incidência ou não de obesidade entre alunos do 3º ano da Escola de Ensino Fundamental José Ériton Barros Costa. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS  Identificar o que é servido como merenda na E.E.F José Ériton Barros Costa;  Observar por meio do cálculo do IMC o número de alunos em processo de sobrepeso ou com obesidade;  Verificar se há relação entre obesidade e falta de participação nas aulas de Educação Física;  Pesquisar a preferência dos alunos por determinados alimentos servidos na escola.
  • 15. 4 3 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 OBESIDADE Ser obeso em algumas civilizações da antiguidade era considerado sinal de sucesso. Já na Europa a questão da obesidade era tratada no âmbito da igreja católica que enquadrava tal comportamento dentro do pecado da gula (ANDRADE, 2009). Assim, de diferentes formas, o conceito de obesidade vem sendo modificado ao longo do tempo. A obesidade é definida como a acumulação de gordura corporal resultando no prejuízo à saúde do indivíduo, podendo decorrer de fatores genéticos ou ambientais como diferentes tipos de dieta e a ausência de atividade física (SILVA; COSTA; RIBEIRO, 2008). Ainda, segundo Cruz, Santos e Alberto (2007), um indivíduo é classificado como obeso quando apresenta excessiva quantidade de gordura corporal avaliada em porcentagem do peso total. Os valores que definem a classificação exata de uma pessoa ainda não estão bem definidos, contudo, atualmente classificam-se em sobrepeso,20 a 25% dos homens e 30 a 35% das mulheres e classificados como obesos tem-se 25% dos homens e 35% das mulheres. Atualmente, a obesidade tem sido considerada a epidemia do século XXI, pois afeta todos os países, até mesmo os que ainda não são desenvolvidos. O relatório “Estatísticas Mundiais de Saúde 2012”, da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que aobesidadetem causado a morte de cerca de 2,8 milhões de pessoas por ano (BALDAIA, 2006). O relatório de 2012da OMS mostra que o continente americano é a região com maior número de pessoas em sobrepeso ou obesas propriamente ditas, pois cerca de 26% dos adultos estão classificados como obesos. Já no Sudeste Asiático o número de adultos obesos é bem menor, registrando apenas 3% dos adultos em excesso de peso. Baseado em dados de 194 países, o departamento de estatísticas da OMS afirma que em todas as regiões do mundo a obesidade duplicou entre 1980 e 2008 (ABESO, 2012).
  • 16. 5 3.2 OBESIDADES INFANTIL As taxas de obesidade e excesso de peso em crianças são mais preocupantes, pois em média 60% dos indivíduos que têm excesso de peso antes da adolescência, terão excesso de peso na idade adulta (GATTI, 2005). Os casos de obesidade infantil têm aumentado consideravelmente em todo mundo. Nos últimos dez anos, a prevalência de crianças em excesso de peso tem aumentado em 50%, acredita-se que uma entre quatro crianças são obesas ou apresentam excesso de peso (CATANEO; CARVALHO; GALINDO, 2005). TABELA 1– Prevalência do excesso de peso e obesidade nos jovens dos países da Europa baseados nos pontos de corte usados internacionalmente para classificar dados do IMC, para a idade e sexo. Excesso de Peso e Obesidade (%) Pais Rapazes Moças 11 Anos 13 Anos 15 Anos 11 Anos 13 Anos 15Anos Portugal 25 18 22 25 13 13 Alemanha 13 14 16 10 8 11 Bulgária 20 18 18 10 7 6 Croácia 20 17 19 14 10 10 Escócia 22 16 14 15 15 12 Espanha 21 19 19 18 12 11 Finlândia 20 17 19 16 11 12 França 10 12 14 11 8 8 Grécia 21 27 25 16 13 11 Hungria 21 20 17 13 11 11 Inglaterra 13 14 13 10 14 8 Islândia 15 16 22 10 12 12 Itália 26 25 23 15 11 10 Lituânia 14 9 8 6 4 4 Malta 30 31 32 25 31 28 Noruega 10 10 16 7 9 8 Suíça 6 12 14 5 5 7 República Checa 21 16 14 18 12 9 Rússia 15 11 12 10 7 4 Fonte: Adaptado de MACHADO, 2010.
  • 17. 6 De acordo com os países da região europeia mostrados na tabela acima, nota-se que os dados de excesso de peso e obesidade em crianças e adolescentes são preocupantes, pois em alguns países como Malta e Itáliao número de crianças com excesso de peso ou obesidade chega a 30% (MACHADO, 2010). O alto número de crianças e adolescentes obesos tem sido motivo de preocupação para profissionais da saúde. Baseado nesses dados é que vem sendo feitas cada vez mais pesquisas voltadas para esse problema,com a intençãode descobrir as possíveis causas da obesidade para assim ser promovida a prevenção ou o tratamento das crianças com excesso de peso (SILVA; COSTA; RIBEIRO, 2008). A preocupação da Organização Mundial da Saúde acerca das altas taxas de sobrepeso em crianças teve início nos anos noventa quando se estimava que 18 milhões de crianças de todo o mundo, menores de cinco anosestavam classificadas como tendo sobrepeso. Com base nesses dados, a preocupação é voltada para o impacto econômico que essas crianças poderão causar quando atingirem a idade adulta (RICCARDI et al., 2009). Dados da rede de informação de controle de peso nos Estados Unidos 2009 – 2010 relatam que entre as crianças com idades de 2 a 5 anos, 26,7% estavam com sobrepeso ou obesidade, e 12,% eramobesas. Entre crianças com idades de 6 a 11 anos, 32,6% estavam classificadas em estado de sobrepeso ou obesidade, e 18% eram obesas. Entre os adolescentes com idades de 12a19 anos, 33,6% apresentavam sobrepeso ou obesidade, e 18,4% eram considerados obesos (ALMEIDA,2010). Já de acordo com a Associação Internacional para o Estudo da Obesidade, estima-se que há em média 475 milhões de adultos obesos e mais de 200 milhões de crianças com excesso de peso em todo mundo. A previsão é de que essas crianças com sobrepeso tenham uma vida mais curta do que os seus pais. O sobrepeso e a obesidade são importantes fatores de risco para doença cardiovascular, que é a principal causa de morte nos Estados Unidos da América, também sendo uma importante causa de morte no mundo (DUARTE, 2011). Sabe-se que o tipo de alimentação de uma criança pode ser influenciado por vários fatores. Podem ser citados fatores externos, como o ambiente familiar que envolve valores sociais e culturais, maus hábitos alimentares como os “fastfood” (comida rápida); e fatores internos, como suas características psicológicas, imagem
  • 18. 7 corporal, valores, experiências pessoais, preferências alimentares, autoestima, saúde e desenvolvimento psicológico (MELLO; LUFT; MEYER, 2004). Segundo Barbosa (2004), os hábitos alimentares inadequados são estabelecidos na maioria das vezes ainda na infância; por esse motivo é importante que haja a sensibilização de uma alimentação preventiva, incentivando a própria criança na escolha de umadieta mais saudável. Dessa maneira é possível evitar doenças que seriam adquiridas ainda na infância ou futuramente. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (2008) a prevenção da obesidade ainda na infância é a maneira mais segura que atua no controle dessa doença podendo ser iniciada antes mesmo de nascer. É importante a prevenção da obesidade ainda na infância, pois é possível evitar o aparecimento de doenças crônicas na fase adulta advindas da infância. 3.3 A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA E DA ESCOLA NA OBESIDADE INFANTIL O histórico familiar de uma criança influencia diretamente no seu peso. De acordo com a família, uma criança de pais obesos possui 80% de chance de ser obesa, se somente um dos pais for obeso as chances da criança também desenvolver obesidade diminui para 40% e se não tiver casos de obesidade entre os pais, essa criança terá apenas 7% de chance de adquirir essa doença (NASCIMENTO et al., 2011). A genética desempenha um papel importante no que se diz respeito ao padrão de gasto de energia desempenhado pelo organismo, quanto às características de absorção de nutrientes pelo sistema digestivo e também por outros fatores bioquímicos envolvidos no controle do peso corporal (VARELLA; JARDIM, 2009). Segundo Ancona (2004), a socialização na família ou na escola são fatores que influenciam o padrão de escolha relacionada à dieta individual de cada criança. Por isso é essencial que seja introduzido na alimentação diária das crianças alimentos como frutas e verduras para que essa aprenda a gostar desse tipo de alimento, pois é improvável que uma criança goste de determinado tipo de alimento, se este não é consumido em casa.
  • 19. 8 Sabe-se que a alimentação de uma criança durante o período de permanência na escola é muito importante para que esta possa ter atenção, ânimo, predisposição para aprender, além de contribuir para a sua saúde e nutrição (ANCONA, 2004). Hoje, um dos obstáculos que a criança encontra em relação àescolha de uma alimentação saudável é na hora do lanche na escola, pois ela sente vergonha de ser diferente dos demais. A maioria das crianças não se alimenta de maneira saudável, tornando a escolha de outros tipos de alimentos algo estranho. Por causa disso a criança tem dificuldades de se integrar no grupo de convívio escolar (BARBOSA, 2004). Sabe-se que o lanche escolar não é a principal refeição do dia, porém a hora do lanche é um momento em que há maior interação com os demais colegas, facilitando assim, a socialização da criança ao grupo (ANCONA, 2004). Tem-se conhecimento que a população mundial vem aumentando o consumo de alimentos mais calóricos, com acentuado teor de açúcar e de gorduras saturadas e pobres em nutrientes essenciais para um desenvolvimento saudável. Essa mudança de hábitos alimentares tem como resultado o aumento de pessoas com excesso de peso como mostra os dados da Organização Pan-Americana da Saúde 2006. Esta afirma que o número de pessoas obesas triplicou desde 1980 nos países da América do Norte, Reino Unido, Europa Ocidental, Oriente Médio, Ilhas do Pacífico, Austrália e China (FREITAS, 2010). Uma das principais causas da epidemia de obesidade é o sedentarismo. Sabe-se que atualmente, a maioria das crianças vem diminuindo a prática de exercícios físicos, tornando-se cada vez mais sedentárias. Esse fato deve-se ao aumento do tempo que está sendo dedicado a programas de televisão ou outro meio de entretenimento, como o uso excessivo do computador, a criança poderia usar esse tempo praticando esportes ou em brincadeiras que contribuem na perda de calorias (PIMENTA; PALMA, 2001). Sabe-se que o sedentarismo é uma das causas da obesidade, no entanto, a obesidade também pode influenciarna execução de atividades físicas, pois esse acúmulo de massa dificulta o desempenho da criança na prática de determinados exercícios físicos tornando-a ainda mais sedentária (ABRANTES; LAMOUNIER; COLOSIMO, 2006).
  • 20. 9 A prática de atividades físicas deve ser incentivada pelos pais no período em que as crianças estão em casa e também no ambiente escolar, motivando a criança a manter-se ativa, pois atividades físicas e brincadeiras infantis realizadas na casa da criança ou na escola atuam na prevenção da obesidade (MELLO; LUFT; MEYER, 2004). Outro fator de influência no aumento de peso é uma má alimentação, que na maioria das vezes é influenciada por comerciais, pois estes oferecem a todo o momento o consumo de lanches rápidos, os conhecidos “fastfoods”, doces e guloseimas, que contribuem diretamente na obesidade infantil. O sedentarismo associado a uma má alimentação resulta em uma população adulta cada vez mais sujeita a doenças cardiovasculares (SILVA; COSTA; RIBEIRO, 2008). Os avanços tecnológicos também podem contribuir na diminuição de gasto calórico, entre eles pode-se destacar o uso do automóvel para pequenos percursos, pois estes deveriam ser feitos a pé, assim seria evitado o acúmulo de energia, além de contribuir na interação da criança no meio social (SILVA; COSTA; RIBEIRO, 2008). O sedentarismo associado à má alimentação muitas vezes permitida na escola gera sobrepeso, obesidade e outras doenças relacionadas ao excesso de peso (CHAVES et al., 2008). De acordo com Miranda e Navarro (2008), é necessário que algo seja feito para que a obesidade seja prevenida, evitando futuras complicações. Essa prevenção deve ser realizada de maneira fácil e viável, tendo como base a introdução de uma alimentação saudável e exercícios físicos, esta prática deve incluir todos os ambientes que a criança frequenta, tanto em casa quanto na escola. Diante dos problemas abordados nos âmbitos da família e da escola, é de grande importância a realização do seguinte trabalho para sensibilizar a escola sobre o resultado das pesquisas realizadas atualmente. Sabe-se que os meios de diversão adotados pelas crianças nos dias de hojepossibilitam inúmeras facilidades e comodidades permitindo cada vez mais o sedentarismo das mesmas.
  • 21. 10 3.4 QUADRO DA OBESIDADE NO BRASIL A obesidade também é considerada um problema de saúde pública no Brasil, pois um estudo realizado no sul do Brasil constatou que a prevalência de obesidade em adultos, incluindo homens e mulheres eram de 21%. Mais recentemente constatou-se o excesso de peso em adolescentes de 12 a 14 anos do sexo masculino em 18% e de 16% no sexo feminino (SUÑÉ et al., 2007). No Brasil, entre as décadas de 1970 e 1990 o número de adolescentes com sobrepeso triplicou, pois no início da década de 1970, o índice de sobrepeso em adolescentes com idade entre seis e dezoito anos era de 4%. No final da década de 1990 esse número aumentou para 14% (GUEDES etal., 2006). Em pesquisas realizadas nas cidades de São Paulo e Belo Horizonte observou-se a prevalência de 3,8% de obesidade entre as 1.280 crianças entrevistadas em São Paulo, estas com faixa etária entre zero e cinco anos de idade. Em Belo Horizonte as pesquisas foram realizadas com adolescentes, nestasforam classificados em estado de obesidade 5,7% (ABRANTES; LAMOUNIER; COLOSIMO, 2006). Segundo as pesquisas realizadas no Nordeste e Sudeste, verificou-se que entre adolescentes a prevalência de sobrepeso varia entre 1,7% no Nordeste, e 4,25 no Sudeste. A prevalência de obesidade em adolescentes variou entre 6% e 8%, e em crianças a média foi de 8% e 12%. Comparando os dados das duas regiões, a prevalência no sexo feminino foi de 10,3% de obesidade entre crianças, já nas adolescentes encontram-se 9,3% classificadas em estado de obesidade e 3,0% em sobrepeso. Já no sexo masculino, a prevalência foi de 9,2% entre as crianças, e entre os adolescentes, 7,3% eram obesos e 2,6% estavam em estado de sobrepeso (ABRANTES; LAMOUNIER; COLOSIMO, 2006). Pesquisas realizadas em Fortaleza com o objetivo de determinar as prevalências de sobrepeso e obesidade em jovens com faixa etária entre 7 e 14 anos nas escolas Públicas da capital cearense, revelou que no sexo feminino a prevalência foi mais elevada nas crianças de sete a nove anos, com 4,91% em relação à população de adolescentes de 10 a14 anos que foi de 1,77% (PEREIRA; LIMA; MARTINS, 2004).
  • 22. 11 3.5 PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (PNAE) O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) teve início na década de 1940, quando o Instituto de Nutrição visava à disponibilidade de alimentação escolar, porém ainda não se tinha recursos financeiros. A partir da década de 1950 é que teve início um programa de merenda escolar a nível nacional de responsabilidade pública (STURION et al., 2005). No dia 31 de março de 1955 foi estabelecida a Campanha de Merenda Escolar (CME), mantida pelo Ministério da Educação, esta veio mais tarde a se tornar Campanha Nacional de Merenda Escolar (CNME), com a intenção de propiciar atendimento a nível nacional. Mais tarde, em 1965 o nome da (CNME) foi modificado para Campanha Nacional de Alimentação Escolar (CNAE) a partir daí despertou-se muitos programas de ajuda americana, entre eles o Programa Mundial de Alimentos, da FAO/ONU. A partir de 1979 é que esse programa passou a se chamar de Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) (COSTA; RIBEIRO; RIBEIRO, 2001). O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) tem por finalidade promover a saúde para a construção de novos conhecimentos. A CONAE visa complementar a nutrição do aluno através de refeições na hora do intervalo, a fim de acentuar a alimentação das crianças e obter melhoramento de suas condições nutricionais. O PNAE é o único programa com atendimento universalizado, e é apontado como um dos maiores programas no âmbito da alimentação (SOBRAL; COSTA, 2009). Sabe-se que o PNAE é um programa para suplementar a educação, este tem por objetivo disponibilizar alimentação para todos os alunos da Educação básica matriculados em escolas públicas e filantrópicas. Em 2009 este princípio teve reforço com a implantação do programa para o ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA) (STURION et al., 2005). Além de fornecer um reforço na alimentação dos escolares, o PNAE também é considerado um instrumento pedagógico, pois o nutricionista que tem sua formação ligada à licenciatura deve ter participação em discussões com o grupo escolar, apresentando atividades com a finalidade de esclarecer a importância do PENAE e o seu papel na escola (SOBRAL; COSTA, 2009).
  • 23. 12 O valor repassado pela União a Estados e Municípios por dia letivo para cada aluno é definido de acordo com a etapa de ensino. Em creches o valor diário para cada aluno é de um real, no pré-escolar o valor é de cinquenta centavos, em escolas indígenas e quilombolas o repasse é de sessenta centavos, no Ensino Fundamental, Médio e Educação de Jovens e adultos têm-se trinta centavos, e no ensino integral (Mais Educação) o valor recebido é de noventa centavos (ACCIOLY, 2009). O repasse é feito de maneira direta aos Estados e Municípios, tomando como base o censo escolar realizadono ano anterior ao atendimento. O programa tem acompanhamento e fiscalização da sociedade, por meio dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAEs), também pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), pela Secretaria Federal de Controle Interno (SFCI), pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo Ministério Público (COUTINHO, 2011). Em 2013, o orçamento foi de R$ 3,5 bilhões, com a intenção de beneficiar 43 milhões de estudantes da Educação Infantil, Básica e de EJA. De acordo com a Lei nº 11.947, de 16/6/2009, 30% desse valor foram dirigidos à compra direta de produtos da agricultura familiar, estimulando assim o desenvolvimento econômico das comunidades (ACCIOLY, 2009). 3.6 AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC) O método mais utilizado para a avaliação da quantidade de massa corporal é o IMC (Índice de Massa Corpórea). É um método bastante utilizado, pois é de fácil interpretação e é aceito na comunidade científica. O Índice de Massa Corpórea é calculado dividindo-se o peso do indivíduo (em quilos) por sua altura(em metros ao quadrado). Assim, os indivíduos são classificados como baixo peso, peso normal, pré-obesidade e obesidade classe I, classe II e classe III, como é demonstrado na tabela 2(BORBA, 2006).
  • 24. 13 TABELA 2 – Classificação da obesidade no adulto em função do IMC e risco para a saúde. Classificação IMC (Kg/m2) Risco para a Saúde Baixo peso <18.5 Baixo (mas risco aumentado de outros problemas clínicos) Variação normal 18.5 – 24.9 Médio Pré-obesidade 25.0 – 29.9 Aumentado Obesidade Classe I 30.0 – 34.9 Moderado Obesidade Classe II 35.0 – 39.9 Grave Obesidade Classe III ≥ 40.0 Muito grave Fonte: Adaptado de ABC da Saúde, 2006. O Índice de Massa Corpórea (IMC) é utilizado na maioria das vezes em adultos, mas também pode ser utilizado em crianças e adolescentes, porém, nesses casos não existe ponto de corte universalmente aceito pela comunidade internacional. O principal problema em relação aos valores de IMC em crianças e adolescentes é a baixa relação com a altura, pois essa pode não apontar o real excesso de peso na infância. Apesar disso, o IMC é a medida mais indicada para o cálculo em crianças e adolescentes, pois é de baixo custo, fácil utilização, bem aceita entre os indivíduos, além de ser considerada clinicamente válida (SILVA; COSTA; RIBEIRO, 2008). Segundo Gatti (2005), em crianças e adolescentes, o IMC deve estar relacionado com a idade e maturação sexual como mostra as tabelas 3 e 4.
  • 25. 14 TABELA 3 – Pontos de corte internacionais de IMC, para meninas para classificação de baixo peso, peso normal, excesso de peso e obesidade classificados por idade, entre 6 e 10 anos. Idade Baixo Peso Peso Normal Excesso de Peso Obeso 6 < 13,82 13,82 – 17,34 17,34 – 19,65 >19,65 6,5 < 13,82 13,82 – 17,53 17,53 – 20,08 > 20,08 7 < 13,86 13,86 – 17,75 17,75 – 20,51 > 20,51 7,5 < 13,93 13,93 – 18,03 18,03 – 21,01 > 21,01 8 < 14,02 14,02 – 18,35 18,35 – 21,57 > 21,57 8,5 < 14,14 14,14 – 18,69 18,69 – 22,18 > 22,18 9 < 14,28 14,28 – 19,07 19,07 – 22,81 > 22,81 9,5 < 14,43 14,43 – 19,45 19,45 – 23,46 >23,46 10 < 14,61 14,61 – 19,86 19,86 – 24,11 > 24,11 10,5 < 14,81 14,81 – 20,29 20,29 – 24,77 > 24,77 Fonte: Adaptado de Cole et al., 2000. TABELA 4 – Pontos de corte internacionais do IMC, para meninos para classificação de baixo peso, peso normal, excesso de peso e obesidade classificados por idade, entre 6 e 10 anos. Idade Baixo Peso Peso Normal Excesso de Peso Obesidade 6 < 14,07 14,07 – 17,55 17,55 – 19,78 > 19,78 6,5 < 14,04 14,04 – 17,71 17,71 – 20,23 > 20,23 7 < 14,04 14,04 – 17,92 17,92 – 20,63 > 20,63 7,5 < 14,08 14,08 – 18,16 18,16 – 21,09 > 21,09 8 < 14,15 14,15 – 18,44 18,44 – 21,60 > 21,60 8,5 < 14,24 14,24 – 18,76 18,76 – 18,69 > 18,69 9 < 14,35 14,35 – 19,10 19,10 – 22,77 > 22,77 9,5 < 14,49 14,49 – 19,46 19,46 – 23,39 > 23,39 10 < 14,64 14,64 – 19,84 19,84 – 24,00 > 24,00 10,5 < 14,80 14,80 – 20,20 20,20 – 24,57 > 24,57 Fonte: adaptado de Cole et al., 2000. Os valores de IMC levantados pela Pesquisa Nacional Sobre Saúde e Nutrição (PNSP) realizada pelo Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (INAM) em 1989 mostram que esses valores tendem a ser menores na faixa etária entre um e seis anos de idade, mantém-se estáveis até oito anos e aumentam gradualmente
  • 26. 15 até dezenove a vinte anos quando são estabilizados nas mulheres e vinte e vinte um anos nos homens. Esta pesquisa também revelou que as meninas apresentam valores de IMC superior aos meninos, quando atingem a idade de doze anos (GATTI, 2005)
  • 27. 16 4 METODOLOGIA 4.1 TIPO DE PESQUISA A presente pesquisa constituiu-se de estudo de caráter descritivo, com abordagem quantitativa e coleta de dados. Nesse tipo de estudo são utilizadas técnicas indutivas, fazendo uso de dados obtidos através da pesquisa, os quais são posteriormente expostoscomo porcentagem. Também podem ser realizadas entrevistas e discussões, para em seguida descrever em números os resultados obtidos e classificá-los (MORESI, 2003) 4.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA Foram utilizados como amostra de estudo todos os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental, dos turnos da manhã e da tarde, totalizando duas turmas da Escola de Ensino Fundamental José Ériton Barros Costa, somando 45 alunos. A turma do horário da manhã possui 23 alunos e a turma da tarde possui 22 crianças, ambas as turmas, com alunos de idades entre 8 a 10 anos de idade. 4.3 LOCAL DE ESTUDO O estudo foi desenvolvido na Cidade de Iguatu, na E.E.F José Ériton Barros Costa. A referida escola está situada na Rua Apulcro Lima Verde, s/n no Alto do Jucá, próximo à subestação da Coelce. Hoje, já reformada, tem dezessete pavimentos, sendo cinco salas de aulas, uma secretaria, três banheiros em condições de funcionamento, uma cantina, um galpão, uma área em areia onde mantém um parquinho, um depósito, um corredor e um laboratório de informática. A escola funciona nos períodos da manhã e tarde, com o Ensino Fundamental I. Pela manhã a escola atende a 125 alunos e à tarde com 127,somando 252 alunos em geral.
  • 28. 17 As salas de aula da escola comportam 30 alunos bem distribuídos em círculo ou filas; cada sala tem um armário, uma estante com vários livros didáticos e de histórias infantis e uma mesa com uma cadeira para o professor. A escola não tem sala para biblioteca, a mesma funciona na secretaria, contendo vários livros didáticos, paradidáticos, livros para pesquisas, dicionários, jogos didáticos, materiais informativos, globos mapas e todo material da escola. Também possui televisão, vídeo, câmera digital, sons que são usados nos planejamentos e em momentos de estudos com professores, alunos e comunidades. 4.4 COLETA DE DADOS Os dados da pesquisa foram obtidos através de entrevistas à direção da escola, utilizando um questionário com cinco questões objetivas (APÊNCIDE A). Neste, foi questionado o que é servido na merenda e se o cardápio que é estabelecido pela Secretaria de Educação é cumprido corretamente. Também foi investigado se há aulas de Educação física, se é obrigatória, e o número de alunos que costumam frequentar as aulas de Educação Física. Os alunos também foram entrevistados oralmente e individualmente. Foi utilizado como instrumento de pesquisa um roteiro de entrevista adaptado da FrequênciaAlimentar do Ministério da Saúde (APÊNDICE B) que é composto por seis perguntas objetivas e duasperguntas abertas. Nessa etapa foi questionada a preferência por determinados alimentos servidos na escola e a sua participação nas aulas de Educação física. Posteriormente foi realizado o contato com a direção da escola solicitando o dia e o espaço, de preferência uma sala de aula, para que pudessem ser coletados os dados e a realização do cálculo do IMC (Índice de Massa Corpórea). O cálculo de IMC é reconhecido pela OMS como a principal referência para classificação das diferentes faixas de peso, este é calculado utilizando a fórmula Peso/Estatura2 em quilogramas por metros quadrados. (VARELLA; JARDIM, 2009). Para a obtenção dos dados foi utilizado um estadiometro (medidor de altura) e uma balança, que foram cedidos pelo posto de saúde do próprio bairro. As taxas de obesidade e sobrepeso foram definidas através do cálculo do IMC. Sabe-se que os pontos de IMC para crianças são mais complexos, pois as taxas de
  • 29. 18 obesidade e sobrepeso só podem ser definidas fazendo um comparativo entre sexo e idade, como descritos nas tabelas 3 e 4. A coleta de dados foi desenvolvida separadamente, no horário da aula de ciências. A pesquisa teve início primeiramente no turno da manhã. Os alunos foram entrevistados, pesados e medidos, posteriormente a coleta também foi realizada no turno da tarde, desenvolvendo o mesmo processo. 4.5 ANÁLISE DE DADOS Após a coleta dos dados, os resultados obtidos através do cálculo do IMC foram apresentados em porcentagem e comparados com os dados das tabelaspara meninas e meninos (tabelas 3 e 4), classificando-os como: abaixo do peso, peso normal, excesso de peso e obeso. A partir das respostas dos questionários, foi possível definir o nível de aceitação da merenda escolar pelos alunos. Os resultados obtidos no desenvolvimento do trabalho foram comparados através de gráficos. 4.6 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS DA PESQUISA A pesquisa obedeceu a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde sobre Pesquisa Envolvendo Seres Humanos. No que diz respeito à autonomia, os sujeitos foram esclarecidos quanto à natureza e os objetivos do estudo quando foram convidados a participar da pesquisa; e após terem aceitado participar, foi oficializado o Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE D). Com relação ao princípio de beneficência, os alunoslevaram o Termo de Consentimento para casapara ser assinado por um responsável. Quanto ao princípio de justiça, a escolha desses sujeitos como objeto de estudo foi ao encontro de gerar discussões e decisões que apontem práticas e atividades que contribuam para a melhoria da qualidade de vida desses alunos. Após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido deu-se andamento a coleta de dados. Ao término da pesquisa a mesma foi encaminhada à instituição de realização desta pesquisa.
  • 30. 19 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC) O presente estudo avaliou 45 alunos da Escola de Ensino Fundamental José Ériton Barros Costa, destes 23 alunos eram do turno da manhã e 22 alunos do turno da tarde. Dos alunos avaliados 22 (48,8%) eram do sexo feminino e 23 (51,1%) eram do sexo masculino com idade variando de 8 a 10 anos. Os resultados apontados na tabela 5 mostram os resultados obtidos do grupo feminino. Nesse foi possível observar que 63,6% dos indivíduos possuem o IMC considerado normal, comparados com os pontos de corte do IMC para meninas abordados na tabela 3. A porcentagem pré-obesa foi representada por 9,09% das amostras. Em 18,1% das alunas estavam classificadas como obesas. Também se observou na análise das amostras das meninas a presença de indivíduos abaixo do peso, somando 9,09% da amostra total. Os resultados obtidos divergem completamente dos estudos realizados por Freitas (2010), este avaliou 52 estudantes de ambos os sexos, com faixa etária entre 8 e 11 anos. Quando se compara os resultados de IMC para o sexo feminino, das meninas avaliadas o resultado para o IMC normal foi de 73,9%, das que apresentaram sobrepeso constatou-se o percentual de 26,1% da amostra, enquanto no item de obesidade nenhum indivíduo do grupo feminino estava classificado como obesa. Constatou-se também que o grupo masculino apresentou 66,1% dos avaliados com IMC considerado normal, de acordo com os pontos de corte do IMC descritos na tabela 4. Observou-se que 13,03% estavam com o IMC considerado pré-obeso, e 17,3% dos alunos do sexo masculino, foi classificada como obesa. Também foi observado na amostra que 4,3% dos alunos estavam abaixo do peso.Essa prevalência se aproxima dos resultados identificados nos estudos realizados ainda por Freitas (2010), para o sexo masculino, nesta se verificou que 62,1% da amostra foram avaliados com o IMC considerado Normal, para a amostra identificada em estado de sobrepeso identificou-se 10,3%, já para alunos em estado de sobrepeso a prevalência diverge, no estudo de Freitas o percentual de obesos foi visivelmente maior, apontando 27,6% da amostra obesa. Ainda na tabela 5 estão descritos os resultados de IMC de ambos os sexos apresentados no turno da manhã e da tarde. É possível verificar que 64% dos
  • 31. 20 alunos avaliados estão no padrão normal de IMC, 11,1% estão classificados como pré-obesos. 17,7 % apresentando índices de obesidade e 6,6% estão classificados como abaixo do peso. Em relação aos resultados de ambos os sexos, comparados com esta pesquisa, Freitas (2010) identificou um número maior de crianças classificadas com o peso normal, verificou-se que 74% dos alunos se enquadravam nesta categoria.Já o resultado obtido para crianças em estado de sobrepeso foi mais aproximado ao resultado encontrado nesta pesquisa, o resultado obtido por Feitas foi de 13%. Em relação às crianças em estado de obesidade o resultado foi bem diferente somando que 13,8% das crianças foram classificadas como obesas. TABELA 5 – Classificação de IMC dosgrupos feminino, masculino e geral dos turnos da manhã e da tarde obtido a partir dos pontos de corte internacionais do IMC para meninas e meninos. IMC Percentual das Meninas Percentual dos Meninos Percentual geral Peso Normal 63,6% 68,18% 64,% Pré-Obeso 9,09% 13,04% 11,1% Obeso 18,1% 17,3 17,7% Baixo Peso 9,09% 4,3% 6,6% Nota-se que somando as crianças em situação de sobrepeso tem-se o resultado de aproximadamente 30%, este dado é bastante preocupante, mostra que boa parte da amostra analisada apresenta problemas quanto à alimentação e possivelmente desenvolverão obesidade. 5.2 ROTEIRO DE ENTREVISTA Os próximos resultados descrevem os resultados da entrevista realizada à direção da Escola de Ensino Fundamental José Ériton Barros Costa(APÊNCICE A). O resultado obtido com a primeira questão do questionário estava relacionadoà quantidade de refeições que era oferecida para os alunos pela escola.Constatou-se que a escola oferece duas refeições em ambos os turnos. No período da manhã é servido um lanche e o almoço e para o turno da tarde é servido um lanche e jantar.
  • 32. 21 Segundo o Manual de Orientação para a execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar, (2012), é preocupantea qualidade da alimentação das crianças, esta procura promover uma alimentação saudável dentro da escola, contando com a implantação de cardápios atrativos e ao mesmo tempo balanceados, não apenas com a intenção de contribuir para as necessidades nutricionais dos alunos, mas também com o intuito de provocar uma boa aceitação dos mesmos além de contribuir para o desenvolvimento, crescimento, aprendizagem e um melhor rendimento escolar dos estudantes. Desta maneira é possível ajudar a combater os índices de desnutrição e obesidade ocasionadas pelo novo estilo de vida marcado por maus hábitos alimentares e ressaltando a importância de uma alimentação adequada. A tabela 6 refere-seàsegunda questão do instrumental que estava relacionada aos tipos de alimentos queeram servidos para os alunos nos lanches, almoço e jantar nos dois turnos.Verificou-se que paraos lanches em ambos os turnos há um cardápio que se modifica a cada dia da semana, nestetem: frutas, leite, sucos de fruta, biscoito doce, biscoito salgado,cuscuz, sopa de legumes e sopa de feijão.No almoço e jantar também seguia-se um cardápio para a semana, eram servidos arroz, feijão, carne, macarrão, macarronada, baião de dois, farofa e suco de fruta. TABELA 6 – Variedade de refeições que é servida na escola. Refeições servidas pela escola Lanches Frutas, leite, sucos de fruta, biscoito doce, biscoito salgado, cuscuz, sopa de legumes e sopa de feijão. Almoço e Jantar Arroz, feijão, carne, macarrão, macarronada, baião de dois, farofa e suco de fruta. Na terceira questão indagou-se se o cardápio sugerido pela Secretaria da Educação era seguido corretamente. Constatou-se que o cardápio é seguido tal qual estipulado pela Secretaria da Educação.A alimentação na escola tem por finalidade promover saúde e complementara alimentação dos alunos com refeições variadas servidas pela escola na hora do recreio. O cardápio da escola é desenvolvido por um profissional nutricionista, com a finalidade de obter um melhoramento nutricional nas refeições que as crianças estão consumindo (SOBRAL; COSTA, 2009).
  • 33. 22 A quarta questão referiu-se a rejeição por parte dos alunos por algum tipo de refeição servida na escola. Verificou-se que os alunos, na sua maioria, gostavam de todas as refeições que faziam na escola, porém alguns não gostavam da sopa de legumes e de feijão.Miranda e Navarro (2008) comentam que as crianças em idade escolar na atualidade estão consumindo grandes quantidades de alimentos hipercalóricos e com altas concentrações de açúcar ao invés de consumir as refeições que lhe são servidas diariamente. Na questão cinco do roteiro de entrevista foi mencionado se a instituição em questão ofertava ou não aulas de Educação física para os alunos nos dois turnos. Identificou-se que em ambos os horários eram oferecidos aulas de Educação física, duas a três vezes por semana, havendo não só aulas práticas, mas também aulas de Educação Física teórica uma vez na semana, constatou-se que estas aulas eram bem frequentadas pelos alunos de ambos os turnos. A falta de participação nas aulas de Educação Física tem grande influência no desenvolvimento do sedentarismo que consequentemente gera um acúmulo de energia permitindo assim o aumento de peso ou gerando obesidade. O consumo exagerado de alimentos hipercalóricos e a diminuição de atividade física tem sido a maior causa do aparecimento da obesidade e de sua extensão (SILVA; COSTA; RIBEIRO, 2008). A escola desempenha um importante papel na prevenção do excesso de peso em crianças e adolescentes.É na escola que as crianças passam boa parte do seu dia, podem brincar, jogar e têm a oportunidade de praticar esportes na hora do recreio e principalmente nas aulas de Educação Física (AMARAL: PALMA, 2001). Os resultados a seguir apresentam os percentuais relacionados ao questionário adaptado da Frequência Alimentar do Ministério da Saúde (APÊNDICE B) aplicado aos alunos entrevistados. O resultado obtido com a primeira questão Da entrevistaestavarelacionado à preferência dos alunos em passar algumas horas do dia assistindo televisão ou fazendo uso de aparelhos como computador, DVD ou vídeo game. Os resultados mostram que 97,8% das crianças que preenchem o seu tempo livre assistindo televisão, enquanto apenas 2,3% dos entrevistados prefere passar o tempo livre com outro tipo de atividade. Segundo Miranda e Navarro (2008), o aumento da tecnologia proporciona conforto e facilidade, desta maneira o tempo que deveria ser gasto com atividades que gere gasto calórico como brincadeiras de rua estão cada vez mais sendo
  • 34. 23 trocados por horas acomodadas assistindo televisão ou no computador, por consequência as crianças acabam por aderir ao sedentarismo o que é altamente prejudicial para o seu desenvolvimento tanto físico como mental. A tabela 7 descreve o item 1.1 ainda da primeira questão, esta aponta que dos alunos que preferem assistir televisão ou DVD 13,3% deles relataram que passam até seis horas por dia assistindo televisão ou no computador, 44,4% dos alunos assistem por cinco horas seguidas, 11,1% assistem por quatro horas, 13,3% passam três horas assistindo, 15,2% dos alunos assiste durante duas horas por dia e 2,2% da amostra assiste por apenas uma hora por dia. TABELA 7 – Percentual das horas que cada aluno costuma assistir televisão nas horas vagas. Horas que assiste televisão por dia Porcentagem de alunos 1 2,2% 2 15,5% 3 13,5% 4 11,1% 5 44,4% 6 13,3% Os atuais meios de comunicação têm contribuído para o aumento do sedentarismo. Estudos atualmente têm mostrado uma relação entre o tempo que as crianças passam assistindo TV e a obesidade. Esse tempo gasto na frente da TV contribui diretamente no aumento do sedentarismo das mesmas, sabe-se que uma hora assistindo televisão ou usando o computador, ocasiona um aumento de 2% no índice de jovens obesos (SOBRAL; COSTA, 2009) A segunda questão do questionárioinvestiga se a mãe da criança trabalha fora de casa. Esta questão está relacionada ao tempo que a criança fica em casa sem um responsável. Os resultados apontam que 73% das mães dos entrevistados trabalham fora e os 26,6% restante não trabalham fora. De acordo com Ancona (2004), o tempo que a criança passa sem um responsável permite que ela passe mais tempo fazendo uso de parelhos eletrônicos como assistir televisão, DVD, vídeo game, computador além de consumir mais alimentos gordurosos e com baixo valor nutricional.
  • 35. 24 Bergano (2005) reforça esse ponto quando menciona quesão os pais os responsáveis pela dieta de seus filhos, é deles a obrigação de oferecer variedades de alimentos apropriados ao seu desenvolvimento. Sabe-se que nos dias de hoje é mais raro um momento de toda a família à mesa apreciando uma comida feita em casa.Um dos motivos desse hábito não ser mais comum é o fato de três quartos das mulheres com filhos na idade escolar trabalharem fora de casa. Nestes casos algumas crianças acabam por serem cuidadas em outros ambientes como creches ou escolas, dessa forma podem receber a maior parte de sua alimentação nesses estabelecimentos, este ponto ressalta a importância desses ambientes na educação e desenvolvimento das crianças, sendo consideradas também como grandes influentes de seus hábitos alimentares. Os percentuais apresentados na tabela 8 são resultados obtidos a partir da questão três do instrumental que menciona o fato dosalunos de ambos os sexos trazerem lanches de casa para a escola. Os relatos mostram que 37,78% dos alunos entrevistados costumam trazer lanche para a escola todos os dias, 44,4% da amostra relatou que não possui o hábito de trazer lanche para a escola e 17,78% dos alunos garantem que trazem seu lanche apenas uma ou duas vezes por semana. SegundoGuedes (1997), a prática de uma dieta balanceada na infância é de grande benefício para a saúde, crescimento e desenvolvimento físico e intelectual, contribuindo diretamente para o aprimoramento do nível educacional das crianças em idade escolar. Atualmente esses alunos contam com uma alimentação saudável e também bastante atrativa e variada na própria escola, mas estão trocando as refeições que estão sendo servidas na escola para comprar alimentos calóricos e gordurosos em cantinas, estas crianças alimentam a sua vontade, mas não alimentam o seu corpo. TABELA 8 – Porcentagem dos Alunos que costumam trazer lanche de casa para a escola. Trazem lanche de casa Percentual % Sim 37,78% Não 44,4% Às Vezes 17,78%
  • 36. 25 Os resultados obtidos na tabela 9 referem-se ao item 3.1 da questão um da entrevista que está relacionada aos indivíduos que especificaram o tipo de lanche que costumam levar para a escola, destes 2,2% afirmaram levar doces, 6,6% levam salgados, pizzas e outros, destes 28,8% confessam que levam doces, salgados e refrigerante, 8,8% consomem salgadinho, apenas 2,2% dos entrevistados tem o hábito de levar frutas para a escolae 44,4% afirmam não levar lanche. TABELA 9 – Relação dos tipos de lanche que os alunos costumam levar para a escola. Tipo de Lanche Percentual Doce 2,2% Salgado 6,6% Doce, salgado e refrigerante 28,8% Salgadinho 8,8% Doce e Fruta 6,6% Só Fruta 2,2% Não Traz 44,4% Na tabela 10 estão expressos os resultados da quarta questão da entrevista, esta questiona o hábito dos alunos comprarem ou não lanche na escola. Verificou-se que 8,88% dos alunos entrevistados costumam comprar o lanche na escola, enquanto 20% da amostra afirmam não comprar lanche e 11,11% alegam comprar lanche às vezes, uma ou duas vezes por semana. Constatou-se que além das refeições servidas diariamente na escola, os alunos ainda compram lanche para serem consumidos ainda no período que estão na escola. TABELA 10 – Percentual de alunos que compram ou não lanche na escola. Compram lanche na escola Percentual % Sim 68,88% Não 20% Às Vezes 11,11%
  • 37. 26 Há alguns anos atrás o prato das crianças brasileiras era constituído basicamente de arroz, feijão, carne e salada, e a população infantil obesa era quase zero, com o passar do tempo vem tomando o lugar das refeições anteriores alimentos gordurosos, carnes gordurosas, hambúrgueres, pizzas, salgados, doces, excesso de refrigerante entre outros (BERGAMO, 2005). A tabela 11 responde ao segundo item ainda da questão quatro do roteiro a respeito do que os alunos costumam comprar na escola. Identificou-se que em ambas as turmas e em ambos os sexos que 13,3%da amostra preferemcomprar doces, 17,7% dos alunos optam por salgados diversos, 48,8% dosentrevistados consomem doces, salgados e refrigerante e 20% dos alunos afirmam que não compram lanche na escola. TABELA 11 – Relação dos tipos de alimentos que os alunos costumam comprar na escola. Alimentos Porcentagem de alunos Doce 13,3% Salgado 17,7% Doce, salgado e refrigerante 48,8% Outros 0 Nenhum 20% Os hábitos alimentares de uma criança são influenciados por diversos fatores, podemos citar a mídia que está a todo o momento mostrando em comerciais exibidos na televisão ou internet várias refeições conhecidos como “fast food”, esses lanches calóricos altamente atrativos ao paladar do público infantil estão cada vez mais entrando na dieta alimentar das crianças substituindo refeições importantes para o seu desenvolvimento (OLIVEIRA; FISBERG, 2003). A tabela 12 é referente aos alimentos que os alunos mais gostam de comer fora da escola. Identificou-se que 20% dos alunos prefere comer doces, 22,2% possui o hábito de comer mais salgados, 17% tinhapreferência por doce e salgado e refrigerante, 22,2% afirmaram que preferiam frutas e 17% apontam gostar de comer mais arroz, feijão e verduras.
  • 38. 27 TABELA 12 – Porcentagem da relação dos alimentos que os alunosmais gostam de comer. Alimentos Porcentagem de alunos % Doce 20% Salgado 22,2% Doce, salgado e refrigerante 17% Frutas 22,2% Arroz, feijão e verduras 17% A tabela 13 refere-seà questão seis do questionário ainda relacionada à preferência dos alunos por determinados alimentos, mas desta vez foi investigado o que os alunos menos gostavam de comer quando estavam fora da escola. Verificou- se que 13,35% dos entrevistados não gostavam de comer frutas, 51,11% não gostavam de comer verduras e legumes, 6,6% não gostava de comer arroz e feijão, 6,6% preferia não comer doces e salgados e 20% da amostra afirma não ter nenhum alimento que não goste de comer. TABELA 13 – Percentual da relação dos alimentos que os alunos entrevistados menos gostam de comer Alimentos Porcentagem de alunos % Frutas 13,35% Verduras e Legumes 51,11% Arroz e Feijão 6,66% Doce e Salgado 6,66% Nenhum 20% A questão sete da entrevista investigava se o tempo do recreio era suficiente para o aluno fazer seu lanche.Verificou-se que 100% da amostra de ambos os turnos e ambos os sexos afirmaram que o tempo do recreio era satisfatório para fazer o lanche. Na questão oito do questionário, foi interrogado se os alunos participavam das aulas de educação física. Constatou-se que nos dois turnos e em ambos os sexos 100% dos alunos participavam das aulas de Educação Física. Essafrequencia
  • 39. 28 se estendia tanto as aulas práticas ofertadas duas a três vezes por semana quantonas aulas teóricas, ministradas uma vez na semana. As aulas de Educação Física são de grande importância para a educação infantil, esta tem o papel de sensibilizar o aluno da importância da práticade atividade física constante, estas atividades não se baseiam apenas em prevenir a obesidade, mas também desempenham um papel no bem-estar, motivação e autoconfiança (VARELLA; JARDIM, 2009). Em relação aos objetivos traçados na seguinte pesquisa, revelou-se que boa parte dos alunos estão consumindo alimentos inadequados, aproximadamente 30% destes estão classificados como obesos ou em processo de obesidade embora 100% pratiquem atividades físicas regularmente na escola. Dentre outras informações extremamente relevantes como o fato de 80% dos alunos comprarem lanche do tipo calóricos como doces e salgados.
  • 40. 29 6 CONCLUSÕES Pode-se concluir queexiste uma considerável prevalência de obesidade e sobrepeso entre os alunos dos 3º ano da Escola de Ensino Fundamental José Ériton Barros Costa. Este índice é verificado tanto entre os alunos do período da manhã como nos alunos do turno da tarde envolvidos na amostra.Constatou-se que aprevalência de sobrepeso era maior nos alunos do sexo masculino e a prevalência de obesidade se encontrava em maior número nos alunos do sexo feminino. Foi possível perceber também que o cardápio de refeições servidas na escola é seguido integralmente peloque é recomendado pela Secretaria da Educação. Observou-se também que a escola oferece aulas de Educação Física semanalmente, aulas tanto de cunho prático como também aulas teóricas, dessa maneira foi possível identificar uma relação positivana freqüência de alunos nas aulas de Educação Física. Portanto pode-se concluir que o problema de excesso de peso constatado na amostra está relacionada na alimentação inadequada dos alunos, já que estes praticam atividades físicas regularmente na escola. Verificou-se também que os alunos em sua maioria consomem uma grande quantidade de alimentos hipercalóricos, tanto no horário em que se encontram na escola como também em casa, além de afirmarem ingerir grandes quantidades de refrigerante quase todos os dias, ou seja, alimentos com alto teor degorduras podem estar influenciando significativamente no aumento do peso corporaldos mesmos.Estas refeições calóricas costumam ser levadas de casa para a escola ou compradas na cantina da escola. A partir dos dados obtidos, constata-se que é de grande importância a participação da família e da escola na prevenção da obesidade infantil, estas devem se preocupar com a introdução de alimentos saudáveis e incentivar a prática constante de exercícios físicos, assim não só a obesidade é prevenida, mas também é possível evitar diversas doenças e complicações advindas de maus hábitos alimentares. Em relação à amostra investigada, percebe-se um progresso do PNAE em inserir uma alimentação de qualidade na escola, porém os objetivos de substituir alimentos inadequados por refeições balanceadas ainda parece distante, já que na população analisada as guloseimas ainda não deixaram de ser consumidas.
  • 41. 30 REFERÊNCIAS ABC da Saúde,2006. Disponível: <http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?303>. Acesso em 30 de maio de 2013. ABRANTES,M.M.; LAMOUNIER, J. A.; COLOSIMO, E. A. Prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes das regiões Sudeste e Nordeste.Jornal de Pediatria.v.78, n.4, 2002. ACCIOLY,E. A escola como promotora da alimentação saudável. Ciência em Tela.v.2, n.2, 2009. ALMEIDA, C. S.C.Monitorização do excesso de peso e obesidade na população infantil. Dissertação (Mestrado em Gestão dos Serviços de Saúde) - Universidade de Trás-Os-Montes e Alto DouroContributos para a gestão de cuidados de saúde. 2010. AMARAL, A.P.A; PALMA, A.P. Perfil epidemiológico da obesidade em crianças: relação entre televisão, atividade física e obesidade. Revista Brasileira Ci Mov, 2001. ANCONA, L. Nutrição e dietética em clínica pediátrica. São Paulo: Atheneu, 2004. ANDRADE, C.D.Colaboradores com Obesidade diante das Organizações nos dias Atuais. 2009. 46p. (Monografia de Gestão Empresarial) - Universidade Cândido Mendes. Pós Graduação Lato Sense. Instituto a Vez do Norte, RJ. Associação Brasileira Para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Abeso. Disponível<http: www.abeso.org.br/pagina/337/aspectos-epidemiologicos- da-obesidade-infantil.shtml> - Acesso 22 de Abril de 2012 BALDAIA, P. Obesidade é a epidemia do século XXI. 2006.Disponível: <http://www.jn.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=574173&page=-1>. Acesso em 28/05/2013. BARBOSA, V. L.P.Prevenção da obesidade na infância e na adolescência: exercício, nutrição e psicologia.Barueri (SP): Manole, 2004. BERGAMO, G. Um novo bicho-papão. Veja,São Paulo. v.38, n.33, p.110 -111, ago. 2005. BORBA, P. A importância da prática desportiva lúdica no tratamento da obesidade infantil. Monografia. 2006. CAETANEO, C.; CARVALHO, A. M. P.; GALINDO, E. M. C.Obesidade e Aspectos Psicológicos: Maturidade Emocional, Auto-conceito, Locusde Controle e
  • 42. 31 Ansiedade, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.Psicologia: Reflexão e Crítica, v.18, n.1, pp.39-46, 2005. CHAVES, M. das G. A.M.; MARQUES, M.H.; DALPRA, J. O.; RODRIGUES,P.A.; CARVALHO, M. F. de; CARVALHO, R.F. de.Estudo da relação entre a alimentação escolar e a obesidade. HU Revista, Juiz de Fora, v. 34, n. 3, p. 191-197, jul./set. 2008. COUTINHO,I.A. Boas Práticas de Manipulação na Merenda Escolas – Relatório de Estágio do Curso Superior de Tecnologia de Alimentos da Universidade Estadual de Goiás – UNU – Jataí, 2011. CRUZ, E.C.da.; SANTOS, S. P. dos.; ALBERTO, V.A Contribuição da Educação Física Escolar na Prevenção Terapêutica da Obesidade. (Monografia de Graduação apresentada ao Departamento de Educação Física) - Universidade Federal de Rondônia (RO), Fundação Universidade Federal de Rondônia núcleo de Saúde Departamento de Educação Física – UNIR, 2007. COLE, T.; BELLIZI, M.; FLEGAL, K.; DIETZ, W. Estabelecer uma definição padrão para a criança com excesso de peso e obesidade em todo o mundo: Pesquisa Internacional(1240-1243).BMJ, 2000. COSTA, E. Q.; RIBEIRO, V. M. B.; RIBEIRO, E. C. O.Programa de Alimentação Escolar: Espaço de Aprendizagem e Produção de Conhecimento.Rev. Nutr., Campinas, v.14.n.3, p. 225-229, set./dez., 2001. DUARTE, M. E.B.Estilosde Vida Familiar e Peso Excessivo na Criança em Idade Pré-Escolar. (Doutoramento em Enfermagem) - Universidade de Lisboa com a participação da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, 2011. FREITAS, H. R. M. Análise da Prevalência de Obesidade em escolas da rede Particular de Morada Nova. (Monografia apresentada ao curso de Educação Física) - Faculdade Católica Rainha do Sertão.Quixadá, 2010. GATTI, R.R.Prevalência do excesso de peso em adolescentes de escolas públicas e privadas na cidade de Guarapuava-PR. Dissertação (Mestrado – Programa Pós-Graduação em enfermagem em Saúde Pública). Ribeirão Preto, 2005, 84p. GUEDES, D.P.; PAULA, I. G de.; GUEDES, J. E. R. P.; STANGANELLI, L. C. R. Prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes: estimativas relacionadas ao sexo, à idade e à classe socioeconômica. Rev. Bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.20, n.3, p.151-63, jul./set. 2006. GUEDES, D.P.; GUEDES, J.E.R.P. Crescimento Composição Corporal e Desempenho Motor das Crianças e Adolescentes. São Paulo: CRL Balieiro, 1997. MACHADO, A. M.P.R.Hábitos Alimentares, Ocupação dos Tempos Livres, Imagem Corporal e Obesidade em Crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico. Tese
  • 43. 32 (2º Ciclo em Educação Física e Desporto da Especialização em Desenvolvimento da Criança) - Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro Vila Real, 2010. Manual de Orientação para a execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE – Secretaria da Educação, Goiânia, 2012. MELLO, E. D. de.; LUFT, V. C.; MEYER, F. Obesidade Infantil: Como podemos ser eficazes? Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, v.80, n3, p 173-782, Jan de 2004. MIRANDA, A. A. N. de; NAVARRO, F. A Prevenção e o Tratamento da Obesidade Durante a Infância: uma opção eficaz para reduzir a prevalência desta patologia. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo, v.2, n.10, p.313-323, Jul/Ago. 2008. MORESI, E.Metodologia da Pesquisa. Universidade Católica de Brasília – UCB Pró-Reitoria de Pós-Graduação – PRPG Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gestão do Conhecimento e Tecnologia da Informação. 2003. NASCIMENTO, G.; ARAUJO, L. B. de; ABREU, M. F.; RIBEIRO, P. A.O Comportamento dos Pais, Educadores e Sociedade Frente à Obesidade Infantil em Morrinhos– Go. Trabalho de Curso (Graduação) - Universidade Estadual de Goiás - UEG no curso de Educação Física.Caldas Novas, 2011. 69 f. OLIVEIRA, C. L; FISBERG, M. Obesidade Infância e adolescência: uma verdadeira epidemia. Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia, São Paulo, v.47, 2003. PEREIRA, M.M.R.; LIMA. J. W. O.; MATINS.M.C. V.;Prevalência de sobrepeso e obesidade em estudantes de 7 a 14 anos em Escolas Públicas de Fortaleza- Ceará.Revista de Pediatria do Ceará, Ceará,Janeiro a Julho de 2004. PIMENTA, A.P.A.; PALMA, A. Perfil epidemiológico da obesidade em crianças: relação entre televisão, atividade física e obesidade. Revista Brasileira Ciência Movimento, Brasília, v.9, p.19-24, Out, 2001. RICCARDI, D. M. dos R.; VASQUES, L. A. P.; PENONI, Á. C. de O.; AMORIN, D.B.Nível Socioeconômico e Hábitos de Vida Familiares na Incidência de Obesidade Infantil em Escola Pública e Particular da Cidade de Pouso Alegre/MG. Coleção Pesquisa em Educação Física, v.8, n.4, 2009. SILVA, Y. M. P. da; COSTA, R. G.; RIBEIRO, R. L. Obesidade Infantil: Uma revisão Bibliográfica. Bacharelado em Nutrição – UNIGRANRIO, Escola de Enfermagem e Instituto de Biociências. Saúde e Ambiente em Revista, Duque de Caxias, v.3, n.1, p.01-15,jan-jun, 2008. STURION, G. L.; SILVA, M. V.; OMETTO, A. M. H.; FURTUOSO, M. C. O.; PIPITONE, M. A. P.Fatores condicionantes da adesão dos alunos ao Programa de Alimentação Escolar no Brasil.Rev. Nutr., Campinas, v.18, n.2, p.167-181, mar./abr., 2005.
  • 44. 33 SOBRAL, F.; COSTA, V.M.H de M. Programa Nacional de Alimentação Escolar: Sistematização e Importância.Alim. Nutr., Araraquara v.19, n.1, p. 73-81, jan./mar. 2009. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamento de Nutrologia. Obesidade na infância e adolescência – Manual de Orientação, 2008. 116p. Vários colaboradores. SUÑÉ, F. R.; DIAS-DA-COSTA, J. S.; OLINTO, M. T. A.; PATTUSSI. M.P.; Prevalência e fatores associados para sobrepeso e obesidade em escolares de uma cidade no Sul do Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.23, n.6, p.1361- 1371, jun, 2007. VARELLA, D.; e JARDIM, C. Obesidade e Nutrição. São Paulo: Gold, 2009.
  • 45. 34 APÊNDICE A - FERRAMENTA DE COLETA DE DADOS UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU QUESTIONÁRIO PARA A DIREÇÃO DA ESCOLA DADOS DE IDENTIFICAÇÃO NOME:______________________________________________________________ FUNÇÃO:___________________________________________________________ QUESTIONÁRIO 1 - Quantas refeições são oferecidas pela escola? ___________________________________________________________________ 2 - O que é servido na merenda escolar? ___________________________________________________________________ 3 - O cardápio que é sugerido pela secretaria de Educação é seguido corretamente? ___________________________________________________________________ 4 - Os alunos demonstram rejeição em algum lanche que é servido na merenda escolar? Se sim, quais? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 5 - São ministradas aulas de Educação Física? Se sim – São obrigatórias? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________
  • 46. 35 APÊNDICE B - FERRAMENTA DE COLETA DE DADOS UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO PARA OS ESCOLARES DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Nome:__________________________________________________________ Idade:____ anos Data:____/____/_____ Sexo: ( ) Masc ( ) Fem QUESTIONÁRIO 1 - Você costuma assistir televisão? ( ) Sim ( ) Não Se sim - Quantas horas você assiste televisão por dia: ___________________ 2 - Sua mãe (ou responsável) trabalha fora de casa? ( ) Sim ( ) Não 3 - Você traz lanche de casa? ( ) Sim ( ) Não ( ) As vezes Se traz - O que você costuma trazer? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 4 - Você compra lanche na escola? ( ) Sim ( ) Não ( ) As vezes Se sim - o que você costuma comprar? ___________________________________________________________________
  • 47. 36 5 - Quais são os alimentos que você mais gosta de comer? ___________________________________________________________________ 6 - Quais são os alimentos que você menos gosta de comer? ___________________________________________________________________ 7 - O tempo do recreio é suficiente para você fazer seu lanche? ( ) Sim ( ) Não 8 – Você participa das aulas de Educação Física? ( ) Sim ( ) Não ( ) As vezes Se não – Por que você não participa? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________
  • 48. 37 APÊNDICE C - TERMO DE AUTORIZAÇÃO INSTITUCIONAL UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU Iguatu, ___ de _____ de 2013. Ilustríssimo (a) Senhor (a) Eu, Jayrla Raquel dos Santos Duarte, responsável principal pelo projeto de monografia, venho pelo presente, solicitar vossa autorização para realizar este trabalho na E.E.F. José Ériton Barros Costa, para o trabalho de pesquisa sob o título, MÁ ALIMENTAÇÃO E OBESIDADE INFANTIL NA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL JOSÉ ÉRITON BARROS COSTA, Orientada pelo Professor Dr. Fernando Roberto Ferreira Silva. Este projeto de pesquisa atendendo o disposto na Resolução CNS 196 de 10 de Outubro de 1996, tem como Identificar os hábitos alimentares e a incidência ou não de obesidade entre alunos dos 3º Ano da Escola de Ensino Fundamental José Ériton Barros Costa. Será utilizada como procedimentos uma entrevista à direção da escola questionada o que é servido na merenda e se o cardápio que é estabelecido pela Secretaria de Educação é cumprido corretamente. Também será investigado se há aulas de Educação Física, se é obrigatória, e o número de alunos que costumam freqüentar as aulas de Educação Física. Posteriormente os alunos também serão entrevistados através de uma entrevista com perguntas sobre a sua preferência por determinados alimentos servidos na escola e a sua participação nas aulas de Educação física. Após essas etapas os alunos serão convidados para a coleta de dados, peso e altura, para a realização do cálculo do IMC (Índice de Massa Corporal). A coleta de dados se realizará entre os meses de agosto e setembro de 2013. Espera-se com esta pesquisa, constatar que maus hábitos alimentares inadequados, como o consumo excessivo de produtos gordurosos, doces e bebidas açucaradas ao Invés de alimentos saudáveis, aliados a vida sedentária que está sendo expressa pelas crianças da atualidade, tem como resultado uma população
  • 49. 38 infantil em estado de sobrepeso ou obesidade, e cada vem mais susceptível a futuras doenças. Qualquer informação adicional poderá ser obtida através do Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da coordenação do curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu e pela pesquisadora Jayrla Raquel dos Santos Duarte, e-mail: raquel_duarte18@hotmail.com, cel: (88) 9604.9507. A qualquer momento vossa senhoria poderá solicitar esclarecimento sobre o desenvolvimento do projeto de pesquisa que está sendo realizado e, sem qualquer tipo de cobrança, poderá retirar sua autorização. O pesquisador está apto a esclarecer estes pontos e, em caso de necessidade, dar indicações para solucionar ou contornar qualquer mal estar que possa surgir em decorrência da pesquisa. Autorização Institucional Eu,___________________________________________ (nome legível) responsável pela instituição ____________________________________________ (nome legível da instituição) declaro que fui informado dos objetivos da pesquisa acima, e concordo em autorizar a execução da mesma nesta instituição. Caso necessário, a qualquer momento como instituição CO-PARTICIPNATE desta pesquisa poderemos revogar esta autorização, se comprovada atividades que causem algum prejuízo a esta instituição ou ainda, a qualquer dado que comprometa o sigilo da participação dos integrantes desta instituição. Declaro também, que não recebemos qualquer pagamento por esta autorização bem como os participantes também não receberão qualquer tipo de pagamento. Ainda informo-lhe que os dados serão apresentados ao Curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu, podendo ser utilizado também em eventos científicos, mas não mencionarei seu nome, pois este será preservado, sendo em sigilo a identidade do participante. _______________________________________ Jayrla Raquel dos Santos Duarte
  • 50. 39 Tendo em vista, que fui satisfatoriamente informado sobre a pesquisa, MÁ ALIMENTAÇÃO E OBESIDADE INFANTIL NA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL JOSÉ ÉRITON BARROS COSTA, realizada sob a responsabilidade da pesquisadora Jayrla Raquel dos Santos Duarte, concordo em participar da mesma. Estou ciente de que meu nome não será divulgado e que o pesquisador estará disponível para responder - me a quaisquer dúvidas. Iguatu,________de ________________2012 ___________________________________ Assinatura do participante
  • 51. 40 APÊNDICE D - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU Prezado (a) Sr. (a): Eu, Jayrla Raquel dos Santos Duarte, acadêmica do VIII semestre do Curso de Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), Faculdade de Educação Ciências e Letras de Iguatu (FECLI), sob orientação da Prof.º Dr. Fernando Roberto Ferreira Silva, estou desenvolvendo uma pesquisa cujo título é “Má Alimentação e Obesidade Infantil na Escola de Ensino Fundamental José Ériton Barros Costa” que tem como objetivo geral: Identificar os hábitos alimentares e a incidência ou não de obesidade entre alunos do 3º Ano da Escola de Ensino Fundamental José Ériton Barros Costa. Por essa razão, o seu filho (a) está sendo convidado (a) a participar da pesquisa. Os benefícios esperados com o estudo são constatar que maus hábitos alimentares, como o consumo excessivo de produtos gordurosos, doces e bebidas açucaradas ao invés de alimentos saudáveis, aliados a vida sedentária que está sendo expressa pelas crianças da atualidade, tem como resultado uma população infantil em estado de sobrepeso ou obesidade, e cada vem mais susceptível a futuras doenças (Doenças crônicas não transmissíveis). Todas as informações fornecidas pelo aluno serão utilizadas somente para esta pesquisa. Suas respostas e dados pessoais serão confidenciais e seu nome não aparecerá nas entrevistas nem nos resultados, quando estes forem apresentados. A sua permissão para a participação de seu filho em qualquer tipo de pesquisa é voluntária. Caso o (a) Sr. (a) aceite participar, não receberá nenhuma compensação financeira, também não sofrerá qualquer prejuízo se não aceitar ou se desistir após ter iniciado a entrevista.
  • 52. 41 Se o (a) Sr. (a) estiver de acordo que o seu filho participe da pesquisa deverá preencher e assinar o Termo de Consentimento Pós-Esclarecido que se segue, e receberá uma cópia deste Termo. TERMO DE CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO Pelo presente instrumento que atende às exigências legais, o (a) Sr. (a) ____________________________________________________, portador(a) da cédula de identidade __________________________, declara que, após leitura minuciosa do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, teve oportunidade de fazer perguntas, esclarecer dúvidas que foram devidamente explicadas pelo pesquisador, ciente dos serviços e procedimentos aos quais será submetido e, não restando quaisquer dúvidas a respeito do lido e explicado, firma seu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO em participar voluntariamente desta pesquisa. E, por estar de acordo, assina o presente termo. Iguatu - CE, _______ de ________________ de 2013. __________________________________________ Assinatura do Participante __________________________________________ Assinatura do Pesquisador _______________________________________________ Prof.º Dr. Fernando Roberto Ferreira Silva ( orientador)