2. “Porque a Escritura diz: Todo aquele que
nele crer não será confundido.” - Paulo.
(Romanos, 10:11.)
3. A Igreja de Roma
• É a primeira carta de Paulo à uma Igreja que não fundou. Pergunta-se,
então, quem anunciou o Evangelho na capital do império? Nessa época,
Roma possuía aproximadamente um milhão de habitantes, formado por
grupos étnicos diferentes vindos de toda a parte do império.
• Entre eles estava uma grande colônia judaica. O primeiro testemunho de
judeus em Roma vem de 139 A.C. Na época do Novo Testamento eram
aproximadamente 50 mil judeus; habitavam a região de Trastévere e
possuíam mais de 10 sinagogas.
• Os judeus sofreram medidas restritivas por parte dos romanos e sua
religião era chamada “superstitio bárbara” (uma superstição bárbara).
• É no interior dessa comunidade judaica que vamos encontrar a origem da
Igreja de Roma. Provavelmente os primeiros a levar a Boa-Nova até Roma
foram os peregrinos judeus, prosélitos que presenciaram o acontecimento
de Pentecostes em Jerusalém no ano 30 d.C. e se converteram com o
sermão de Pedro (At 2,14.41).
4. Objetivo da Carta aos Romanos
Para alguns essa chave interpretativa deve ser
buscada na comunidade cristã de Roma e
nos seus problemas eclesiais. Paulo teria escrito
a carta com o objetivo de reconciliar e pacificar
a Igreja Romana dividida entre
gentios-cristãos
e judeus-cristãos.
5. • A situação histórica interpretativa não estaria na
Igreja Romana, mas em Paulo e na
situação em que se encontrava. Isto é, ele já
tinha evangelizado todo o Oriente e projetava
evangelizar a Espanha. Por isso escreve aos
romanos: a carta seria uma espécie de bilhete
de visita que ilustraria sua mensagem
evangélica. Muitos autores acham que Roma
não era apenas uma parada na viagem à
Espanha, mas um lugar importante para a
pregação do Evangelho.
6. • O problema estaria entre Paulo e Jerusalém. O Apóstolo estava
preocupado com um
possível confronto com os chefes da Igreja de Jerusalém onde
deveria defender o Evangelho anunciado nas Igrejas gentio-cristãs.
Em particular, a carta aos Romanos estaria unida à crise da Galácia
e seus reflexos no judeu-cristianismo na Palestina. Paulo, portanto,
exporia aos romanos o evangelho que pensava defender em
Jerusalém. É muito difícil optar por uma das alternativas somente.
O certo é que a Carta aos Romanos não poder ser entendida como
um escrito dogmático a histórico.
7. • Contrariamente a quanto se afirmou por muito
tempo, não é um tratado teológico, mas é sim
um texto pastoral, como todas as Cartas de
Paulo.
• Nasceu por sua paixão pela evangelização entre
os pagãos. Paulo afirma ser “ministro de Jesus
Cristo” (15,16). Além disso é a Carta de Paulo
que mais cita nomes de pessoas (11 mulheres e
18 homens). Portanto, Paulo devia não somente
saber o nome das pessoas, mas suas alegrias e
suas tristezas; suas riquezas e seus problemas.
8. • Paulo torna claro um fato nesta
passagem. O zelo religioso não basta. Os
judeus pensavam que podiam fazer-se
justos para com Deus pela obediência
meticulosa às leis e observância dos
costumes. [...]
9. • Mas Paulo informa a seus patrícios da verdade
que lhe foi revelada no caminho de Damasco:
Não é pelo esforço de guardar as leis de Deus
que se pode chegar até onde Ele está (versos 4-
7).
• Simplesmente seja receptivo a Deus quando
Ele vem a você. Você crê (com o coração, não
apenas com a cabeça) que Jesus é Senhor e
confessa (com a boca) que Ele é seu Salvador;
salvou você dos seus pecados. E então - judeu
ou gentio - Deus aceitou você [versos 6-8]. (Fritz
Ridenour)
10. • "A fé é o meio de salvação porque constitui a resposta à
abundante graça de Deus. "Porque o homem crê com o
coração e assim é justificado." Rom. 10:10, RSV. O
texto grego diz literalmente: "Porque ele crê em seu
coração para justiça." A fé em Cristo resulta em justiça
de coração. Como Paulo acaba de afirmar, a fé em
Cristo resulta no ato de a lei ser escrita no coração.
Justiça de coração é perfeita conformidade com a
vontade de Deus da maneira expressa em Sua lei.
Justificação (salvação) é dádiva da justiça de Cristo ao
coração daquele que crê. (Herbert Kiesler)
11. • Muitas pessoas zelosas ainda andam conforme
doutrinas humanas. Da mesma maneira que os
judeus precisavam abrir os seus corações para
examinar as suas crenças, todos nós devemos
ser abertos para aprender melhor e mudar as
nossas convicções para fazer a vontade de
Deus. Corações orgulhosos e mentes fechadas
impedem a salvação de muitos.
12. A salvação não depende da obediência
perfeita à lei, e sim da fé em Cristo (9-11).
• A ênfase neste contexto está na fé em
Cristo, em contraste com a confiança na
lei.
• Se o Criador de todos oferece um único
meio de salvação igualmente a todos,
podemos imaginar que todos seriam
salvos? Não. Porque nem todos reagem
ao evangelho do mesmo modo.
13. “Fé inabalável só o é a que pode en-
carar frente a frente a razão, em to-
das as épocas da Humanidade.”
• A Fé raciocinada deixa de possuir conotação de
algo obtido por uma graça, por um mistério que
não pode ser explicado.
• Ela, portanto, difere de tudo o que caracteriza a
Fé religiosa, porque baseia-se na busca do
entendimento e do discernimento.
• A Fé religiosa firma-se nos dogmas que definem
as religiões.
• A Fé Espírita usa a razão e, por isto, pode
criticar e examinar o objeto da Fé
14. • “Proscrevendo a fé cega
(o Espiritismo), quer ser
compreendido. Para ele, absolutamente
não há mistérios, mas uma fé racional,
que se baseia em fatos e que deseja a luz.
Não repudia nenhuma descoberta da
Ciência, dado que a Ciência é a coletânea
das leis da Natureza e que, sendo de
Deus essas leis, repudiar a Ciência fora
repudiar a obra de Deus.”
15. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA PEDAGOGIA DE JESUS
- Educar com Jesus -
• a pessoa humana: mais alto investimento –
acredita no ser humano;
• meta: crescimento pessoal;
• valorização do contato pessoal;
• o homem contextualizado: linguagem/cultura;
• visão integral do homem;
• relação teoria-prática: pensamento e ação;
• sentido iminente e transcendente da
experiência humana;
16. Conclusão
• Cada espírito um universo, uma
necessidade
• Cada reencarnação uma chance de
evolução
• Tempo para pensar no ser espiritual que
somos
• Quebrar a barreira da dor e valorizar a
vida
• Abrir a porta da oportunidade
17. Toda
aprendizagem
conduz o homem à
harmonia consigo
próprio, com o
próximo e com
Deus.
“Quem pratica a
verdade aproxima-se da
Luz.”
(Jo. 3:21)
18. “Que a luz racional de Kardec, somada à
luz do amor de Jesus, sejam as forças
fundamentais de nossos trabalhos
espíritas-cristãos.”
(Livro Aprendendo, Amando e Servindo
Walter Barcelos)