Apresentação de trabalho da disciplina Pesquisa e Prática Pedagógica na Educação Infantil I, ministrada pela professora Mônica Teixeira na Universidade Severino Sombra (USS).
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
A vida das crianças de elite durante o Império
1.
2. Imagine a cena: a jovem professora alemã ao entrar na classe encontra as meninas na
maior bagunça e falação. Na confusão de sua pouca experiência recorre ao método
Bormann, de disciplina alemã, ordenando-as a levantar e a sentar repetidamente, até
o número de cinco vezes. A jovem professora só consegue exaltar as alunas que, ao
tomarem o castigo por uma boa brincadeira, pulavam ainda mais. Desconcertada, a
professora concluiu que as crianças brasileiras, em absoluto, não devem ser educadas
por alemães; é trabalho perdido.
• O meio sempre interferiu na educação
• Ina é uma de tantas viajantes que
chegaram ao Brasil depois de 1808, com a
abertura dos portos promovida por Dom
João VI.
• Faziam relatos de suas experiências e
vivencias, em crônicas, correspondências,
diários, relatórios etc.
• A maioria das experiências eram queixas
dos mosquitos, calor, falta de cuidado com a
cidade e das crianças.
• "Uma criança brasileira é pior que
mosquito hostil(...) crianças no sentido
inglês não existem no Brasil“
• Criança??
3. Olhar adulto
• A rotina do mundo adulto que ordenava o
cotidiano infantil e juvenil.
• No século XIX se confirma a infância e a
adolescência como idades da vida.
• Em 1830 o termo criança, adolescente e
menino começam a parecer no dicionário.
• Menina surge primeiro como tratamento
carinhoso e só mais tarde como designativo
de "criança ou pessoa do sexo feminino que
esta no período da meninice.
• Criança e a cria da mulher
Infância
Puerícia
Meninice
4. Monumentos Infantis e Atributos da Infância e Adolescência
• As fotografias não são janelas que se abrem para o passado, são monumentos, vestígios
de uma vontade de ver perenizada, na superfície sensível do papel, uma determinada
imagem de si próprio e dos seus.
5. • O que a fotografia mostra é o enquadramento do olhar adulto para o objeto do
olhar: a criança e o adolescente.
7. • Aos poucos os brinquedos feitos fora de casa passam a se tornar objeto dos desejos
infantis.
8. Princípios da educação e instrução oitocentista
• A especificidade da infância era motivo
para polêmicas e controvérsias cuja temática
central era a oposição entre educação e
instrução.
• Era no lar que a base moral deveria ser
plantada, sem confundir educação com
instrução.
• No caso da educação dos príncipes
imperiais, a instrução era ministrada por
professores de diferentes disciplinas e
coordenados por um diretor de estudos que
era alicerçada em princípios educacionais
claramente definidos pelo preceptor das
realezas.
9. Em 1838 Marques de Itanhem escreveu um documento com 12 artigos
que versavam sobre:
1. Autoconhecimento como regra primeira;
2. Ensinar a relação entre natureza física e natureza social, baseado nos
princípios de bondade e justiça;
3. Condenar a tirania e valorizar o amor fraternal;
4. Harmonia entre religião e política;
5. Uma educação eminentemente masculina, sem palavrões de erudição
estéril: “Lembrem-se pois os mestres que o imperador he Homem...”;
6. Priorizar o conhecimento em detrimento da memorização: “saber por meio
das letras”;
7. Nada de grandes devaneios abstratos: “que o imperador, sem abraçar nunca
a nuvem por Juno, comprhenda bem que pão he pão e o queijo he queijo”;
8. O professor de física deverá apresentar suas leis cuja origem é divina;
9. Ensinar o monarca a incentivar o trabalho produtivo;
10. Trabalho como princípio e virtude maior;
11. Encaminhar o imperador “com seu gênio dócil e cordial para a compreensão
da verdade e do bem”;
12. Inculcar na cabeça do imperador que ele é o soberano e que não pode ficar a
mercê dos ministros, portanto deve-se inteirar do que ocorre na Corte tanto
por periódicos, quanto por audiências.
10. • Os meninos da elite iam para a escola aos
sete anos e só terminavam sua instrução,
dentro ou fora do Brasil, com um diploma de
doutor, geralmente de advogado.
• A educação feminina, iniciada aos sete
anos e terminada na porta da igreja, aos 14
anos. Das meninas da alta sociedade, exigia-
se perfeição no piano, destreza em língua
inglesa e francesa, e habilidade no desenho,
além de bordar e tricotar.
12. • No século XIX a criança passava a ser considerada tanto
pela perenização da linhagem quanto pelo reconhecimento
de certa especialidade dessa etapa da vida. Por tudo isso ela
inspirava carinho e cuidados.
• A ausência de vacinação regular, o limitado
conhecimento de doenças contagiosas e as condições de
higiene pouco favoráveis, deixavam as crianças a mercê de
doenças variadas, entre as mais letais: a tuberculose, a
febre amarela, a febre palustre, a meningite, a congestão
pulmonar e a pneumonia.
• Conforme o sentimento de pesar pela perda de uma
criança, crescia também a preocupação em cuidar para a
sua sobrevivência. Desta tendência surgiu uma série de
procedimentos para as diferentes etapas da infância, com
ênfase especial nos recém-nascidos e crianças até os sete
anos.
13. Práticas, cuidados e comportamentos em relação á criança e o adolescente no século XIX
• A resposta da sociedade para a pergunta era
única: a mãe, mal havia saído da meninice
trocando os brinquedos por uma criança. Além
da mãe, o pai, a avó, as tias e uma variedade de
coadjuvantes: preceptoras, aias, amas, damas
etc. Habitavam o mundo da criança, quanto
mais ricos e nobres, mais distantes dos pais
estavam às crianças.
• Como a amamentação estava associada a um
trabalho exaustivo, foi rapidamente associado
às Amas de leite. Contrapondo esse costume
havia desde os fins do século XVIII, uma
literatura medica que incentivava as mães a
criar seus filhos com o leite materno para um
crescimento saudável.
14. • Os chamados Tratados de educação física
dos meninos de Rousseau e Bouffon.
• O que de fato regia os comportamentos era
a tradição das avós: crianças no interior da
casa, bem enroladinhas, protegidas do ar frio
e mamando de uma negra saudável e bem
alimentada.
• No decorrer do século XIX, foi uma gradual
adaptação de preceitos médicos ás condições
de vida no Brasil. Para os médicos o banho
frio era recomendado desde o primeiro ano
de vida. Outra pratica cotidiana era a
presença do pente fino no enxoval dos
nobres meninos da elite. O piolho era uma
verdadeira praga democrática.
15. • Em relação aos cuidados, eram as avós que recorriam com a sua
experiência acumulada sabiam discernir um choro de dor de um choro
de fome.
As normas interditavam o convívio entre crianças brancas de elite e
filhos de escravos. O modelo era pouco aplicado pelas mães de família,
tanto as que viviam na cidade quanto nas fazendas. Para essas, as
escravas eram uma grande ajuda no trabalho pesado que tinha com
vários filhos nascidos um depois do outro.
• A disciplina doméstica
O batismo
A escolha dos padrinhos
A primeira comunhão
• Na família imperial, a dura disciplina de
estudos das princesas era estabelecida pelo
pai, Dom Pedro II. Isabel, meninos e
meninas do século XIX deixaram registros de
vivências e experiências que recompõem o
passado a partir de um novo olhar.
16. Passado Recomposto: Vestígios de experiências infantis e juvenis na documentação do
século XIX
• Meninos e meninas deixaram vestígios de
sua existência em memórias, diários,
fotografias e documentos diversos. Do
registro de tais vivências surgem temas como
os espaços vividos, a disciplina, a rotina
domestica relacionamento entre irmãos,
passeios e principais diversões que
preencheram o cotidiano oitocentista.
• Fora de casa, a diversão envolvia passeios
ao zoológico, visitas á casa das irmãs,
compras com a mãe e idas ao teatro. Mas
eram os eventos especiais, familiares e
públicos que mereciam referência em vários
dias, contados em tom de excitação.
17. Conclusão
Desde cedo, a sociedade aristocrática oitocentista provocava nas crianças e
adolescentes, que deviam se submeter ás prescrições e normas de conduta que
lhes limitavam os movimentos. Nas fotos eram aprisionados á pose, nas festas de
família aos trajes enfeitados nas escolas á disciplina dos estudos e em casa á
moral das orações e aos temores a Deus. Contra tudo isso, levantava-se a energia
infantil potencializada nos momentos de descontração, quando podia dar vazão
ás alegrias e aproveitar o banho de cachoeira, o passeio de barco, a volta de bonde
pelo Jardim Botânico ou as cavalgadas pelo campo.
18. GRUPO:
Adrielison Ramos
Beatriz Diogo
Hedilene Santos
Izabela Brum
Universidade Severino Sombra
Pesquisa e Prática Pedagógica na Educação Infantil I
Professora: Mônica Teixeira
Pedagogia 2º Período
Vassouras
2013