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O que as imagens nos mostram?
Por muito tempo, ainda no final do século
XIX e início do século XX, já na República,
a legislação e as práticas continuam a exigir
que crianças e adolescentes se comportem
como adultos e sejam simples objetos das
vontades e determinações dos adultos.


   O arranjo familiar conjugal (pai, mãe e filhos
  morando na mesma casa), é contemporâneo da
  Revolução Francesa e da Revolução Industrial.
Crianças de rua, recolhidas em Portugal e trazidas
      ao Brasil para, novamente, voltarem às ruas
4%
Cerca de 4% dos escravos trazidos da África
                             eram crianças
Crianças indígenas
           utilizadas, pelos Jesuítas,
                  na catequização de
                       índios adultos




Meninos-
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Adolescentes utilizados no carregamento de
canhões nas guerras, correndo riscos frente a
disparos indesejados (ser “bucha de canhão”)
Mão de obra infantil e juvenil
“As classes escolares inicialmente não eram separadas
por idade, e somente depois do século XV começou-se
a dividir a população escolar em grupos da mesma
capacidade. Somente no início do séc. XIX preocupou-
se com a correspondência entre idade e classe.”




   “Os Guaikurus e os Tupis matavam os gêmeos recém-
  nascidos. Os Tapinaré não achavam de bom agouro ter
  mais que três filhos, e mais que dois do mesmo sexo. A
        criança destinada a morrer era enterrada em um
                               buraco escavado na casa.”
“Outros parentes costumavam matar recém nascidos
quando possuíam alguma deformidade, ou quando
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inimigos da tribo.”




     “Rapazes de 6 a 12 anos aprendiam a ler e escrever,
       aritmética e desenho aos 14 anos. Dessa maneira
  assegurava-se o serviço público, carpinteiros, ferreiros,
                   seleiros, fundidores, maquinistas etc”
                                     (T. Ewbank - 1846).
“As meninas aprendiam a ler e escrever, manejar um
chicote, fazer doces e cantar acompanhando-se ao
piano, Aprendiam isso em algumas escolas de moda,
até completarem 13/14 anos. Se fossem ricas, eram
consideradas preparadas para a vida e apresentadas
pelo pai ao futuro marido” (Kidder & Fletcher - 1853)




     “No Brasil não existem crianças no sentido inglês. A
   menor menina usa colares e pulseiras e os meninos de 8
              anos fumam cigarros” Edgecumbe - 1886).
“As Santas Casas ofereciam um
               estipêndio a quem cuidasse das
               crianças abandonadas nas rodas.
               Muitos pais colocavam os próprios
               filhos e se ofereciam para cuidar deles
               para ganhar o estipêndio, que era
               oferecido até os 12 anos, a partir daí
               as famílias recusavam as crianças que
               acabavam perambulando pelas ruas”.
               Ou se transformavam em escravos
               domésticos.

"Roda dos Excluídos ou Expostos“ da Santa Casa
 de São Paulo, onde, entre 1884 e 1948 as mães,
   por questões financeiras, sociais ou morais,
             deixavam seus filhos.
Asilo dos Menores Abandonados (Rio de Janeiro)
Fonte: Archivos de Assistencia à Infancia, IPAI, 1907
Pará, Album do Estado do Pará (1901-1909)
Foto cedida por: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
“A sexualidade não se mantinha escondida na criança e
era muito comum os jogos que os adultos faziam com a
sexualidade infantil. Não era incomum as amas e outros
adultos afagarem os órgãos genitais das crianças e
encorajarem crianças de 5 anos a imitarem atos sexuais
adultos.”




           “Inicialmente as crianças eram dadas a outras
         famílias, os bebês eram mandados para amas de
       leite em aldeias vizinhas. Somente entre o final da
           Idade Média e os séculos XVI e XVII a criança
                 conquistou um lugar junto de seus pais.”
E nós, como vemos as crianças e
adolescentes no mundo moderno?
Uma nova forma de adulto em miniatura?
- agenda cheia...
roupas, horários e ambientes de adultos...
- Educação para ser adulto, para o trabalho
     e não para a cidadania e plenitude...

 Nos adaptamos conscientemente ao mundo moderno,
  ou abandonamos a idéia de ser em desenvolvimento
peculiar, repetindo as estruturas que nos são impostas
                (consumismo, mídia, escola, religião) ?
A criança que vemos hoje nos faróis é nossa velha conhecida...
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Imagens de Infancias

  • 1. O que as imagens nos mostram?
  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5. Por muito tempo, ainda no final do século XIX e início do século XX, já na República, a legislação e as práticas continuam a exigir que crianças e adolescentes se comportem como adultos e sejam simples objetos das vontades e determinações dos adultos. O arranjo familiar conjugal (pai, mãe e filhos morando na mesma casa), é contemporâneo da Revolução Francesa e da Revolução Industrial.
  • 6. Crianças de rua, recolhidas em Portugal e trazidas ao Brasil para, novamente, voltarem às ruas
  • 7. 4% Cerca de 4% dos escravos trazidos da África eram crianças
  • 8. Crianças indígenas utilizadas, pelos Jesuítas, na catequização de índios adultos Meninos- língua
  • 9. Adolescentes utilizados no carregamento de canhões nas guerras, correndo riscos frente a disparos indesejados (ser “bucha de canhão”)
  • 10. Mão de obra infantil e juvenil
  • 11.
  • 12. “As classes escolares inicialmente não eram separadas por idade, e somente depois do século XV começou-se a dividir a população escolar em grupos da mesma capacidade. Somente no início do séc. XIX preocupou- se com a correspondência entre idade e classe.” “Os Guaikurus e os Tupis matavam os gêmeos recém- nascidos. Os Tapinaré não achavam de bom agouro ter mais que três filhos, e mais que dois do mesmo sexo. A criança destinada a morrer era enterrada em um buraco escavado na casa.”
  • 13. “Outros parentes costumavam matar recém nascidos quando possuíam alguma deformidade, ou quando eram filhos ilegítimos ou provenientes da união com inimigos da tribo.” “Rapazes de 6 a 12 anos aprendiam a ler e escrever, aritmética e desenho aos 14 anos. Dessa maneira assegurava-se o serviço público, carpinteiros, ferreiros, seleiros, fundidores, maquinistas etc” (T. Ewbank - 1846).
  • 14. “As meninas aprendiam a ler e escrever, manejar um chicote, fazer doces e cantar acompanhando-se ao piano, Aprendiam isso em algumas escolas de moda, até completarem 13/14 anos. Se fossem ricas, eram consideradas preparadas para a vida e apresentadas pelo pai ao futuro marido” (Kidder & Fletcher - 1853) “No Brasil não existem crianças no sentido inglês. A menor menina usa colares e pulseiras e os meninos de 8 anos fumam cigarros” Edgecumbe - 1886).
  • 15. “As Santas Casas ofereciam um estipêndio a quem cuidasse das crianças abandonadas nas rodas. Muitos pais colocavam os próprios filhos e se ofereciam para cuidar deles para ganhar o estipêndio, que era oferecido até os 12 anos, a partir daí as famílias recusavam as crianças que acabavam perambulando pelas ruas”. Ou se transformavam em escravos domésticos. "Roda dos Excluídos ou Expostos“ da Santa Casa de São Paulo, onde, entre 1884 e 1948 as mães, por questões financeiras, sociais ou morais, deixavam seus filhos.
  • 16.
  • 17. Asilo dos Menores Abandonados (Rio de Janeiro) Fonte: Archivos de Assistencia à Infancia, IPAI, 1907
  • 18. Pará, Album do Estado do Pará (1901-1909) Foto cedida por: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
  • 19. “A sexualidade não se mantinha escondida na criança e era muito comum os jogos que os adultos faziam com a sexualidade infantil. Não era incomum as amas e outros adultos afagarem os órgãos genitais das crianças e encorajarem crianças de 5 anos a imitarem atos sexuais adultos.” “Inicialmente as crianças eram dadas a outras famílias, os bebês eram mandados para amas de leite em aldeias vizinhas. Somente entre o final da Idade Média e os séculos XVI e XVII a criança conquistou um lugar junto de seus pais.”
  • 20. E nós, como vemos as crianças e adolescentes no mundo moderno? Uma nova forma de adulto em miniatura? - agenda cheia... roupas, horários e ambientes de adultos... - Educação para ser adulto, para o trabalho e não para a cidadania e plenitude... Nos adaptamos conscientemente ao mundo moderno, ou abandonamos a idéia de ser em desenvolvimento peculiar, repetindo as estruturas que nos são impostas (consumismo, mídia, escola, religião) ?
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24.
  • 25. A criança que vemos hoje nos faróis é nossa velha conhecida...
  • 26. A criança que vemos hoje nos faróis é nossa velha conhecida...
  • 27. Trabalhou para os Jesuítas...
  • 28. Foi trazida nos navios negreiros...
  • 29. Prestou serviços no Brasil colônia...
  • 30. E na Revolução Industrial...
  • 31. Por isso não nos causa estranhamento, não nos causa indignação, não nos faz agir...