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Universidade Federal do Ceará
Departamento de Arquitetura e Urbanismo
Projeto Urbanístico 3
Aluna: Luana Duarte Vieira 0275728
Professora: Vera Mamede
FICHA DE LEITURA
Referência Bibliográfica
DEL RIO, Vicente. Introdução ao desenho Urbano no processo de planejamento. Sao
Paulo: Pini, 1990.
Sobre o autor
Vicente del Rio é arquiteto e urbanista, mestre em Desenho Urbano pela Universidade
de Oxford e doutor em Arquitetura e Urbanismo pela (USP). Recebeu diversos prêmios
por este trabalho e de publicações no Brasil e nos Estados Unidos, além de publicações
de mais de cinquenta títulos no Brasil e no exterior. Escreveu cinco livros, incluindo o
melhor Best-seller Introdução ao Desenho Urbano. Atualmente é professor titular da
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ.
FICHA DE LEITURA
5. Uma Proposta Metodológica
Ao admitir as mais diversas teorias e propostas metodológicas existentes para o
desenho urbano, o autor propõe uma metodologia que considere todos esses estudos,
de forma a se completarem sendo utilizados, cada um, conforme a especificidade de
cada problema.
Nessa busca por uma metodologia, ele destaca alguns trabalhos que considera mais
importantes como os de Trancik, Rapoport, Lynch, Norberg-Schulz, entre outros.
Também apóia-se nos estudos do psicólogo-ambiental David Canter, que sugere o
“sentido do lugar” gerado em três esferas: atividades ou usos, atributos físicos
propriamente ditos e as concepções e imagens. Daí, o autor sugere uma nova
metodologia para o desenho urbano em quatro esferas: morfologia urbana,
comportamento ambiental, análise visual e percepção do meio ambiente.
Aprofundando a esfera da análise visual constatamos que essa categoria de análise
sugere nos anos 50 e 60 com o crescente interesse em ambientes históricos e
vernaculares. Ele cita os estudos de Wolfe e Cullen como “marcos fundamentais
para a aceitação da teoria da paisagem urbana para análise e projetos,
principalmente em áreas historicamente sensíveis”. Para Cullen, tratamentos
diferenciados da paisagem urbana geram percepções, sentimentos e posturas
diferenciados.
“Uma edificação isolada é uma obra de arquitetura, mas um grupo delas já
conforma uma outra arte diferente de arquitetura, uma arte de
relacionamento” (Cullen, 1961)

Segundo Cullen há três maneiras pelas quais o meio ambiente pode gerar respostas
emocionais.
1- Ótica – Diz respeito a reações a partir de novas experiências visuais e estéticas
dos percursos e espaços. Ressalta o conceito de visão serial, que é como
percebemos visualmente um ambiente considerando os deslocamentos. Observase que percursos sinuosos ou com rompimentos de direção em pequenas
distâncias se tornam mais interessantes aos usuários. São temáticas que
influenciam na experiência visual: deflexão (desvio angular da visada), incidente
(atrai o olhar), estreitamentos (converge o olhar), antecipação (desperta
curiosidade) e outros.
2- Lugar- “Ao relacionar-se a si próprio com o que nos rodeia é um hábito
institivo do corpo humano, não é possível ignorar esse sentido posicional.”
(Cullen, 1961:10). Sensações de pertencer, de proteção, de territorialidade, de
domínio. São temáticas analisadas por Cullen: possessão, ponto focal, recintos,
vista, aqui/ali, interno/externo, espaço definidor, etc.
3- Conteúdo – Percepção dos espaços através de elementos como cor, escala,
textura, estilo, caráter e unidade. Uma composição com variedades de
mensagens provocam significados e sugestões de comportamento que empolga o
usuário. São temáticas de análise: intimidade, multiplicidade de usos, escala,
confusão, complexidade e antropomorfia.
Aliado a isso, o autor considera a gestalt que fixa algumas leis que regem a
percepção visual. Para TRIEB, “Uma imagem urbana vital seria, então, facilidade
pela continuidade do desenho urbano e alterações na arquitetura”.
A percepção das configurações urbanas também estaria sujeita a certas leis
de conformação, como de proximidade, de semelhança, de coesão, de
pregnância, e outras, que condicionariam conceitos “gestalticos”estáticos e
dinâmicos (envolvimento, alargamento, acentuação, emolduramento, etc.),
dependentes da seqüência de movimento, como subsídios para o
projeto.”(Kohlsdorf 1975, 1979, 1984)

Concluindo, “A análise visual busca a lógica das qualidades
estéticas urbanas. [...] É uma categoria de análise subjetiva que
depende da capacidade de observação e interpretação do
pesquisador consequentemente permeada por seus próprios
sistemas de valores.”

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  • 1. Universidade Federal do Ceará Departamento de Arquitetura e Urbanismo Projeto Urbanístico 3 Aluna: Luana Duarte Vieira 0275728 Professora: Vera Mamede FICHA DE LEITURA Referência Bibliográfica DEL RIO, Vicente. Introdução ao desenho Urbano no processo de planejamento. Sao Paulo: Pini, 1990. Sobre o autor Vicente del Rio é arquiteto e urbanista, mestre em Desenho Urbano pela Universidade de Oxford e doutor em Arquitetura e Urbanismo pela (USP). Recebeu diversos prêmios por este trabalho e de publicações no Brasil e nos Estados Unidos, além de publicações de mais de cinquenta títulos no Brasil e no exterior. Escreveu cinco livros, incluindo o melhor Best-seller Introdução ao Desenho Urbano. Atualmente é professor titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ. FICHA DE LEITURA 5. Uma Proposta Metodológica Ao admitir as mais diversas teorias e propostas metodológicas existentes para o desenho urbano, o autor propõe uma metodologia que considere todos esses estudos, de forma a se completarem sendo utilizados, cada um, conforme a especificidade de cada problema. Nessa busca por uma metodologia, ele destaca alguns trabalhos que considera mais importantes como os de Trancik, Rapoport, Lynch, Norberg-Schulz, entre outros. Também apóia-se nos estudos do psicólogo-ambiental David Canter, que sugere o “sentido do lugar” gerado em três esferas: atividades ou usos, atributos físicos propriamente ditos e as concepções e imagens. Daí, o autor sugere uma nova
  • 2. metodologia para o desenho urbano em quatro esferas: morfologia urbana, comportamento ambiental, análise visual e percepção do meio ambiente. Aprofundando a esfera da análise visual constatamos que essa categoria de análise sugere nos anos 50 e 60 com o crescente interesse em ambientes históricos e vernaculares. Ele cita os estudos de Wolfe e Cullen como “marcos fundamentais para a aceitação da teoria da paisagem urbana para análise e projetos, principalmente em áreas historicamente sensíveis”. Para Cullen, tratamentos diferenciados da paisagem urbana geram percepções, sentimentos e posturas diferenciados. “Uma edificação isolada é uma obra de arquitetura, mas um grupo delas já conforma uma outra arte diferente de arquitetura, uma arte de relacionamento” (Cullen, 1961) Segundo Cullen há três maneiras pelas quais o meio ambiente pode gerar respostas emocionais. 1- Ótica – Diz respeito a reações a partir de novas experiências visuais e estéticas dos percursos e espaços. Ressalta o conceito de visão serial, que é como percebemos visualmente um ambiente considerando os deslocamentos. Observase que percursos sinuosos ou com rompimentos de direção em pequenas distâncias se tornam mais interessantes aos usuários. São temáticas que influenciam na experiência visual: deflexão (desvio angular da visada), incidente (atrai o olhar), estreitamentos (converge o olhar), antecipação (desperta curiosidade) e outros. 2- Lugar- “Ao relacionar-se a si próprio com o que nos rodeia é um hábito institivo do corpo humano, não é possível ignorar esse sentido posicional.” (Cullen, 1961:10). Sensações de pertencer, de proteção, de territorialidade, de domínio. São temáticas analisadas por Cullen: possessão, ponto focal, recintos, vista, aqui/ali, interno/externo, espaço definidor, etc. 3- Conteúdo – Percepção dos espaços através de elementos como cor, escala, textura, estilo, caráter e unidade. Uma composição com variedades de mensagens provocam significados e sugestões de comportamento que empolga o usuário. São temáticas de análise: intimidade, multiplicidade de usos, escala, confusão, complexidade e antropomorfia.
  • 3. Aliado a isso, o autor considera a gestalt que fixa algumas leis que regem a percepção visual. Para TRIEB, “Uma imagem urbana vital seria, então, facilidade pela continuidade do desenho urbano e alterações na arquitetura”. A percepção das configurações urbanas também estaria sujeita a certas leis de conformação, como de proximidade, de semelhança, de coesão, de pregnância, e outras, que condicionariam conceitos “gestalticos”estáticos e dinâmicos (envolvimento, alargamento, acentuação, emolduramento, etc.), dependentes da seqüência de movimento, como subsídios para o projeto.”(Kohlsdorf 1975, 1979, 1984) Concluindo, “A análise visual busca a lógica das qualidades estéticas urbanas. [...] É uma categoria de análise subjetiva que depende da capacidade de observação e interpretação do pesquisador consequentemente permeada por seus próprios sistemas de valores.”