O documento discute a criação do universo segundo a perspectiva bíblica. Ele aborda a criação do tempo e espaço, da luz, das águas e atmosfera, do reino vegetal e animal, de acordo com a narrativa do livro de Gênesis. O documento defende que a Bíblia ensina que Deus criou tudo do nada e de forma ordenada ao longo de seis dias, estabelecendo os fundamentos da fé cristã no criacionismo.
12. I – O CRIACIONISMO BÍBLICO
1 – Definição.
2 – Fundamentos.
3 – Objetivos.
II – A CRIAÇÃO DO TEMPO, DO
ESPAÇO E DA LUZ
1 – O Tempo.
2 – O Espaço.
3 – Os Céus e os Anjos.
4 – A Terra Ainda Informe
13. III – A ORDENAÇÃO
1 – O Espírito Santo na Criação.
2 – Tarefas Ordenadas.
VI – A CRIAÇÃO DA LUZ
1 – E Houve Luz.
2 – A Luz Inicial.
V – A SEPARAÇÃO DAS ÁGUAS
1 – Separando as Águas.
2 – A Criação da Atmosfera.
14. VI – A CRIAÇÃO DO REINO VEGETAL
1 – O Reino Vegetal.
2 – As Possibilidades do Reino
Vegetal.
VII – A CRIAÇÃO DO SISTEMA SOLAR
1 – A Criação do Sol, da Lua e das
Estrelas.
2 – A Perfeição do Sistema Solar.
VIII – A CRIAÇÃO DO REINO ANIMAL
1 – Quinto Dia.
2 – Sexto Dia.
15.
16. I – O CRIACIONISMO BÍBLICO
1 – Definição.
2 – Fundamentos.
3 – Objetivos.
17.
18. A Bíblia claramente requer que creiamos que Deus criou o
universo do nada. (Algumas vezes a expressão latina ex nihilo ,”do
nada”, é usada; diz-se então que a Bíblia ensina a criação ex nihilo ).
Isso significa que, antes de Deus ter começado a criar o universo, nada
mais existia exceto o próprio Deus. Essa é a inferência de Gênesis 1.1
que diz: “No princípio Deus criou os céus e a terra”. O Texto Áureo diz:
“Pela fé entendemos que o universo foi formado pela palavra de
Deus, de modo que aquilo que se vê não foi feito do que é visível” -
essa tradução reflete de modo exato o texto grego. Embora o texto
não ensine realmente a doutrina da criação ex nihilo, ele chega
próximo de fazer isso, visto que diz que Deus não criou o universo de
alguma coisa visível. O Autor de Hebreus contesta a idéia de a criação
ter vindo de alguma matéria preexistente, como afirmavam os
filósofos, e para esse propósito o versículo é inteiramente claro.
19.
20. O criacionismo bíblico é fundamental para a fé cristã e foi
estabelecido no livro de Gênesis, capítulo um, com "No princípio, criou
Deus..." Esta declaração afirma o criacionismo e se opõe a qualquer visão que
adote o evolucionismo (a crença de que o universo começou com um "big
bang" e tenha evoluído constantemente desde então). Nossos pontos de vista
sobre a criação refletem se realmente acreditamos na Palavra de Deus ou se
duvidamos da sua veracidade. O salmo 33 também nos diz: “Mediante a
palavra do SENHOR foram feitos os céus, e os corpos celestes, pelo sopro de
sua boca [...] Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo surgiu” (Sl
33.6,9). No Novo Testamento encontramos uma afirmação de caráter
universal no começo do evangelho de João: “Todas as coisas foram feitas por
intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito” (Jo 1.3). A
expressão “todas as coisas” é mais bem entendida como referindo-se à
totalidade do universo (cf.At 17.24; Hb 11.3). Paulo é totalmente explícito em
Colossenses 1 quando especifica todas as partes do universo, tanto as visíveis
como as invisíveis: “pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e sobre a
terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou
autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele” (Cl 1.16).
21.
22. O lado positivo de que Deus criou o universoex-nihilo é que esse
universo tem significado e propósito. Deus, em sua sabedoria, criou-o para
alguma coisa. Devemos tentar entender esse propósito e usar a criação de
modo que ela se encaixe nesse propósito, a saber, o de trazer glória ao
próprio Deus. Além disso, sempre que a criação nos traga satisfação (cf. 1 Tm
6.17), devemos agradecer a Deus, que criou todas as coisas. Wayne Grunden
comentando sobre a criação diz: “Está claro que Deus criou seu povo para a
sua glória, porque ele fala de seus filhos e filhas como aqueles “a quem criei
para a minha glória, a quem formei e fiz” (Is 43.7). Mas não são somente os
seres humanos que Deus criou com esse propósito. Toda a criação foi feita
para mostrar a glória de Deus. Mesmo a criação inanimada, as estrelas, o sol,
a luz e o céu testificam da grandeza de Deus: “Os céus declaram a glória de
Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos” (Sl 19.1,2). O cântico da
adoração celestial em Apocalipse 4 conecta a criação de todas as coisas por
Deus com o fato de que ele é digno de receber a glória que elas lhe conferem:
“Tu, Senhor e Deus nosso, és digno de receber a glória, a honra e o poder,
porque criaste todas as coisas, e por tua vontade elas existem e foram
criadas” (Ap 4.11).”
23.
24. II – A CRIAÇÃO DO TEMPO, DO
ESPAÇO E DA LUZ
1 – O Tempo.
2 – O Espaço.
3 – Os Céus e os Anjos.
4 – A Terra Ainda Informe
25.
26. A palavra ‘princípio’ (bereshith) significa começo de tempo e
deve ser distinguida da palavra grega ‘arché’ – princípio, empregada
por João 1.1, onde significa ‘eternidade’ (medida do tempo de Deus).
Houve, portanto, um tempo em que não havia mundo ou universo. Em
bereshith está implícita a noção de começo temporal.
27.
28. Em Gênesis 1.1 que diz: “No princípio Deus criou os céus e a
terra”, a frase “os céus e a terra” inclui a totalidade do universo. O
salmo 33 também nos diz: “Mediante a palavra do SENHOR foram
feitos os céus, e os corpos celestes, pelo sopro de sua boca [...] Pois ele
falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo surgiu” (Sl 33.6,9). O céu, que
é no mínimo espaço entre a matéria, sem espaço todos os objetos
ficariam estáticos, pois até mesmo entre os átomos existe espaço, pois
sem espaço não há movimento, e sem movimento não há ação, e sem
ação não existe vida.
29.
30. Paulo é totalmente explícito em Colossenses 1 quando
especifica todas as partes do universo, tanto as visíveis como as
invisíveis: “pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e sobre a
terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes
ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele” (Cl
1.16). Anjos são encontrados em trinta e cinco livros da Bíblia, e em
duzentas e setenta e cinco referências e Cristo ensinou a existência
dos anjos (Mt 18.10; 26.53). Anjos não são uma raça, mas uma hoste
[exército]. Eles são filhos de Deus (Jó 1.6), e nunca de outros anjos.
Foram criados num determinado momento, antes da criação do
mundo físico (Jó 38.6,7). Os anjos foram criados num estado de
santidade (Judas 1.6). Eles são inumeráveis (Hb 12.22).
31.
32. Tendo estabelecido que as duas partes do mundo, terra e
firmamento, ou céu, se originaram pela palavra do Criador, o autor do
Gênesis logo depois descreve a aparência da matéria-prima da terra,
imediatamente depois de sua criação. A frase hebraica aqui traduzida
“sem forma e vazia” é tohu wavohu. Tohu é uma palavra que significa
“sem forma”. Bohu vem da raiz “estar vazio”, significando portanto
que “não tinha nada”. Comentando esta expressão, o Dr. Leupold diz:
“Tohu” é realmente usado como um adjetivo enfático, como é
também, naturalmente, bohu. Sobre o verbo hayethah, “era”, não
pode recair ênfase, numa sentença em que seguem dois predicados
significativos. Deve servir simplesmente como união.
Consequentemente, todo o intento para pôr neste verbo algum
pensamento como 'a terra já existia', ou 'assim esteve por muito
tempo', é inteiramente inadmissível em gramática”
33.
34. III – A ORDENAÇÃO
1 – O Espírito Santo na Criação.
2 – Tarefas Ordenadas.
35.
36. Ruach Elohim, o Espírito de Deus, ou Epírito Santo, é apresentado como Se
movendo protetoramente sobre a superfície da massa informe da terra. Este particípio,
mera (ch) chepheth, nunca é usado na Bíblia para sugerir “incubar”; pelo contrário,
sugere adejar, mover-se. A diferença pode ter significação. Uma galinha, por exemplo,
choca os ovos mas move-se sobre os pintos. A interpretação fabulosa de que o Espírito
estava incubando o mundo em embrião é indefensável. Wayne Grunden escreve sobre
a atuação do Espírito Santo na criação: “O Espírito Santo estava também em operação
na criação. Ele é geralmente descrito como completando, preenchendo e dando vida à
criação de Deus. Em Gênesis 1.2,”... o Espírito de Deus se movia sobre a face das
águas”, indicando uma função preservadora, sustentadora e orientadora. Jó diz: “O
Espírito de Deus me fez; o sopro do Todo-poderoso me dá vida” (Jô 33.4). É importante
perceber que em várias passagens do AT a mesma palavra hebraica (rûach) pode
significar, em contextos diferentes, ”espírito”, “sopro” ou “vento”. Mas em muitos casos
não há grande diferença de significado, pois, se alguém decidisse traduzir alguns
termos como o “sopro de Deus” ou mesmo o “vento de Deus”, ainda pareceria um
modo figurado de referir-se à atividade do Espírito Santo na criação. Assim o salmista,
falando da grande variedade de criaturas na terra e no mar, diz: “Envias o teu Espírito,
eles são criados, e, assim, renovas a face da terra” (Sl 104.30, RA); observe também,
sobre a obra do Espírito Santo, (Jó 26.13; Is 40.13; lCo 2.10).”
37.
38.
39.
40.
41.
42. VI – A CRIAÇÃO DA LUZ
1 – E Houve Luz.
2 – A Luz Inicial.
43.
44. A ordenada seqüência do trabalho da semana da criação é
muito impressiva. Para fazer provisões para o aparecimento e
manutenção de plantas e animais, a matéria-prima teve primeiro de
ser trazida à existência, e posto sob controle o que chamamos “lei
natural”. Então o quesito mais essencial para a vida foi a luz
acompanhada de calor. O texto hebraico diz: Ye hi or wa ye hi or
(“Haja luz e então houve luz!”).
45.
46. A primeira ordem de Deus inicia o processo de
transformação do caos. Disse Deus ocorre dez vezes no capítulo 1
indicando o meio pelo qual vida e ordem eram gerados. O
relacionamento preciso entre os membros da Trindade neste processo
não é claramente definido na Bíblia (Porque nele foram criadas todas
as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos,
sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi
criado por ele e para ele (Cl 1.16). Luz é a presença da claridade de
forma geral. Os corpos luminosos são criados no quarto dia. A luz
simboliza vida e bênção (Sl 4.7; 56.13; Is 9.7; Jo 1.4-5).
47. V – A SEPARAÇÃO DAS ÁGUAS
1 – Separando as Águas.
2 – A Criação da Atmosfera.
48.
49. A terra coberta por água aparentemente estava
aparentemente estava circundada por vapor. Deus usou o
firmamento, o espaço entre as duas águas, criando uma cobertura
massiva de vapor bem alto acima da terra. Estas águas que estavam
sobre a expansão proporcionavam um efeito protetor de estufa sobre
o universo daquele tempo. O terceiro dia caracterizou o surgimento
da terra com a definição ajuntem-se as águas debaixo dos céus num
lugardos limites dos Mares.
50.
51. Descrevendo o céu do modo que este parece ser visto da
terra, o hebraico sugere algo plano e duro (Ou estendeste com ele os
céus, que estão firmes como espelho fundido? (Jó 37.18); Ele é o que
está assentado sobre o círculo da terra, cujos moradores são para ele
como gafanhotos; é ele o que estende os céus como cortina, e os
desenrola como tenda, para neles habitar; (Is 40.22). No texto de Gn
1.6-8 temos uma referência ambígua à atmosfera ou ao céu (ou a
ambos). Aqui, faz separação entre nuvens de chuva e rios e mares.
52. VI – A CRIAÇÃO DO REINO VEGETAL
1 – O Reino Vegetal.
2 – As Possibilidades do Reino
Vegetal.
53.
54. O resto do trabalho do terceiro dia consistiu na formação das
plantas. A ordem foi dirigida à terra. A palavra usada no verso 11,
dasha, literalmente significa: “Brote da terra!” O verso 12 registra que
a terra fez as plantas “saírem” (yatsa). A indicação é de que as
plantas aparecem como resultado do crescimento que foi acelerado
como para ocupar um momento apenas. Tal produto podia
possivelmente ser indistinguível das plantas que cresciam
naturalmente. À luz destes fatos, não precisamos perguntar o que
veio primeiro, se as plantas ou as sementes. As plantas vieram
primeiro.
55.
56. Os três grupos de plantas mencionados, capim (deshe, palavra cujo radical
significa “estar úmido”), ervas (esebh, “herbáceos”), e árvores (ets peri, “árvores
frutíferas”), evidentemente têm em mira abranger toda a vegetação. O primeiro grupo
talvez não inclua o capim como o conhecemos, mas pode referir-se a formas como os
musgos, líquens e outras espécies que tapetizam o chão. Que os membros do segundo
grupo são distintos daqueles do primeiro, é evidente pelas passagens de II Reis 19:26 e
Isaías 37:27 (14), (15), onde eles são mais uma vez mencionados separadamente numa
enumeração. Também os membros do segundo grupo são descritos como mazria zera -
“plantas que dão semente”. Dir-se-ia assim que os membros deste grupo sejam
destacados como “tendo semente”. É este grupo, esebh, mencionado no verso 29, como
dado ao homem juntamente com frutos e nozes para o seu alimento. A tradução “erva
do campo”, que é usada em Gênesis 3:18 para descrever parte do alimento dado ao
homem depois do pecado, é esta mesma esebh (16). Esebh é também usada em
Deuteronômio 11:15 para descrever o alimento dos animais (17). Assim, este segundo
grupo parece incluir tudo entre musgos, líquens, fetos e outras plantas que não têm
semente, e árvores e arbustos. O termo ets peri, que abrange o terceiro grupo, é um
coletivo singular que se emprega para as plantas lenhosas que produzem nozes e
pinhas, e frutos carnosos como amoras, pêssegos, maçãs, etc. Estes três grandes
grupos não coincidem com a moderna classificação das plantas, não obstante são
muito próprios porque são ainda visíveis os tipos rudimentares, os herbáceos mais
altos e os arbustos e árvores.
57. VII – A CRIAÇÃO DO SISTEMA SOLAR
1 – A Criação do Sol, da Lua e das
Estrelas.
2 – A Perfeição do Sistema Solar.
58.
59. A história da criação foi escrita para o homem, é uma
descrição fenomenológica, isto é, como as coisas parecem aos olhos. É
razoável que o ponto de vista do narrador seja do lar do homem, a
superfície da terra. Durante os primeiros três dias a luz estivera sobre
a terra, mas unicamente de um modo débil, difuso, justamente como
se filtrara através do teto de nuvens pesadas e contínuas. Mas agora,
com plantas sobre a terra, a luz brilhante torna-se uma necessidade.
O sol e a lua, as principais deidades nos panteões do antigo Oriente
Médio, não são sequer nomeados, efetivamente rebaixando-os e
enfatizando que eles servem a humanidade de acordo com o desígnio
de Deus. As formas móveis da segunda tríade de dias parecem
governar sobre as esferas que as abrigam: os luzeiros, o sobre o dia e
a noite (Sl 138.7-9). Os pagãos geralmente creditavam às estrelas
(que eram contadas entre seus deuses), a capacidade de controlar o
destino humano. Aqui elas são mencionadas quase de passagem.
60.
61. VIII – A CRIAÇÃO DO REINO ANIMAL
1 – Quinto Dia.
2 – Sexto Dia.