O documento descreve o período do Humanismo no contexto português, incluindo a transição do feudalismo para o capitalismo, a divulgação dos clássicos greco-latinos e autores como Petrarca e Bocaccio. Também resume o Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente, uma peça alegórica sobre a morte sem unidade de ação.
2. Período de transição da Idade Média para
o Renascimento;
Expansão Marítima (bússola, pólvora);
Feudalismo – Capitalismo;
Surgimento da burguesia (nova classe
social que se dedicava ao comércio);
Compreensão do homem com mais
naturalidade;
Teocentrismo – Antropocentrismo.
4. Morte do rei D. Dinis (1325)
Revolução de Avis (XIV)
Conquista da costa ocidental da África, a
passagem pelo Cabo das Tormentas, a
chegada às Índias e o descobrimento do
Brasil
5. Características Literárias
Divulgação dos clássicos da
antiguidade greco-latina;
Poesia palaciana – Cancioneiro Geral
(poesias de amor, satírica e religiosa)
por Garcia de Resende;
Teatro popular – influência medieval
(crítico, satírico e polêmico);
Principal nome do teatro: Gil Vicente;
7. Principais autores e obras
Dante Alighieri – A divina comédia (Inferno,
Purgatório e Paraíso);
Francisco Petrarca (criador do Humanismo) –
Obra Canzoniere (canções e sonetos) – imitado
por toda lírica europeia;
Giovanni Bocaccio – Decameron – linguagem
expressiva e inventividade;
Fernão Lopes – cronista-mor de Portugal
(histórico);
Garcia Resende – Cancioneiro Geral (poesia
palaciana);
8. Auto da barca do Inferno
ESTRUTURA DA O BRA:
VERSOS REDONDILHOS MAIORES
À / bar / ca, à / bar / ca, / hou / -lá! /
• ESTROFES: normalmente, compostas por OITO versos
em que predomina o esquema (abbaacca):
Ao inferno todavia A
Inferno há aí para mi?! B
Ó triste! Enquanto vivi B
Nunca cri que o aí havia. A
Tive que era fantasia; A
Folgava ser adorado; C
Confiei em meu estado C
E não vi que me perdia. A
9. Auto da barca do Inferno
Roteiro de leitura: preparativos
Anjo e demônio – contraditórios
1. Diabo
2. Fidalgo (D. Anrique) e Anjo
3. Onzeneiro
4. Bobo
5. Sapateiro - Joanantão
6. Frade Babriel
7. Brísida Vaz
8. Judeu
9. Corregedor, Procurador e Enforcado
10. Auto da barca do Inferno
Personagens tipo: São aquelas que agem e falam,
não como seres individualizados, mas como
generalizações, esteriótipos, que representam
uma classe social ou uma categoria profissional
(tipo social );ou, ainda, um conjunto de pessoas
identificadas por um traço psíquico comum (tipo
psicológico)
tipo social – fidalgo, frade, juiz, sapateiro etc.;
tipo psicológico – o velho apaixonado, a mulher
malcasada, a“moiçola casadoira”.
11. Auto da barca do Inferno
Alegoria – metáfora alongada; falar a para
dizer b, ou seja, afirma uma coisa nas
palavras e sugere outra no significado.
Personagens alegóricas: são
personificações de ideias ou instituições,
ou seja, de coisas abstratas. Por meio
delas, o dramaturgo/poeta/autor reveste
de corpo e alma deuses, anjos, diabos,
virtudes, a Igreja, um país, as estações do
ano etc.
12. Arte gótica – falta-lhe unidade de ação (clímax) =
falta de perspectiva na pintura
Não segue a Lei das Três Unidades do teatro
clássico (ação, tempo e lugar), preconizada por
Aristóteles.
Enfatiza o tema da morte – revela a influência das
famosas Danças Macabras (Literatura da Idade
Média)
Peça de ação fragmentária – não havia enredo ,
quadros mais ou menos independentes, ordem
aleatória.
Humanismo na arte