O documento descreve a arte gótica na Idade Média, com foco na arquitetura, vitrais, escultura e pintura. A arquitetura gótica se caracterizava por abóbadas de nervuras, arcos ogivais e rosáceas. Os vitrais eram coloridos e ilustravam narrativas religiosas. A escultura enfatizava a verticalidade e figuras como gárgulas. A pintura buscava o realismo, especialmente nas obras de Giotto, e a perspectiva, como nas pinturas a óleo de Jan van
2. ARTE GÓTICA (godos – povo bárbaro)
O estilo Gótico desenvolveu-se na Europa, principalmente na França, durante o
final da Idade Média e é identificado como a Arte das Catedrais. A partir do
século XII a França conheceu transformações importantes, caracterizadas pelo
desenvolvimento comercial e urbano e pela centralização política, elementos
que marcam o início da crise do sistema feudal e surgimento da burguesia. No
entanto, o movimento a arraigada cultura religiosa e o movimento cruzadista
preservavam o papel da Igreja na sociedade. Enquanto a Arte Românica tem um
caráter religioso tomando os mosteiros como referência, a Arte Gótica reflete o
desenvolvimento das cidades. Porém deve-se entender o desenvolvimento da
época ainda preso à religiosidade, que nesse período se transforma com a
escolástica, contribuindo para o desenvolvimento racional das ciências, tendo
Deus como elemento supremo. Dessa maneira percebe uma renovação das
formas, caracterizada pela verticalidade e por maior exatidão em seus traços,
porém com o objetivo de expressar a harmonia divina.
O termo Gótico foi utilizado pelos italianos renascentistas, que consideravam
esse período como a idade das trevas, época de bárbaros, e como para eles os
godos eram o povo bárbaro mais conhecido, utilizaram a expressão gótica
para designar o que até então chamava-se "Arte Francesa ".
3. ARQUITETURA
• Três portais
• Três naves
• Pontas agulhadas das torres
• Rosácea
• Vitrais coloridos
• Arcos góticos
6. Notre-Dame de
Chartres
A Catedral de Chartres teve a sua
construção iniciada em 1145 e foi
reconstruída após um incêndio de
1194. A vasta nave, em puro estilo
ogival, os adornos com estátuas
finamente esculpidas de meados do
século XII e as magníficas janelas
com vitrais dos séculos XII e XIII,
todas em notável estado de
conservação, combinam-se para
formar uma obra-prima inigualável.
Tem uma área superior a 10000 m²,
130 m de comprimento e largura
máxima de 46 m.
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14. Fachada Sul da Catedral de
Notre-Dame de Chartres. A
catedral foi uma das primeiras
a serem construídas no estilo
gótico no século XII na França
e em todo o continente
europeu.
18. A característica mais importante da arquitetura gótica
é a abóboda de nervuras, onde ficam visíveis os arcos
que formam sua estrutura. Esse novo tipo de abóboda
foi possível graças ao arco ogival*, com ele as igrejas
góticas podiam ser muito mais altas que as românicas,
além disso, as ogivas que se alongam e apontam para o
alto, acentuam a impressão de verticalidade da
construção.
Ouro elemento muito usado nas catedrais góticas são
os pilares. Dispostos em espaços bem regulares, eles
dão suporte ao teto de pedra. Graças a eles as paredes
não precisam ser muito grossas para sustentar o teto.
*Que tem forma de ogiva (figura formada pelo cruzamento de dois arcos iguais que se
cortam superiormente, formando um ângulo agudo)
21. A Catedral de Notre-Dame de
Paris (em francês: Cathédrale
Notre-Dame de Paris) é uma
das mais antigas catedrais
francesas em estilo gótico.
Iniciada sua construção no ano
de 1163, é dedicada a Maria,
Mãe de Jesus Cristo (daí o
nome Notre-Dame – Nossa
Senhora), situa-se na praça
Paris, na pequena ilha Île de la
Cité em Paris, França, rodeada
pelas águas do Rio Sena.
Catedral de Notre-
Dame de Paris
26. A técnica clássica da fabricação
de vitral utilizava chumbo nas
junções e soldaduras. A cor nas
peças de vidro era obtida pela
adição de substâncias como o
bismuto, o cádmio, o cobalto, o
ouro, o cobre e outros, à massa
de vidro em fusão. De peso
elevado, os vitrais assim
construídos apresentavam
problemas de estrutura,
fragilidade, deformação, corrosão
eletrolítica, manutenção difícil,
além de elevado custo.
A técnica clássica da fabricação
de vitral utilizava chumbo nas
junções e soldaduras. A cor nas
peças de vidro era obtida pela
adição de substâncias como o
bismuto, o cádmio, o cobalto, o
ouro, o cobre e outros, à massa
de vidro em fusão. De peso
elevado, os vitrais assim
construídos apresentavam
problemas de estrutura,
fragilidade, deformação, corrosão
eletrolítica, manutenção difícil,
além de elevado custo.
O Rei Davi, Catedral de Centerbury,
Kent, Grã - Bretanha
29. Uma quimera, ou uma figura grotesca, é um tipo de escultura
similar que não funciona como desaguadouros e serve apenas para
funções artísticas e ornamentais. Elas também são popularmente
conhecidas como gárgulas.
Detalhe – Gárgula da Catedral de Notre-Dame de Paris
31. Detalhe – Gárgula da Catedral de Notre-Dame de Paris
O termo se origina do francês gargouille, de gargalo ou garganta, em latim, gurgulio,
gula. Palavras similares derivam da raiz gar, engolir, a palavra representando o
gorgulhante som da água.
32. Detalhe – De um dos portais da Catedral de Notre-Dame de Paris
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35. Iluminuras: ilustração de livros
manuscritos
• Pele de cordeiro
• Uso de ouro, prata, marfim e esmalte
• Copistas (copiar da bíblia uma passagem)
• Artistas (desenhavam e pintavam)
• Caráter individualista (cada monge fazia do
seu jeito)
• Influências à outros pintores
36. luminura é um tipo de pintura
decorativa aplicada às letras capitulares
dos códices de pergaminho medievais.
O termo se aplica igualmente ao
conjunto de elementos decorativos e
representações imagéticas executadas
nos manuscritos produzidos
principalmente nos conventos e
abadias. A sua elaboração era um ofício
refinado e bastante importante no
contexto da arte gótica.
No século XIII, "iluminura" referia-se
sobretudo ao uso de douração.
Portanto, um manuscrito iluminado
seria, no sentido estrito, aquele
decorado com ouro (ou prata). Supõe-
se que o termo 'iluminura' seja
derivado de 'iluminar' (do verbo latino
illuminare), por alusão às cores
luminosas e vibrantes dos elementos
decorativos, que se destacavam na
página escrita.
40. PINTURA
• Procura do realismo
• Predomínio de temas religiosos
GIOTTO
• Visão humanista (santos parecidos com seres
humanos)
JAN VAN EYCK (tinta a óleo)
• Visão urbana e sociedade
• Perspectiva
• Detalhes
• Paisagem
[Transição do Gótico para o Renascimento]
43. Evolução das tintas
• Têmpera: Pigmentos naturais + clara de ovo
(ressecava, não possibilitando fazer grande quantidade
de cores para armazenar, tinta de secagem rápida –
com dificuldade o artista conseguia o mesmo tom de
cor)
• Encáustica: Pigmentos + cera de abelha (Derretia-
se a cera para acrescentar o pigmento, tinta de
secagem rápida o artista deveria trabalhar com a cera
ainda quente, o que fazia com que executasse sua
pintura com rapidez)
• À óleo: Pigmento + óleo de linhaça (possível
armazenamento e secagem demorada, o artista passou
a ter mais tempo para executar a obra, que a partir
desse momento fica mais rica em detalhes)
44. Casal Arnolfini - 82 x 59,5 cm – Ano 1434
Van Eick
A obra Casal Arnolfini é o marco
de fechamento da Idade Média e
início do Renascimento,
considerada muito inovadora para
a época em que foi concebida,
exibe diversos conceitos novos
relativamente às perspectivas e à
acentuação dos segundos planos.
Note-se o espelho no fundo da
composição, em que toda a cena
aparece invertida, tal como a
imagem do próprio artista.
45. • Existem diferentes teorias sobre o significado e interpretação deste quadro. Geralmente a obra é
interpretada como sendo uma certidão de uma cerimónia de casamento. Arnolfini e a sua esposa
casam-se e o quadro retrata o momento em que o casamento é celebrado. O espelho convexo na
parede de trás do quarto reflete, para além de Arnolfini e da sua esposa, mais duas figuras na porta.
Estão assim presentes duas testemunhas para legalizar o casamento. Uma delas é provavelmente o
próprio pintor que coloca a sua assinatura acima do espelho: "Johannes van Eyck fuit hic 1434" (Jan
van Eyck esteve aqui em 1434). A moldura do espelho contém imagens da Paixão de Jesus Cristo e
representa a promessa de Deus de salvar as pessoas no espelho redondo. O próprio espelho
simboliza Maria e refere-se à Imaculada Conceição e à pureza da Virgem Santa, representando além
disso o Olho de Deus, que, desta maneira, é testemunha na cerimónia.
• O cão pode ser visto como símbolo da fidelidade; estabilidade doméstica e tranquilidade (‘Fido’, o
nome usual em latim para os cães, significa ‘confiança’).
• O castiçal de sete braços contém apenas uma vela, provavelmente a vela que a noiva ofereceu ao noivo
segundo a tradição flamenga. Uma vela acesa à luz do dia simboliza por norma o sempre presente
Espírito Santo ou o Olho de Deus.
• As laranjas na mesa junto à janela referem-se provavelmente à fertilidade e simbolizam a pureza e
inocência no Jardim do Éden antes da queda. Atrás do casal, as cortinas da cama conjugal estão
abertas, sendo uma representação da visita e bênção da Santíssima Trindade.
• Nem Arnolfini, nem a esposa usam sapatos. Este facto demonstra o respeito e consciência da santidade
e beatitude do matrimónio. Os tamancos em primeiro plano são provavelmente um sinal de respeito
pela cerimónia de casamento e apontam, além disso, para o facto de este acontecimento ter lugar em
terra santa. Tradicionalmente os maridos ofereciam tamancos às suas esposas.
• As cortinas vermelhas da cama referem-se ao acto físico do amor, à união carnal do casal. A cor verde
do vestido da mulher simboliza a esperança (talvez a esperança de ficar mãe). A sua touca branca
simboliza a pureza.