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MUDANÇAS NO REGIME 
ALIMENTAR E SISTEMA 
AGROALIMENTAR 
Profa. Marta 
Agrária II
ALIMENTO, PRODUÇÃO E CULTURA 
O QUE É ALIMENTO? 
O que serve para conservar a vida aos animais 
ou aos vegetais. Comida. 
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RELAÇÃO AGRICULTURA, INDÚSTRIA E 
ALIMENTO 
SUBSTITUIÇÃO INDUSTRIAL DO PRODUTO RURAL 
• O produto agrícola sofre cada vez mais a substituição por 
componentes não agrícolas na fabricação de alimentos e 
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• São produzidos alimentos “fabricados” altamente 
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alimentícios genéricos e pelo crescente controle 
tecnológico da produção de alimentos, manifesto no uso de 
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• As bioteconologias têm impacto no processamento de 
alimentos e também na criação de novos produtos.
REGIME ALIMENTAR 
Conceito: 
Corresponde a uma forma específica de produção e 
a circulação de alimentos em escala mundial, 
configurando um sistema caracterizado pelo 
predomínio de uma dieta alimentar específica e 
pela tendência à homogeneização dos hábitos 
alimentares no mundo. 
(Essa abordagem permite identificar as relações 
sistêmicas existentes entre a dieta alimentar e os 
fenômenos econômicos e políticos em nível global)
REGIME ALIMENTAR 
Enquanto para alguns autores, a partir do século 
XIX se pode identificar a sucessão de três 
regimes alimentares específicos sob as 
ordens hegemônicas inglesa, americana e 
corporativo / neoliberal, para outros, o 
regime alimentar global teria sofrido um 
recuo sob a hegemonia americana e o 
nacional desenvolvimentismo, voltando a se 
recuperar sob a globalização neoliberal.
Periodização dos regimes alimentares 
1870-1914: Regime Alimentar sob a Hegemonia 
Britânica – Dieta baseada em carne, trigo e leite 
1947-1973: Regime Fordista – Hegemonia 
Americana – Dieta acrescenta milho, soja e 
produtos industrializados. Massificação e 
integração da periferia ao mercado consumidor. 
Início dos anos 1980: Regime Corporativo (“Liberal 
Produtivista”?) - Maior diversificação da dieta 
com a segmentação do mercado e a exploração 
de nichos de mercado.
REGIME ALIMENTAR E ECONOMIA 
MUNDIAL DE ALIMENTOS 
REGIME ALIMENTAR FORDISTA 
• Antecedentes: New Deal e Agências de subsistência 
atuantes na Europa pós-guerra 
• Características gerais: forte regulação do Estado, 
subsídios, gestão de excedentes e controle sobre o 
comércio agrícola 
• Resultado: reconstrução do comércio internacional 
e da produção agrícola em bases muito assimétricas 
– Exportação de produtos tropicais – vantagem 
transitória
REGIME ALIMENTAR E ECONOMIA 
MUNDIAL DE ALIMENTOS 
TRANSIÇÃO PARA O REGIME CORPORATIVO 
Mudanças observadas no Regime Fordista têm 
resultado da mobilização de: agricultores, 
consumidores, ativistas políticos e corporações. 
Cada qual com projetos divergentes e atribuindo 
papéis distintos para o Estado (assistência 
técnica, pesquisa, comércio etc.) 
Novos atores entram em cena para a definição da 
política agroalimentar.
REGIME ALIMENTAR E ECONOMIA 
MUNDIAL DE ALIMENTOS 
• As corporações agroalimentares 
cresceram além dos regimes nacionalmente 
regulados que as criaram e os consumidores 
ganharam peso igual aos agricultores na 
política agroalimentar.
REGIME ALIMENTAR E ECONOMIA 
MUNDIAL DE ALIMENTOS 
Possibilidades de REESTRUTURAÇÃO 
INTERNACIONAL DO REGIME ALIMENTAR 
segundo FRiedmann 
• MODELO PRODUTIVISTA-LIBERAL 
– Reestruturação da agricultura e da indústria 
• MODELOS ALTERNATIVOS, SUSTENTÁVEIS 
– Política e economia locais
REGIME ALIMENTAR CORPORATIVO 
• Esse regime alimentar conta com um sistema 
financeiro estruturado globalmente sob a 
supervisão do FMI capaz de assegurar um regime 
de endividamento como meio de subsidiar a 
demanda agregada e capaz de dar amplo suporte 
aos negócios com commodities em escala 
mundial. A Organização Mundial do Comércio 
(OMC), criada em 1995, tem um papel chave na 
consolidação deste regime pois é a instituição 
responsável pela regulação do comércio mundial 
e emprega princípios liberais.
REGIME ALIMENTAR CORPORATIVO 
• Diante de situações de crise de abastecimento 
alimentar, as grandes corporações atuam em geral de 
forma contrária ao que se observa sob a intervenção 
do setor público, submetendo a produção a uma lógica 
especulativa e buscando tirar proveito dos preços em 
alta, com o consequente agravamento da situação de 
crise. 
• Assim, a produção camponesa tem sido inviabilizada ao 
mesmo tempo em que os alimentos da cesta básica 
têm sido vendidos a preço de monopólio para 
consumidores em situação de pobreza
Textos de referência: 
• FRIEDMANN, Harriet. Uma economia mundial de 
alimentos sustentável. In:Belik, W. e Maluf, R. 
(orgs.), Abastecimento e segurança alimentar. 
Campinas, IE: UNICAMP, 2000. (p.1-21) 
• MARSDEN, T. Globalização e Sustentabilidade: 
criando espaço para alimentos e natureza. In: 
CAVALCANTI, J.S.B. (org.) Globalização, trabalho, 
meio ambiente: Mudanças socioeconômicas em 
regiões frutícolas para exportação. Recife, UFPE, 
1999. (p. 25 -46)*
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Aula 14 mudanças no regime alimentar

  • 1. MUDANÇAS NO REGIME ALIMENTAR E SISTEMA AGROALIMENTAR Profa. Marta Agrária II
  • 2. ALIMENTO, PRODUÇÃO E CULTURA O QUE É ALIMENTO? O que serve para conservar a vida aos animais ou aos vegetais. Comida. O que comemos? Por que e como comemos? Formas de acesso ao alimento? Como produzimos o alimento?
  • 3. RELAÇÃO AGRICULTURA, INDÚSTRIA E ALIMENTO SUBSTITUIÇÃO INDUSTRIAL DO PRODUTO RURAL • O produto agrícola sofre cada vez mais a substituição por componentes não agrícolas na fabricação de alimentos e fibras. Processo baseado no desenvolvimento da indústria química e das matérias-prima sintéticas. • São produzidos alimentos “fabricados” altamente processados, baseados na reconstituição de componentes alimentícios genéricos e pelo crescente controle tecnológico da produção de alimentos, manifesto no uso de aditivos químicos. • As bioteconologias têm impacto no processamento de alimentos e também na criação de novos produtos.
  • 4. REGIME ALIMENTAR Conceito: Corresponde a uma forma específica de produção e a circulação de alimentos em escala mundial, configurando um sistema caracterizado pelo predomínio de uma dieta alimentar específica e pela tendência à homogeneização dos hábitos alimentares no mundo. (Essa abordagem permite identificar as relações sistêmicas existentes entre a dieta alimentar e os fenômenos econômicos e políticos em nível global)
  • 5. REGIME ALIMENTAR Enquanto para alguns autores, a partir do século XIX se pode identificar a sucessão de três regimes alimentares específicos sob as ordens hegemônicas inglesa, americana e corporativo / neoliberal, para outros, o regime alimentar global teria sofrido um recuo sob a hegemonia americana e o nacional desenvolvimentismo, voltando a se recuperar sob a globalização neoliberal.
  • 6. Periodização dos regimes alimentares 1870-1914: Regime Alimentar sob a Hegemonia Britânica – Dieta baseada em carne, trigo e leite 1947-1973: Regime Fordista – Hegemonia Americana – Dieta acrescenta milho, soja e produtos industrializados. Massificação e integração da periferia ao mercado consumidor. Início dos anos 1980: Regime Corporativo (“Liberal Produtivista”?) - Maior diversificação da dieta com a segmentação do mercado e a exploração de nichos de mercado.
  • 7. REGIME ALIMENTAR E ECONOMIA MUNDIAL DE ALIMENTOS REGIME ALIMENTAR FORDISTA • Antecedentes: New Deal e Agências de subsistência atuantes na Europa pós-guerra • Características gerais: forte regulação do Estado, subsídios, gestão de excedentes e controle sobre o comércio agrícola • Resultado: reconstrução do comércio internacional e da produção agrícola em bases muito assimétricas – Exportação de produtos tropicais – vantagem transitória
  • 8. REGIME ALIMENTAR E ECONOMIA MUNDIAL DE ALIMENTOS TRANSIÇÃO PARA O REGIME CORPORATIVO Mudanças observadas no Regime Fordista têm resultado da mobilização de: agricultores, consumidores, ativistas políticos e corporações. Cada qual com projetos divergentes e atribuindo papéis distintos para o Estado (assistência técnica, pesquisa, comércio etc.) Novos atores entram em cena para a definição da política agroalimentar.
  • 9. REGIME ALIMENTAR E ECONOMIA MUNDIAL DE ALIMENTOS • As corporações agroalimentares cresceram além dos regimes nacionalmente regulados que as criaram e os consumidores ganharam peso igual aos agricultores na política agroalimentar.
  • 10. REGIME ALIMENTAR E ECONOMIA MUNDIAL DE ALIMENTOS Possibilidades de REESTRUTURAÇÃO INTERNACIONAL DO REGIME ALIMENTAR segundo FRiedmann • MODELO PRODUTIVISTA-LIBERAL – Reestruturação da agricultura e da indústria • MODELOS ALTERNATIVOS, SUSTENTÁVEIS – Política e economia locais
  • 11. REGIME ALIMENTAR CORPORATIVO • Esse regime alimentar conta com um sistema financeiro estruturado globalmente sob a supervisão do FMI capaz de assegurar um regime de endividamento como meio de subsidiar a demanda agregada e capaz de dar amplo suporte aos negócios com commodities em escala mundial. A Organização Mundial do Comércio (OMC), criada em 1995, tem um papel chave na consolidação deste regime pois é a instituição responsável pela regulação do comércio mundial e emprega princípios liberais.
  • 12. REGIME ALIMENTAR CORPORATIVO • Diante de situações de crise de abastecimento alimentar, as grandes corporações atuam em geral de forma contrária ao que se observa sob a intervenção do setor público, submetendo a produção a uma lógica especulativa e buscando tirar proveito dos preços em alta, com o consequente agravamento da situação de crise. • Assim, a produção camponesa tem sido inviabilizada ao mesmo tempo em que os alimentos da cesta básica têm sido vendidos a preço de monopólio para consumidores em situação de pobreza
  • 13. Textos de referência: • FRIEDMANN, Harriet. Uma economia mundial de alimentos sustentável. In:Belik, W. e Maluf, R. (orgs.), Abastecimento e segurança alimentar. Campinas, IE: UNICAMP, 2000. (p.1-21) • MARSDEN, T. Globalização e Sustentabilidade: criando espaço para alimentos e natureza. In: CAVALCANTI, J.S.B. (org.) Globalização, trabalho, meio ambiente: Mudanças socioeconômicas em regiões frutícolas para exportação. Recife, UFPE, 1999. (p. 25 -46)*