2. Como o próprio nome indica, baseia-se na
simples transmissão de conhecimento.
O professor é o detentor das verdades.
O aluno é passivo, diante dos conhecimentos.
Conteúdos distantes da realidade.
Cópia e Memorização.
3.
4. A pedagogia da transmissão pode ser vista até na
educação on-line, via internet, onde “prevalece o
velho modelo em que o professor é o responsável
pela produção e transmissão de pacotes fechados
de informações para serem reproduzidas no
ambiente virtual” (De Anísio Teixeira à
Cibercultura: Desafios para a Formação de
Professores Ontem, Hoje e Amanhã).
5. Desinteresse dos alunos.
Falta de atitude crítica.
Distância entre teoria e prática.
Conformismo.
Falta de Participação e cooperação.
6. Infelizmente, pouco se faz para superar a
prevalência da pedagogia da transmissão. “O
resultado desse descaso é a sala de aula, hoje,
cada vez mais sem atrativos e alunos cada vez
mais desinteressados no seu modelo clássico
baseado em memorização e reprodução” (De
Anísio Teixeira à Cibercultura: Desafios para a
Formação de Professores Ontem, Hoje e
Amanhã)
7.
8. Como pudemos perceber na tirinha, a realidade
atual não aceita mais esse tipo de Pedagogia.
Estamos lidando com outro tipo de aluno. A
chamada geração Z. Crianças que nasceram
conectadas, que interagem com o mundo o
tempo todo e que não aceitam de forma passiva
nenhum tipo de estimulo.
9. Com isso “o mestre da escola elementar e da
escola secundária está em crise e se vê
profundamente atingido e compelido a mudar
pelas condições dos tempos presentes (...)
porque estamos entrando em uma fase nova da
civilização chamada industrial, com a explosão
contemporânea dos conhecimentos, com o
desenvolvimento da tecnologia e com a extrema
complexidade consequente da sociedade
moderna” (Mestres de Amanhã – Anísio Teixeira).
10. “A educação para todos não pode ficar alheia à
revolução das ciências e dos meios de
comunicação de massa” (De Anísio Teixeira à
Cibercultura: Desafios para a Formação de
Professores Ontem, Hoje e Amanhã).
11. A “comunicação estendida a todo o planeta (...)
faz subitamente o homem comum não apenas o
habitante de sua rua, sua cidade, seu Estado, sua
nação, mas literalmente de todo o planeta e
participante de uma cultura não apenas local e
nacional, mas mundial, podemos ver e sentir o
grau de cultivo mental necessário para que lhe
ser possível submeter a informação, que lhe é
assim trazida de todo o mundo, ao crivo de sua
própria mente, a fim de compreendê-la e absorvê-
la” (Mestres do Amanhã, Anísio Teixeira).
12. “É preciso preparar as novas gerações para
lidarem com a mídia de massa capaz de
condicionar mentalmente o indivíduo,
transformando-o em joguete das forças de
propaganda e algo de passivo no campo da
recreação e do prazer” (De Anísio Teixeira à
Cibercultura: Desafios para a Formação de
Professores Ontem, Hoje e Amanhã).
13. Com o advento dos meios de comunicação, o
papel da escola deveria ser o de “oferecer a cada
jovem, antes de terminar o nível secundário de
estudos um quadro da cultura contemporânea,
desde os seus primórdios até os problemas e
complexidades dos dias presentes”
desenvolvendo, assim, uma “formação capaz de
desenvolver no indivíduo uma visão de mundo
criticamente sintonizada com sua atualidade” (De
Anísio Teixeira à Cibercultura: Desafios para a
Formação de Professores Ontem, Hoje e
Amanhã)
14. Assim, o mestre passa a ser “um contribuinte para
a formação do aluno, que recebe, em relativa
desordem, por esses novos meios de
comunicação, imprensa, rádio e televisão, massa
incrível de informações e sugestões provenientes
de uma civilização agitada por extrema difusão
cultural e em acelerado estado de mudança” (De
Anísio Teixeira à Cibercultura: Desafios para a
Formação de Professores Ontem, Hoje e
Amanhã).
15. Dessa forma, “a sala de aula lembrará muito mais um
laboratório, uma oficina, uma estação de televisão, do
que a escola de ontem e ainda hoje. E o mestre não
será o antigo mestre-escola a repetir nas classes um
saber já superado. Ele lembrará muito mais o
bibliotecário apaixonado pela sua biblioteca, o
conservador de museu apaixonado por seu museu, e no
sentido mais moderno, o escritor de rádio, de cinema ou
de televisão apaixonados pelos seus assuntos, o
planejador de exposições científicas” (De Anísio Teixeira
à Cibercultura: Desafios para a Formação de
Professores Ontem, Hoje e Amanhã).
16. Para tanto, “o que haverá já hoje que nos possa
sugerir o que poderá se a escola de amanhã? (...)
Os meios de comunicação de massa.” (De Anísio
Teixeira à Cibercultura: Desafios para a
Formação de Professores Ontem, Hoje e
Amanhã).
17. Os mestres devem assumir em seu trabalho os
meios de comunicação como seus grandes
aliados, transformando-se em estimuladores e
assessores dos estudantes, ensinando-os “os
métodos de pensar das ciências físico-
matemáticas, biológicas e sociais, a fim de
habilitá-lo a fazer de toda a sua vida uma vida de
instrução e de estudos” (De Anísio Teixeira à
Cibercultura: Desafios para a Formação de
Professores Ontem, Hoje e Amanhã).
18. Muito se falou até aqui do professor, mas
devemos nos questionar: por que essa escola
ainda não existe? Pode o professor sozinho se
responsabilizar pela introdução dos meios de
comunicação na escola? Para que tais
instrumentos adentrem a escola é necessário
investimento e comprometimento público e o que
não acontece em nosso país. Quem detém o
poder não deseja perder privilégios, não deseja
que a ordem estabelecida seja contestada, com
isso, a escola permanece como está: aquém de
seu tempo.