1. Curso: Ciências Biológicas Disciplina:
Informática
Data de entrega: 20/11/2014
Professor: Janaína do Rozário
Período: 7º Turno: Manhã
Alunos: Denise Salviano, Thaís
Roseane e Verônica Viana
Nota:
Semiformação e Tecnologias Digitais
A partir dos anos 1970, o mundo passou a ser atingido por um período de ondas
revolucionárias que modificaram acentuadamente nossa relação com as coisas, com
as pessoas, com as instituições familiares e escolares: revolução eletrônica, revolução
das comunicações, revolução dos novos materiais, revolução biotecnológica. No
mundo atual, a tecnologia ocupa posição-chave, se transformou em espírito do tempo
e passou de meio a fim em si mesmo; sua articulação com o capitalismo globalizado
lhe proporcionou tal poder e autonomia, que não é mais ela que deve se adaptar à
sociedade e sim a sociedade que deve se adaptar a ela, se quiser sobreviver. As
escolas brasileiras dos anos 2000 já não se tornaram um palco preferencial de
disseminação de informações educativas, eivadas pelo olhar instrumental do
tecnólogo e do vendedor de mercadorias baratas.
A desvalorização do professor se manifesta em nosso tempo por inúmeras medidas
implementadas pelas políticas públicas e empresariais contenção salarial, aumento de
alunos nas salas de aulas, supervalorização dos livros didáticos (nos anos 1980-2000)
e dos softwares educativos hoje em dia, introdução dos computadores e da realidade
virtual no ensino formal e pela falta de reconhecimento de sua autoridade e de sua
profissão pela sociedade contemporânea, que o vê apenas como um medium a mais.
“Atualmente diz um defensor do “aprender a aprender” o professor quanto mais
ausente da sala, quanto menos interferir no processo de aprendizagem do aluno,
melhor. O aluno tem a capacidade de pesquisa autônoma e pode assim, desenvolver
seu pensamento independente.
E o aluno que ingressa à sala de aula assistente assíduo dos inúmeros programas de
canais alternativos, infindáveis ondas da Internet perde o encantamento com o ensino
formal, vê a escola como um local desestimulante, anacrônico. No cotidiano escolar,
2. percebe-se que as crianças e adolescentes são devorados pelo “princípio de
adaptação” gerado pela indústria cultural e divulgado pelos meios de comunicação de
massas. Amparados pelos pais, eles também se tornam grandes consumidores dos
produtos culturais e de outros bens. Os celulares e outros aparelhos eletrônicos das
mais diversas funções também estão presentes na sala de aula, mesmo sendo
proibidos. São, hoje, os motivos de terror dos professores, que precisam disputar, e
muitas vezes, não conseguem, pois são usados de diversas formas, como um
minicomputador manejados pela indústria cultural.
As características dessa geração tecnológica devem ser levadas em consideração
como estrategia. Toda essa tecnologia na qual os alunos estão envolvidos pode ser
usada a favor da educação. A tecnologia facilita a transmissão de conhecimentos, o
compartilhamento de arquivos, potencializando a comunicação e ajudando a difundir a
cultura. Nesse sentido, os alunos precisam adquirir habilidades que permitam o
controle da tecnologia e seus efeitos, pois os aparatos tecnológicos se tornam
empecilhos para formação na medida em que submetem os indivíduos às diversas
formas de dominação, não colaborando, portanto, para a sua emancipação. Desse
modo, a semiformação cria, no indivíduo, uma falsa sensação de sabedoria,
encobrindo a realidade de superficialidade na qual se encontra. Como avalia Pucci: “A
semiformação, ao invés de instigar as pessoas a desenvolverem plenamente suas
potencialidades, e assim colaborarem efetivamente na transformação social, propicia
um verniz formativo que não dá condições de se ir além da superfície”.
A educação escolar, em todos os seus níveis, não pode se reduzir simplesmente à
preparação do educando para se adaptar a mudanças constantes do mercado e aos
interesses dos que ainda podem oferecer algumas vagas de trabalho. A educação
escolar deve ser contemporânea de seu tempo e formar indivíduos aptos a enfrentar
os desafios que o mundo globalizado impõe. E justamente por isso, o educando que
não conseguir apreender o sentido formativo da educação escolar e o potencial
formativo presente em todas as disciplinas, inclusive nas profissões, dificilmente será
um profissional competente e um cidadão preparado para os revezes do mercado.
Não basta termos a tecnologia presente na Escola, precisamos saber o que fazer com
ela. A Escola deve se abrir e entender o que é importante e os professores precisam
ajudar os alunos a serem seletivos, a saberem com tanta informação da internet. A
Escola precisa ensinar e os alunos para usar a tecnologia. Para isso, os professores
necessitam estar preparados, já sabendo utilizar a tecnologia para ajudar auxiliando o
nas práticas educativas para o desenvolvimento de experiências formativas e o
desenvolvimento crítico e reflexiva nos individuos.