O documento discute os desafios de superar a pedagogia da transmissão e como as novas tecnologias podem auxiliar nesse processo. A pedagogia da transmissão é centrada no professor como detentor do conhecimento e os alunos como meros receptores. Já a educação dialógica propõe uma construção conjunta do saber. As novas tecnologias permitem novos ambientes de interação, porém é preciso que professores atuem como mediadores para que a tecnologia potencialize a aprendizagem e não perpetue o ens
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Superando a Pedagogia da Transmissão
1. SUPERANDO A PEDAGOGIA
DA TRANSMISSÃO
T r a b a l h o a p r e s e n t a d o a o
C u r s o L i c e n c i a t u r a e m
P e d a g o g i a d a U E R J -
U n i v e r s i d a d e E s t a d u a l d o
R i o d e J a n e i r o / C E D E R J ,
p a r a a d i s c i p l i n a E d u c a ç ã o à
D i s t â n c i a .
2. COMPONENTES
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Meire Anne Candido Migueis Diniz
Matrícula: 11112080234 Polo: Petrópolis
Paulo Henrique Baptista da Silva
Matrícula: 12112080020 Polo: Petrópolis
Stefanie Cordeiro de Lima Leite
Matrícula: 11212080087 Polo: Petrópolis
3. Sim, Pedagogia da Transmissão. Dentro dos
paradigmas tradicionais de educação à
encontramos. É aquela centrada no professor,
professor esse que é visto como detentor do
conhecimento, dono da verdade absoluta,
aquele que molda, que enche as tábuas rasas,
alunos, de conhecimento, um conhecimento
pronto, acabado, que deve ser recebido de
forma passiva, acrítica , por isso pedagogia da
transmissão, os professores transmitem e os
alunos recebem.
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Pedagogia da Transmissão?!
4. A concepção de “Educação Bancária”
educação na qual o professor “deposita” o
conhecimento no aluno, conhecimento esse
que mesmo não condizendo com sua
realidade, com seus interesses, com seus
anseios, devem ser recebidos pelos
mesmos como verdades absolutas. Mas
será que nessa relação pode haver
construção do conhecimento?
Vejamos o que o próprio Freire tem a nos
dizer:
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Em Freire encontramos:
6. Continuando...
Como podemos perceber nas palavras de
Freire, a educação é um processo dialógico,
dinâmico, complexo, que vai muito além da
simples transmissão, o que nós põem a refletir
sobre as palavras proféticas de Anísio
Teixeira ao refletir sobre os desafios dos
Mestres do Amanhã .
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7. Desafios? Mestres do Amanhã?...
Em seu texto, Mestres do Amanhã, Anísio Teixeira resume sua
inquietação sobre a formação do professor de seu tempo e em
seu amanhã. Preocupação hoje ainda atual? Vejamos. Vivemos na
chamada sociedade da informação e da comunicação, uma
sociedade marcada pela globalização, globalização essa que foi
potencializada pelas novas tecnologias, computadores
interligados em uma rede mundial através da internet. Rede
essa, na qual, com apenas um click, podemos ter acesso a uma
infinidade de informações. Seria esse um desafio para os
mestres que Anísio mencionava?
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9. Sim! Desafios! Mas desafio que podem ser
superados.
Com as novas tecnologias da informação e da
comunicação os geograficamente dispersos foram
aproximados;
Os alunos passaram a ter acesso a uma quantidade
maior de informações;
Tiveram contato com novos espaços, os virtuais,
para interagirem e construírem conhecimento;
Novas modalidades de ensino, a Educação à
Distância, ganha espaço no cenário educacional;
As tecnologias invadem os espaços tradicionais de
educação e é vista por alguns como a solução dos
problemas que a educação tem vivido e por outros é
temida;
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10. Cibercultura, ciberespaço, educação à
distância, educação on-line: Novas
tecnologias e uma velha história
Calma, calma! Não precisa se assustar, como dito antes,
todos os desafios podem ser vencidos, mas antes, uma
velha história. Sim, uma velha história... Somos homens
de nosso tempo, muitos de nós, quando pensa ou ouve
na/a palavra tecnologia, imagina computadores de ponta
e outros eletroeletrônicos que fazem a cabeça de
alguns e tem sido desejo de consumo de outros, mas não
podemos esquecer que a boa e velha caneta
esferográfica, no auge da sua invenção, já foi vista
como “a nova tecnologia”. Todos os homens, de todos os
tempos, de forma menos ou mais rudimentar
desenvolveram tecnologia, por isso antes de entramos
no ciberespaço propriamente dito, convido-os a refletir
sobre a modalidade de ensino à distância.
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11. EAD – Educação à distância
A cada dia que passa a educação a
distância se faz mais presente na
vida de muitos. Houve um tempo em
que a mesma foi muito
desacreditada, ainda há aqueles que
nela não acredita, mas outros à
veem como o futuro. Controvérsias
a parte, essa é uma modalidade de
ensino muito mais anterior do que
se pode imaginar. Os cursos por
correspondência, as tele-aulas
gravadas, os cursos e outros
oferecidos pelas mídias de massa
(rádio e TV), fazem parte do que se
conceitua educação à distância
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12. Pensemos um pouco...
Dentro da modalidade de ensino presencial,
encontramos a pedagogia da transmissão ou
educação bancária, uma pedagogia
unidirecional, do professor para os alunos,
onde não há trocas, não há interação,
simplesmente a transmissão de um produto a
ser “consumido”. Se pararmos para pensar em
como as informações são transmitidas pelos
meios de comunicação de massa, em como a
modalidade de ensino a distância tradicional
foi e em alguns casos ainda é ministrada, não
podemos perceber a pedagogia da
transmissão em ação? 12
13. Como podemos perceber, o surgir de um novo
paradigma, não necessariamente significa a
extinção do outro. Na proposta de educação
à distância tradicional encontramos a
pedagogia da transmissão, pedagogia essa que
ainda permeia a prática de muitos
professores mesmo diante de todas as
transformações que temos vivido.
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14. Em sala de aula...
Com as tecnologias da informação e da
comunicação, novos ambientes, espaços para
interação, co-criação e autoria foram criados,
rompendo assim com velhos paradigmas e
colocando em “xeque” a educação à distância
tradicional. A rede mundial de computadores
possibilitou que os alunos saíssem do papel de
meros receptores, para passar a co-autoria,
autoria, na construção, desconstrução e
reconstrução do conhecimento. Mas e a escola, e
os professores, como estão lidando como essa
nova forma de se ver o mundo?
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15. Na prática de muitos professores, as tecnologias
educacionais ainda tem perpetuado o ensino
tradicional, a pedagogia da transmissão. As escolas
estão sendo equipadas, a tecnologia está na palma
das mãos de alunos e professores, mas muitos destes
últimos não estão preparados para utilizá-las de
forma crítica-reflexiva.
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16. Novos Tempos, Novas Tecnologias,
Novos Espaços, Novos Desafios, um
Novo Rumo
Com a rede mundial de
computadores novos
espaços de interação, de
construção do
conhecimento, de autoria e
de co-autoria são criados,
ambientes on-line, o
ciberespaço. Nesse
ambiente, novas forma de
ver o mundo, o outro e a si
mesmo são criados, uma
nova cultural, a
cibercultura. 16
17. 17
Nesse novo ambiente as possibilidades são infinitas
e propiciam mais que a simples propagação de
informações, a construção do conhecimento de
forma dialógica, interativa. O papel do professor
nesse novo tempo é de mediador, de auxiliar no
trato das informações transformando-as em
conhecimento.
18. O professor deve entender-se e atuar como
mediador no processo de ensino-aprendizagem;
O professor deve considerar a realidade do
educando e considerá-lo como coautor no
processo de construção, desconstrução e
reconstrução do conhecimento;
A pedagogia unidirecional deve ser rompida em
prol da pedagogia libertadora, dialógica,
interativa;
As mídias de massa podem e devem ser
utilizadas de forma consciente em prol do
desenvolvimento da criticidade dos educandos;
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SE AINDA HÁ DUVIDAS...
SUPERANDO A PEDAGOGIA DA TRANSMISSÃO
19. Na educação a distância tradicional, a pedagogia
da transmissão encontrava-se presente, com as
novas tecnologias, o paradigma tradicional é
rompido, novos ambientes são criados, ambientes
esses que possibilitam a interação e o surgir de
uma nova cultura, a cibercultura;
Seja na modalidade presencial ou à distância, o
ensino tradicional pode fazer-se presente se
pautado no paradigma uniderecional.
O surgir de um novo paradigma não
necessariamente significa a extinção do outro,
portanto cuidado;
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20. A educação autêntica
não se faz de A para B
ou de A sobre B, mas de
A com B. Porém, não é
fácil sair desse
paradigma da
transmissão para a
interatividade própria
do digital, da internet, a
não ser violentando a
natureza comunicacional
da nova mídia..
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21. As Novas Tecnologias não substituem o professor,
elas configuram-se em mais um recurso em prol da
promoção, do desenvolvimento, da autonomia e de uma
nova forma de sociabilização dos educandos;
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Sem comprometimento, dedicação por parte de
todos, com ou sem tecnologias, velhos paradigmas
perdurarão;
As tecnologias podem potencializar o processo de
ensino-aprendizagem dentro de um processo
dialógico, um processo que vê o outro, aluno, como
agente histórico, co-autor na construção do
conhecimento e autor de sua própria história
22. Utilizando as mídias de massa e as novas tecnologias
como aliadas;
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Preparando, abrindo-se para o dinamismo atual, não
só na educação, mas na vida de um modo geral;
Buscando proporcionar uma aprendizagem
significativa, partindo da realidade dos educandos;
23. CONCLUINDO
Muitos são os desafios dos mestres, sejam eles os de
ontem, os de hoje e provavelmente serão também os de
amanhã. Uma coisa é certa, se não houver o desejo de
mudança, o desejo de uma proposta de educação que
rompa com o paradigma unidirecional, a dinâmica da
sociedade contemporânea tornará ainda mais desconexa
a realidade educacional das vivenciadas pelos educandos
em suas comunidades. O uso não consciente das
tecnologias perpetua a pedagogia da transmissão. Seu
uso consciente é o diferencial. Dentro de um processo
interativo, alunos e professores constroem
conhecimento mutuamente. As novas tecnologias
possibilitam a construção de espaços que potencializam
essa construção colaborativa. O grande desafio de todos
os mestres encontra-se na mediação de toda a gama
informações que os educandos são submetidos
auxiliando-os na transformação em conhecimento. 23
24. REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17 ª edição.
Paz e Terra. Rio de Janeiro: 1987
SILVA, Marco. De Anísio Teixeira à Cibercultura:
Desafios para a Formação de Professores Ontem, Hoje
e Amanhã. Disponível em:
http://www.senac.br/BTS/293/boltec293c.htm.
SILVA, Marco. O que é interatividade. Disponível em:
http://www.senac.br/BTS/242/boltec242d.htm.
Acessado:13/08/2014.
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25. TEIXEIRA, Anísio. Mestres de amanhã. Revista
Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro ,
vol. 40, nº 92, out./dez. 1963. P.10-19.
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