[1] O documento discute os princípios do casamento cristão, como foi instituído por Deus no Éden. [2] Analisa a criação de Eva como companheira de Adão e as características de um casamento ideal segundo a Bíblia, como união e compromisso permanente. [3] Enfatiza a importância de proteger a sexualidade dentro do casamento e os altos padrões de moralidade sexual pregados por Jesus.
1. Lição 9 16 a 23 de fevereiro
Casamento: um presente dado no Éden
Sábado à tarde Ano Bíblico: Nm 33, 34
VERSO PARA MEMORIZAR: “Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que
lhe seja idônea” (Gn 2:18).
Leituras da semana: Gn 2:18-25; Mc 10:7-9; Ef 5:22-25; Mt 5:27-30; 2Co 3:18
Pense nas bênçãos de um casamento feliz e de um lar amoroso. Muito felizes são os que têm essa experiência!
Infelizmente, para muitas pessoas o casamento tem sido mais uma experiência de dor e raiva do que de alegria e paz.
Mas ele não foi planejado para ser assim nem devia ser assim. O triste estado de tantos casamentos é uma forte
expressão da degradação que o pecado trouxe à humanidade.
“Deus celebrou o primeiro casamento. Assim, essa instituição tem como seu originador o Criador do Universo. ‘Venerado
seja [...] o matrimônio’ (Hb 13:4, RC); ele foi uma das primeiras dádivas de Deus ao homem e é uma das duas
instituições que, depois da queda, Adão trouxe consigo para além das portas do Paraíso. Quando os princípios divinos são
reconhecidos e obedecidos nesse relacionamento, o casamento é uma bênção, preserva a pureza e felicidade do gênero
humano, provê as necessidades sociais do homem e eleva a natureza física, intelectual e moral” (Ellen G. White,
Patriarcas e Profetas, p. 46).
Que ideal maravilhoso! A lição desta semana examinará alguns dos princípios por trás do casamento.
Domingo Ano Bíblico: Nm 35, 36
Não é bom que o homem esteja só
De um primitivo abismo Deus criou nosso mundo pelo poder sobrenatural de Sua Palavra. Ao longo do relato da criação,
tudo era “bom”, até a conclusão da obra, quando tudo o que o Senhor havia criado foi declarado como “muito bom” (Gn
1:31).
“Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia.” (Gênesis 1:31 RA)
1. Em meio a tudo isso, no entanto, uma coisa era lo tov [não é bom]. O que não era “bom” e por quê? Quais são as
implicações desse texto? Gn 2:18
“Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.”
(Gênesis 2:18 RA)
Deus havia declarado que todos os aspectos da criação eram “bons” até o momento em que Ele criou Adão. Naquele
momento, Adão era o único ser humano. Embora tivesse sido feito à imagem de Deus, em sua solidão ele não podia
refletir plenamente essa imagem, que existe no relacionamento com as outras partes da Divindade. A Divindade é
composta de Pai, Filho e Espírito Santo. Assim, Adão precisava de alguém como ele com quem pudesse formar um
relacionamento de mútuo amor e cooperação, refletindo o relacionamento amoroso exemplificado dentro da Divindade.
2. Leia Gênesis 2:19-21. Depois de qual ato Deus fez com que Adão dormisse, para, a partir de sua carne, criar uma
esposa? Como o ato anterior pode estar relacionado com a criação de uma companheira para Adão?
“Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todos os animais do campo e todas as aves dos céus, trouxe-os ao
homem, para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a todos os seres viventes, esse seria o nome
deles. Deu nome o homem a todos os animais domésticos, às aves dos céus e a todos os animais selváticos; para o
homem, todavia, não se achava uma auxiliadora que lhe fosse idônea. Então, o SENHOR Deus fez cair pesado sono sobre
o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne.” (Gênesis 2:19-21 RA)
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2. Talvez a chave aqui seja encontrada na última frase do verso 20. À medida que dava nome aos animais, Adão deve ter
notado que eles passavam em pares, macho e fêmea, diferente dele mesmo, que era uma criatura singular. Podemos ter
certeza de que o Senhor, durante todo o tempo havia planejado que Adão tivesse uma esposa. Talvez Ele pretendesse
criar um desejo em Adão, a sensação de que faltava algo em sua existência, o que o faria apreciar muito mais o dom que
o Senhor lhe daria em uma esposa.
Considere o contraste entre o “bom” do restante da criação, e a declaração de que não era “bom” no que diz respeito à
solidão de Adão. O que isso indica sobre o valor dos relacionamentos? O que você pode fazer para fortalecer os valiosos
relacionamentos que tem agora?
Segunda Ano Bíblico: Dt 1–3
Uma companheira para Adão
Gênesis 2:20, texto em que Adão dá nome aos animais, ajuda a revelar a grande diferença entre os seres humanos e outras
criaturas terrestres. Não havia animal que fosse comparável a Adão. Nem mesmo entre os macacos havia alguma
criatura semelhante a Adão, porque ele não era semelhante a um macaco. Esse é um ponto importante para
lembrarmos, porque muitos em nossa sociedade promovem a ideia de que os seres humanos são nada mais do que
macacos desenvolvidos. Não somos macacos, e uma macaca não seria uma companheira mais adequada para Adão do
que seria para nós.
“Deu nome o homem a todos os animais domésticos, às aves dos céus e a todos os animais selváticos; para o homem,
todavia, não se achava uma auxiliadora que lhe fosse idônea.” (Gênesis 2:20 RA)
3. Que significado encontramos no método usado por Deus para criar uma companheira para Adão? Gn 2:21, 22
“Então, o SENHOR Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou
o lugar com carne. E a costela que o SENHOR Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe.”
(Gênesis 2:21-22 RA)
Assim como Deus havia formado pessoalmente o corpo de Adão a partir do pó da terra, Ele formou pessoalmente o corpo
de Eva, usando uma das costelas de Adão. Deus não precisava disso para criar Eva. Ele poderia tê-la criado como havia
criado Adão ou até mesmo trazê-la à existência por meio da palavra.
Mas Deus tinha um motivo para formar Eva de uma costela de Adão. Se os dois tivessem sido criados de um modo
completamente separado, isso poderia indicar que, por natureza, eles eram indivíduos totalmente independentes. Mas a
carne compartilhada pelos dois indicava que deviam estar unidos e foram planejados para ser “uma só carne”.
Depois de ser criada, Eva foi levada a Adão para ser sua auxiliadora (v. 18). Ela foi feita de Adão (v. 22) e dada a Adão (v.
22). O processo pelo qual Deus criou Eva mostrou claramente que Ele poderia prover qualquer companheira que Adão
necessitasse. Esse ponto se tornou importante mais tarde, quando Adão enfrentou a tentação de se juntar a Eva em
comer o fruto, em vez de confiar no cuidado de Deus naquela situação. Adão tinha ampla razão para acreditar que Deus
poderia cuidar dele e isso tornou mais grave seu pecado.
“Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.”
(Gênesis 2:18 RA)
“E a costela que o SENHOR Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe.” (Gênesis 2:22 RA)
4. Qual foi a resposta de Adão a Eva? Gn 2:23
“E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão
foi tomada.” (Gênesis 2:23 RA)
Adão ficou tão maravilhado quando viu Eva que cantou em poesia. Esse é o primeiro poema na Bíblia e reflete o afeto de
Adão por sua esposa e a intimidade de seu relacionamento. Ela deveria ser igual a ele, outro aspecto da criação que foi
prejudicado pela queda.
Terça Ano Bíblico: Dt 4–7
Casamento ideal
O escritor William Faulkner certa vez chamou o casamento de “fracasso” e escreveu que “a única maneira de encontrar
alguma paz nele é [...] manter a primeira [esposa] e ficar tão longe dela quanto possível, com a esperança de algum dia
sobreviver a ela”. Que comentário triste sobre o estado de muitos casamentos!
5. Leia Marcos 10:7-9. Que texto Jesus citou nessa passagem? Quais características de um bom casamento podemos
encontrar nessas palavras de Jesus?
“Por isso, deixará o homem a seu pai e mãe [e unir-se-á a sua mulher], e, com sua mulher, serão os dois uma só carne.
De modo que já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem.” (Marcos 10:7-9 RA)
Os benefícios de deixar os pais a fim de formar um lar com um cônjuge são tão bem conhecidos que dificilmente
precisam ser mencionados. Problemas com sogros são uma das principais causas de discórdia conjugal. Um dos
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3. primeiros passos a tomar ao estabelecer um lar feliz é respeitar a independência dos cônjuges pelo estabelecimento de
uma casa separada da casa dos pais, quando possível. Quando não é possível, a privacidade e intimidade do casamento
ainda deve ser respeitada.
A unidade é outra característica de um bom casamento. Unidade não significa que os dois parceiros devam desistir de
pensar por si mesmos, mas que eles devem estar unidos no propósito de fazer o melhor um pelo outro e por sua união.
Jesus também enfatizou a natureza permanente do casamento. O casamento não é um relacionamento casual a ser
celebrado ou descartado à vontade. É um compromisso de vida. Os que não estão preparados para se comprometer por
toda a vida devem adiar esse passo até que estejam prontos.
6. Quais são os princípios de um bom casamento? Ef 5:22-25
“As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como
também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo. Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo,
assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido. Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo
amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,” (Efésios 5:22-25 RA)
É privilégio do marido se dedicar à sua esposa no serviço de amor, como Cristo se entregou pela igreja. Por sua vez, a
esposa deve respeitar o marido e cooperar no trabalho em direção aos objetivos mútuos. Aqui está a solução para a
discórdia que o pecado trouxe ao relacionamento conjugal. Amor abnegado será retribuído com amoroso respeito e
felicidade mútua. Nossos lares podem ser uma antecipação do Céu.
Quarta Ano Bíblico: Dt 8–10
Protegendo o que é precioso
Um dos maiores exemplos do amor de Deus pela humanidade pode ser encontrado na sexualidade humana, que é
verdadeiramente um dom maravilhoso de Deus. No entanto, assim como com todos os dons que recebemos, ela não
vem de modo incondicional. Ou seja, não é algo que podemos simplesmente usar como quisermos. Deus estabeleceu
algumas regras. Na verdade, Ele é muito claro: a atividade sexual deve acontecer entre marido e mulher, macho e
fêmea, e somente no contexto do casamento. Qualquer coisa fora disso é pecado.
7. Leia Mateus 5:27-30. Considere a seriedade com que Jesus lida com as questões apresentadas nesse texto. Em última
análise, o que está em jogo?
“Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura,
no coração, já adulterou com ela. Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se
perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão direita te faz tropeçar,
corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno.”
(Mateus 5:27-30 RA)
Por mais que gostemos de enfatizar (e com razão) toda a graça e perdão que Jesus concede aos pecadores, não podemos
esquecer os altos padrões de moralidade que Ele viveu e pregou. É difícil imaginar como Jesus poderia ter expressado
com mais força a advertência contra a imoralidade sexual, conforme revelada nesses poucos versos. Arrancar seu olho?
Cortar sua mão? Se isso é preciso para ser puro, então vale a pena. Caso contrário você está em perigo de perder a vida
eterna.
“Se todos quantos professam obedecer à lei de Deus estivessem isentos de iniquidade, meu coração se sentiria aliviado;
não o estão, porém. Mesmo alguns que professam guardar todos os mandamentos de Deus são culpados do pecado de
adultério. Que posso eu dizer que lhes desperte as amortecidas sensibilidades? Os princípios morais, estritamente
observados, tornam-se a única salvaguarda da pessoa” (Ellen G. White, Conselhos Sobre Saúde, p. 621, 622).
Por mais forte que seja a advertência de Jesus, não podemos esquecer a história sobre a mulher apanhada no ato de
adultério (Jo 8:1-11). Como podemos alcançar o equilíbrio entre promover as normas sobre as quais Jesus falou nos versos
acima e ao mesmo tempo mostrar graça e compaixão para com aqueles que caem, conforme o exemplo dessa história?
“Jesus, entretanto, foi para o monte das Oliveiras. De madrugada, voltou novamente para o templo, e todo o povo ia ter
com ele; e, assentado, os ensinava. Os escribas e fariseus trouxeram à sua presença uma mulher surpreendida em
adultério e, fazendo-a ficar de pé no meio de todos, disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante
adultério. E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes? Isto diziam eles
tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo. Como insistissem na
pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra.
E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria
consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no
meio onde estava. Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão
aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu
tampouco te condeno; vai e não peques mais.]” (João 8:1-11 RA)
Quinta Ano Bíblico: Dt 11–13
Casamento como uma metáfora da igreja
É bem conhecido entre os estudantes da Bíblia que, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, o casamento é usado
como símbolo do relacionamento entre Deus e Seu povo da aliança. É por isso que, em numerosas ocasiões, a Bíblia usa
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4. a imagem de uma mulher infiel para simbolizar a apostasia e infidelidade que prevaleceu no antigo Israel. Por exemplo,
em Êxodo, o Senhor disse aos israelitas que eles não deveriam entrar em nenhum tipo de relacionamento estreito com os
pagãos ao seu redor, porque os pagãos eram povos muito perversos que poderiam extraviar Israel.
8. Leia Êxodo 34:15, 16. Que imagem o Senhor usa nessa advertência específica? Como isso pode ser compreendido no
contexto do povo de Deus sendo “casado” com Ele? Leia Jr 3:14
“para que não faças aliança com os moradores da terra; não suceda que, em se prostituindo eles com os deuses e lhes
sacrificando, alguém te convide, e comas dos seus sacrifícios e tomes mulheres das suas filhas para os teus filhos, e suas
filhas, prostituindo-se com seus deuses, façam que também os teus filhos se prostituam com seus deuses.” (Êxodo 34:
15-16 RA)
Ao mesmo tempo, a imagem da igreja como noiva de Cristo aponta para a unidade entre os crentes e unidade com
Cristo, especialmente quando compreendida no contexto do ideal bíblico para o casamento: um homem e uma mulher
em um relacionamento amoroso e abnegado.
9. O que os casais devem aprender com o relacionamento entre Cristo e Sua igreja? Ef 5:28-32; Ap 19:5-9
“Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama.
Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja;
porque somos membros do seu corpo. Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se
tornarão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja.” (Efésios 5:28-32 RA)
“Saiu uma voz do trono, exclamando: Dai louvores ao nosso Deus, todos os seus servos, os que o temeis, os pequenos e
os grandes. Então, ouvi uma como voz de numerosa multidão, como de muitas águas e como de fortes trovões, dizendo:
Aleluia! Pois reina o Senhor, nosso Deus, o Todo-Poderoso. Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são
chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou, pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo,
resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos. Então, me falou o anjo: Escreve: Bem-
aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E acrescentou: São estas as verdadeiras palavras
de Deus.” (Apocalipse 19:5-9 RA)
Nesses textos, o relacionamento ideal de casamento é comparado com a ligação entre Deus e Seu povo. Deus convida
Seu povo para se unir a Ele em um relacionamento íntimo. Esta é uma imagem maravilhosa do interesse de Deus em Seu
povo e Seu desejo de nos levar à comunhão com Ele.
Que escolhas você pode fazer que o levarão para mais perto do Senhor e do ideal representado no conceito bíblico do
casamento? Por que essa questão está relacionada com as escolhas que somente você pode fazer?
Sexta Ano Bíblico: Nm 31, 32
Estudo adicional
Leia de Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 151.
Em muitos aspectos, uma compreensão adequada da moralidade, especialmente da moralidade sexual, está claramente
ligada à compreensão adequada das nossas origens. Por exemplo: a filosofia evolucionista não provê uma base objetiva
para nenhuma ligação entre a atividade sexual e a moralidade. Os animais têm muitos diferentes tipos de “sistemas de
acasalamento”. Algumas espécies são poligâmicas e muitas são promíscuas. Algumas espécies são, na maior parte das
vezes, monogâmicas, mas estudos genéticos revelaram que muitas espécies que parecem ser monogâmicas não são
realmente assim. Em muitas espécies, uma fêmea pode dar à luz a um grupo de descendentes que não são todos
gerados pelo mesmo indivíduo. Sem o padrão objetivo de moralidade dado pelo Criador, não teríamos nenhuma base
para avaliação do comportamento sexual como sendo moralmente bom ou mau. A pressão atual para aprovar uniões
homossexuais ilustra esse ponto. É somente à luz da criação que o casamento é devidamente compreendido.
Perguntas para reflexão
1. Quais são alguns exemplos bíblicos de bons casamentos e lares felizes? Cite alguns exemplos bíblicos de casamentos
e lares infelizes. O que podemos aprender com esses dois grupos?
2. Examine a descrição da mulher virtuosa em Provérbios 31:10-31. Qual deve ser o caráter do marido de tal esposa?
3. De que forma sua igreja pode ser um lugar que pode ajudar a confirmar e fortalecer os ideais de casamento? Que
coisas práticas podem ser feitas para atingir esse objetivo?
“Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de finas jóias. O coração do seu marido confia nela, e não
haverá falta de ganho. Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida. Busca lã e linho e de bom grado trabalha
com as mãos. É como o navio mercante: de longe traz o seu pão. É ainda noite, e já se levanta, e dá mantimento à sua
casa e a tarefa às suas servas. Examina uma propriedade e adquire-a; planta uma vinha com as rendas do seu trabalho.
Cinge os lombos de força e fortalece os braços. Ela percebe que o seu ganho é bom; a sua lâmpada não se apaga de
noite. Estende as mãos ao fuso, mãos que pegam na roca. Abre a mão ao aflito; e ainda a estende ao necessitado. No
tocante à sua casa, não teme a neve, pois todos andam vestidos de lã escarlate. Faz para si cobertas, veste-se de linho
fino e de púrpura. Seu marido é estimado entre os juízes, quando se assenta com os anciãos da terra. Ela faz roupas de
linho fino, e vende-as, e dá cintas aos mercadores. A força e a dignidade são os seus vestidos, e, quanto ao dia de
amanhã, não tem preocupações. Fala com sabedoria, e a instrução da bondade está na sua língua. Atende ao bom
andamento da sua casa e não come o pão da preguiça. Levantam-se seus filhos e lhe chamam ditosa; seu marido a
louva, dizendo: Muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas. Enganosa é a graça, e vã, a
formosura, mas a mulher que teme ao SENHOR, essa será louvada. Dai-lhe do fruto das suas mãos, e de público a
louvarão as suas obras.” (Provérbios 31:10-31 RA)
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5. Respostas sugestivas: 1. Que o homem estivesse só. O ser humano foi criado para viver em sociedade; Deus fez o
homem para amar e ser amado. 2. Deus trouxe os animais para que Adão desse nome a cada um deles. Vendo os pares
de animais, o homem sentiu falta de uma companheira. Então o Senhor criou a mulher. 3. Eva foi feita da costela de
Adão. Os dois tinham a mesma substância e precisavam um do outro. Eva não foi feita a partir da cabeça nem de uma
parte inferior, o que demonstra a igualdade entre eles. Deus criou o ser humano com Seu toque especial. 4. “Esta, sim, é
osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher,porque do homem foi tirada”. 5. Gênesis 2:24:
“Por esta razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne”. O bom
casamento envolve independência dos pais, intimidade e compromisso duradouro. Para Deus, o casamento envolve
apenas um homem com uma apenas uma mulher. 6. Submissão. A vida familiar é uma extensão da vida espiritual. Amor
abnegado. O relacionamento entre marido e mulher simboliza a ligação entre Deus e a igreja. 7. O que está em jogo é a
santidade, fidelidade e pureza sexual. Para alcançar a vitória, vale a pena qualquer sacrifício. 8. Prostituição espiritual.
Visto que a nação era casada com o Senhor, o envolvimento com outros deuses ou com idólatras seria infidelidade
espiritual. Deus pode converter o coração dos rebeldes. 9. Cristo ama a igreja, a alimenta e dedica-lhe carinho. Ela é o
Seu corpo. Assim o marido deve fazer para com a esposa, tratando-a como ao seu próprio corpo. A noiva se prepara para
o encontro com o Cordeiro. Os casais precisam se preparar para seu casamento. Felizes serão os participantes das bodas
do Cordeiro e felizes são os que contemplam casamentos abençoados.
Resumo da Lição 9
Casamento: um presente dado no Éden
Textos-chaves: Gênesis 2:18, 21-24
“Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.”
(Gênesis 2:18 RA)
“Então, o SENHOR Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou
o lugar com carne. E a costela que o SENHOR Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe. E disse
o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi
tomada. Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.” (Gênesis 2:21-24
RA)
O aluno deverá...
Reconhecer: O desígnio original de Deus para o casamento.
Sentir: Reverentemente considerar o que projeto original de Deus significa para o casamento.
Fazer: Procurar usar sua influência pessoal no casamento (e na vida), como Cristo exemplificou em Filipenses 2.
Esboço
I. Conhecer: Deixar, unir e se tornar uma só carne
A. De acordo com o plano original de Deus, o que deve ocorrer antes do casamento?
B. Qual é o plano original de Deus para a manutenção do casamento?
II. Sentir: Respeito pelo projeto de Deus para o casamento
A. Houve algumas mudanças no projeto original para o casamento a fim de acomodá-lo à condição caída da humanidade.
Como o projeto posterior à queda ajuda a incutir respeito pelo casamento?
B. Em Efésios 5, Paulo apresenta princípios para a submissão mútua no casamento. Como marido e mulher devem se
submeter um ao outro com igualdade, evitando o sentimento de inferioridade ou a tentação de exercer domínio?
III. Fazer: Humildade diante do Senhor
A. Como você pode usar sua influência pessoal no casamento da maneira exemplificada por Cristo em Filipenses 2?
B. De que forma os princípios exemplificados por Cristo podem ser aplicado a outros aspectos da vida?
Resumo: Antes da queda, Adão e Eva eram parceiros iguais. A partir do Éden, Moisés fez uma inspirada aplicação moral
de como devemos entrar no casamento hoje. Há uma ordem fundamental a ser seguida: deixar, unir, e se tornar uma só
carne. Paulo explicou o ideal para o casamento após a queda, em Efésios 5, com o conceito da submissão mútua, mas de
maneiras diferentes.
Ciclo do aprendizado
Motivação
Conceito-chave para o crescimento espiritual: O casamento foi feito no Éden com certos parâmetros estabelecidos,
destinadas a proteger a nossa felicidade.
Só para o professor: Use os seguintes pontos para ajudar os alunos a compreender que Deus tem um projeto para o
casamento, conforme apresentado na criação.
"Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn 2:24). Aqui Moisés
revelou uma norma moral para entrar no casamento, com base na ordem da criação divina.
Em primeiro lugar, Moisés disse que o homem deixa seus pais antes de ser unir à sua mulher. Essa condição significa
que, antes de se casar, um homem deve estabelecer a independência, demonstrando que pode administrar a sua vida
com êxito. Se ele não pode administrar a si mesmo, como pode administrar um casamento?
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6. Em segundo lugar, ele se une à sua mulher. A palavra hebraica é usada em referência à pele se unindo ao corpo, o que
denota um vínculo forte, permanente. Mas, quando esse vínculo permanente é plenamente estabelecido? No momento
do casamento. O noivado não é um relacionamento permanente, pois ele sempre termina, seja numa ruptura ou no
casamento.
Finalmente, uma vez que a permanência seja estabelecida, pode ser acrescentado ao relacionamento o elemento
seguinte: Eles se tornarão "uma só carne". É difícil dizer não ao desejo antes do estabelecimento da permanência, mas a
força da disciplina necessária para esperar é a mesma de que necessitamos para fazer o casamento funcionar por toda a
vida. A falha em estabelecer essa disciplina antes do casamento enfraquece a capacidade de manter uma união
permanente após o casamento. O desígnio de Deus é que o casamento seja uma representação da imagem dEle,
ilustrando a permanente unidade da Trindade segundo a qual somos criados.
Pergunta de abertura: Quando era criança, você já arruinou o seu Natal, ao não esperar para abrir os presentes? Não
esperar quando devemos esperar diminui a alegria de experimentar aquilo que esperamos? Você se lembra de outros
exemplos em que as coisas foram arruinadas porque não foram esperadas?
Compreensão
Só para o professor: Transmita aos alunos a ideia de que Deus criou o casamento para ser um relacionamento
mutuamente altruísta, humilde e amoroso. Marido e mulher não foram feitos para dominar um ao outro.
Comentário Bíblico
Casamento: uma representação da imagem de Deus (Recapitule com a classe Gn 2:18, 21-24.)
Ao criar Eva, Deus fez uma "auxiliadora [...] idônea" a Adão. Que tipo de "auxiliadora" Eva deveria ser? As palavras
hebraicas significam uma auxiliadora que é correspondente a alguém, no mesmo nível. Isso mostra que Eva deveria ser
igual a Adão na ordem da criação. (Ellen G. White também aceita esse ponto de vista; leia O Lar Adventista, p. 25,
ePatriarcas e Profetas, p. 46.)
Mas, com o pecado surgiu uma mudança. Foi dito a Eva: "O teu desejo será para o teu marido”. O texto apenas afirma
que ela deveria ser subordinada ao marido. Eva não foi subjugada ao homem, em geral, pois o texto aborda apenas a
questão da administração familiar. Ele não aborda o relacionamento entre os gêneros em geral. No entanto, Ellen G.
White observa que, "Se os princípios ordenados na lei de Deus tivessem sido acariciados pela raça decaída, esta
sentença, se bem que proveniente dos resultados do pecado, teria se mostrado uma bênção para a humanidade; mas o
abuso da supremacia assim dada ao homem tem tornado a sorte da mulher mui frequentemente bastante amarga,
fazendo de sua vida um fardo" (O Lar Adventista, p. 115). O que significa, então, esse verso (Gn 3:16) sobre a
subordinação?
Paulo aceitou a ordem da criação e, em Efésios 5, explicou o ideal para o casamento após a queda. Em primeiro lugar, ele
nos chama a praticar a submissão mútua, "sujeitando-[nos] uns aos outros no temor de Cristo" (v. 21). No entanto,
marido e mulher serão submissos de maneiras diferentes. O verso 22 continua o pensamento de Paulo, dizendo
literalmente: "As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor”. Paulo abordou diretamente a
esposa, como ele fez em Colossenses 3:18, onde ele ainda advertiu que a mulher deveria determinar quando a submissão é
adequada. Ao abordar a mulher diretamente, Paulo estava solicitando a submissão voluntária da mulher, como igual, e
não a subserviência involuntária de alguém inferior. Paulo nunca chamou os maridos para supervisionar a submissão de
suas esposas. Sendo assim, como o marido deve se submeter à sua esposa?
Paulo explicou isso em Efésios 5:25-29. O marido não é chamado para governar sua esposa, mas para amá-la como Cristo
ama a igreja. Cristo ama a igreja com um amor abnegado e que se esvazia. Em vez de usar a Sua divindade para
dominar a igreja, Ele "antes, a Si mesmo Se esvaziou, assumindo a forma de servo" (Fp 2:7). Para Paulo, Filipenses 2 é um
código de ética para o comportamento cristão. Portanto, assim como Cristo Se esvaziou de Seus direitos e privilégios
divinos para nos servir abnegadamente, no casamento o marido é chamado a fazer o mesmo com sua esposa. As
necessidades e bem-estar dela devem ser mais importantes para ele do que seus próprios privilégios e conveniências.
Esse é o tipo de marido a quem uma mulher pode seguramente se submeter! O ideal de Deus é que ambas as partes se
submetam uma à outra, mas de maneiras diferentes. Quando praticada corretamente, essa ordenança posterior à queda
tornará o casamento uma bênção para os cônjuges.
Pense nisto: Deus nunca pretendeu que marido e esposa exercessem poder egoísta ou tirano sobre o outro, mesmo após
a queda. Sua forma de usar a influência pessoal reflete o exemplo de Cristo em Filipenses 2?
Aplicação
Só para o professor: O plano de Deus para o casamento não deve humilhar nem degradar o seu cônjuge.
Perguntas para testemunho:
1. Em Efésios 5, o que significa atualmente a submissão mútua para os maridos e esposas?
2. Por que Paulo não instrui os maridos a dirigir suas esposas na área da submissão mútua?
3. Paulo aplica os princípios de Filipenses 2:5-7 como código geral de ética para os cristãos seguirem (leia 1Co 9, por
exemplo, que afirma que Paulo tem direitos, mas se recusa a exercê-los, a fim de alcançar objetivos mais nobres).Efésios
5 aplica essa ética especialmente aos maridos, embora a mulher não esteja excluída.
4. Como você pode ser mais abnegado e se esvaziar mais na maneira de usar sua influência pessoal com o seu cônjuge,
filhos e comunidade?
Criatividade
Só para o professor: A obediência às normas divinas em um mundo pecaminoso não garante que todos os casamentos
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7. assim fundamentados automaticamente terão sucesso. A praga do pecado e a função do livre-arbítrio impedem um
resultado garantido, mas a obediência aumenta suas chances de sucesso.
Atividade para discussão: Como deve ter sido o casamento antes da entrada pecado? Que princípios devem ter
governado o relacionamento? O que um casal pode fazer hoje para refletir esses princípios?
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