Este documento discute os desafios da avaliação no contexto educacional contemporâneo. Primeiro, aborda a importância histórica da avaliação e como sua função mudou ao longo do tempo, de um enfoque mais pedagógico para um mais de controle. Também examina a cultura da avaliação nas escolas e como é vista por diferentes atores. Finalmente, discute como a sociedade contemporânea trouxe novos desafios para a educação e avaliação acompanharem as transformações sociais.
1. VERSÃO DO PROFESSOR
D I S C I P L I N A
Didática e o Ensino de Geografia
Teorias e práticas sobre a avaliação
Autoras
Sônia de Almeida Pimenta
Ana Beatriz Gomes Carvalho
aula
09
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3. VERSÃO DO PROFESSOR
Apresentação
A
avaliação é uma atividade corrente na vida de qualquer ser humano. Avaliamos o tempo
inteiro para reorientar nossas atividades e atingir nossos propósitos. Requer clareza
de intenções, objetivos e métodos. Na educação, a avaliação é a prática pedagógica
que vai permitir definição de conteúdos necessários, adequação de métodos e a compreensão
do processo de ensino e aprendizagem. Com ela, o professor e o aluno podem compreender
suas escolhas e redefinir seus percursos para atingir suas metas. Assumimos nesta aula uma
perspectiva prática sobre a avaliação sem, contudo, negar sua natureza política. Isto devido
ao fato de que entendemos ser a avaliação uma prática pedagógica essencial ao processo
educativo. Portanto, partimos para reflexão sobre a origem da avaliação, sua cultura no
contexto escolar, seus desafios no atual contexto, sua dimensão pedagógica, seus enfoques,
sua classificação para, finalmente, discutirmos o que seria uma avaliação de que atenda os
objetivos da aprendizagem significativa.
Objetivos
Ao final desta aula, esperamos que você:
1
2
Perceba a importância
prática educativa;
da
avaliação
na
Identifique a cultura escolar sobre a avaliação, bem
como a necessidade de mudá-la frente aos novos
desafios sociais;
3
Reflita sobre
a avaliação;
os
diferentes
enfoques
sobre
4
Compreenda as diferentes categorias e critérios que
compõem a classificação das avaliações;
5
Reflita sobre a avaliação enquanto processo para a
qualidade na educação.
Aula 09 Didática e o Ensino de Geografia
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4. VERSÃO DO PROFESSOR
A avaliação como prática educativa
A
educação, entendida aqui como atualização histórico-cultural dos indivíduos, é
resultado da produção de conhecimentos, instrumentos, técnicas, valores, crenças,
comportamentos – enfim, tudo que se configura a partir da atribuição de sentido,
de significação na cultura humana. Com isso, a avaliação e a auto-avaliação do sujeito no
processo são fundamentais na construção da autonomia, dado que é o próprio sujeito
que avalia e se avalia – quem estabelece os critérios em função de seus interesses de sua
atualização cultural.
Sendo assim, avaliar é atividade inerente ao ser humano: avaliamos constantemente em
nossa trajetória: Se há risco de chuva; se o caminho é longo; se temos força para determinada
atividade; se precisamos de ajuda, se nossas palavras traduzem o que queremos expressar;
se a alimentação é suficiente; o que precisamos fazer para atingir nossos objetivos - enfim,
a avaliação é tão presente em nossas vidas que muitas vezes nem percebemos que estamos
avaliando, sendo avaliados ou mesmo nos auto-avaliando.
Cabe aqui destacar que a avaliação como atividade humana não pressupõe a hierarquia, mas
sim a dialogicidade, pois é no diálogo que se torna possível o estabelecimento de critérios que
façam sentido para uma determinada cultura – ainda que estejamos falando de auto-avaliação,
pois a nossa referência é também resultado de nossa relação com os outros.
Segundo Garcia (2003), é recente a denominação “avaliação” a uma prática por muito
tempo chamada “exame”. Também destaca que foi na universidade medieval que se tem
registro do exame para a demonstração de determinado grau de maturidade intelectual
adquirido durante a escolaridade para poder ser reconhecido como bacharel, licenciado ou
doutor. É Garcia (2003) quem se reporta a Durkheim para caracterizar o exame no período
medieval como um ritual de exposição ao ridículo com perguntas embaraçosas. Esta mesma
autora continua sua reflexão observando que os exames, sobretudo nas pós-graduações,
ainda hoje são situações nas quais os alunos são expostos às sabatinas, em que a orientador
esquece sua co-responsabilidade.
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5. VERSÃO DO PROFESSOR
Pausa para orientação
Reflita sobre as situações de exame ou de avaliação pelas quais você já passou
em sua vida acadêmica. Existe alguma semelhança com a situação apontada no
texto acima?
A partir das reflexões anteriores, questionamos o quanto a avaliação nesta perspectiva de
exame ainda está presente no cotidiano escolar. Para compreender tal fato, nos reportaremos
à institucionalização do exame na educação.
O exame e a avaliação: resgatando as origens e possíveis diferenças
Embora o exame não tenha surgido na escola e sim como um instrumento de controle
social, é a partir do século XIX que ele se instala na escola como um processo de qualificação
dos alunos. Porém, no século XVII, o exame é tomado como objeto de reflexão pedagógica,
primeiro com Comenius , quando este toma o exame como um problema metodológico,
o lugar da aprendizagem e não de apenas verificação da aprendizagem, Em seguida foi
La Salle que, no século XVII-XVIII, propõe o exame como supervisão permanente.
Comenius, ao considerar o exame como metodologia, convida a repensar a prática
pedagógica par atingir a melhor forma de “ensinar tudo a todos”. Se o aluno não aprendesse,
havia que se repensar o método, ou seja, o exame era um precioso auxílio a uma prática
docente mais adequada ao aluno, numa perspectiva dialógica e dialética da educação.
Comenius
Comenius viveu na
Europa, no século .
Considerado o “Pai da
Didática”, foi o primeiro
educador a interessar- se
na relação ensino/
aprendizagem, levando
em conta haver diferença
entre o ensinar e aprender.
La Salle
La Salle, educador francês
nascido no final do século
XVII, concebia a educação
como um processo
que leva aos alunos ao
caminho da retidão e da
honestidade.
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6. VERSÃO DO PROFESSOR
La Salle, por sua vez, centra no aluno e no exame o que deveria ser o resultado da prática
pedagógica, a qual envolve tanto o aluno, como o professor. Ao tomar a perspectiva do
exame como controle de quem aprende, centra no aluno a responsabilidade de um processo
que envolve tanto aluno como professor. Com isto, descaracteriza ato pedagógico como um
ato dialógico e dialético, restando apenas a função do exame como controle e punição.
Na história da construção da escola como a conhecemos, o exame ou a avaliação foi
perdendo sua dimensão pedagógica e metodológica – tal como defendida por Comenius – e
assumindo crescentemente a dimensão de controle preconizada por La Salle.
A cultura da avaliação
A avaliação ainda é motivo de controvérsias tanto para os formuladores de políticas
educacionais, quanto para alunos como para professores. Vejamos o porquê:
Para os formuladores das políticas públicas, porque é a avaliação do sistema educacional
que estabelece os indicadores de qualidade, a despeito de todo o custo e críticas que decorrem
dos sistemas de avaliação;
n
Para os alunos, porque se ele é um aluno que realiza suas atividades de estudo com
responsabilidade e compromisso, ele deseja ser reconhecido enquanto tal, e a avaliação
poderá proporcionar este reconhecimento. Por outro lado, se ele não é estudioso, a avaliação
corresponde à oportunidade de lograr êxito sem merecê-lo; se é aluno relapso em suas
atividades, corresponde ao risco constante de ser assim revelado ou ainda a perda de tempo
em produzir filas (ou colas);
n
Para o professor, a avaliação pode ser vista como o momento em que sua autoridade é
reforçada – pois ele tem a oportunidade de reiterar seu poder de definir quem o reconhece
enquanto tal, dando mérito aqueles que o acompanham ou punindo aqueles que o ignoram
no cotidiano da sala de aula. Também a avaliação pode ser vista negativamente quando o
professor tem de passar horas e horas para corrigir atividades as quais muitas vezes os
alunos não dão valor, burlam, “colam” (ou “filam”). Mas também pode ser o momento de
perceber sua prática como algo que precisa ser reforçado ou reorientado;
n
Para os pais (ou responsáveis pelos alunos), a avaliação é a oportunidade de seus
alunos demonstrarem que seus esforços em garantir a escolarização destes estão sendo
válidos. Se os resultados são positivos, os pais não têm que se preocupar. No entanto, se
os resultados são negativos, é hora de castigar, punir e procurar aos professores para que
eles o façam;
n
Resumindo, os processos de avaliação estão mais presentes em nossa existência do
que temos consciência. Como tal, não poderiam estar ausentes dos processos educativos.
No que diz respeito à cultura escolar, mesmo que tenhamos críticas aos processos, boa parte
das práticas pedagógicas ficaria comprometida caso não houvesse nenhum tipo de avaliação.
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7. VERSÃO DO PROFESSOR
Percebemos que estas manifestações de valores em relação à avaliação condicionam as
práticas avaliativas, a despeito de toda mudança que se observa na sociedade em geral e na
educação em particular.
Atividade 1
sua resposta
Discuta com seus colegas sobre a importância das avaliações as quais vocês
foram submetidos no ensino básico e as contribuições das mesmas para o
atual processo de formação em que você se encontra. Faça os apontamentos
e depois elabore um texto destacando as impressões positivas e as negativas
sobre a avaliação.
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8. VERSÃO DO PROFESSOR
Novos cenários sociais, desafios
para a educação e avaliação
A contemporaneidade tem sido palco de disputas para a definição de novos modelos
de sociedade. Há quem fale de um novo período histórico, a pós-modernidade; há quem
discorde. Há outros que qualificam a sociedade como a sociedade da informação ou do
conhecimento, mesmo reconhecendo que informação e conhecimento sempre foram
fundamentais para a configuração social. A despeito desta definição, estamos vivendo o
que o historiador Erick Hobsbawm denominou de “Era das Incertezas”, pois não há caminho
tranqüilo que nos garanta a direção certa ou um “porto previamente seguro”.
Neste novo cenário, somos testemunhas de transformações que afetam o nosso
cotidiano: Mudam os modelos de família, de homem, de mulher, de política, e de sociedade,
num movimento cuja complexidade está justamente na transição dos modelos societais e
das formas de se produzir o conhecimento (do moderno ao pós-moderno).
Os desafios postos na “Era das Incertezas” são de natureza social e,
conseqüentemente, a educação e as formas de avaliar estão desafiadas para acompanhar o
desenvolvimento da sociedade.
Se o paradigma da modernidade – baseado na visão cientificista do racionalismo –
ampliou a idéia de progresso, de exatidão, do controle, da neutralidade de uma sociedade
milimetrada e de um ser humano uniforme, no paradigma da pós-modernidade um conjunto
de possibilidades se abre e se constrói, no qual somos convidados a pensar a partir da
complexidade das relações que se estabelecem diante da diversidade cultural posta, da
indeterminação, da ambigüidade, da multiplicidade e da produção de sentidos.
Na contemporaneidade, teorias fechadas, restritas, ações uniformes e pensamentos
lineares são inadequados diante de uma realidade cuja natureza é complexa e
requer inter-relações, flexibilidades, interseções e diálogos culturais, de sentidos, de
conhecimentos, etc.
Neste processo de transição, a educação pautada no discurso único, tradicional, hierárquico
e controlável cede lugar a uma educação que prima pela valorização do multiculturalismo, aqui
entendido como o questionamento político das diferenças do mundo atual.
Nesta perspectiva multicultural, mais do que a convivência harmônica das diferenças,
faz-se necessário questionar as razões e implicações destas diferenças. Em outras palavras,
o que significa manter a pretensa homogeneidade ou simplesmente pretender reconhecer as
diferenças? A que serve uma educação oferecer as mesmas oportunidades a todos que são
reconhecidamente diferentes ou, de outro modo, tratar diferenciadamente a todos em suas
singularidades e que merecem as mesmas oportunidades? Um novo cenário educacional
se apresenta a partir da própria complexidade do real multifacetado e diverso em suas
manifestações e sentidos.
Essas questões tornam-se mais relevantes quando reconhecemos que as práticas
pedagógicas tradicionais partem de uma pretensa e homogênea forma de aprender, a qual
caberia então apenas uma única forma de avaliar.
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9. VERSÃO DO PROFESSOR
Pausa para orientação
Neste momento você já tem elementos para refletir sobre a necessidade
de mudanças nas práticas avaliativas no sentido de torná-las significativas para
o atual contexto. Reflita sobre modelos de avaliação seguidos em algumas
escolas nos quais a nota foi substituída por conceitos. Esta mudança é suficiente
para atender os novos desafios educacionais? Por quê?
Avaliaçao como prática pedagógica
C
omo destacamos anteriormente, a educação sofre a influência do modo como a
sociedade se organiza e das formas de conceber o conhecimento. Sendo assim, o quê,
como, quando e onde aprender são condicionados pelos modelos sociais vigentes e as
práticas pedagógicas revelam uma concepção sobre a forma de aprender e, conseqüentemente,
a avaliação – enquanto uma destas práticas – acompanha esta mesma concepção.
No quadro abaixo procuramos sintetizar a relação entre as práticas pedagógicas e,
mais especificamente, como estas práticas se relacionam com a avaliação que não apenas
condiciona o que, quando e como se ensina como também os ajustes que devem ser feitos
para atender a diversidade de necessidades geradas em aula, tanto no que diz respeito
aos novos interesses dos alunos, quanto de suas dificuldades, bem como das estratégias
utilizadas pelo professor no processo de ensino-aprendizagem.
O que ensinar
Objetivos
Seleção
Conteúdos
Como ensinar
Sequência
Quando ensinar
Atividades de
ensino-aprendizagem
Metodologia
O que, como
e quando avaliar
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10. VERSÃO DO PROFESSOR
Resumindo, a avaliação se constitui num processo de regulação das aprendizagens, e
isto quer dizer que é necessário um ajuste constante de procedimentos utilizados pelo docente
às necessidades e progressos dos alunos, bem como um processo de auto-regulação dos
alunos de modo que eles possam ir construindo a autonomia e um sistema pessoal de
aprendizado significativo.
Enfoques sobre a avaliação
A
té este momento nosso percurso, foi possível perceber que a avaliação pode ser
instrumento de controle dos alunos ou prática pedagógica indispensável para a
aprendizagem. As abordagens para a consecução destas finalidades podem ser
definidas a partir de três modelos:
O modelo psicométrico:
Segundo Quinquer (2003), este modelo originou-se no começo do século XX e os
êxitos mais evidentes surgem na década de 1930, expressando as correntes positivistas e
condutistas sobre a aprendizagem, tendo por base o empirismo, o qual pressupõe que todo
conhecimento vem da experiência. Sendo assim, o homem é produto do meio e, enquanto
tal, ele é tabula rasa e suas impressões sobre o mundo vão sendo associadas umas às
outras, surgindo daí o conhecimento, entendido apenas como registro dos fatos e simples
cópia do real.
Neste modelo a aprendizagem é concebida como resultado do treino e da experiência,
sendo, portanto, identificável com o condicionamento. Nesta perspectiva, a educação tem
por objetivo apenas modificar comportamentos.
O que seria ensinar neste modelo? Cabe ao professor estabelecer objetivos e proporcionar
situações e condições claras para o que o aluno mude seu comportamento e venha a atingir
estes objetivos. Neste caso, o bom professor e aquele que consegue planejar sua ação
pedagógica de forma clara e precisa, destacando estratégias, procedimentos, avaliações.
O que seria aprender neste modelo? Cabe ao aluno desenvolver atitudes que venham a
convergir para a mudança de comportamentos esperadas ou objetivadas pelo professor.
E a avaliação? Avaliar, neste caso, é medir a quantidade de mudança do comportamento.
Passa-se, então a valorizar os testes, as escalas de atitudes, a prova de múltipla escolha, as
provas objetivas, etc.
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11. VERSÃO DO PROFESSOR
Este modelo implica também na responsabilização única do aluno sobre o processo
que é dialógico. Em outras palavras, é como se apenas o aluno fosse o responsável por um
processo que envolve alunos e professores. Resta ao aluno “decorar” aquilo que lhe será
requerido e medido na avaliação. Isto implica em descontextualizar o conhecimento e negar
os processos de aquisição do conhecimento a partir da reflexão, da atribuição de sentidos,
inviabilizando assim a aprendizagem significativa.
A avaliação no modelo psicométrico assume a função social de certificar aprendizagens
realizadas e a selecionar os alunos, em detrimento de sua função pedagógica de análise dos
processos e de detenção dos obstáculos ou problemas da aprendizagem.
O modelo sistêmico
Sob o efeito das transições paradigmáticas citadas anteriormente e que se iniciaram por
volta da década de 1960, as concepções sobre ciência avançam, surgindo novas orientações
e rediscutindo conceitos.
É assim que a psicologia cognitiva adquire espaço próprio entre as teorias da
aprendizagem, enquanto o neocondutismo também propõe novas orientações. Segundo
Quinquer (2003), de ambas as perspectivas, “a avaliação, agora prioritariamente formativa
e inserida no processo de aprendizagem, atua como o instrumento adequado para regular e
adaptar a programação às necessidades e dificuldades dos alunos” (p.17).
É neste contexto que o construtivismo expressa a aprendizagem como uma construção
que cada um realiza individualmente, destacando as idéias prévias sobre o que se vai
aprender, a representação sobre o sentido da tarefa encomendada e as estratégias que se
desenvolvem para resolvê-la. Ressalta-se, porém, o descolamento da realidade, do meio em
que esta aprendizagem ocorre em detrimento de uma valorização da atividade do professor
que programa as atividades e da capacidade do aluno para aprender.
De outra parte, no contexto do neocondutismo, prioriza-se a análise das tarefas a serem
realizadas, determina-se sua estrutura, complexidade, grau de dificuldade e o pré-requisito
(ou conhecimento prévio) necessário para assimilar as novas aprendizagens.
Também em decorrência da mudança paradigmática, a objetividade da ciência passa a
ser questionada, crescendo assim os métodos qualitativos (a observação, as entrevistas, o
cotidiano da sala de aula) destinados mais a detectar as dificuldades e resolver os problemas
do que a verificar os resultados da aprendizagem.
A observância dos métodos qualitativos diversifica as modalidades de avaliação numa
perspectiva em que o agente principal é o professor. Diversifica os métodos, propõe a
aprendizagem ativa dos alunos; porém é reticente em relação ao contexto social em que se
dá esta aprendizagem e esta ação docente.
Apesar de o modelo sistêmico contribuir para a condução e a regulação da aprendizagem,
seus mecanismos e seus métodos reduzem as possibilidades de aplicação na prática. QuestionaAula 09 Didática e o Ensino de Geografia
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12. VERSÃO DO PROFESSOR
se: Como avaliar qualitativamente e efetivamente as intervenções, considerando o grande número
de alunos por turma e a diversidade e as dificuldades de cada um? Percebe-se que este modelo
avança no sentido de buscar aspectos subjetivos relacionados com o processo de ensinoaprendizagem, porém esbarra nas condições em que esta relação ocorre.
O modelo comunicativo ou psicossocial
A contribuição de Quinquer (2003) para o entendimento deste modelo proposto por
Cardinet (1991) enfatiza principalmente a relevância que o contexto social tem para a
produção da aprendizagem. O autor também destaca:
A aprendizagem se concebe como uma construção pessoal do sujeito que aprende,
influenciada tanto pelas características pessoais do aluno (esquemas de conhecimento, idéias
prévias, hábitos já adquiridos, motivação, experiência anterior, etc) como pelo contexto que
se cria na sala de aula;
n
São especialmente relevantes as mediações que se produzem entre os agentes
implicados, os outros alunos e os professores – especializados ou não –, que também
intervêm na reelaboração dos conhecimentos;
n
A avaliação se converte em um instrumento que permite melhorar a comunicação e
facilitar a aprendizagem, já que uma boa maneira para aprender consiste na apropriação
progressiva pelos estudantes (por meio de situações didáticas adequadas) dos instrumentos
e critérios de avaliação de quem ensina. Essas atividades de avaliação são uma maneira fácil
de explicitar para os alunos as solicitações dos professores, especialmente os critérios de
êxito que utilizam para avaliar sua aprendizagem;
n
Considera-se primordial promover a autonomia dos alunos: Para isso, é necessário
desenvolver métodos pedagógicos orientados a fomentá-la. A chamada avaliação formadora
é elemento-chave do modelo que se propõe precisamente a transferir para os alunos o controle
e a responsabilidade de sua aprendizagem mediante o uso e estratégias e instrumentos de
auto-avaliação.
n
É indubitável a contribuição do enfoque comunicativo da avaliação para novas
perspectivas da aprendizagem que superem os limites da avaliação meramente formativa,
já que o mesmo propõe interação, gestão social da aula e transferência da responsabilidade
de aprendizagem mediante o uso de estratégias e instrumentos de auto-avaliação. Porém,
nada disso se tornará efetivo se o modelo de educação permanecer inalterado no que diz
respeito a uma super valorização da avaliação em detrimento da construção dos saberes;
a um desrespeito em relação à atividade docente; a necessidade de condições e materiais
pedagógicos mais adequados; e a construção de uma pedagogia mais contextualizada
e significativa.
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13. VERSÃO DO PROFESSOR
Atividade 2
sua resposta
Releia atentamente os modelos de avaliação e elabore um pequeno texto
identificando também as vantagens e as desvantagens de cada um deles.
Em seguida, elabore questão para fins de avaliação sobre cada modelo na
perspectiva dos mesmos.
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14. VERSÃO DO PROFESSOR
Sistematizando o conhecimento
sobre a avaliação da aprendizagem
N
este nosso percurso, fica claro que é preciso ter clareza sobre o que se pretende
avaliar, ou seja, qual o objeto da avaliação. Habitualmente as escolas praticam um
tipo de avaliação na qual o único objeto avaliado é o aluno, deixando de lado os
processos e os métodos do professor.
Também os critérios da avaliação carecem de ser claros – quais os referenciais para
avaliar? Quais os princípios que orientam a prática pedagógica?
Foi possível observar, nesta nossa trajetória, que a avaliação depende da concepção
de aprendizagem. A depender da teoria pedagógica em questão, a avaliação retratará o
entendimento de como e do que se aprende. Ademais, independente do que será avaliado
(qual o objeto, o método ou o processo) é preciso que haja discernimento para fazê-lo.
Rabelo (2003) propõe categorias para procedermos a uma classificação dos tipos de
avaliação. Vejamos o quadro proposto por este autor:
Avaliação: uma classificação
Quanto à:
Tipos
Regularidade
Contínua
Avaliador
Pontual
Interna
Externa
Explicidade
Implícita
Explícita
Comparação
Normativa
Criterial
Diagnóstica
Somativa
Conhecimentos
Formativa
Fonte: Rabelo (2003)
Através deste quadro, percebemos que há critérios que definem as formas de avaliar.
Estes critérios podem ser quanto à regularidade; ao tipo de avaliador; à explicidade; à
comparação; e quanto ao tipo de conhecimentos em relação ao processo de formação.
Quanto ao primeiro critério, a avaliação pode ser contínua ou pontual. Ou seja, se ela é
realizada regularmente, continuamente ou se ela é feita em momentos pontuais.
Quanto ao segundo critério, a avaliação pode ser interna ou externa: Interna quando
é realizada pelo próprio agente do processo a ser avaliado (no caso o professor); Externa
quando o avaliador é alguém de fora do processo.
Cabe ressaltar que as categorias resultantes desta classificação podem se combinar: uma
avaliação contínua pode ser também externa ou uma avaliação interna pode ser pontual.
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15. VERSÃO DO PROFESSOR
Quanto ao terceiro critério, a avaliação pode ser explícita ou implícita: Explícita
quando os a situação da avaliação está bem clara e bem definida para todos os sujeitos
a ela. Uma avaliação implícita, ao contrário, ocorre quando os sujeitos a ela submetidos
não sabem que estão neste processo.
Quanto ao quarto critério, comparação, a avaliação pode ser normativa ou
criterial. A avaliação normativa é aquela que compara o rendimento de um aluno
com o rendimento alcançado pelos demais colegas do mesmo grupo. Esta avaliação
em especial serve quando o professor pretende informar sobre as possibilidades de
um aluno saber ou poder fazer mais ou menos do que outros. Ressaltamos que ela
também pode ser usada quando o professor avalia seu processo em relação ao grupo.
A avaliação criterial tem como objetivo apreciar um aluno para situá-lo em relação
a critérios previamente definidos pelo professor – objetivos previamente fixados,
informando o que o aluno sabe ou não sabe, pode ou não pode fazer.
Nesse caso esta categoria de avaliação também pode ser combinada às anteriores:
criterial implícita, contínua; ou criterial explícita, pontual; ou ainda normativa explícita
contínua etc.
Quanto ao quinto e último critério, o de conhecimentos em relação ao processo
de formação, a avaliação Pode ser diagnóstica, somativa ou formativa.
Uma avaliação diagnóstica (ou inicial) pretende identificar as capacidades de um
determinado aluno em relação a um novo conteúdo a ser abordado. Neste caso, tratase de uma identificação das características de um aluno objetivando escolher algumas
seqüências de trabalho mais bem adaptadas a tais características.
A avaliação somativa normalmente é uma avaliação pontual, dado que se pretende
fazer um balanço somatório de uma ou várias seqüências de um trabalho de formação.
Neste sentido, este tipo de avaliação além de informar, situa e classifica. Sua principal
função é a de certificar, titular.
A avaliação formativa tem a finalidade de proporcionar informações acerca do
desenvolvimento de um processo de ensino e aprendizagem, com o propósito de
ajustá-lo às características das pessoas a que se dirige. É uma avaliação incorporada
no ato de ensino e integrada na ação de formação. Possui caráter regulador, na medida
em que proporciona tanto a professores quanto a alunos ajustarem suas estratégias
de ensino e aprendizagem.
Cabe ressaltar que a avaliação quanto ao critério de conhecimentos em relação ao
processo de formação, possui características específicas dificilmente combináveis com
os outros critérios, dado que ela mesma se define pela sua regularidade (diagnóstica
ou inicial; somativa ou depois do processo; formativa ou durante o processo), pelo
avaliador que deve estar no processo para ajustar suas estratégias, pelo caráter
explícito (todos devem saber do processo a que se submetem para poder interagir).
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16. VERSÃO DO PROFESSOR
Para melhor compreender a avaliação quanto à formação, recorreremos mais uma vez
a Rabelo (2003), que apresenta o seguinte quadro:
Avaliação: quanto à formação
Períodos
Início
Durante
Depois
Tipos
Objetivos
Interesses
Buscas
Orientar
Explorar
Identificar
Adaptar
Predizer
Aluno enquanto
produtor
A avaliação busca conhecer,
principalmente, os
interesses e as capacidades
e competências enquanto
pré-requisitos para futuros
trabalhos.
Formativa
Regular
Situar
Compreender
Harmonizar
Tranquilizar
Apoiar
Reforçar
Corrigir
Facilitar
Dialogar
Aluno enquanto
atividades,
processos de
produção
A avaliação busca
informações sobre
estratégias de solução dos
problemas e das dificuldades
surgidas
Somativa
Verificar
Classificar
Situar Informar
Cerfificar
Pôr A Prova
Aluno enquanto
produto final
A avaliação busca observar
comportamentos globais,
socialmente significativos,
determinar conhecimentos
adquiridos e, se possível, dar
um certificado
Diagnóstica
Fonte: Rabelo (2003)
Estou no caminho certo?
Até aqui foram apresentados modelos e critérios para a construção do
processo avaliativo. Qual a importância de conhecer todos estes modelos para
a qualidade na educação?
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17. VERSÃO DO PROFESSOR
A qualidade da avaliação
e a qualidade da educação
N
esses nossos percursos, temos insistido na perspectiva da não neutralidade da
educação, na perspectiva de que é a educação que promove o ser humano no que ele
tem de mais característico: sua cultura e seus valores. Ainda que a avaliação possa
promover a competição ou em algum momento excluir alguns do processo formal de ensino,
ela é uma atividade inerente ao ser humano e, enquanto tal, deve sempre promovê-lo. Isto
só é possível se houver esta intencionalidade, pois a exclusão de um processo pode ser a
inclusão em outros processos. Em outras palavras, o processo avaliativo não pode prescindir
da comunicação de seus critérios e de seus resultados não como um fim em si mesmo, mas
como uma etapa cumprida e que reorienta novas etapas, novas aptidões sempre em busca
da plenitude do ser, da criticidade, da participação – enfim, da cidadania.
Temos claro que a qualidade política da educação para a cidadania não pode prescindir
da qualidade técnica que agrega todas as áreas conhecimentos para a intervenção política.
Cabe à escola proporcionar aos seus alunos as relações inter-humanas, os conhecimentos e
as atividades sociais em que ele se reconhece como cidadão. São processos indissociáveis
nos quais a educação deve se pautar, construindo modelos de avaliação que possam sempre
contribuir para o desenvolvimento dos alunos nos mesmos. Ademais, podemos perceber
que estes modelos em si podem ser produtivos ou não, a depender das concepções que
temos e o que é feito com seus resultados. Por exemplo, fazer atividades para memorizar
as capitais de nossos estados pode até ser válido, desde que a avaliação destas atividades
não seja apenas para classificar quem sabe ou quem não sabe, mas sim para reorientar o
sentido da aprendizagem das mesmas.
Assim, a avaliação como qualquer outra prática pedagógica, não prescinde da atribuição
de sentidos, e isto só é feito quando seu resultado é refletido tanto por alunos quanto por
professores; e esta reflexão, necessariamente, venha a contribuir para a reorientação do
processo.
É como em qualquer viagem: Em algum momento, se faz necessário uma parada
para refletir e avaliar se os caminhos percorridos e os modos de percorrê-lo foram os mais
assertivos e eficazes para chegar aonde se quer.
Neste momento de nossa aula, a hora é esta: Você poderá realizar a atividade a seguir
apenas como uma atividade a ser cumprida, ou poderá realizá-la de modo a perceber se
toda nossa trajetória tem sentido para sua formação acadêmica e profissional. De nossa
parte, nossa intenção foi a de apresentar-lhe a avaliação da aprendizagem no que ela tem de
essencial à prática pedagógica sem, contudo, preterir sua dimensão política, transformadora
e emancipadora de nossos alunos. Aguardamos sua reflexão, seu resultado para reorientar
nossos novos percursos!!!
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18. VERSÃO DO PROFESSOR
Concluindo o percurso
Neste final de percurso, podemos concluir que a avaliação é uma prática pedagógica na
qual todo e professor e todo aluno deve refletir sobre o seu resultado no sentido de melhor
orientar suas atividades. Muitos são os modelos e os critérios para se definir um ou outro
tipo de avaliação no processo. No entanto, assim como qualquer outro conhecimento, mais
do que a técnica, é preciso a atribuição de sentidos, e isto só é possível numa perspectiva
de avaliação que acompanhe práticas dialógicas, dialéticas que busquem a valorização do
sujeito e a superação do mesmo em seu desenvolvimento.
Leituras complementares
DEPRESBITERIS, Léa. Avaliação educacional em três atos. São Paulo: Editora SENAC, 2001
Com a estrutura de uma peça teatral em três atos, a autora busca estimular a reflexão
de todos os que estão ligados aos processos de ensino e aprendizagem. De leitura muito
agradável, pode inclusive ser utilizado para os alunos compreenderem a importância da
avaliação no de regulação e de auto-regulação de suas aprendizagens. A sugestão é a de que
você leia e depois proponha aos seus alunos uma dinâmica do tipo “júri popular”. Divididos
em dois grupos, um pode se ocupar de defender e outro de condenar a tão “temida” e
“odiada” avaliação. Certamente todos sairão modificados em suas concepções de avaliação
e de aprendizagem depois desta leitura.
Resumo
Avaliamos o tempo inteiro para reorientar nossas atividades e atingir nossos
propósitos. Requer clareza de intenções, objetivos e métodos. Enquanto
prática pedagógica, a avaliação permite a definição de conteúdos necessários,
adequação de métodos e a compreensão do processo de ensino e aprendizagem
no contexto em que é requerido. As práticas avaliativas são o reflexo da
cultura escolar e das concepções sobre educação. Os modelos avaliativos e os
critérios para tanto devem refletir o objetivo do professor para a construção de
aprendizagens significativas e para o desenvolvimento da autonomia de seus
alunos. Além de compreender o modo como a avaliação deve ser conduzida
para tanto, é indispensável ao professor a compreensão da importância de
seus resultados serem comunicados e refletidos tanto pelos alunos quanto pelo
professor em busca da qualidade na educação.
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19. VERSÃO DO PROFESSOR
Auto-avaliação
Releia o texto aqui apresentado, aponte suas possíveis dúvidas e em seguida
faça um texto no qual você aponte as dificuldades e as facilidades para mudanças
nos modelos tradicionais de avaliação.
Referências
BALLESTER, Margarita (et al.) Avaliação como apoio à aprendizagem. Porto Alegre:
Artmed, 2003.
ESTEBAN, Maria Teresa (org.). Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. 5ª ed.
Rio de janeiro: DPA, 2003.
JORBA, Jaume SANMARTÍ, Neus. A função pedagógica da avaliação. In: BALLESTER,
Margarita (et al.) Avaliação como apoio à aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2003.
RABELO, Edmar R. Avaliação: Novos tempos, novas práticas.Petrópolis, RJ: Vozes, 6ª
Ed. 2003.
QUINQUER, Dolors. Modelos e enfoques sobre a avaliação: o modelo comunicativo.
In: BALLESTER, Margarita (et al.) Avaliação como apoio à aprendizagem. Porto Alegre:
Artmed, 2003.
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20. VERSÃO DO PROFESSOR
Anotações
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21. VERSÃO DO PROFESSOR
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22. VERSÃO DO PROFESSOR
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23. Didática e o Ensino de Geografia – GEOGRAFIA
EMENTA
Análise dos documentos necessários à organização do ensino; fundamentação teórico-metodológica para a organização
do trabalho docente; tendências atuais do ensino de geografia; a geografia e a interdisciplinaridade; a utilização de
diferentes fontes de informações e linguagens e a prática docente em geografia; situações problemas e a prática de ensino
em geografia.
AUTORAS
n
Sônia de Almeida Pimenta
n
Ana Beatriz Gomes Carvalho
AULAS
Didática e a prática educativa
02
Elementos da didática: os diferentes métodos de ensino
03
Tendências no ensino de Geografia
04
A contribuição dos parâmetros curriculares para o ensino de Geografia
05
O ensino de Geografia, a multiculturalidade e as tecnologias de informação
06
A interdisciplinaridade no ensino de Geografia e a pedagogia de projetos
07
Elementos para o ensino de Geografia (orientação e representação cartográfica)
08
O planejamento na organização da prática pedagógica
09
Teorias e práticas sobre a avaliação
10
A construção de conceitos nos primeiros anos do ensino fundamental
11
Temas em geografia no ensino fundamental
12
Temas em geografia no ensino médio
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2º Semestre de 2008
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