Este documento discute aspectos do cotidiano urbano e práticas culturais nas grandes cidades. Aborda como as cidades se tornaram cosmopolitas com pessoas de diferentes culturas e como isso influenciou a cultura urbana. Também discute como autores como Baudelaire observaram as mudanças nas cidades modernas e como a vida rural teve que se adaptar aos códigos de conduta urbanos.
A exposição apresentará 40 obras de arte de quatro artistas (Rusgat Niccus, Ana Carla, Diegho Courtenbitter e Ubirani Yaraima) que fazem parte do movimento artístico Lascivinista, com o objetivo de promover a cultura e o patrimônio histórico da cidade de São Luís através da pintura, fotografia, poesia e outras artes. A mostra também incluirá palestras e oficinas para o público.
DIREITO AO CORPO, DIREITO À CIDADE: NOTAS SOBRE INTERVENÇÕES URBANAS DE MUJER...Universidade da Baêa
O documento discute as intervenções urbanas dos coletivos feministas Loucas de Pedra Lilás, do Brasil, e Mujeres Creando, da Bolívia. Ambos usam a cidade para apresentar demandas políticas através de arte e performances, abordando temas como direito ao corpo e à cidade.
Este documento descreve o projeto de modernização do Rio de Janeiro no início do século XX que visava transformar a cidade em uma "Europa possível". Isso envolveu a abertura de novas avenidas, a higienização da cidade e a remoção das camadas populares para a periferia. A cultura popular resistiu a essas mudanças através de comunidades como a casa da Tia Ciata, que preservava tradições africanas.
O documento resume os principais temas abordados pelo poeta Cesário Verde: a oposição entre a mulher do campo e da cidade, o campo versus a cidade, e questões sociais como a opressão dos desfavorecidos.
Cesário Verde foi um poeta realista português do século XIX. Sua obra faz uma crítica social e política da realidade, observando de perto a vida dos trabalhadores urbanos e rurais. Ele também demonstra anticlericalismo e ideais republicanos em seus poemas, que retratam a dura realidade das cidades e campos através de técnicas impressionistas.
Maria encarnação beltrão sposito capitalismo e urbanização (pdf) (rev)naoutu
Este documento discute as origens das cidades pré-capitalistas. Primeiro, explica que as primeiras condições para o surgimento das cidades foram lançadas durante o Paleolítico, mas que foi no Neolítico que surgiram as aldeias com a fixação dos humanos através da agricultura e criação de animais. Contudo, as aldeias ainda não eram consideradas cidades devido à falta de divisão social do trabalho. Somente quando houve produção de excedentes alimentares e divisão do trabalho entre atividades primárias e secundárias é que
O texto discute a espetacularização das cidades e a necessidade de experiências participativas e errâncias urbanas. A autora critica projetos urbanos que privilegiam a imagem em detrimento da participação popular. Também apresenta exemplos de artistas que promoveram novas formas de experienciar a cidade corporalmente através de performances e intervenções urbanas.
O CorrespondênciaPoéticaé um coletivo que realiza oficinas de reciclagem de papel e criação literária em comunidades periféricas de São Paulo. Eles escrevem poemas no papel reciclado e distribuem 17.000 "Correspondências Poéticas" em pontos de ônibus e eventos para promover a literatura e reciclagem.
A exposição apresentará 40 obras de arte de quatro artistas (Rusgat Niccus, Ana Carla, Diegho Courtenbitter e Ubirani Yaraima) que fazem parte do movimento artístico Lascivinista, com o objetivo de promover a cultura e o patrimônio histórico da cidade de São Luís através da pintura, fotografia, poesia e outras artes. A mostra também incluirá palestras e oficinas para o público.
DIREITO AO CORPO, DIREITO À CIDADE: NOTAS SOBRE INTERVENÇÕES URBANAS DE MUJER...Universidade da Baêa
O documento discute as intervenções urbanas dos coletivos feministas Loucas de Pedra Lilás, do Brasil, e Mujeres Creando, da Bolívia. Ambos usam a cidade para apresentar demandas políticas através de arte e performances, abordando temas como direito ao corpo e à cidade.
Este documento descreve o projeto de modernização do Rio de Janeiro no início do século XX que visava transformar a cidade em uma "Europa possível". Isso envolveu a abertura de novas avenidas, a higienização da cidade e a remoção das camadas populares para a periferia. A cultura popular resistiu a essas mudanças através de comunidades como a casa da Tia Ciata, que preservava tradições africanas.
O documento resume os principais temas abordados pelo poeta Cesário Verde: a oposição entre a mulher do campo e da cidade, o campo versus a cidade, e questões sociais como a opressão dos desfavorecidos.
Cesário Verde foi um poeta realista português do século XIX. Sua obra faz uma crítica social e política da realidade, observando de perto a vida dos trabalhadores urbanos e rurais. Ele também demonstra anticlericalismo e ideais republicanos em seus poemas, que retratam a dura realidade das cidades e campos através de técnicas impressionistas.
Maria encarnação beltrão sposito capitalismo e urbanização (pdf) (rev)naoutu
Este documento discute as origens das cidades pré-capitalistas. Primeiro, explica que as primeiras condições para o surgimento das cidades foram lançadas durante o Paleolítico, mas que foi no Neolítico que surgiram as aldeias com a fixação dos humanos através da agricultura e criação de animais. Contudo, as aldeias ainda não eram consideradas cidades devido à falta de divisão social do trabalho. Somente quando houve produção de excedentes alimentares e divisão do trabalho entre atividades primárias e secundárias é que
O texto discute a espetacularização das cidades e a necessidade de experiências participativas e errâncias urbanas. A autora critica projetos urbanos que privilegiam a imagem em detrimento da participação popular. Também apresenta exemplos de artistas que promoveram novas formas de experienciar a cidade corporalmente através de performances e intervenções urbanas.
O CorrespondênciaPoéticaé um coletivo que realiza oficinas de reciclagem de papel e criação literária em comunidades periféricas de São Paulo. Eles escrevem poemas no papel reciclado e distribuem 17.000 "Correspondências Poéticas" em pontos de ônibus e eventos para promover a literatura e reciclagem.
O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos (Programa do espetáculo. Colet...Natalia Vianna
O documento descreve o espetáculo "O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos", produzido pelo Coletivo PI. O espetáculo usa a especulação imobiliária como tema central e leva o público em uma visita imersiva pelo bairro, ressignificando os espaços urbanos por meio de performances, vídeos e instalações. O objetivo é refletir sobre como vivemos nas grandes cidades e os impactos da gentrificação nos espaços públicos e na convivência coletiva.
Este documento fornece uma bibliografia sobre a história de São Paulo com ênfase na capital paulista. A lista inclui livros, atlas e publicações que abordam tópicos como a fundação da cidade, a imigração, a arquitetura, a vida cotidiana e a evolução urbana de São Paulo ao longo dos séculos. Muitas publicações contêm imagens históricas que ilustram diferentes períodos da cidade. A bibliografia é uma valiosa ferramenta para aqueles interessados em aprender mais sobre o desenvolvimento de São
Este documento discute a literatura marginal produzida por autores da periferia das grandes cidades brasileiras nas últimas duas décadas. Analisa como essa literatura questiona conceitos da teoria literária como função e relação da literatura com a sociedade. Explora os significados complexos de termos como "marginal" e "periférico" e como essa literatura traz novas perspectivas ao falar da experiência de viver na periferia.
O documento discute como o graffiti reflete as características do cotidiano metropolitano de forma questionadora e irreverente, apropriando-se do espaço urbano como suporte artístico. As cidades contemporâneas são descritas como uma miríade de símbolos, onde o graffiti compete por atenção entre uma variedade de imagens públicas. O olhar dos moradores da cidade torna-se fragmentado e superficial diante da sobrecarga de estímulos visuais.
Mujeres Creando e Loucas de Pedra Lilás: Corpos em luta na CidadeUniversidade da Baêa
O documento discute dois grupos feministas, Loucas de Pedra Lilás no Brasil e Mujeres Creando na Bolívia, que usam intervenções artísticas na cidade para promover demandas políticas. Ambos os grupos exploram a criatividade e a apropriação do espaço urbano para visibilizar questões de gênero e direitos das mulheres.
[1] Isidro da Costa Cassilhas é um professor, carnavalesco e coreógrafo que trabalha com atividades socioculturais afrodescendentes e folclóricas.
[2] Ele coordena projetos culturais em escolas de Seropédica e grupos como a A.C.S.F. Flor do Lírio, desenvolvendo temas sobre a cultura negra e brasileira.
[3] Cassilhas também é carnavalesco de duas escolas de samba onde cria enredos que exaltam a herança cultural af
O documento descreve uma exposição de arte contemporânea chamada "Con(s)equência..." do artista Josaphat. A exposição apresenta 21 obras criadas com materiais reciclados e reutilizados que refletem o estado de espírito do artista e buscam devolver à sociedade experiências da vida contemporânea.
O documento discute como as cidades mudam ao longo do tempo, mas mantêm suas memórias. Ele usa o exemplo de Maurília, cujos antigos cartões postais mostram uma cidade diferente do que é hoje, com locais substituídos. Embora a moderna Maurília não recupere a graça da antiga, os cartões postais permitem apreciar o passado. Às vezes, cidades diferentes surgem no mesmo local com o mesmo nome, incomunicáveis entre si apesar dos nomes e rostos permanecerem.
Este documento fornece informações sobre a exposição "Soeiro Pereira Gomes - Na Esteira da Liberdade" no Museu do Neo-Realismo para comemorar o centenário do nascimento do escritor Soeiro Pereira Gomes. A exposição apresenta a vida e obra de Soeiro Pereira Gomes através de documentos, fotografias e objetos pessoais doados ao museu. Soeiro Pereira Gomes foi um importante escritor neo-realista português e defensor dos direitos dos trabalhadores.
O documento discute como as novas tecnologias estão transformando a experiência da cidade e da vida pública. Aponta que os sistemas de transporte modernos dominam o espaço urbano e que a internet permite novas formas de interação social virtual. Reflete sobre como essas mudanças podem afetar a cidadania e a experiência do flâneur, que outrora encontrava prazer em observar as multidões nas ruas.
Esta dissertação analisa a representação da vida social, da violência e da marginalização na obra Cidade de Deus do escritor brasileiro Paulo Lins. A pesquisa é dividida em três capítulos que abordam a literatura brasileira e a sociedade, a violência urbana e a marginalização social na obra.
Este documento apresenta o tradicionalismo gaúcho, seus autores e obras. Apresenta João Cezimbra Jacques como criador do movimento tradicionalista gaúcho, que tinha como objetivo preservar e difundir as tradições gauchas. Também descreve os CTGs, seus objetivos de cultuar a cultura gaúcha, e a criação do MTG. Dois autores destacados foram Jayme Guilherme Caetano Braun e João Carlos d'Ávila Paixão Cortês.
1) O documento discute a proposta de um projeto artístico de intervenção urbana na cidade de Campina Grande, PB, com o objetivo de promover a participação cidadã e reconverter espaços públicos.
2) O projeto pretende criar uma trilha pela cidade usando "táticas" artísticas para revelar novas narrativas históricas e possibilidades de uso dos espaços públicos.
3) A intervenção questiona a verticalização da cidade e busca recuperar a relação dos cidadãos com locais como o Açude Vel
Texto manifesto a cidade em estado de arteColetivomidias
1) O documento discute a proposta de um projeto artístico de intervenção urbana na cidade de Campina Grande, PB, chamado "Cidade em Estado de Arte".
2) O projeto visa criar novas formas de mapear a cidade e reconverter as relações entre turistas e moradores de rua através de ações artísticas participativas.
3) A instalação de uma ponte provisória sobre o Açude Velho simbolizaria a travessia entre diferentes perspectivas sobre a história e o espaço urbano da cidade.
A Dança Frenética: ecos da crítica no Rio de Janeiro e São Paulo nos anos 1920Aparecida Valiatti
O documento discute as críticas da obra "Dança Frenética" de Villa-Lobos nos jornais do Rio de Janeiro e São Paulo na década de 1920. As críticas elogiaram a obra no jornal paulista Correio Paulistano, destacando a habilidade de orquestração de Villa-Lobos. Já no Rio de Janeiro, o crítico Oscar Guanabarino também comentou favoravelmente a apresentação da obra pela Orquestra Filarmônica de Viena.
O documento discute as novas formas de locomoção e lazer na cidade moderna em contraste com a figura do flâneur do século XIX. Também reflete sobre como as novas tecnologias digitais podem afetar a vida pública e a cidadania.
O documento discute a importância da arte e cultura para a transformação social nas favelas e vilas de Belo Horizonte. Ele destaca que há uma rica produção cultural nessas áreas, mas com pouca visibilidade. A pesquisa identificou cerca de 740 grupos artísticos e 7 mil pessoas envolvidas, mas apenas 20% conseguem renda com arte. A atividade cultural ajuda a construir autoestima, combater violência e inclusão social. A ONG Favela é Isso Aí foi criada para apoiar esses artistas e ampl
Este artigo discute como as artes, especialmente o teatro, podem produzir novos regimes de visibilidade social para a população em situação de rua através de duas experiências: o espetáculo teatral "Projeto Bispo" que é apresentado nas ruas e oficinas de teatro para pessoas em situação de rua. Os autores argumentam que a arte pode auxiliar na apreensão e produção de novas formas de convivência social e garantir a ressonância das vozes da população de rua.
O documento discute as sociabilidades juvenis na cidade de Ouro Preto, Minas Gerais. A cidade recebe anualmente muitos jovens estudantes e desenvolveu uma cultura de repúblicas estudantis. Os estudantes apropriam-se dos espaços urbanos e do patrimônio histórico para lazer e eventos culturais. As práticas dos jovens ajudam a descontextualizar a tradição da cidade e lançar novas formas culturais.
O documento discute a história da sociologia urbana e as possibilidades e limitações de se estudar a cultura urbana e as unidades urbanas específicas. Inicialmente, autores como Simmel, Wirth e Redfield analisaram características da vida na cidade e diferenças entre o rural e o urbano. Posteriormente, críticas apontaram que essas diferenças não causam estilos de vida e que mudanças macroeconômicas afetam tanto a cidade quanto o campo. Lefebvre defendeu que a revolução urbana substit
O documento discute as sociabilidades juvenis na cidade de Ouro Preto, Minas Gerais. A cidade recebe muitos estudantes universitários anualmente, que se instalam em repúblicas estudantis. Estas repúblicas marcam novas experiências culturais na cidade através do uso do patrimônio histórico e da apropriação dos espaços públicos para festas e lazer.
O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos (Programa do espetáculo. Colet...Natalia Vianna
O documento descreve o espetáculo "O retrato mais que óbvio daquilo que não vemos", produzido pelo Coletivo PI. O espetáculo usa a especulação imobiliária como tema central e leva o público em uma visita imersiva pelo bairro, ressignificando os espaços urbanos por meio de performances, vídeos e instalações. O objetivo é refletir sobre como vivemos nas grandes cidades e os impactos da gentrificação nos espaços públicos e na convivência coletiva.
Este documento fornece uma bibliografia sobre a história de São Paulo com ênfase na capital paulista. A lista inclui livros, atlas e publicações que abordam tópicos como a fundação da cidade, a imigração, a arquitetura, a vida cotidiana e a evolução urbana de São Paulo ao longo dos séculos. Muitas publicações contêm imagens históricas que ilustram diferentes períodos da cidade. A bibliografia é uma valiosa ferramenta para aqueles interessados em aprender mais sobre o desenvolvimento de São
Este documento discute a literatura marginal produzida por autores da periferia das grandes cidades brasileiras nas últimas duas décadas. Analisa como essa literatura questiona conceitos da teoria literária como função e relação da literatura com a sociedade. Explora os significados complexos de termos como "marginal" e "periférico" e como essa literatura traz novas perspectivas ao falar da experiência de viver na periferia.
O documento discute como o graffiti reflete as características do cotidiano metropolitano de forma questionadora e irreverente, apropriando-se do espaço urbano como suporte artístico. As cidades contemporâneas são descritas como uma miríade de símbolos, onde o graffiti compete por atenção entre uma variedade de imagens públicas. O olhar dos moradores da cidade torna-se fragmentado e superficial diante da sobrecarga de estímulos visuais.
Mujeres Creando e Loucas de Pedra Lilás: Corpos em luta na CidadeUniversidade da Baêa
O documento discute dois grupos feministas, Loucas de Pedra Lilás no Brasil e Mujeres Creando na Bolívia, que usam intervenções artísticas na cidade para promover demandas políticas. Ambos os grupos exploram a criatividade e a apropriação do espaço urbano para visibilizar questões de gênero e direitos das mulheres.
[1] Isidro da Costa Cassilhas é um professor, carnavalesco e coreógrafo que trabalha com atividades socioculturais afrodescendentes e folclóricas.
[2] Ele coordena projetos culturais em escolas de Seropédica e grupos como a A.C.S.F. Flor do Lírio, desenvolvendo temas sobre a cultura negra e brasileira.
[3] Cassilhas também é carnavalesco de duas escolas de samba onde cria enredos que exaltam a herança cultural af
O documento descreve uma exposição de arte contemporânea chamada "Con(s)equência..." do artista Josaphat. A exposição apresenta 21 obras criadas com materiais reciclados e reutilizados que refletem o estado de espírito do artista e buscam devolver à sociedade experiências da vida contemporânea.
O documento discute como as cidades mudam ao longo do tempo, mas mantêm suas memórias. Ele usa o exemplo de Maurília, cujos antigos cartões postais mostram uma cidade diferente do que é hoje, com locais substituídos. Embora a moderna Maurília não recupere a graça da antiga, os cartões postais permitem apreciar o passado. Às vezes, cidades diferentes surgem no mesmo local com o mesmo nome, incomunicáveis entre si apesar dos nomes e rostos permanecerem.
Este documento fornece informações sobre a exposição "Soeiro Pereira Gomes - Na Esteira da Liberdade" no Museu do Neo-Realismo para comemorar o centenário do nascimento do escritor Soeiro Pereira Gomes. A exposição apresenta a vida e obra de Soeiro Pereira Gomes através de documentos, fotografias e objetos pessoais doados ao museu. Soeiro Pereira Gomes foi um importante escritor neo-realista português e defensor dos direitos dos trabalhadores.
O documento discute como as novas tecnologias estão transformando a experiência da cidade e da vida pública. Aponta que os sistemas de transporte modernos dominam o espaço urbano e que a internet permite novas formas de interação social virtual. Reflete sobre como essas mudanças podem afetar a cidadania e a experiência do flâneur, que outrora encontrava prazer em observar as multidões nas ruas.
Esta dissertação analisa a representação da vida social, da violência e da marginalização na obra Cidade de Deus do escritor brasileiro Paulo Lins. A pesquisa é dividida em três capítulos que abordam a literatura brasileira e a sociedade, a violência urbana e a marginalização social na obra.
Este documento apresenta o tradicionalismo gaúcho, seus autores e obras. Apresenta João Cezimbra Jacques como criador do movimento tradicionalista gaúcho, que tinha como objetivo preservar e difundir as tradições gauchas. Também descreve os CTGs, seus objetivos de cultuar a cultura gaúcha, e a criação do MTG. Dois autores destacados foram Jayme Guilherme Caetano Braun e João Carlos d'Ávila Paixão Cortês.
1) O documento discute a proposta de um projeto artístico de intervenção urbana na cidade de Campina Grande, PB, com o objetivo de promover a participação cidadã e reconverter espaços públicos.
2) O projeto pretende criar uma trilha pela cidade usando "táticas" artísticas para revelar novas narrativas históricas e possibilidades de uso dos espaços públicos.
3) A intervenção questiona a verticalização da cidade e busca recuperar a relação dos cidadãos com locais como o Açude Vel
Texto manifesto a cidade em estado de arteColetivomidias
1) O documento discute a proposta de um projeto artístico de intervenção urbana na cidade de Campina Grande, PB, chamado "Cidade em Estado de Arte".
2) O projeto visa criar novas formas de mapear a cidade e reconverter as relações entre turistas e moradores de rua através de ações artísticas participativas.
3) A instalação de uma ponte provisória sobre o Açude Velho simbolizaria a travessia entre diferentes perspectivas sobre a história e o espaço urbano da cidade.
A Dança Frenética: ecos da crítica no Rio de Janeiro e São Paulo nos anos 1920Aparecida Valiatti
O documento discute as críticas da obra "Dança Frenética" de Villa-Lobos nos jornais do Rio de Janeiro e São Paulo na década de 1920. As críticas elogiaram a obra no jornal paulista Correio Paulistano, destacando a habilidade de orquestração de Villa-Lobos. Já no Rio de Janeiro, o crítico Oscar Guanabarino também comentou favoravelmente a apresentação da obra pela Orquestra Filarmônica de Viena.
O documento discute as novas formas de locomoção e lazer na cidade moderna em contraste com a figura do flâneur do século XIX. Também reflete sobre como as novas tecnologias digitais podem afetar a vida pública e a cidadania.
O documento discute a importância da arte e cultura para a transformação social nas favelas e vilas de Belo Horizonte. Ele destaca que há uma rica produção cultural nessas áreas, mas com pouca visibilidade. A pesquisa identificou cerca de 740 grupos artísticos e 7 mil pessoas envolvidas, mas apenas 20% conseguem renda com arte. A atividade cultural ajuda a construir autoestima, combater violência e inclusão social. A ONG Favela é Isso Aí foi criada para apoiar esses artistas e ampl
Este artigo discute como as artes, especialmente o teatro, podem produzir novos regimes de visibilidade social para a população em situação de rua através de duas experiências: o espetáculo teatral "Projeto Bispo" que é apresentado nas ruas e oficinas de teatro para pessoas em situação de rua. Os autores argumentam que a arte pode auxiliar na apreensão e produção de novas formas de convivência social e garantir a ressonância das vozes da população de rua.
O documento discute as sociabilidades juvenis na cidade de Ouro Preto, Minas Gerais. A cidade recebe anualmente muitos jovens estudantes e desenvolveu uma cultura de repúblicas estudantis. Os estudantes apropriam-se dos espaços urbanos e do patrimônio histórico para lazer e eventos culturais. As práticas dos jovens ajudam a descontextualizar a tradição da cidade e lançar novas formas culturais.
O documento discute a história da sociologia urbana e as possibilidades e limitações de se estudar a cultura urbana e as unidades urbanas específicas. Inicialmente, autores como Simmel, Wirth e Redfield analisaram características da vida na cidade e diferenças entre o rural e o urbano. Posteriormente, críticas apontaram que essas diferenças não causam estilos de vida e que mudanças macroeconômicas afetam tanto a cidade quanto o campo. Lefebvre defendeu que a revolução urbana substit
O documento discute as sociabilidades juvenis na cidade de Ouro Preto, Minas Gerais. A cidade recebe muitos estudantes universitários anualmente, que se instalam em repúblicas estudantis. Estas repúblicas marcam novas experiências culturais na cidade através do uso do patrimônio histórico e da apropriação dos espaços públicos para festas e lazer.
O eu, a cidade... e os conflitos identitários do século xx uma análise na con...UNEB
Este documento apresenta uma análise da interferência da cidade na (des)construção da identidade do sujeito moderno, com base na obra da escritora contemporânea Sonia Coutinho. Em três parágrafos, resume os principais pontos do trabalho: 1) Discute como a literatura retrata a influência da cidade moderna na identidade do indivíduo; 2) Apresenta os conceitos de "flâneur" e andarilho noturno para analisar a experiência do eu nas ruas da cidade; 3) Faz uma leitura dos cont
Este documento discute os conceitos de povo, cultura e literatura popular regional no Brasil. No primeiro capítulo, define-se povo como as classes populares e menos abastadas da sociedade. Explica-se que cultura está ligada às manifestações do modo de vida de determinada sociedade, como expressões, tradições e costumes. Por fim, estabelece-se a relação entre povo, folclore e cultura popular como forma de expressão do povo brasileiro.
1. O documento apresenta uma coletânea de artigos sobre a cidade, seu urbanismo, patrimônio e cidadania.
2. A coletânea é dividida em três partes, abordando os saberes sobre a cidade, cidade e patrimônio, e a história e desafios da cidade do Rio de Janeiro.
3. Os artigos reúnem diferentes especialistas e perspectivas para realizar um balanço do conhecimento sobre as cidades e colocá-lo à disposição do público não especialista.
1. O documento apresenta uma coletânea de artigos sobre a cidade, seu urbanismo, patrimônio e cidadania.
2. A coletânea está dividida em três partes, abordando os saberes sobre a cidade, cidade e patrimônio, e a história e desafios da cidade do Rio de Janeiro.
3. O objetivo é fazer um balanço do estado da arte sobre a vida urbana no Brasil e oferecer um mapa para compreender a história e os desafios atuais das cidades.
Este artigo discute a relação complexa entre as elites e o povo ao longo da história e na sociedade moderna democrática. Apesar de as elites desprezarem tradicionalmente as manifestações culturais populares, artistas e intelectuais às vezes se inspiravam nelas. Hoje, o acesso à cultura ampliou-se, mas desigualdades persistem. Deve-se promover a democratização cultural, dando a todas as classes sociais acesso a diferentes modalidades culturais.
Este artigo discute a relação complexa entre as elites e o povo ao longo da história e na sociedade moderna democrática. Apesar de as elites desprezarem tradicionalmente as manifestações culturais populares, artistas e intelectuais às vezes se inspiravam nelas. Hoje, o acesso à cultura ampliou-se, mas desigualdades persistem. Deve-se promover a democratização cultural, dando a todas as classes sociais acesso a diferentes modalidades culturais.
1. Alcântara Machado retratou a cidade de São Paulo no início do século XX, especialmente os bairros de Brás, Bexiga e Barra Funda, onde muitos imigrantes italianos se instalaram.
2. Sua obra "Brás, Bexiga e Barra Funda" captou as imagens da cidade em transformação e do cotidiano dos imigrantes, contribuindo para a renovação da linguagem literária brasileira.
3. O autor utilizou uma linguagem realista e divertida para retratar a vida dos imigr
A descoberta das formas de vida social no meio urbano, como objeto de estudos, obrigou o antropólogo a voltar-se para sua própria sociedade na busca do entendimento de seus próprios sistemas de significações, através de uma preocupação singular com o conteúdo simbólico das cidades "enquanto representação do universo pelo homem e mediação na integração do homem nesse universo"
Neste percurso de conformação do campo conceitual da própria disciplina, é notório o quanto a Antropologia do mundo contemporâneo deve aos intelectuais da Escola de Chicago, os primeiros a interessar-se pelo problema da desorganização, desestruturação e anomia acarretadas pela concentração das massas nas megalópoles contemporâneas. A esta vertente de estudos e pesquisas sobre a cidade, responderam outros intelectuais formados nos quadros de uma sociologia européia e dedicados ao estudo do mundo urbano e dos problemas das relações capital/trabalho, lazer, individualismo, etc.
Este documento discute como as revistas publicadas em Curitiba entre 1900-1920 ajudaram a difundir novos hábitos de lazer e cultura urbana, típicos da vida moderna européia. As revistas veiculavam imagens que reforçavam padrões de comportamento como moda e lazer. Elas também influenciaram o desenvolvimento de novos padrões de gosto estético na cidade, conforme os leitores assimilavam os estilos visuais das publicações. A admiração pela cultura francesa era evidente nas
[1] O documento discute a comunicação visual na cidade e como ela pode representar progresso ou retrocesso.
[2] O projeto TAMAR realiza importante trabalho de educação ambiental no Brasil.
[3] A Pinacoteca de São Paulo faz aniversário e oferece cultura de diversas épocas.
O documento resume os principais temas discutidos em uma aula de Antropologia Cultural, incluindo antropologia urbana, etnias urbanas, racismo no Brasil, globalização urbana e o papel da CUFA e do hip hop como forma de expressão e inclusão social.
Este documento discute as origens das cidades pré-capitalistas. Primeiro, descreve como os primeiros aglomerados humanos surgiram com o desenvolvimento da agricultura no período Neolítico, dando origem às aldeias. Contudo, explica que as aldeias ainda não podem ser consideradas cidades, uma vez que dependem diretamente das atividades agrícolas. Em seguida, aponta que para existirem cidades era necessário o surgimento de uma divisão social do trabalho, o que ocorreu quando a agricultura passou a ger
Breve apresentação sobre o Sarau da Cooperifa [São Paulo-SP]. Trabalho realizado para disciplina 'Biblioteca Interativa', ministrada pela profª Regina Obata, no CBD/ECA/USP.
David Harvey - Cidades Rebeldes - do direito à cidade à revolução urbana.2014...AlexandreSabinodoNas
Este documento resume o prefácio escrito por David Harvey para a edição brasileira do livro "Cidades Rebeldes" de Henri Lefebvre. No prefácio, Harvey descreve como os escritos de Lefebvre sobre o direito à cidade foram influenciados por sua percepção das transformações urbanas em Paris na década de 1960 e como esses escritos anteciparam os movimentos sociais de 1968.
1) A cidade de Bragança no início do século XX passou por um processo de remodelamento urbano visando consolidar padrões de vida modernos e civilizados, como em grandes centros.
2) No entanto, a presença de segmentos populares em espaços públicos como ruas, mercado e estação ferroviária ameaçava a ordem desejada, gerando tensão cultural.
3) Práticas e comportamentos populares considerados "incivilizados" pelas elites eram vigiados e punidos pelas autoridades como forma de controle
1) O documento discute as transformações urbanas e sociais em Bragança no início do século XX, quando a cidade buscava se modernizar e se tornar uma "cidade ideal".
2) As elites locais procuravam impor novos padrões de comportamento e valores, condenando costumes populares tradicionais.
3) Os espaços públicos passaram a ser usados exclusivamente pelas elites e serviam para demonstrar seu estilo de vida moderno, mas também eram palco de tensões com os segmentos populares.
Lazer e entretenimento.definitivo.passar para pdfMonica Francisco
O documento discute a importância das imagens e manifestações artísticas na cidade contemporânea. Aponta que as cidades se tornaram espaços privilegiados para a circulação e produção de imagens que refletem e influenciam a cultura urbana. Também destaca o papel dos jovens nessa produção cultural, por meio de manifestações como a música e o grafite.
Este documento apresenta algumas estratégias para o ensino de Geografia Urbana na Educação Básica, abordando temas como:
1) A necessidade de desconstruir visões estereotipadas de cidades e mostrar que as cidades sempre existiram e tiveram diferentes funções ao longo do tempo;
2) A importância de ensinar sobre a dinâmica e hierarquia das redes urbanas, mostrando como cidades de diferentes portes se relacionam;
3) A distribuição desigual de equipamentos urbanos e serviços e o
O texto descreve a intervenção urbana realizada em João Pessoa no final do século XIX e início do século XX, influenciada pelos princípios higienistas. Assim como no Rio de Janeiro, a intervenção em João Pessoa visava melhorar a salubridade através de reformas urbanas e políticas sanitárias, demolindo cortiços insalubres, melhorando a circulação e implementando medidas sanitárias como vacinação.
Disciplina Educação e Novas Tecnologias - Letras EADAna Beatriz
Este documento apresenta o conceito de sociedade informacional e discute sua relação com as mudanças tecnológicas e no padrão de produção. Apresenta o modelo fordista de produção em massa e como ele foi substituído pela acumulação flexível diante da crise dos anos 1970. Também discute como as novas tecnologias impactaram o trabalho e a sociedade, levando ao surgimento da era pós-moderna.
conceitos geográficos para
[1] O documento apresenta os temas e conteúdos de Geografia que serão abordados na aula 12 sobre Didática e Ensino de Geografia no Ensino Médio. [2] Inclui informações sobre os objetivos da aula, a contribuição das Orientações Curriculares para o Ensino Médio e um quadro sobre competências e habilidades para a Geografia no Ensino Médio. [3] Tem como foco principal discutir as especificidades dos conteúdos de Geografia no Ensino M
Este documento apresenta sugestões de atividades práticas para o ensino de Geografia no Ensino Fundamental. Inclui propostas para trabalhar temas da Geografia Física e Humanas por meio de materiais concretos, imagens e análise de paisagens. Também discute a abordagem regional da disciplina e a importância da observação da paisagem.
Concordo com sua análise. A sociedade atual é muito mais conectada e as crianças têm acesso a uma variedade muito maior de informações e experiências do que no passado. Portanto, faz sentido estruturar o ensino de geografia nas séries iniciais considerando o mundo amplo que as crianças já conhecem, em vez de partir do pressuposto de que seu universo está restrito ao local. É importante valorizar os conhecimentos e experiências que as crianças já trazem, ao invés de uma abordagem "bancária" onde elas são vistas apenas como
Este documento discute os desafios da avaliação no contexto educacional contemporâneo. Primeiro, aborda a importância histórica da avaliação e como sua função mudou ao longo do tempo, de um enfoque mais pedagógico para um mais de controle. Também examina a cultura da avaliação nas escolas e como é vista por diferentes atores. Finalmente, discute como a sociedade contemporânea trouxe novos desafios para a educação e avaliação acompanharem as transformações sociais.
O documento discute o planejamento na educação em três níveis:
1) O planejamento curricular estabelece os objetivos gerais e específicos da escola.
2) O planejamento de ensino traduz os objetivos curriculares em atividades de sala de aula.
3) O planejamento das aulas define os detalhes de cada lição, como conteúdos, métodos e avaliação.
1. O documento discute as mudanças ocorridas nas últimas décadas que estão rompendo fronteiras geopolíticas e barreiras culturais, impulsionadas pela tecnologia.
2. A queda do Muro de Berlim em 1989 simbolizou o fim da divisão do mundo em blocos e iniciou o processo de reunificação da Alemanha.
3. Uma reportagem de 2004 destaca o ritmo acelerado de mudanças no mundo moderno, com mais de 17 mil atualizações no novo Atlas da National Geographic devido
1) O documento discute práticas pedagógicas para ensinar conceitos de orientação e representação cartográfica na geografia.
2) Inclui exemplos de como desenvolver a percepção espacial dos alunos usando histórias, atividades e reflexões sobre mapas.
3) Aborda elementos como projeção, escala e símbolos de mapas, e como isso pode ajudar os alunos a entender diferentes perspectivas.
Alguns conteúdos obrigatórios da Educação Básica que são também trabalhados por outras disciplinas são:
- Noções básicas de ecologia: trabalhadas em Geografia, Biologia e Química. Isso pode provocar confusão nos alunos ao abordarem conceitos semelhantes de forma fragmentada em cada disciplina.
- Sistemas econômicos: estudados em Geografia e em História. A abordagem separada em cada matéria dificulta a compreensão dos aspectos históricos e geográficos dos sistemas
1) Os Parâmetros Curriculares Nacionais surgiram após o Brasil assumir compromissos internacionais para melhorar a educação básica.
2) Os PCNs visam orientar as ações educativas do ensino obrigatório para adequá-lo aos ideais democráticos e melhorar a qualidade do ensino.
3) Os PCNs foram elaborados por educadores de todo o país após a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em 1996.
Este documento discute as tendências no ensino de geografia e os desafios enfrentados pelos professores. Apresenta como as ambiguidades no objeto de estudo da geografia afetam o ensino da disciplina e como o professor deve mediar a compreensão dos alunos. Também aborda a importância de contextualizar conceitos complexos para a realidade dos estudantes e como a abordagem do professor deve levar em conta o perfil de cada turma.
[1] O documento discute elementos da didática e seu relacionamento com o ensino de geografia.
[2] Apresenta os objetivos da aula, que são conhecer o que é didática, seus elementos e relação com aprendizagem, além de refletir sobre práticas docentes.
[3] Discutem conceitos como didática, ensino, educação, e teorias da aprendizagem que podem auxiliar na mediação do conhecimento entre professores e alunos.
Eu não tenho experiências pessoais de sala de aula, pois sou um assistente virtual. No entanto, baseado no texto, algumas características que podem ser descritas incluem:
- Uso de livros didáticos que não refletem necessariamente a realidade local dos estudantes. Isso pode dificultar a contextualização e compreensão dos conceitos.
- Enfoque em memorização de nomes e localizações geográficas, em vez de abordagens mais críticas e que desenvolvam o raciocínio.
- Aulas excessivamente expositivas em que o
A Contribuição da EAD para a Formação de ProfessoresAna Beatriz
O documento discute a contribuição da educação a distância (EAD) para a formação de professores no Brasil. Apresenta o crescimento da EAD no país devido a investimentos do governo federal e políticas públicas como o Proformação. Argumenta que a EAD pode proporcionar uma formação que prepara melhor os professores para atuarem em escolas inseridas em uma sociedade de informação.
O documento discute a importância da sustentabilidade e do consumo consciente para preservar o meio ambiente e enfrentar as mudanças climáticas. Ele descreve os impactos negativos do consumo excessivo no planeta e propõe pequenas mudanças nos hábitos diários para reduzir o desperdício e poluição.
O documento discute como a Web 2.0 e a educação a distância permitem novas formas de aprendizagem colaborativa na formação de professores. A cultura digital proporcionada pela internet modificou as estruturas cognitivas e possibilitou a aprendizagem compartilhada e cooperativa. A educação a distância pode consolidar essa cultura digital e aproveitar melhor as ferramentas tecnológicas se adotar uma estrutura de aprendizagem colaborativa em vez de simplesmente transpor o modelo presencial.
3. Apresentação
esta aula, apresentaremos aspectos do cotidiano urbano e as práticas culturais das
grandes cidades, abordando as transformações ocorridas com as categorias tempo e
espaço no modo de vida urbano. A construção das identidades e as práticas culturais
apresentam uma estrutura específica nas grandes cidades, que foi observadas e utilizada
por grandes escritores e artistas em busca de respostas sobre o ritmo de vida frenético e as
manifestações culturais em constante ebulição. No decorrer da aula você encontrará várias
indicações de livros, filmes e outras obras importantes para a compreensão dos elementos
que trouxemos para a discussão. É importante que você leia os textos, realize as atividades e
navegue nos links indicados.
N
Objetivos
Ao final desta aula, esperamos que você:
1
Compreenda a importância do cotidiano urbano como um recorte
que retrata o modo de vida urbano;
2
Relacione a organização das cidades com as práticas culturais
realizadas;
3
Aprenda sobre o papel das grandes cidades na criação e
disseminação da cultura.
Aula 08
Geografia Urbana
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4. A Cidade Cosmopolita
Ao longo desta disciplina, já discutimos a estrutura e a formação das cidades ao longo
do tempo e quais fatores contribuíram para o seu processo de formação. É fato que as cidades
sempre existiram embora não apresentassem no passado a configuração das grandes cidades
capitalistas. Já abordamos também o conceito de urbano e a mudança na sociedade urbana
que deixou de ser rural e passou a organizar-se no contexto urbano, ou seja, nas cidades.
Com todos os elementos que vimos até aqui, ficou claro que as cidades concentram uma
verdadeira mistura de diferentes referências culturais. A formação e crescimento das cidades
estão associados ao seu poder de atração e pessoas de diversas partes afluem para as cidades
por diferentes motivos. São pessoas do entorno da cidade, da região, de outras regiões e até
mesmo de outros países, como é o caso das metrópoles mundiais. O fluxo contínuo de pessoas
das mais diferentes culturas transformou a cidade em um espaço cosmopolita no qual as
diferenças convivem e se expressam das formas diferenciadas. Neste aspecto, a compreensão
do cotidiano da cidade, suas práticas, referências e signos, são elementos essenciais para a
nossa compreensão da cultura urbana, cultura esta que não está presa às raízes do passado,
mas sim, uma cultura em constante transformação. A cultura urbana não influencia e transforma
apenas o migrante recém-chegado ou o turista; é uma cultura que exerce forte influência, mas
também é influenciada por cada um dos seus habitantes permanentes ou temporários. Um
bom exemplo é a existência de espaços da cultura nordestina em cidades como Rio de Janeiro
e São Paulo, onde é possível comprar produtos típicos do Nordeste, (queijo coalho, tapioca,
bode) e dançar um legítimo forró pé de serra em pleno centro da cidade.
Na cultura urbana existe aspectos do cotidiano que são consolidados pelo próprio modo
de vida da cidade moderna. È preciso ter pressa na cidade, já que as distâncias são grandes,
os transportes de massa e o trânsito flui lentamente. Não é o espaço da cortesia, da lentidão,
da contemplação, dos grandes espaços. Na cidade encontramos o ritmo nervoso, arisco, da
corrida para entrar primeiro no transporte, dos restaurantes lotados, das filas intermináveis,
2
Aula 08
Geografia Urbana
5. e da violência. Para um habitante de uma cidade pacata, adaptar-se ao ritmo de uma grande
cidade pode ser uma tarefa árdua que nunca é finalizada.
Uma das características marcantes da cidade é a oferta de serviços, especializados e
em quantidades surpreendentes. A cultura é um dos serviços que mais atraem nas cidades,
pois é o ponto de efervescência do que é novo, moderno, atua e de vanguarda. É possível nas
grandes cidades assistir grandes espetáculo com a ópera Aída, concertos de rock de bandas
internacionais, filmes alternativos, exposição de grandes artistas ou obras inestimáveis como
obras do faraó egípcio. Ou seja, nas cidades não está disponível apenas a cultura local, mas a
cultura da humanidade de todas as polis do mundo, representadas em um só local.
Apesar do papel de cidade espetáculo que oportuniza diferentes experiências, o cotidiano
das grandes cidades provoca também a sensação de solidão, inadequação e inconstância que
resulta no surgimento de grupos que expressam a sua insatisfação com a violência, com o
ritmo acelerado e com as dificuldades encontradas em uma caracterização de roupas, músicas,
modo de andar, consumir e viver diferenciados do resto da sociedade. São as tribos urbanas,
como os góticos, grunges, punks, roqueiros, technos etc que encontram em seus estilos de
vida um espaço singular no universo homogêneo das cidades. É a busca da identidade e da
identificação para uma melhor compreensão e mobilidade nos espaços urbanos.
Da Figura do Flaneur de Baudellaire
ao Filme Koyaanisqatsi:
Life out of balance
m dos primeiros relatos do cotidiano das cidades foi realizado por Baudellaire através da
figura do flaneur que ficava observando os transeuntes das ruas da cidade, registrando
os seus hábitos e costumes. “Flanear” virou sinônimo de andar de forma despreocupada
pelas ruas das cidades observando o comportamento local. Para o flaneur, uma grande cidade
é um território rico em sujeitos e atitudes que pode retratar o perfil de todo um grupo social
como legítimos representantes da cultura urbana. É preciso contextualizar o olhar de Baudellaire
que estava testemunhando o surgimento da cidade capitalista moderna, em plena transição
do modo de vida rural predominante para o modo de vida urbano.
U
O poeta francês Charles Baudelaire procurou, na imensidão das grandes cidades, a
efemeridade que caracterizou sua época. Viveu na Paris oitocentista em seu momento
de reforma urbana, sob o governo de Napoleão III. Da reforma, nasceu um modelo de
modernidade urbana, em que a construção de grandes vias para a rápida circulação
de cargas e de transporte de passageiros passa a ser privilegiada. Paris, à época de
Aula 08
Geografia Urbana
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6. Baudelaire, era a capital da utilidade fútil. Seus cafés, bulevares, salões e passagens foram
freqüentados por uma sociedade esquálida, desejosa em ver seu rosto refletido em tudo
o que construía ou podia comprar (MENEZES, 2009, p.64).
No seu próprio texto, Baudellaire define o papel do flaneur como um admirador de uma
nova ordem social que registra as suas observações e reflexões, consciente da importância
histórica do seu registro.
Para o perfeito Flâneur, para o observador apaixonado, é um imenso júbilo fixar residência
no numeroso, no ondulante, no movimento, no fugidio e no infinito. Estar fora de casa,
e contudo sentir-se em casa onde quer que se encontre; ver o mundo, estar no centro
do mundo e permanecer oculto no mundo, eis alguns dos pequenos prazeres desses
espíritos independentes, apaixonados, imparciais, que a linguagem não pode definir senão
toscamente. O observador é um príncipe que frui por toda parte do fato de estar incógnito.
O amador da vida faz do mundo a sua família, tal como o amador do belo sexo compõe
sua família, com todas as belezas encontradas e encontráveis ou inencontráveis; tal
como o amador de quadros vive numa sociedade encantada de sonhos pintados. Assim
o apaixonado pela vida universal entra na multidão como se isso lhe aparecesse como
um reservatório de eletricidade (BAUDELLAIRE, 1988, P.170).
O autor não foi o único a lançar um olhar perspicaz sobre a nova organização da sociedade
em complexas cidades. Outros autores também buscaram captar os fragmentos da realidade
para os seus romances, como Edgard Allan Poe, Emilé Zola, Charles Dickens, Honoré de
Balzac e Victor Hugo trouxeram relatos interessantes do panorama urbano da época. O livro
“Londres e Paris no Século XIX, o espetáculo da pobreza” da historiadora, Maria Stella Martins
Bresciani, aborda a perplexidade dos habitantes diante de condições de vida sub humanas,
muito parecidas com a realidade que encontramos nas favelas e regiões periféricas hoje. Não é
por acaso que várias cidades passaram por reformas e ações higienistas com o objetivo de livrar
as cidades das doenças provocadas pela aglomeração de pessoas em condições insalubres.
É um período complexo da conformação das cidades, no qual foram criados vários processos
e códigos para se viver nas cidades, como por exemplo, a necessidade da vacina e o controle
da saúde dos seus habitantes.
A forma de viver foi modificada, os costumes da vida rural não podiam ser reproduzidos
nos grandes centros urbanos. O modo de vida da cidade exige um comportamento urbano
condicionado em uma série de procedimentos que implicam não apenas a forma de organização
e orientação no espaço, mas também o deslocamento e o modo de viver. Os apartamentos, por
exemplo, exigem não apenas uma adaptação ao estilo de moradia (quartos menores, banheiros
e cozinhas minúsculos), como também afetam outras áreas do estilo de vida: elevadores que
exigem tempo de espera, uso comum da água, distinção entre espaços comuns e privados,
regras de convivência registradas em cartório civil etc. São regras que condicionam não apenas
os espaços comuns públicos, mas também os espaços privados (proibição de animais, roupas
penduradas nas janelas, barulho em determinados horários etc.). Todas estas questões, embora
subjetivas, condicionam a forma de viver das pessoas que precisam se conformar com as
regras para viver em determinados espaços. E não é apenas no espaço de habitação que os
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Aula 08
Geografia Urbana
7. critérios são estabelecidos, praticamente em todos os espaços urbanos sejam eles museus,
cinemas, transporte público, praças etc, existe um código de conduta pré-estabelecido.
Na peça de teatro chamada “Fulaninha e Dona Coisa”, as relações entre uma empregada
doméstica e sua patroa são exploradas na perspectiva da condição de Fulaninha, uma moça
recém chegada do interior para trabalhar na cidade que não compreende os códigos de conduta.
Em uma das cenas, a personagem lava as roupas da patroa na piscina do prédio e ao ser
repreendida afirma com evidente surpresa: “Imagina, Dona Coisa, um açude cheio d’água só
para tomar banho!” Existem várias crônicas que exploram as contradições e os problemas da
cidade, como “O Homem Nu” de Fernando Sabino, mas a transição da vida rural para o homem
urbano foi retratado de forma magistral no filme “A Marvada Carne”, sobre um matuto cujo
maior desejo era comer carne de boi. As peripécias terminam com a migração da família para
uma grande cidade, único local onde ele consegue realizar o seu desejo”.
Atividade 1
Leia a crônica “O Homem Nu” de Fernando Sabino
(http://www.releituras.com/fsabino_homemnu.asp)
e identifique no texto os aspectos que diferenciam
o modo de viver urbano (vizinhos, apartamentos,
relações, ordem) etc. e complemente com outros
elementos que você identifica na vida urbana
atualmente. A partir das suas conclusões elabore uma
pequena crônica descrevendo elementos do seu modo
de vida que são similares ao texto do Fernando Sabino.
Cabe aqui um referência ao enorme poder de atração que as grandes cidades exercem
sobre os habitantes das mais diversas localidades. A sociedade capitalista moderna consolidou
a ideia de que as cidades são locais associados a modernidade, com todas as facilidades de
uma vida de consumo e sucesso. A dicotomia campo-cidade vem sendo retratada no imaginário
de todos como um contraponto entre o antigo e o moderno, o atrasado e o atual, o imóvel
e o dinâmico, seja através das novelas, livros, contos, peças e jornais. Existe a imagem da
cidade que oferece mais empregos, mais condições de mobilidade social e econômica, mais
possibilidade de sucesso e uma diversidade de serviços. É na cidade que encontramos os
grandes médicos, as maiores lojas, ou seja, mais acesso ao consumo. Não é colocado em
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Geografia Urbana
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8. momento algum que esta acessibilidade está relacionada com o consumo, e, consequentemente,
ao capital financeiro. Atraídos pelas possibilidades de melhores oportunidades nas cidades,
milhares de pessoas migram nas suas próprias regiões ou intra-regiões em busca de realizar
o sonho de uma realidade melhor.
Koyaanisqatsi: Life out of balance é um documentário
lançado em 1983, dirigido por Godfrey Reggio, com
música do compositor Philip Glass. A trilha sonora deste
documentário possui grande importância pois o desenrolar
tem a velocidade e o tom ditados por ela. Não existem
diálogos e também não são feitas narrações durante todo
o documentário. São apresentadas cenas em paisagens
naturais e urbanas, muitas delas com a velocidade de
exibição alterada. Algumas cenas são passadas mais rapidamente e outras mais
lentamente que o normal, criando, com a trilha sonora, uma idéia diferente da
passagem do tempo. Vários dos efeitos apresentados se tornaram clichês usados
em outros filmes e programas de televisão. A palavra koyaanisqatsi tem origem
na língua Hopi e quer dizer “vida desequilibrada”, ou “vida louca”. O significado
é revelado ao final do documentário antes da apresentação dos créditos. No
final do documentário são cantadas três profecias do povo Hopi em sua própria
língua, as quais também têm suas traduções apresentadas antes dos créditos.
O filme leva sua audiência a refletir sobre os aspectos da vida moderna que nos
fazem viver sem harmonia com a natureza, bem como a pressão exercida pelas
inovações tecnológicas que tornam o cotidiano cada vez mais rápido. Como
curiosidade, podemos observar que próximo dos 37 minutos do início do filme,
aparece a implosão do Edifício Mendes Caldeira, que deu lugar à Estação da Sé,
do Metrô de São Paulo.
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Aula 08
Geografia Urbana
Fonte: Wikipédia, acesso realizado em 20/10/2009.
Por outro lado, para os que vivem nas cidades, os problemas são muitos e reside em
cada habitante o imaginário de uma qualidade de vida melhor, em cidades de pequeno e médio
porte, sem o estresse do cotidiano causado pelo barulho, pelo trânsito e pela violência. Este
panorama caótico das cidades modernas levou vários artistas a criarem suas obras, a partir de
suas inquietações com o estilo de vida urbano e suas contradições. Um trabalho que exemplifica
bem a preocupação com o modo de vida urbano é o documentário Koyaanisqatsi: Life out
of balance, dirigido por Godfrey Reggio em 1983. O filme mostra através de um olhar muito
particular, cenas da cidade aceleradas, apontando para a irracionalidade em nosso modo de
viver. O título complicado do filme é uma palavra utilizada por tribos indígenas que significa
“vida louca” e tem uma função importante na narrativa. Considerado uma obra prima visual com
excelente trilha sonora, o filme nos leva a uma reflexão profunda sobre ações aparentemente
banais do cotidiano das cidades.
9. Uma questão interessante é que o modo de vida urbano não altera apenas as estruturas
físicas como a moradia, deslocamento, transporte, trabalho etc. As relações de tempo também
são alteradas, e os minutos e segundos do relógio costumam fazer diferença, principalmente
quando se perde um ônibus ou se chega atrasado para bater o ponto na fábrica. No modo de
vida rural, as horas possuem um significado importante relacionado com elementos pontuais
como a hora das refeições, por exemplo, mas o principal relógio ainda é a luz solar e as
referências da natureza (tal evento aconteceu antes ou depois da colheita ou da seca).
O ritmo de tempo diferenciado é mais um elemento que caracteriza o cotidiano urbano e
sempre é importante lembrar que as duas categorias mais importantes para o ser humano é
o tempo e o espaço e suas constantes alterações provocam inquietações e perplexidade que
costumam ser encontradas em expressões do senso comum como: “o tempo está passando
muito rápido, o dia está mais curto, o tempo voa, o dia com 24 horas não é mais suficiente” etc.
Obviamente, do ponto de vista físico não existe nenhuma mudança no tempo, mas a percepção
individual está relacionada com o tempo social. Harvey (1999) tece algumas considerações
interessantes sobre o assunto.
Em primeiro lugar, as comunicações contemporâneas derrubaram as “fronteiras usuais
do espaço e do tempo”, produzindo tanto um novo internacionalismo como fortes
diferenciações internas em cidades e sociedades baseadas no lugar, na função e no
interesse social. Essa “fragmentação produzida” existe num contexto com tecnologias
de comunicação e transportes capazes de lidar com a interação social no espaço
de maneira bem diferenciada. A arquitetura e o projeto urbano viram-se, portanto,
diante de oportunidades novas e mais amplias de diversificar a forma espacial do que
ocorrera no período pós-guerra imediato. Formas urbanas dispersas, descentralizadas
e desconcentradas são hoje mais factíveis tecnologicamente do que antes.
(HARVEY, 2001, p.77).
Assim, verificamos que as estruturas da organização espacial também afetam as relações
do tempo nas grandes cidades, modificando as duas categorias essenciais para o ser humano,
que são concretizadas nas ações do cotidiano. O cotidiano, principalmente nas grandes cidades,
é um retrato da estrutura da sociedade e autores como Lefebvre (1991) o consideram tão
importante que afirma que “quando as pessoas não podem mais a viver sua cotidianidade,
então começa uma revolução. Só então. Enquanto puderem viver o cotidiano, as antigas
relações se reconstituem” (LEFEBVRE, 1991, p.39). Investigar o cotidiano e a sua importância
na vida moderna é essencial para compreendermos a lógica da vida urbana e seus impactos
em nossa sociedade.
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Geografia Urbana
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10. Atividade 2
Assista ao documentário Koyaanisqatsi: Life out of balance e relacione as
preocupações com os problemas da vida urbana abordados no filme e as
contradições da vida urbana que foram apresentadas nesta disciplina. Elabore um
pequeno texto e compartilhe com os seus colegas no fórum do ambiente virtual.
As Identidades e a busca de
espaços para a expressão
da cultura
organização dos espaços na cidade e as modificações nas estruturas temporais e
espaciais provocam inquietações em seus moradores que convivem cotidianamente com
questões relacionadas com a violência, solidão, indiferença, entre outros elementos.
Diante da opressão e da solidão imposta pela cidade, são formados grupos que buscam a sua
inserção no ambiente urbano através de uma reflexão e crítica sobre o modo de vida da cidade.
A
O sociólogo francês Michel Mafesoli foi o primeiro autor a utilizar a expressão tribos
urbanas em seus artigos, a partir de 1985. Segundo o autor, as tribos urbanas podem ser
definidas como:
Diversas redes, grupos de afinidades e de interesse, laços de vizinhança que
estruturam nossas megalópoles. Seja ele qual for, o que está em jogo é a potência
contra o poder, mesmo que aquela não possa avançar senão mascarada para não
ser esmagada por este” (MAFESOLI, 1998, p.70).
Segundo Frehse (2006), o uso da noção era metafórico, para dar conta de formas
supostamente novas de associação entre os indivíduos na “sociedade pós-moderna”: o
autor fala em “neotribalismo”. Seriam essencialmente “micro-grupos” que, forjados em
meio à massificação das relações sociais baseadas no individualismo e marcados pela
8
Aula 08
Geografia Urbana
11. “unissexualização” da aparência física, dos usos do corpo e do vestuário, acabariam, mediante
sua sociabilidade, por contestar o próprio individualismo vigente no mundo contemporâneo.
Podemos citar como exemplos de tribos urbanas os punks, nerds, clubbers, góticos, emos,
rappers, surfistas etc. Cada tribo apresenta um visual próprio, uma linguagem específica que poder
expressada em arte ou em músicas e práticas cotidianas específicas. É interessante ressaltar que
os grupo não são fechados, ao mesmo tempo em que buscam uma diferenciação da sociedade,
não existe critérios que definem quem pode pertencer aos grupos. Também é possível transitar
entre os diversos grupos. Dependendo do momento, uma pessoa pode passar por um período
gótico e posteriormente tornar-se punk ou clubber, por exemplo. É uma ideia de identidade
flexível ou da existência de identidades múltiplas, conceito definido por Hall (2006) como um
“descentramento da identidade fixa e estável, resultando nas identidades abertas, contraditórias,
inacabadas, fragmentadas do sujeito pós-moderno” (HALL, 2006, p.46). O deslocamento ou
descentramento da identidade é uma excelente abordagem para analisar a existência das diversas
tribos urbanas e as possibilidades de classificações flexíveis dos seus grupos.
Atividade 3
Pesquise na web sobre as principais tribos urbanas e
elabore um quadro comparativo com as suas principais
características e o papel que estas tribos desempenham
na sociedade urbana.
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Geografia Urbana
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12. Em 1991, um grupo Inglês chamado Stomp recriou através da dança, movimentos e
sons específicos das grandes cidades, tornando-se rapidamente um sucesso mundial. A força
do grupo está justamente em retratar o caos das grandes cidades em pequenos recortes do
cotidiano (o barulho de uma chave, o andar nas ruas, o movimento de vassouras, os latões
de lixo), em arte. Você encontrará o vídeo com uma das apresentações no link a seguir: http://
www.youtube.com/watch?v=Zu15Ou-jKM0
Um exemplo nacional que expressa a busca da identidade e espaço na cultura das
grandes cidades é o funk, uma mistura de vários ritmos que mobiliza grandes bailes na
periferia e nas favelas do Rio de Janeiro. O surgimento de um estilo de música relacionado
com espaços da cidade onde se concentra a pobreza gerou alusões à existência de uma
“cidade partida” e nas próprias músicas é possível encontrar referências ao conflito de culturas
diferenciadas como na letra da música “Som de Preto” de Amilcka e Chocolate que cantam
em seu refrão “É som de preto, de favelado, mas quando toca, ninguém fica parado”.O Hip
Hop e o Rap também são expressões que traduzem em suas letras a violência do tráfico, as
questões relacionadas com a sexualidade e as reflexões sobre a organização das cidades,
como o refrão de um rap de sucesso:
Eu só quero é ser feliz
Andar tranquilamente
Na favela onde eu nasci
E poder me orgulhar
E ter a consciência
Que o pobre tem o seu lugar
Rap da Felicidade (Cidinho e Doca)
Todas estas manifestações apontam para os conflitos gerados a partir da própria
organização das cidades que nos interessam justamente por refletir a busca da identidade
diante de uma tentativa de homogeneização do ser humano nos grandes centros. Este é
um dos aspectos mais complexos na organização das cidades, ao mesmo tempo em que
promove o isolamento dos indivíduos e perda da individualidade no meio da multidão. Surge a
oportunidade de diferenciação através dos estilos das tribos, identificação e inserção através da
diferença. É o movimento e a resistência diante de um modelo opressor de organização social.
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Aula 08
Geografia Urbana
13. Diante de tantas diferenças, a cidade se apresenta como um verdadeiro caldeirão cultural em
constante ebulição, oferecendo inúmeras possibilidades de acesso ao patrimônio cultural da
humanidade, sem fronteiras, como veremos a seguir.
A variedade cultural nas cidades
s cidades se caracterizam por uma imensa diversidade e quantidade de opções culturais
que abarcam desde museus antigos com sólidas coleções da história até manifestações
modernas de arte nas praças e nas ruas. A multiplicidade de opções culturais é que tornam
as práticas culturais das cidades tão interessantes. O velho e o novo convivem nos espaços,
possibilitando ao morador ou visitante optar por experimentar e assistir diversos espetáculos e
exposições. Em uma grande cidade como o Rio de Janeiro, por exemplo, é possível encontrar
uma exposição com artefatos do Egito antigo, assistir um espetáculo de ballet clássico no Teatro
Municipal, participar de um ensaio de Escola de Samba da Mangueira e visitar um baile Funk na
periferia. A existência de diversos museus, teatro e casas de shows, promove uma verdadeira
babel cultural na qual cabe a cada um escolher o que deseja experimentar.
A
Além das opções de arte formal, existem as opções ao ar livre que estão expostas, seja
as esculturas e fachadas nas praças e ruas, ou espetáculos mambembes que acontecem
nos espaços públicos a todo instante. Muitas opções culturais são gratuitas e abertas ao
público em geral.
Mas a existência de diversas opções culturais não é exclusividade do Rio de Janeiro. Todas
as grandes cidades apresentam a mesma quantidade e diversidade de opções e os principais
museus do mundo estão localizados nas grandes cidades mundiais (Museu do Louvre em
Paris, Museu do Prado em Madri, Moma em Nova York, entre outros). Outras cidades de porte
médio também já começam a investir na construção de grandes museus e teatros, assim como
outros espaços culturais como forma de atrair turistas e investimentos. É o caso do Museu de
Arte Contemporânea de Niterói, projetado por Oscar Niemayer que colocou a cidade no roteiro
da cultura e a Estação Ciência em João Pessoa, com projeto arquitetônico do mesmo autor.
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Geografia Urbana
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14. Além do investimento na estrutura física existe também o estímulo aos festivais de
teatro, dança, música, além do apoio aos expoentes das manifestações culturais locais. A
efervescência cultural nas cidades nos lembra a função das cidades na Idade Média como
espaços para representações e divertimentos variados.
Conclusão
cotidiano urbano retrata as mudanças no modo de vida das cidades e suas implicações
para as categorias tempo e espaço tão importantes para o ser humano. Os códigos, a
estrutura, a forma de morar, deslocar e trabalhar, enfim o modo de vida urbana produz
também novas tribos que buscam nos grupos e nos estilos de vida se contrapor ao caos
da massificação das grandes cidades. Surgem os espaços para práticas culturais distintas
que agregam os espaços formais com seus museus, teatros e cinemas e os informais que
acontecem na rua, na praça, na avenida, nas periferias. É justamente a combinação de tantas
manifestações distintas que mantém em ebulição o caldeirão cultural das cidades.
O
Leituras complementares
BAUMAN, Z. Confiança e Medo na Cidade. São Paulo: Jorge Zahar, 2009.
A cidade do nosso tempo se transformou em um território de medo e
insegurança. Por isso mesmo, a arquitetura das metrópoles tornou-se defensiva:
bairros fechados, grades, muros e uma série de mecanismos que restringem
o contato com o outro. O resultado disso é um espaço urbano que promove
a segregação, e não o encontro de diferenças – marca das grandes cidades
em sua origem. O desafio dos pensadores e políticos contemporâneos, segundo o brilhante
sociólogo Zygmunt Bauman, é recuperar a dimensão comunitária do espaço público, como
forma de aprender a arte de uma coexistência segura, pacífica e amigável.
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Aula 08
Geografia Urbana
15. SANTOS, M. O CENTRO DA CIDADE DO SALVADOR: Estudo de Geografia
Urbana. São Paulo: EDUSP, 2008.
Este volume da Coleção Milton Santos traz ao público um texto que
teve restrita circulação, publicado uma única vez em português há mais
de 40 anos atrás. O Centro da Cidade do Salvador foi, originalmente, a
tese de Doutorado do autor, apresentada na Universidade de Strasbourg
em 1958, e tornou-se um marco do início da renovação dos estudos
geográficos, que passaram a incorporar as relações sociais como
componentes indissociáveis do meio físico. Milton Santos não se limita
ao estudo do centro da cidade, mas expande a análise ao Recôncavo Baiano e ao Estado
da Bahia, bem como busca as escalas nacional e mundial, anunciando os fenômenos da
urbanização e metropolização que mais tarde se consolidariam, integrando o tempo como um
componente do espaço geográfico. O autor se refere ao dinamismo da paisagem e coloca os
fatores de inércia como elementos que estimulam as contradições, transformando o centro
da cidade em um “teatro dessa luta de tendências”.
Resumo
Os aspectos do cotidiano urbano e as práticas culturais das grandes cidades,
provocam transformações nas categorias tempo e espaço que podem ser
identificadas no modo de vida urbano. A construção das identidades e as
práticas culturais apresentam uma estrutura específica nas grandes cidades,
que foi observada e utilizada por grandes escritores e artistas em busca de
respostas sobre o ritmo de vida frenético e as manifestações culturais em
constante ebulição. A organização dos espaços na cidade e as modificações nas
estruturas temporais e espaciais provocam inquietações em seus moradores
que convivem cotidianamente com inúmeras questões e diante da opressão e da
solidão imposta pela cidade, são formados grupos que buscam a sua inserção
no ambiente urbano através de uma reflexão e crítica sobre o modo de vida da
cidade. As cidades se caracterizam por uma imensa diversidade e quantidade
de opções culturais que abarcam desde museus antigos com sólidas coleções
da história até manifestações modernas de arte nas praças e nas ruas, sendo
justamente a multiplicidade de opções culturais é que tornam as práticas culturais
das cidades tão interessantes.
Aula 08
Geografia Urbana
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16. Autoavaliação
1
2
14
Aula 08
Releia o texto aqui apresentado, e relacione as grandes obras de escritores como
Zola, Poe, Baudelaire com o surgimento das grandes cidades.
Faça uma reflexão sobre o propósito da existência de tribos urbanas no contexto de
massificação das grandes cidades.
Geografia Urbana
17. Referências
BAUDELAIRE, C. O Pintor da Vida Moderna. In: A modernidade de Baudelaire. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1988.
BRESCIANI, M. Londres e Paris no Século XIX: o espetáculo da pobreza. São Paulo:
Brasiliense, 2004.
FREHSE, F. As realidades que as “tribos urbanas” criam. Revista Brasileira de Ciências
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Anotações
Aula 08
Geografia Urbana
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