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Políticas Educativas 
A APOSTA NO ENSINO VOCACIONAL 
António Firmino T. M. Lobo 
Junho de 2012
Sumário 
 1. O ensino secundário na Europa 
 1.1. Modelos de formação 
 2. O ensino secundário em Portugal 
 3. Marcos históricos do ensino técnico-profissional 
em Portugal 
 3.1. A Reforma Veiga Simão 
 3.2. A Revolução de Abril de 1974 
 3.3. A adesão à CEE e a Reforma Seabra 
 3.4. A criação do GETAP e o ensino profissional 
 3.5. O ensino técnico-profissional nas escolas públicas 
 4. Um programa político para a Educação (2013-16): 
uma proposta
1. O ensino secundário na Europa 
 Pós-guerra: 
 Massificação do ensino mão-de-obra qualificada 
 Organizado em função da produção taylorista-fordista 
 Diferenciação curricular no mesmo nível de ensino 
 Anos 80: 
 Competências especializadas gerais 
 Individualidade e opcionalidade
1.1. Modelos de formação 
 Segmentos escolar, dual e não-formal 
 Ramo escolar 
 Bipartido / compreensivo 
 Dual - formação em alternância 
 Não-formal - programas de formação-emprego
2. O ensino secundário em Portugal 
 Ramo escolar: 
 Ensino geral – “liceal”; “transporte”; 
 Ensino técnico – orientação científica forte; 
profissões altamente técnicas; 
 Ensino profissional – paradigma de contexto de 
trabalho; profissões qualificadas.
2. O ensino secundário em Portugal 
 Diversificação de modelos categorizar 
alunos, professores, programas, currículos e 
escolas. 
 Falsa neutralidade do currículo 
 Hegemonia do currículo académico 
 O carácter terminal do ensino profissional é 
visto como segunda oportunidade escolar. 
 Segmento problemático, situado entre dois 
outros segmentos muito mais solidamente 
orientados.
O “jeito”
O jeito… para a demolição
Aqueles que não sentem o mínimo interesse por um 
ensino secundário amorfo e desligado da vida, que 
teima em seguir as vias tradicionais, isto é, liceais. 
(Liliana Rodrigues, 2009)
3. Marcos históricos do ensino 
técnico-profissional em Portugal 
 Formação profissional, século XIX: 
 Aumentar a produtividade industrial 
 Oferta escolar para os filhos dos trabalhadores 
 Início do século XX: 
 Fraco investimento 
 1948 - Estatuto do Ensino Técnico: 
 Ramos comercial, industrial e outro destinado às 
raparigas 
[Decreto-Lei 37028]
3.1. A Reforma Veiga Simão 
 1973: 
 Novo discurso político que apelava à 
democratização do ensino 
 Igualdade de oportunidades 
 Relação entre educação e crescimento económico 
 Equiparação entre os ensinos técnico e liceal 
[Lei 5/73 de 25 de Julho]
3.2. A Revolução de Abril de 1974 
 Ensino técnico refletia uma via escolar identificada 
com a reprodução social 
 desconsiderado e praticamente banido dos curricula 
 Valores maiores: liberdade e cidadania 
 Negligenciando-se uma escola congruente com e 
evolução do mercado laboral 
 Unificação do primeiro troço do ensino secundário
3.3. A adesão à CEE e a Reforma Seabra 
 Relançar o ensino técnico-profissional 
 Diversificação – 4 tipos de cursos: 
 Gerais (via de ensino) 
 Técnico-Profissionais (10º, 11º e 12º anos) 
 Profissionais (10º ano, seguido de estágio) 
 Complementares Liceais e Técnicos, em regime 
noturno (10º e 11º anos)
3.3. A adesão à CEE e a Reforma Seabra 
 LBSE (Lei n.º46/86) abre as portas à 
formação profissional 
 Apropriada para responder às necessidades de 
emprego nacionais e regionais 
 Cursos: 
 Vida ativa 
 Prosseguimento de estudos 
 Duas vias bastante próximas (permeabilidade) 
 Declina os cursos profissionais
3.4. A criação do GETAP e o ensino profissional 
 Decreto-Lei n.º26/89: 
 Cria subsistema do ensino secundário 
profissionalizante 
 Surgimento de escolas profissionais quer 
públicas, quer privadas 
 Cultura GETAP - signo da inovação 
 Promover as escolas profissionais 
 Roberto Carneiro 
 Primeiras escolas profissionais 
 Cursos tecnológicos no ensino secundário
3.5. O ensino técnico-profissional nas 
escolas públicas 
 2004: 
 Escolas secundárias públicas do ensino regular deixam 
de estar impedidas de poder abrir cursos profissionais 
nível III 
 Equivalência dos cursos profissionais nível III ao ensino 
secundário 
 Na RAM 
 Cursos profissionais nível III desde 2000 
 Protocolos celebrados entre uma escola profissional 
privada e escolas secundárias públicas
4. Um programa político para a 
Educação (2013-16): uma proposta 
 Plano das intenções: 
 Desenvolvimento de capacidades para a entrada no 
mercado do primeiro emprego e da aptidão para o 
empreendimento. 
 Medidas de âmbito regional: 
 Criação de um observatório do ensino vocacional; 
 Incremento do diálogo escola-empresa.
4. Um programa político para a 
Educação (2013-16): uma proposta 
 A nível local agir-se-ia, em conformidade com 
tal intenção, através de ações concretas. 
 O objetivo final, e principal indicador: 
 Índice de 100% de empregabilidade.
O território local é o terreno onde a escola 
secundária tem de lançar raízes, se quer 
passar de um monumento físico a uma casa 
humana, viva. Esse processo é lento e há-de ser 
interativo. 
(Joaquim Azevedo, 1994)
Na atualidade (...) a capacidade de 
empreendimento já não se requer apenas a 
uma pequena elite, mas exige-se a um conjunto 
muito mais alargado de indivíduos. 
Um dos aspetos em que as sucessivas reformas 
curriculares têm falhado é o da criação de 
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(Joaquim Azevedo, 1994)

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  • 1. Políticas Educativas A APOSTA NO ENSINO VOCACIONAL António Firmino T. M. Lobo Junho de 2012
  • 2. Sumário  1. O ensino secundário na Europa  1.1. Modelos de formação  2. O ensino secundário em Portugal  3. Marcos históricos do ensino técnico-profissional em Portugal  3.1. A Reforma Veiga Simão  3.2. A Revolução de Abril de 1974  3.3. A adesão à CEE e a Reforma Seabra  3.4. A criação do GETAP e o ensino profissional  3.5. O ensino técnico-profissional nas escolas públicas  4. Um programa político para a Educação (2013-16): uma proposta
  • 3. 1. O ensino secundário na Europa  Pós-guerra:  Massificação do ensino mão-de-obra qualificada  Organizado em função da produção taylorista-fordista  Diferenciação curricular no mesmo nível de ensino  Anos 80:  Competências especializadas gerais  Individualidade e opcionalidade
  • 4. 1.1. Modelos de formação  Segmentos escolar, dual e não-formal  Ramo escolar  Bipartido / compreensivo  Dual - formação em alternância  Não-formal - programas de formação-emprego
  • 5. 2. O ensino secundário em Portugal  Ramo escolar:  Ensino geral – “liceal”; “transporte”;  Ensino técnico – orientação científica forte; profissões altamente técnicas;  Ensino profissional – paradigma de contexto de trabalho; profissões qualificadas.
  • 6. 2. O ensino secundário em Portugal  Diversificação de modelos categorizar alunos, professores, programas, currículos e escolas.  Falsa neutralidade do currículo  Hegemonia do currículo académico  O carácter terminal do ensino profissional é visto como segunda oportunidade escolar.  Segmento problemático, situado entre dois outros segmentos muito mais solidamente orientados.
  • 8. O jeito… para a demolição
  • 9. Aqueles que não sentem o mínimo interesse por um ensino secundário amorfo e desligado da vida, que teima em seguir as vias tradicionais, isto é, liceais. (Liliana Rodrigues, 2009)
  • 10. 3. Marcos históricos do ensino técnico-profissional em Portugal  Formação profissional, século XIX:  Aumentar a produtividade industrial  Oferta escolar para os filhos dos trabalhadores  Início do século XX:  Fraco investimento  1948 - Estatuto do Ensino Técnico:  Ramos comercial, industrial e outro destinado às raparigas [Decreto-Lei 37028]
  • 11. 3.1. A Reforma Veiga Simão  1973:  Novo discurso político que apelava à democratização do ensino  Igualdade de oportunidades  Relação entre educação e crescimento económico  Equiparação entre os ensinos técnico e liceal [Lei 5/73 de 25 de Julho]
  • 12. 3.2. A Revolução de Abril de 1974  Ensino técnico refletia uma via escolar identificada com a reprodução social  desconsiderado e praticamente banido dos curricula  Valores maiores: liberdade e cidadania  Negligenciando-se uma escola congruente com e evolução do mercado laboral  Unificação do primeiro troço do ensino secundário
  • 13. 3.3. A adesão à CEE e a Reforma Seabra  Relançar o ensino técnico-profissional  Diversificação – 4 tipos de cursos:  Gerais (via de ensino)  Técnico-Profissionais (10º, 11º e 12º anos)  Profissionais (10º ano, seguido de estágio)  Complementares Liceais e Técnicos, em regime noturno (10º e 11º anos)
  • 14. 3.3. A adesão à CEE e a Reforma Seabra  LBSE (Lei n.º46/86) abre as portas à formação profissional  Apropriada para responder às necessidades de emprego nacionais e regionais  Cursos:  Vida ativa  Prosseguimento de estudos  Duas vias bastante próximas (permeabilidade)  Declina os cursos profissionais
  • 15. 3.4. A criação do GETAP e o ensino profissional  Decreto-Lei n.º26/89:  Cria subsistema do ensino secundário profissionalizante  Surgimento de escolas profissionais quer públicas, quer privadas  Cultura GETAP - signo da inovação  Promover as escolas profissionais  Roberto Carneiro  Primeiras escolas profissionais  Cursos tecnológicos no ensino secundário
  • 16. 3.5. O ensino técnico-profissional nas escolas públicas  2004:  Escolas secundárias públicas do ensino regular deixam de estar impedidas de poder abrir cursos profissionais nível III  Equivalência dos cursos profissionais nível III ao ensino secundário  Na RAM  Cursos profissionais nível III desde 2000  Protocolos celebrados entre uma escola profissional privada e escolas secundárias públicas
  • 17. 4. Um programa político para a Educação (2013-16): uma proposta  Plano das intenções:  Desenvolvimento de capacidades para a entrada no mercado do primeiro emprego e da aptidão para o empreendimento.  Medidas de âmbito regional:  Criação de um observatório do ensino vocacional;  Incremento do diálogo escola-empresa.
  • 18. 4. Um programa político para a Educação (2013-16): uma proposta  A nível local agir-se-ia, em conformidade com tal intenção, através de ações concretas.  O objetivo final, e principal indicador:  Índice de 100% de empregabilidade.
  • 19. O território local é o terreno onde a escola secundária tem de lançar raízes, se quer passar de um monumento físico a uma casa humana, viva. Esse processo é lento e há-de ser interativo. (Joaquim Azevedo, 1994)
  • 20. Na atualidade (...) a capacidade de empreendimento já não se requer apenas a uma pequena elite, mas exige-se a um conjunto muito mais alargado de indivíduos. Um dos aspetos em que as sucessivas reformas curriculares têm falhado é o da criação de áreas de livre escolha e de iniciativa autónoma dos jovens. (Joaquim Azevedo, 1994)