O documento descreve o período do governo de Afonso Pena como presidente do Brasil entre 1906-1909. Detalha eventos como a Exposição Nacional de 1908 na capital federal e a construção da ferrovia Madeira-Mamoré entre 1907-1912 que resultou na morte de milhares de trabalhadores imigrantes. Também discute a imigração para o Brasil no período, especialmente de italianos e japoneses. Afonso Pena faleceu de pneumonia em 1909 sem concluir seu mandato.
4. Entre 1906 e 1910, o governo retirou do mercado 8
milhões de sacas de café!
5. Em 1907 ampliou a rede de comunicação do país ao
ligar a Amazônia ao Rio de Janeiro por meio do
telégrafo.
6.
7. A chamada Exposição Nacional de 1908 foi promovida pelo
Governo Federal, com a justificativa de celebrar o centenário da
Abertura dos Portos (1808) e de fazer um inventário da
economia do país.
8. Seu principal objetivo, porém, era o de apresentar a nova
Capital da República - urbanizada pelo Prefeito Pereira Passos e
saneada por Oswaldo Cruz..
18. O tratado de Petrópolis obrigava o Brasil a construir
em território brasileiro uma ferrovia desde o porto de
Santo Antonio, no Rio Madeira, até o Guajarão Mirim,
no Mamoré .
19. A empresa americana May, Jekill & Randolph foi
encarregada da sua execução, iniciada em 1907.
20. Entre 1907 e 1912 foram
mobilizados mais de 20
mil operários, recrutados
em 50 países.
55. Os mineiros se
aliaram aos gaúchos
e escolheram como
candidato o
Marechal Hermes
da Fonseca
56. Os paulistas se viram
ameaçados e
decidiram romper o
acordo com os
mineiros, lançando
Rui Barbosa como
candidato civil em
oposição ao militar
Hermes da Fonseca
Fez questão, entretanto, que seus ministros fossem moços.
Coube ao deputado paulista Cardoso de Almeida apresentar, em novembro de 1906, o projeto que autorizava os gastos com a realização da Exposição Nacional. As obras foram comandadas pelo Engenheiro Sampaio Correa. Teve quatro seções: agricultura, indústria pastoril, indústrias e artes liberais. Foi inaugurada pelo Presidente da República em 11/08/1908. Para facilitar o acesso do público, a Companhia Ferro Carril do Jardim Botânico estendeu seus trilhos até o grande portão da Expo e a Companhia Cantareira passou a operar suas barcas em cais especialmente construído para a ocasião. A Expo funcionou até 15/11/1908 ("apud" George Ermakoff).
- a diversas autoridades nacionais e estrangeiras que a visitaram.
A Exposição de 1908, foto de A.Malta, esta é mais uma das muitas imagens daquele evento, cujo objetivo era ampliar o comércio e promover uma série de entidades.Quem puder faça a identificação de alguma das construções.Vemos um trem miniaturizado rebocando dois vagões que circulava pela expo.Augusto César Malta ( 1864 - 1957 )Fonte : Malta, o fotografo do Rio Antigo da RioGráfica -1983Funarj Museu da Imagem e do Som
Expo de 1908 - Vista Geral
Expo de 1908 - Pavilhão da BahiaOntem vimos alguns dos pavilhões da Expo de 1908 em cartões-postais. Hoje são publicadas 5 fotos de Torres, do Acervo de George Ermakoff, mostrando com mais detalhes alguns aspectos da Expo de 1908.
TEARES DA COMPANHIA CONFIANÇA INDUSTRIALFoto 5/6 A sala dos teares da Companhia Confiança Industrial. TEARES DA COMPANHIA CONFIANÇA INDUSTRIALFoto 5/6 A sala dos teares da Companhia Confiança Industrial. A sala dos teares da Companhia Confiança Industrial
Vista Interna da Exposição Nacional de 1908, foto de A. Malta, produtos que foram colocados em uma das entidades, e observa-se os recipientes e embalagens da época.Augusto César Malta ( 1864 - 1957
Expo de 1908 - Pavilhão da Fábrica de Tecidos Bangu
Expo de 1908 - Pavilhão do Distrito Federal
Nessa foto dos anos 20, vemos o antigo pavilhão de Minas Gerais da Expo de 1908, no uso que foi dado após o término da exposição, de escola primária.
Para a transformação em escola vários dos elementos decorativos e “festivos” da edificação foram removidos, pois possivelmente eram precários, em madeira, estuque de gesso ou estrutura metálica simples. Como as altas torres, estátuas e colunas, o prédio ganhou novo coroamento e telhado
O mais interessante é que os pavimentos foram redivididos em altura, principalmente no corpo central, o prédio também parece ter ficado mais baixo, nota-se isso principalmente no prolongamento do corpo central, onde há um treliçado por cima, hoje transformado em um andar.
Fica a pergunta se o piso da região ganhou mais uma camada de aterro rebaixando o prédio
O DECLINIO DA FERROVIAAo tempo em que a obra da estrada de ferro se concluia, os seringais plantados na Malásia entraram em produção, e tornaram proibitivos os preços da borracha produzida na Amazônia segundo técnicas antiquadas e de baixa produtividade. Foi o fim do chamado "primeiro ciclo da borracha". Já em 30/jun/1931, como consequência de seguidos prejuízos, resultantes basicamente do declínio do comércio da borracha com os produtores da Amazônia, e da ausência de novos produtos a transportar, a Madeira-Mamoré Railway Company paralizou o tráfego. Decorridos dez dias de prazo contratual, sem que a Companhia retomasse as operações, em 10/jul/1931, através do Decreto Nº 20.200, o Governo Federal assumiu o controle total da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, passando a administrá-la. Durante todo o restante período de operações a ferrovia operou com prejuízos.
Em 01/jul/1972, após a conclusão da ligação rodoviária entre Porto Velho e Guajará Mirim, a ferrovia foi definitivamente desativada. O pequeno trecho de 7km, entre Porto Velho e Santo Antonio do Madeira (onde não existe mais a pequena vila do início do século) voltou ao tráfego em 05/mai/1981 para fins turísticos.
Atualmente o trecho reativado alcança o quilometro 25, local de uma antiga vila de ferroviários, na altura do Salto do Teotônio, a maior das cachoeiras do Madeira.
Esta foto mostra uma nota do Jornal “Correio Paulistano” relatando a chegada do Kasato Maru no porto de Santos, em 1908.
"KASATO MARU NO TOOTYAKU WA KYOU DE 100 SHUNEN""CHEGADA DO KASATO MARU COMPLETA 100 ANOS HOJE" Os primeiros imigrantes japoneses chegaram em 18 de junho de 1908 ao Brasil. Eles viajaram 52 dias no navio Kasato Maru e atracaram na cidade de Santos, em São Paulo. Reza a lenda que logo que os 781 imigrantes desembarcaram, fogos de artifício pipocavam no céu. Na verdade, o barulho todo seria de rojões, tão tradicionais na época de festas juninas pelo país. A 'comemoração' logo deu lugar às dificuldades na adaptação com o clima, trabalho e costumes do Brasil. As 165 famílias foram distribuídas em seis fazendas paulistas, a maioria de café. A pele e os rostos das mulheres ficavam vermelhos por conta da colheita, as mãos machucadas pelo trabalho. Muitas se revoltaram contra os maridos que aceitaram a "aventura" de ir ganhar dinheiro do outro lado do mundo. Os imigrantes realmente acreditavam que conseguiriam ficar ricos por aqui e voltar para o Japão tão logo fizessem suas economias. Ledo engano. As famílias mais acumulavam dívidas do que conseguiam ter lucro e o plano de ir embora ficou distante. O resultado da história é conhecido: a presença nipônica no Brasil não desapareceu, só cresceu e deixou suas marcas na cultura, culinária, economia e tantos outros pontos.
Esta bela e rara fotografia da posse do Presidente Nilo Peçanha, em 1909, mostrando o desfile em plena Av. Central, foi enviada pelo nobre comentarista Francisco Patrício com a seguinte dedicatória: “para homenagear o fiel depositário de todo o conhecimento universal, o ilustre Professor Dr.Pintáfona, certamente petiz quando assistiu ao desfile”. Após a morte do presidente Afonso Pena, assumiu o vice-presidente Nilo Peçanha. Durante o curto período de seu governo, foi criado o Serviço Nacional de Proteção ao Índio, cuja direção foi entregue ao então coronel Cândido Rondon, a quem tanto deve o país na obra de integração do selvagem brasileiro na civilização.
Rui tinha como candidato a vice-presidente, o presidente do estado de São Paulo, Albuquerque Lins, o que provocou uma ruptura da política dos estados e da política do café com leite. São Paulo e Minas Gerais em campos opostos nesta eleição, que se realizou em 1 de março de 1910.
Hermes era do Rio Grande do Sul e há muito tempo políticos da região buscavam uma maior participação na política federal. Como era influente, ex- Ministro do Exército nos governos Campos Sales e Afonso Pena, não demorou muito para o então candidato conquistar apoio do senador gaúcho Pinheiro Machado
Rui Barbosa percorreu o Brasil em busca de apoio popular, fato até então inédito na vida republicana brasileira, e assim, há cem anos, Com grande capacidade de mobilização, Rui deu início à era dos grandes comícios, reunindo dezenas de milhares de pessoas nas ruas das capitais e grandes cidades.
No Rio de Janeiro, cerca de 30 mil foram ouvir Rui Barbosa na Avenida Central, hoje Avenida Rio Branco.
Santinho
Outro entrave para os civilistas era o voto aberto e facultativo. No campo, os coronéis utilizavam o chamado voto de cabresto, obrigando os empregados a votarem no candidato apoiado por eles, que neste caso era Hermes da Fonseca. Quanto ao voto facultativo, muitos eleitores urbanos deixariam de ir às urnas, desmotivados frente à força dos “hermitas”.
Rio - Av Rio Branco - O povo (II)Populares em frente à sede do edificio do Jornal do Brasil, acompanhando a apuração das eleições à presidencia, quando concorria Rui Barbosa.
A Jezler&Hoening, famosa produtora de charutos de alta categoria dispunha de vários tipos de produto, a partir de determinadas espécies de tabaco e da qualidade de suas folhas. Daí os nomes, aparentemente disparatados, apregoados nos reclames, que eram apnas os vários tipos de charutos produzidos pela J&H.
Nesta foto vemos um atendimento médico a pedestre, em uma rua do Rio de Janeiro, em 1910. Na ambulância do Posto Central de Assistência Pública, seguiam o motorista e um médico com uma caixa com medicamentos, à semelhança das antigas boticas portáteis. O Posto de Atendimento de Emergências ficava na Rua Camerino (depois foi transferido para a Praça da República). Nesta época a assistência médica de urgência era prestada apenas na zona central do Rio, chegando sua área de ação até a estação do Rocha, da Estrada de Ferro Central do Brasil. O restante da região suburbana era inteiramente carente de qualquer tipo de socorro - os doentes eram transportados pelos trens da Central até uma estação onde pudesse chegar a ambulância (isto levou à criação de uma sucursal de atendimento suburbano, com a inauguração do Posto do Méier em 1920). Mais tarde, com a criação dos hospitais de Pronto-Socorro, cada hospital tinha sua frota de ambulâncias, fazendo atendimento domiciliar e nas ruas. Há pouco mais de dez anos terminou o atendimento domiciliar de urgência e o atendimento em via pública passou a ser feito, exclusivamente, pelo Corpo de Bombeiros, em ambulâncias tipo UTI - um serviço que funciona relativamente bem. Recentemente foi criado, pelo Governo Federal, o SAMU, Serviço de Assistência Médica de Urgência, para atendimento domiciliar. Nesta foto vemos um atendimento médico a pedestre, em uma rua do Rio de Janeiro, em 1910. Na ambulância do Posto Central de Assistência Pública, seguiam o motorista e um médico com uma caixa com medicamentos, à semelhança das antigas boticas portáteis. O Posto de Atendimento de Emergências ficava na Rua Camerino (depois foi transferido para a Praça da República). Nesta época a assistência médica de urgência era prestada apenas na zona central do Rio, chegando sua área de ação até a estação do Rocha, da Estrada de Ferro Central do Brasil. O restante da região suburbana era inteiramente carente de qualquer tipo de socorro - os doentes eram transportados pelos trens da Central até uma estação onde pudesse chegar a ambulância (isto levou à criação de uma sucursal de atendimento suburbano, com a inauguração do Posto do Méier em 1920). Mais tarde, com a criação dos hospitais de Pronto-Socorro, cada hospital tinha sua frota de ambulâncias, fazendo atendimento domiciliar e nas ruas. Há pouco mais de dez anos terminou o atendimento domiciliar de urgência e o atendimento em via pública passou a ser feito, exclusivamente, pelo Corpo de Bombeiros, em ambulâncias tipo UTI - um serviço que funciona relativamente bem. Recentemente foi criado, pelo Governo Federal, o SAMU, Serviço de Assistência Médica de Urgência, para atendimento domiciliar.
Guarda de Honra do Club dos Fenianos. Foto de *A Careta*, 27 de fevereiro de 1909.
CARNAVAL - O CORSO- A partir de 1907, com a popularização do carnaval no Rio, nasceu o corso de automóvel. Desfilando no domingo de carnaval à tarde, o corso inaugurou uma das mais lembradas tradições cariocas. A partir da década de 1920 começava por volta das quatro da tarde e ia pela noite a dentro. Começava na Avenida Beira Mar e ia até o outro lado da Avenida Rio Branco. Os automóveis levavam entre cinco e doze pessoas, todas fantasiadas e munidas de arsenais de confetes e serpentinas. Entre os folguedos, as pessoas namoravam, conheciam-se, bebiam e cantavam. Havia ainda o uso de muito lança-perfume Rodo, projetado uns nos outros. Além de discretamente cheirado pela maioria, fato comum também nos grandes bailes ("apud" R.C.Albin). _________________________________________________________________________
Marinheiros Americanos no Rio - 1908. Marinheiros da U.S. Navy em visita ao Rio de Janeiro posam ao lado de um "bond" puxados por uma parelha de muares. Os marinheiros certamente vieram com a frota americana para a Exposição do Centenário da Abertura dos Portos, realizada em 1908 na Urca.
O programa para este domingo foi fazer como os Presidentes Nilo Peçanha, do Brasil e Saenz Pena, da Argentina e passear de carruagem pela Avenida Beira-Mar. Fonte: Foto Careta n. 118, de 03.09.1910.